Por Eduardo Barbabela e João Feres Jr., no site Manchetômetro:
No sétimo dia de cobertura do escândalo Vaza Jato, o enquadramento do escândalo como um problema de segurança de dados volta a predominar, após breve interrupção causada pela divulgação do segundo conjunto de textos de The Intercept.
A Folha se mantém como como o jornal com maior número de textos sobre a Vaza Jato: 10 na edição de 16 de junho, dos quais 5 são críticos a Sérgio Moro. Seis textos são de natureza opinativa e bastante críticos à operação e uma reportagem explora as contradições do discurso de Moro, trazendo inclusive depoimentos de advogados que atuaram em processos julgados por ele e que não relatam qualquer abertura do ex-juiz a conversas do tipo das que entreteve com os procuradores da Lava Jato.
O Estadão mantém cobertura tímida do caso, com apenas 6 textos novos, o tom é levemente favorável a Moro. No âmbito das reportagens, o jornal traz reportagem que especula sobre preocupações de congressistas acerca de possíveis vazamentos de suas conversas, e outra que relata a tentativa de Moro de tornar a discussão sobre os vazamentos em um plebiscito sobre a Lava Jato. Duas colunas de opinião se dividem entre o apoio deslavado a Moro, dado por Eliane Cantanhede, para quem “a sociedade não está dando bola para os diálogos de Moro”, e a análise mais cética e detida de Vera Magalhães, que aponta para os vários problemas de ordem política enfrentados pelo ministro.
A cobertura de O Globo continua a martelar a questão da segurança de dados, agora inclusive na manchete da edição de domingo. Dos 7 textos que citam a Vaza Jato, cinco discutem diretamente a questão do hacking. O jornal traz não apenas reportagens sobre a falta de segurança de dados no governo, com sobre suposto crescimento de ataques virtuais. Há também uma entrevista com Carlos Velloso, ex-ministro do STF, que afirma serem nulas as provas obtidas de forma ilegal, destacando que a Lava Jato não deve ser afetada pelo vazamento das conversas.
No sétimo dia de cobertura do escândalo Vaza Jato encontramos os jornais assumindo posições bastante díspares. A Folha de São Paulo continua a abordar o caso de maneira detalhada e crítica, apoiando-se em opiniões diversas acerca do caso, mas não deixando de explorar os problemas éticos, legais e políticos relativos às ações de Moro e dos procuradores da Lava Jato. O Estadão continua com cobertura tímida e levemente favorável a Moro. E O Globo reafirma sua posição de defesa de Moro e da Lava Jato, como se o caso demandasse posicionamento político antes que profissionalismo jornalístico. Estão presentes novamente em sua cobertura o enquadramento do vazamento de dados combinado ao argumento de nulidade de provas.
No sétimo dia de cobertura do escândalo Vaza Jato, o enquadramento do escândalo como um problema de segurança de dados volta a predominar, após breve interrupção causada pela divulgação do segundo conjunto de textos de The Intercept.
A Folha se mantém como como o jornal com maior número de textos sobre a Vaza Jato: 10 na edição de 16 de junho, dos quais 5 são críticos a Sérgio Moro. Seis textos são de natureza opinativa e bastante críticos à operação e uma reportagem explora as contradições do discurso de Moro, trazendo inclusive depoimentos de advogados que atuaram em processos julgados por ele e que não relatam qualquer abertura do ex-juiz a conversas do tipo das que entreteve com os procuradores da Lava Jato.
O Estadão mantém cobertura tímida do caso, com apenas 6 textos novos, o tom é levemente favorável a Moro. No âmbito das reportagens, o jornal traz reportagem que especula sobre preocupações de congressistas acerca de possíveis vazamentos de suas conversas, e outra que relata a tentativa de Moro de tornar a discussão sobre os vazamentos em um plebiscito sobre a Lava Jato. Duas colunas de opinião se dividem entre o apoio deslavado a Moro, dado por Eliane Cantanhede, para quem “a sociedade não está dando bola para os diálogos de Moro”, e a análise mais cética e detida de Vera Magalhães, que aponta para os vários problemas de ordem política enfrentados pelo ministro.
A cobertura de O Globo continua a martelar a questão da segurança de dados, agora inclusive na manchete da edição de domingo. Dos 7 textos que citam a Vaza Jato, cinco discutem diretamente a questão do hacking. O jornal traz não apenas reportagens sobre a falta de segurança de dados no governo, com sobre suposto crescimento de ataques virtuais. Há também uma entrevista com Carlos Velloso, ex-ministro do STF, que afirma serem nulas as provas obtidas de forma ilegal, destacando que a Lava Jato não deve ser afetada pelo vazamento das conversas.
No sétimo dia de cobertura do escândalo Vaza Jato encontramos os jornais assumindo posições bastante díspares. A Folha de São Paulo continua a abordar o caso de maneira detalhada e crítica, apoiando-se em opiniões diversas acerca do caso, mas não deixando de explorar os problemas éticos, legais e políticos relativos às ações de Moro e dos procuradores da Lava Jato. O Estadão continua com cobertura tímida e levemente favorável a Moro. E O Globo reafirma sua posição de defesa de Moro e da Lava Jato, como se o caso demandasse posicionamento político antes que profissionalismo jornalístico. Estão presentes novamente em sua cobertura o enquadramento do vazamento de dados combinado ao argumento de nulidade de provas.
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