Por Alexandre Padilha, no jornal Brasil de Fato:
Se tem um seguimento da nossa população que a proposta da Previdência de Bolsonaro é mais cruel, são as mulheres. Estou absolutamente convencido disso, a partir das propostas de mudança em relação à idade mínima, às contribuições das trabalhadoras rurais, das professoras e das viúvas que recebem pensão. Isso ficou mais nítido nas audiências públicas que estou conduzindo no estado de São Paulo, como parte da Comissão de Seguridade Social da Câmara dos Deputados, especificamente para ouvir estudos de lideranças e técnicos sobre o impacto da proposta do Bolsonaro na vida das mulheres.
Fizemos a primeira na região do ABCD Paulista, a segunda aconteceu na macrorregião de Campinas e agora teremos a terceira, na segunda-feira (27), na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.
Essas audiências têm mostrado que as mulheres trabalham mais, ocupam mais tempo de carga horária associando o trabalho profissional e o doméstico, começam a trabalhar mais cedo, inclusive pelo trabalho doméstico.
Ao logo da vida profissional, as mulheres acabam ascendendo menos na carreira por conta do machismo institucional, por terem que interromper o trabalho em decorrência da licença-maternidade, por receberem em média 75% do salário masculino, possuírem maior rotatividade no trabalho e, consequentemente, menor capacidade de contribuir regularmente ao INSS, ainda mais em relação a uma poupança de capitalização.
Além disso, por viverem mais, certamente serão discriminadas nas propostas de capitalização privadas, deverão ser submetidas a mais exigências para obtenção de algum tipo de aumento de contribuição em razão de sua idade de vida.
A proposta de Bolsonaro, se é cruel com o conjunto da população, é ainda mais cruel com as mulheres. Por isso, quero convidar a todas e todos a acompanhar essas audiência públicas para contribuir com o debate da Comissão Especial de Previdência.
* Alexandre Padilha é médico, professor universitário e deputado federal (PT-SP).
Fizemos a primeira na região do ABCD Paulista, a segunda aconteceu na macrorregião de Campinas e agora teremos a terceira, na segunda-feira (27), na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.
Essas audiências têm mostrado que as mulheres trabalham mais, ocupam mais tempo de carga horária associando o trabalho profissional e o doméstico, começam a trabalhar mais cedo, inclusive pelo trabalho doméstico.
Ao logo da vida profissional, as mulheres acabam ascendendo menos na carreira por conta do machismo institucional, por terem que interromper o trabalho em decorrência da licença-maternidade, por receberem em média 75% do salário masculino, possuírem maior rotatividade no trabalho e, consequentemente, menor capacidade de contribuir regularmente ao INSS, ainda mais em relação a uma poupança de capitalização.
Além disso, por viverem mais, certamente serão discriminadas nas propostas de capitalização privadas, deverão ser submetidas a mais exigências para obtenção de algum tipo de aumento de contribuição em razão de sua idade de vida.
A proposta de Bolsonaro, se é cruel com o conjunto da população, é ainda mais cruel com as mulheres. Por isso, quero convidar a todas e todos a acompanhar essas audiência públicas para contribuir com o debate da Comissão Especial de Previdência.
* Alexandre Padilha é médico, professor universitário e deputado federal (PT-SP).
Nobre Deputado é um pacote de crueldades com o povo assalariado, e sim, com as mulheres. Talvez essa equipe de governo não tem no seu meio, mulher que trabalha para sustentar sua casa, seus filhos e muitas vezes marido. Parabéns pela observação
ResponderExcluirDrica
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