Por Altamiro Borges
O Estadão informou neste domingo (12) que João Doria, o lobista que virou governador de São Paulo, quer transformar a TV Cultura num canal “pró-mercado”. Um dia depois, o mesmo o jornal revelou que o fascista travestido de tucano já escolheu o novo presidente da Fundação Padre Anchieta, que controla a emissora pública paulista: será José Roberto Maluf, ex-dirigente da Band e SBT. O Estadão só não informou que o tal executivo também já foi vice-presidente executivo da Doria Associados, o biombo marqueteiro do atual governador.
A primeira matéria – também reproduzida no site da revista Exame – descreve a operação sinistra em curso: “No ano em que celebra cinco décadas de existência, a TV Cultura ficou de fora do projeto de desestatização de João Doria (PSDB), mas o tucano prepara um ‘choque de gestão’ na empresa com o objetivo de torná-la lucrativa e menos dependente de recursos públicos. A ideia contraria o conceito que marcou a história da emissora: uma estatal voltada para uma produção educativa que não tem a audiência como objetivo final”.
Ainda de acordo com a reportagem, “o processo de reformulação da TV pública ocorre num contexto em que o governador age para dar uma guinada liberal no PSDB, proposta que enfrenta resistência da ala ‘histórica’ da legenda. Doria montou um conselho com a missão de ‘reinventar’ a programação e a estrutura da emissora fundada pelos Diários Associados em 20 de setembro de 1960 e reinaugurada em 15 de junho de 1969 pela Fundação Padre Anchieta. Um dos argumentos é acabar com influência política na empresa”.
O "homem de mercado" José Roberto Maluf
Sérgio Sá Leitão, o famoso puxa-saco oficial – que bajulava Lula e Dilma, depois virou ministro do golpista Michel Temer e hoje ocupa o cargo de secretário estadual da Cultura do ultradireitista João Doria – garante que a mudança dará competitividade de mercado à emissora. “Acabou o tempo dos políticos na TV Cultura. Agora é o momento dos profissionais. A determinação do governador é de que a influência política seja zero”, afirmou no maior cinismo. Num primeiro momento, o bajulador nada falou sobre a escolha do “cupincha” José Roberto Maluf.
Tudo indica, porém, que a escolha já estava feita, conforme informou o mesmo Estadão nesta segunda-feira: “Ex-vice-presidente da Band e SBT, o executivo José Roberto Maluf será o novo presidente da TV Cultura. A decisão vai ser anunciada nos próximos dias após assembleia da Fundação Padre Anchieta, que administra a emissora estatal. Pela primeira vez na história do canal, a seleção foi feita por uma empresa de headhunter. O nome Maluf foi chancelado pelo governador, que não queria um perfil político à frente da TV Cultura”.
A matéria só não informou que o executivo, “homem do mercado”, sempre teve vínculos com o lobista que hoje ocupa o Palácio dos Bandeirantes. Uma coluna social da revista “Propaganda & Marketing”, publicada em agosto de 2004, deu maiores detalhes sobre essa ligação umbilical e suspeitíssima:
“José Roberto Maluf é o novo vice-presidente executivo da Doria Associados, empresa comandada pelo jornalista João Doria Junior... O executivo vai comandar o fortalecimento e o crescimento das empresas: a Doria Associados, responsável pelo projeto Market Plaza, pelo Campos do Jordão Convention Center e pelos eventos Fórum Empresarial, Meeting Internacional e Family Workshop; a VideoMax, que produz o Show Business, programa semanal que vai ao ar pela RedeTV!, pela TVA, NET, SKY e Directv; e a Doria Associados Editora, proprietária das revistas Arena, Fórum, Meeting e Vida em Família”.
“Os dois executivos também lançam uma nova empresa, a Mídia Alternativa. Maluf, que está há 30 anos no mercado, já foi VP executivo da Bandeirantes e SBT, superintendente da Fundação Cásper Líbero e vice-presidente da Paulistur. Hoje, além da sua atuação na Doria Associados, Maluf continua com suas empresas, inclusive como acionista e diretor geral da Spring Comunicações, que opera toda área de entretenimento, promoções e edita a revista TAM Magazine”.
Em tempo: Segundo informa o Estadão, “a TV Cultura tem 821 funcionários e o orçamento previsto para 2019 é de R$ 146,7 milhões – deste montante, R$ 40,6 milhões é a previsão de receita própria por meio de licenciamento de produtos e prestação de serviços, como a TV Câmara de São Paulo, por exemplo”.
