Por Umberto Martins, no site da CTB:
Enquanto o presidente Jair Bolsonaro esmera-se na arte de achincalhar a imagem do Brasil no exterior, com um escândalo de 39 quilos a bordo de um avião presidencial, o IBGE divulga mais um retrato aterrador do mercado de trabalho brasileiro.
O número de trabalhadoras e trabalhadores considerados subutilizados, que inclui desempregados, desalentados e subocupados, subiu a 28,5 milhões, um trágico recorde. Desempregados diretos (que continuam procurando emprego diariamente, mas não encontram) são 13 milhões. Para quem é jovem o cenário é mais sombrio: 27% estão desocupados. A informalidade continua em alta, em detrimento do trabalho formal, com carteira assinada.
Indiferença
O governo de extrema direita comporta-se como quem não tem responsabilidade alguma pelo drama e também como se nada pudesse fazer (e de fato nada faz) para minorar o sofrimento do povo trabalhador, uma posição de absoluta indiferença amparada na ideologia do Estado mínimo. Aproveita a desgraça para fazer chantagem com a reforma da Previdência, com o falso e requentado argumento (usado igualmente para impor a reforma trabalhista) de que sem reformar o sistema de aposentadorias, privatizando-o, o Brasil quebra e o mercado de trabalho continuará deprimido.
Mais do que um número, o desemprego é um flagelo para milhões de famílias brasileiras. Significa fome em muitos lares humildes. É, adicionalmente, um veneno para a economia, pois traduz um desperdício colossal de forças produtivas. É o trabalhador que transforma e agrega valor às mercadorias. Ocioso, é sinônimo de perda para o PIB e o desenvolvimento nacional.
Embora o Palácio do Planalto faça de conta que o problema não é dele, a responsabilidade do governo é total. A causa mais relevante da estagnação da economia e do desemprego em massa, que persistem depois de dois anos de uma severa recessão (2015-2016) é a política econômica do governo.
O novo regime fiscal imposto pelo golpe de 2016, radicalizada pelo atual governo, com congelamento e cortes generalizados dos gastos e investimentos públicos é o vilão maior, mas também contam a reforma trabalhista e a terceirização irrestrita, que depreciaram o valor da força de trabalho e precarizam ainda mais as relações entre capital e trabalho, contribuindo para o empobrecimento do povo e o enfraquecimento do mercado interno.
Política fiscal
Até o presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia, um neoliberal de carteirinha, reconheceu que sem mudar a política fiscal e ampliar gastos e investimentos públicos não teremos recuperação da economia e do emprego. Com cortes infindos nos recursos para saúde, ciência, infraestrutura, meio ambiente e programas sociais, o impasse aumenta e o futuro que se delineia é o da recessão.
A política de restauração neoliberal é altamente nociva e contrária aos interesses nacionais, enfraquece o Brasil, deprime a demanda interna e perpetua nosso subdesenvolvimento. Cabe destacar o impacto negativo sobre a taxa de investimento, que é a força motriz do crescimento da produção e no primeiro trimestre deste ano chegou ao seu menor nível (15,5%) nos últimos 50 anos.
A suposição neoliberal de que, com privatização e cortes na saúde, educação e previdência os investimentos privados vão compensar a ausência do Estado é ilusória, não tem respaldo na realidade. O que a experiência histórica demonstra, especialmente no caso do Brasil, é que sem investimentos públicos a economia continuará patinando e tende a resvalar novamente para a recessão.
A política do governo, com cortes generalizados, compromete a ciência, a Educação, os direitos sociais e o futuro. Vai na contramão das medidas necessárias para recolocar o país no rumo do desenvolvimento. A olímpica indiferença em relação ao desemprego é um crime contra o povo brasileiro e os interesses nacionais.
O número de trabalhadoras e trabalhadores considerados subutilizados, que inclui desempregados, desalentados e subocupados, subiu a 28,5 milhões, um trágico recorde. Desempregados diretos (que continuam procurando emprego diariamente, mas não encontram) são 13 milhões. Para quem é jovem o cenário é mais sombrio: 27% estão desocupados. A informalidade continua em alta, em detrimento do trabalho formal, com carteira assinada.
Indiferença
O governo de extrema direita comporta-se como quem não tem responsabilidade alguma pelo drama e também como se nada pudesse fazer (e de fato nada faz) para minorar o sofrimento do povo trabalhador, uma posição de absoluta indiferença amparada na ideologia do Estado mínimo. Aproveita a desgraça para fazer chantagem com a reforma da Previdência, com o falso e requentado argumento (usado igualmente para impor a reforma trabalhista) de que sem reformar o sistema de aposentadorias, privatizando-o, o Brasil quebra e o mercado de trabalho continuará deprimido.
Mais do que um número, o desemprego é um flagelo para milhões de famílias brasileiras. Significa fome em muitos lares humildes. É, adicionalmente, um veneno para a economia, pois traduz um desperdício colossal de forças produtivas. É o trabalhador que transforma e agrega valor às mercadorias. Ocioso, é sinônimo de perda para o PIB e o desenvolvimento nacional.
Embora o Palácio do Planalto faça de conta que o problema não é dele, a responsabilidade do governo é total. A causa mais relevante da estagnação da economia e do desemprego em massa, que persistem depois de dois anos de uma severa recessão (2015-2016) é a política econômica do governo.
O novo regime fiscal imposto pelo golpe de 2016, radicalizada pelo atual governo, com congelamento e cortes generalizados dos gastos e investimentos públicos é o vilão maior, mas também contam a reforma trabalhista e a terceirização irrestrita, que depreciaram o valor da força de trabalho e precarizam ainda mais as relações entre capital e trabalho, contribuindo para o empobrecimento do povo e o enfraquecimento do mercado interno.
Política fiscal
Até o presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia, um neoliberal de carteirinha, reconheceu que sem mudar a política fiscal e ampliar gastos e investimentos públicos não teremos recuperação da economia e do emprego. Com cortes infindos nos recursos para saúde, ciência, infraestrutura, meio ambiente e programas sociais, o impasse aumenta e o futuro que se delineia é o da recessão.
A política de restauração neoliberal é altamente nociva e contrária aos interesses nacionais, enfraquece o Brasil, deprime a demanda interna e perpetua nosso subdesenvolvimento. Cabe destacar o impacto negativo sobre a taxa de investimento, que é a força motriz do crescimento da produção e no primeiro trimestre deste ano chegou ao seu menor nível (15,5%) nos últimos 50 anos.
A suposição neoliberal de que, com privatização e cortes na saúde, educação e previdência os investimentos privados vão compensar a ausência do Estado é ilusória, não tem respaldo na realidade. O que a experiência histórica demonstra, especialmente no caso do Brasil, é que sem investimentos públicos a economia continuará patinando e tende a resvalar novamente para a recessão.
A política do governo, com cortes generalizados, compromete a ciência, a Educação, os direitos sociais e o futuro. Vai na contramão das medidas necessárias para recolocar o país no rumo do desenvolvimento. A olímpica indiferença em relação ao desemprego é um crime contra o povo brasileiro e os interesses nacionais.
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