sábado, 20 de abril de 2019

Bolsonaro acelera privatização dos Correios

Por Altamiro Borges

Para agradar o "deus-mercado", que ajudou a aplainar o terreno para sua chegada à presidência e que ainda lhe dá sustentação no poder, o "capetão" Jair Bolsonaro decidiu acelerar a entrega da fatura. Com a acelerada queda de popularidade, que inclusive abortou a "lua de mel" dos 100 primeiros dias, o valentão teme ser esfaqueado e traído pelos seus volúveis apoiadores.

Como está difícil aprovar a contrarreforma da Previdência, que novamente teve sua votação adiada na Comissão de Constituição e Justiça, o presidente decidiu entregar de vez as estatais – para o desespero dos otários dessas empresas que acreditaram na "redenção" com o "mito". Nos últimos dias, a mídia privatista especulou alegremente que a Petrobras já estaria na linha do tiro. 

Paulo Guedes, o abutre financeiro que comanda o Ministério da Economia, também comunicou aos "amiguinhos" da Globo News que o plano de privatização vai surpreender muita gente. Nesta sexta-feira (19), a agência Reuters revelou que o o governo já decidiu privatizar os Correios.

"Vencida a resistência do presidente Jair Bolsonaro à privatização dos Correios, a equipe econômica se debruça agora sobre a venda da estatal, disse à Reuters um integrante do time, em meio à avaliação de que a empresa ganhará mais liberdade para se modernizar e responder às mudanças no mercado promovidas pelo comércio eletrônico sem a União como controladora".

Ainda de acordo com a matéria, "em entrevista à GloboNews nesta semana, o ministro Paulo Guedes afirmou que seria 'um salto muito grande' apontar que Bolsonaro estaria mais próximo de concordar com a privatização da Petrobras, mas afirmou que o presidente considerou essa possibilidade para uma estatal em particular, sem revelá-la". 

"Segundo a fonte, que falou com a Reuters nesta sexta-feira, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) é a companhia em questão. Publicamente, Guedes tem insistido que o governo federal deve se desfazer de ativos para diminuir a dívida pública, também apontando que o controle excessivo do Estado sobre os negócios abre margem para casos de corrupção nas estatais".

Só mesmo um bolsominion bem otários para acreditar no papo "ético" do abutre financeiro que comanda o Ministério da Economia – e que já foi acusado de inúmeras roubalheiras.

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