Por Kiko Nogueira, no Diário do Centro do Mundo:
Moro está a caminho de voltar a ser o personagem menor que sempre foi, um cunhado de Nelson Rodrigues.
Vai sendo fritado por Jair Bolsonaro, que não se manifestou publicamente sobre o escândalo da Lava Jato e declarou um apoio envergonhado.
Bolsonaro sabe que o ministro tem um projeto de poder próprio.
Cauteloso, não sabe o que virá por aí nos vazamentos do Intercept envolvendo a nomeação do ex-juiz para o governo.
Mas é a mídia que construiu Moro que o está rifando de maneira inclemente.
A Globo ensaia uma defesa da dupla Moro e Dallagnol, mas os fatos teimam em contradizê-la. O apoio vai até a página 2.
O Estadão, em editorial, afirma que “não foram poucas as vezes em que as suspeitas levantadas pela Lava Jato custaram o cargo a ministros de Estado, incapazes de se explicar”.
Mais: “Se Sergio Moro continuar a dizer que é normal o que evidentemente não é, sua permanência no governo vai se tornar insustentável”.
A Folha é mais dura: “Mensagens oriundas de ato ilícito mostram comportamento às raias da promiscuidade”.
“Não é forçando limites da lei que se debela a corrupção. Quando o devido processo não é estritamente seguido, só a delinquência vence”, crava.
Cedo ou tarde, Sergio Moro teria de acordar para o fato de que sua glória era passageira e que ele, assim que deixasse de ser útil, seria descartado por aqueles que o inventaram.
Vide Joaquim Barbosa.
Onde está “o menino pobre que mudou o Brasil”?
Aposentado, deu uma ou outra cacetada no PSDB, criticou o impeachment de Dilma, ensaiou uma candidatura a presidente e então desapareceu na noite.
O sistema que insuflou seu ego e lhe deu asas fez o mesmo com Moro.
O sujeito acreditou no papel que o establishment lhe deu e tentou voar até o sol.
As asas do ícaro maringaense queimaram.
Se fosse inteligente, mais do que ambicioso, teria olhado para a foto de JB e enxergado a si mesmo.
Inteligência, porém, não é o forte do Conje. Esperteza, sim. Quando se viu entregue a si mesmo, virou um ministro constrangedor.
Agora ele precisa vazar - para que entre outro em seu lugar.
Vai sendo fritado por Jair Bolsonaro, que não se manifestou publicamente sobre o escândalo da Lava Jato e declarou um apoio envergonhado.
Bolsonaro sabe que o ministro tem um projeto de poder próprio.
Cauteloso, não sabe o que virá por aí nos vazamentos do Intercept envolvendo a nomeação do ex-juiz para o governo.
Mas é a mídia que construiu Moro que o está rifando de maneira inclemente.
A Globo ensaia uma defesa da dupla Moro e Dallagnol, mas os fatos teimam em contradizê-la. O apoio vai até a página 2.
O Estadão, em editorial, afirma que “não foram poucas as vezes em que as suspeitas levantadas pela Lava Jato custaram o cargo a ministros de Estado, incapazes de se explicar”.
Mais: “Se Sergio Moro continuar a dizer que é normal o que evidentemente não é, sua permanência no governo vai se tornar insustentável”.
A Folha é mais dura: “Mensagens oriundas de ato ilícito mostram comportamento às raias da promiscuidade”.
“Não é forçando limites da lei que se debela a corrupção. Quando o devido processo não é estritamente seguido, só a delinquência vence”, crava.
Cedo ou tarde, Sergio Moro teria de acordar para o fato de que sua glória era passageira e que ele, assim que deixasse de ser útil, seria descartado por aqueles que o inventaram.
Vide Joaquim Barbosa.
Onde está “o menino pobre que mudou o Brasil”?
Aposentado, deu uma ou outra cacetada no PSDB, criticou o impeachment de Dilma, ensaiou uma candidatura a presidente e então desapareceu na noite.
O sistema que insuflou seu ego e lhe deu asas fez o mesmo com Moro.
O sujeito acreditou no papel que o establishment lhe deu e tentou voar até o sol.
As asas do ícaro maringaense queimaram.
Se fosse inteligente, mais do que ambicioso, teria olhado para a foto de JB e enxergado a si mesmo.
Inteligência, porém, não é o forte do Conje. Esperteza, sim. Quando se viu entregue a si mesmo, virou um ministro constrangedor.
Agora ele precisa vazar - para que entre outro em seu lugar.
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