O Estadão informou neste domingo (12) que João Doria, o lobista que virou governador de São Paulo, quer transformar a TV Cultura num canal “pró-mercado”. Um dia depois, o mesmo o jornal revelou que o fascista travestido de tucano já escolheu o novo presidente da Fundação Padre Anchieta, que controla a emissora pública paulista: será José Roberto Maluf, ex-dirigente da Band e SBT. O Estadão só não informou que o tal executivo também já foi vice-presidente executivo da Doria Associados, o biombo marqueteiro do atual governador.
A primeira matéria – também reproduzida no site da revista Exame – descreve a operação sinistra em curso: “No ano em que celebra cinco décadas de existência, a TV Cultura ficou de fora do projeto de desestatização de João Doria (PSDB), mas o tucano prepara um ‘choque de gestão’ na empresa com o objetivo de torná-la lucrativa e menos dependente de recursos públicos. A ideia contraria o conceito que marcou a história da emissora: uma estatal voltada para uma produção educativa que não tem a audiência como objetivo final”.
Ainda de acordo com a reportagem, “o processo de reformulação da TV pública ocorre num contexto em que o governador age para dar uma guinada liberal no PSDB, proposta que enfrenta resistência da ala ‘histórica’ da legenda. Doria montou um conselho com a missão de ‘reinventar’ a programação e a estrutura da emissora fundada pelos Diários Associados em 20 de setembro de 1960 e reinaugurada em 15 de junho de 1969 pela Fundação Padre Anchieta. Um dos argumentos é acabar com influência política na empresa”.
O "homem de mercado" José Roberto Maluf
Sérgio Sá Leitão, o famoso puxa-saco oficial – que bajulava Lula e Dilma, depois virou ministro do golpista Michel Temer e hoje ocupa o cargo de secretário estadual da Cultura do ultradireitista João Doria – garante que a mudança dará competitividade de mercado à emissora. “Acabou o tempo dos políticos na TV Cultura. Agora é o momento dos profissionais. A determinação do governador é de que a influência política seja zero”, afirmou no maior cinismo. Num primeiro momento, o bajulador nada falou sobre a escolha do “cupincha” José Roberto Maluf.
Tudo indica, porém, que a escolha já estava feita, conforme informou o mesmo Estadão nesta segunda-feira: “Ex-vice-presidente da Band e SBT, o executivo José Roberto Maluf será o novo presidente da TV Cultura. A decisão vai ser anunciada nos próximos dias após assembleia da Fundação Padre Anchieta, que administra a emissora estatal. Pela primeira vez na história do canal, a seleção foi feita por uma empresa de headhunter. O nome Maluf foi chancelado pelo governador, que não queria um perfil político à frente da TV Cultura”.
A matéria só não informou que o executivo, “homem do mercado”, sempre teve vínculos com o lobista que hoje ocupa o Palácio dos Bandeirantes. Uma coluna social da revista “Propaganda & Marketing”, publicada em agosto de 2004, deu maiores detalhes sobre essa ligação umbilical e suspeitíssima:
“José Roberto Maluf é o novo vice-presidente executivo da Doria Associados, empresa comandada pelo jornalista João Doria Junior... O executivo vai comandar o fortalecimento e o crescimento das empresas: a Doria Associados, responsável pelo projeto Market Plaza, pelo Campos do Jordão Convention Center e pelos eventos Fórum Empresarial, Meeting Internacional e Family Workshop; a VideoMax, que produz o Show Business, programa semanal que vai ao ar pela RedeTV!, pela TVA, NET, SKY e Directv; e a Doria Associados Editora, proprietária das revistas Arena, Fórum, Meeting e Vida em Família”.
“Os dois executivos também lançam uma nova empresa, a Mídia Alternativa. Maluf, que está há 30 anos no mercado, já foi VP executivo da Bandeirantes e SBT, superintendente da Fundação Cásper Líbero e vice-presidente da Paulistur. Hoje, além da sua atuação na Doria Associados, Maluf continua com suas empresas, inclusive como acionista e diretor geral da Spring Comunicações, que opera toda área de entretenimento, promoções e edita a revista TAM Magazine”.
Em tempo: Segundo informa o Estadão, “a TV Cultura tem 821 funcionários e o orçamento previsto para 2019 é de R$ 146,7 milhões – deste montante, R$ 40,6 milhões é a previsão de receita própria por meio de licenciamento de produtos e prestação de serviços, como a TV Câmara de São Paulo, por exemplo”.
A palhaçada já começou. Marcelo Tass, aquele que sempre defendeu que a saída da Dilma não foi golpe, já está colhendo os frutos da sua atuação como lacaio. Vai apresentar o programa Provocações.
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