Por Jeferson Miola, em seu blog:
O embaixador Samuel Pinheiro Guimarães foi Secretário-Geral do Itamaraty. E um dos artífices da política externa altiva e ativa do presidente Lula ao lado de Celso Amorim e Marco Aurélio Garcia.
Samuel é um intelectual profundamente implicado com o encontro do Brasil com seu destino como nação soberana, justa, democrática e igualitária. Sua obra, sua carreira e seus estudos são dedicados a isso.
Na lúcida [e não menos irritada] entrevista que concedeu ao site The Intercept Brasil [ler aqui], Samuel transparece um sentimento impaciente e indócil – comportamento absolutamente estranho a um diplomata experiente como ele – com os rumos catastróficos dados ao Brasil pela extrema-direita.
Independentemente do grau de concordância que cada um possa ter com as opiniões expressas por Samuel na entrevista – como, por exemplo, a respeito dos militares –, o fato é que ele provoca reflexões de enorme valia neste momento histórico tão carente de problematizações inovadoras.
Há um aspecto da personalidade do Samuel que não pode ser menosprezado, e que se revelou de maneira genuína na entrevista, que é o da ironia fina.
A ironia tem o poder mais corrosivo da crítica política.
Os entrevistadores do Intercept comentaram a Samuel sobre o embaraço e constrangimento do embaixador Seixas Corrêa, que é sogro do Ernesto Araújo, com os delírios do genro; ao que Samuel respondeu, reconhecendo motivos de sobra para o embaraço do sogro:
“Claro, com um louco dentro de casa. Ele [Seixas Corrêa] não me disse nada, nem eu ia perguntar, é uma coisa constrangedora. O marido da filha, você tem que defender minimamente”.
Samuel foi certeiro: Araújo é como um “louco na casa do sogro”.
O embaixador Samuel Pinheiro Guimarães foi Secretário-Geral do Itamaraty. E um dos artífices da política externa altiva e ativa do presidente Lula ao lado de Celso Amorim e Marco Aurélio Garcia.
Samuel é um intelectual profundamente implicado com o encontro do Brasil com seu destino como nação soberana, justa, democrática e igualitária. Sua obra, sua carreira e seus estudos são dedicados a isso.
Na lúcida [e não menos irritada] entrevista que concedeu ao site The Intercept Brasil [ler aqui], Samuel transparece um sentimento impaciente e indócil – comportamento absolutamente estranho a um diplomata experiente como ele – com os rumos catastróficos dados ao Brasil pela extrema-direita.
Independentemente do grau de concordância que cada um possa ter com as opiniões expressas por Samuel na entrevista – como, por exemplo, a respeito dos militares –, o fato é que ele provoca reflexões de enorme valia neste momento histórico tão carente de problematizações inovadoras.
Há um aspecto da personalidade do Samuel que não pode ser menosprezado, e que se revelou de maneira genuína na entrevista, que é o da ironia fina.
A ironia tem o poder mais corrosivo da crítica política.
Os entrevistadores do Intercept comentaram a Samuel sobre o embaraço e constrangimento do embaixador Seixas Corrêa, que é sogro do Ernesto Araújo, com os delírios do genro; ao que Samuel respondeu, reconhecendo motivos de sobra para o embaraço do sogro:
“Claro, com um louco dentro de casa. Ele [Seixas Corrêa] não me disse nada, nem eu ia perguntar, é uma coisa constrangedora. O marido da filha, você tem que defender minimamente”.
Samuel foi certeiro: Araújo é como um “louco na casa do sogro”.
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