Por Fernando Rosa, no blog Senhor X:
A “Diretriz do Comandante do Exército” para o ano de 2019, assinada pelo Comandante do Exército, general Edson Leal Pujol, tem como premissa (leia-se preocupação) o “fortalecimento da imagem do Exército como instituição de Estado, coesa e integrada à sociedade”. A diretriz também destaca que a profissão militar torna o “cidadão fardado” diferente dos demais segmentos da sociedade, em direitos e deveres. E defende que os “herdeiros de Caxias devem abraçar a modernidade sem descuidar-se dos aspectos que consubstanciam a ética militar”.
Considerando os fatos que envolvem a atuação dos militares na vida social e política do país nesses últimos anos, o Comando do Exército deve mesmo se preocupar com imagem da instituição. O Exército deve explicações sérias à sociedade, por exemplo, sobre o seu papel na intervenção do Rio de Janeiro e o “legado” que deixaram. De outra parte, nada justifica a tentativa dos militares de, sob o argumento de questionáveis diferenças, safarem-se da reforma da Previdência e, ainda por cima, impor um aumento de seus soldos.
O “legado” que a intervenção deixou no Rio de Janeiro depõe contra “a imagem do Exército como instituição de Estado, coesa e integrada à sociedade”, como prega a diretriz do Comando. A conivência com as milícias durante a intervenção permitiu que as forças paramilitares se armassem com fuzis M27, de propriedade privativa dos “mariners” norte-americanos, e atuassem abertamente em favor da eleição de Bolsonaro. O silêncio sobre o assassinato da vereadora Marielle e o brutal assassinato do músico Evaldo Rosa, metralhado por uma patrulha militar, por sua vez, contrariam a premissa da “integração à sociedade”.
Aboletado no Poder, o “partido do Exército” pretende valer-se de uma suposta “diferença” funcional para fugir de pagar sua parcela na conta da reforma da Previdência que o governo quer jogar nas costas dos trabalhadores e dos mais pobres. Mais grave ainda é a tentativa de contrabandear um “dissídio coletivo” para garantir robustos aumentos salariais e manter privilégios, como as pensões de suas filhas solteiras. Uma postura corporativista que, por exemplo, não se viu em favor do orçamento da instituição e da defesa nacional, reduzido por sucessivos cortes, após o golpe que ajudaram a patrocinar.
O Exército, de outra parte, já tem na conta de seu governo afundar o país na recessão, com queda do PIB abaixo de 1,3%, ameaça de estagnação e desemprego de mais de 14 milhões de trabalhadores. Além de quebrar o país, ainda patrocina e avaliza a entrega do patrimônio nacional como a Embraer, a Petrobras, a base de Alcântara, o submarino nuclear e outras empresas estratégicas. Em menos de seis meses de governo, apoiaram medidas que comprometem criminosamente o futuro do Brasil por várias gerações, em diferentes áreas econômicas e sociais.
A conspiração de generais ávidos por cargos atrelou a instituição a um candidato de notório passado desabonador, afastado da corporação e tido como “mau militar” pelo general Ernesto Geisel. Sem medir consequências, quebraram os princípios da hierarquia e da disciplina, e introduziram a política no interior dos quartéis, aliando-se a toda sorte de lunáticos e lacaios do imperialismo norte-americano. Assim, os herdeiros do general Sylvio Frota abandonaram a premissa da “ética militar” da defesa dos interesses da Nação para bater continência à bandeira dos Estados Unidos e, novamente, tratar o povo como inimigo.
Considerando os fatos que envolvem a atuação dos militares na vida social e política do país nesses últimos anos, o Comando do Exército deve mesmo se preocupar com imagem da instituição. O Exército deve explicações sérias à sociedade, por exemplo, sobre o seu papel na intervenção do Rio de Janeiro e o “legado” que deixaram. De outra parte, nada justifica a tentativa dos militares de, sob o argumento de questionáveis diferenças, safarem-se da reforma da Previdência e, ainda por cima, impor um aumento de seus soldos.
O “legado” que a intervenção deixou no Rio de Janeiro depõe contra “a imagem do Exército como instituição de Estado, coesa e integrada à sociedade”, como prega a diretriz do Comando. A conivência com as milícias durante a intervenção permitiu que as forças paramilitares se armassem com fuzis M27, de propriedade privativa dos “mariners” norte-americanos, e atuassem abertamente em favor da eleição de Bolsonaro. O silêncio sobre o assassinato da vereadora Marielle e o brutal assassinato do músico Evaldo Rosa, metralhado por uma patrulha militar, por sua vez, contrariam a premissa da “integração à sociedade”.
Aboletado no Poder, o “partido do Exército” pretende valer-se de uma suposta “diferença” funcional para fugir de pagar sua parcela na conta da reforma da Previdência que o governo quer jogar nas costas dos trabalhadores e dos mais pobres. Mais grave ainda é a tentativa de contrabandear um “dissídio coletivo” para garantir robustos aumentos salariais e manter privilégios, como as pensões de suas filhas solteiras. Uma postura corporativista que, por exemplo, não se viu em favor do orçamento da instituição e da defesa nacional, reduzido por sucessivos cortes, após o golpe que ajudaram a patrocinar.
O Exército, de outra parte, já tem na conta de seu governo afundar o país na recessão, com queda do PIB abaixo de 1,3%, ameaça de estagnação e desemprego de mais de 14 milhões de trabalhadores. Além de quebrar o país, ainda patrocina e avaliza a entrega do patrimônio nacional como a Embraer, a Petrobras, a base de Alcântara, o submarino nuclear e outras empresas estratégicas. Em menos de seis meses de governo, apoiaram medidas que comprometem criminosamente o futuro do Brasil por várias gerações, em diferentes áreas econômicas e sociais.
A conspiração de generais ávidos por cargos atrelou a instituição a um candidato de notório passado desabonador, afastado da corporação e tido como “mau militar” pelo general Ernesto Geisel. Sem medir consequências, quebraram os princípios da hierarquia e da disciplina, e introduziram a política no interior dos quartéis, aliando-se a toda sorte de lunáticos e lacaios do imperialismo norte-americano. Assim, os herdeiros do general Sylvio Frota abandonaram a premissa da “ética militar” da defesa dos interesses da Nação para bater continência à bandeira dos Estados Unidos e, novamente, tratar o povo como inimigo.
Só pode ser facke. Não consigo acreditar que possa no exercito brasileiro, comandado pelo Tio San, possa ter algum general que tenha escrito isto.
ResponderExcluirBasta lembrar o que recém deixou o camando e os que estão no governo do Bolsonaro.