Da Rede Brasil Atual:
A relação da Rede Globo com o juiz Sergio Moro e os procuradores da Operação Lava Jato é uma ameaça à democracia no país, defendeu hoje (12) o professor da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP) Laurindo Lalo Leal Filho, em entrevista à edição da tarde do Jornal Brasil Atual, na Rádio Brasil Atual. “Esse compromisso da mídia com o Sergio Moro e a Lava Jato vem sendo um grande entrave para o processo democrático brasileiro, porque apenas uma visão do processo está sendo veiculada pela mídia. Essa aproximação é antidemocrática, inconstitucional e de alguma maneira precisa ser enfrentada por aqueles que querem defender a democracia no Brasil”, disse o especialista em análise da mídia televisiva.
Na entrevista ao jornalista Rafael Garcia, Lalo comentou sobre o papel que a mídia tradicional vem desempenhando para desqualificar a informação, desde domingo (9), quando o site de notícias The Intercept divulgou o conteúdo de conversas entre o juiz Sergio Moro e o procurador federal Deltan Dallagnol, mostrando o juiz em franca atuação como orientador da acusação ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o que fere princípios legais.
A mídia tentou criminalizar o vazamento dessas mensagens entre celulares, defendeu o professor. “E agora em entrevista ao site A.Pública, o jornalista Glenn Greenwald, do The Intercept, fala também de uma intersecção muito próxima entre o grupo Globo de comunicação e as atividades da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba”, disse.
“Agora pego por esse flagrante do The Intercept fica muito difícil para a Rede Globo recuar desse processo. Ela não poderia de um dia para outro, ou do domingo para a segunda-feira, mudar todo o discurso elogioso ao Sergio Moro, que ela vem fazendo ao longo dos anos”, acrescentou Lalo. “Então, ela vem sendo obrigada a buscar subterfúgios para reduzir o dano causado a ela, e ao Sergio Moro pela reportagem do The Intercept. Nesse processo, a Globo passa a não discutir o conteúdo dos diálogos divulgados e apenas questiona a forma, que é o que interessa ao Sergio Moro e aos procuradores”, disse, referindo-se a críticas de que os vazamentos seriam ilegais.
Com relação à mídia em geral, o professor diz que foi vergonhoso o que aconteceu na segunda-feira (10), após a divulgação do material do The Intercept. “Os três maiores jornais brasileiros colocaram uma pequena nota, no pé da página, sem nenhum destaque, quando essa deveria ser a grande manchete nacional, sob qualquer ótica jornalística.”
Ele lembrou que Glenn Greenwald já informou ter muito mais informações. “E a implicação da Globo com os procuradores da Lava Jato e com o Sergio Moro pode vir à tona de uma maneira absurda, porque o que deve haver de documentação, de transcrições, de conversas entre a Lava Jato e a Rede Globo, acertando até detalhes de como as matérias, as informações, deveriam ser divulgadas.”
Na entrevista ao jornalista Rafael Garcia, Lalo comentou sobre o papel que a mídia tradicional vem desempenhando para desqualificar a informação, desde domingo (9), quando o site de notícias The Intercept divulgou o conteúdo de conversas entre o juiz Sergio Moro e o procurador federal Deltan Dallagnol, mostrando o juiz em franca atuação como orientador da acusação ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o que fere princípios legais.
A mídia tentou criminalizar o vazamento dessas mensagens entre celulares, defendeu o professor. “E agora em entrevista ao site A.Pública, o jornalista Glenn Greenwald, do The Intercept, fala também de uma intersecção muito próxima entre o grupo Globo de comunicação e as atividades da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba”, disse.
“Agora pego por esse flagrante do The Intercept fica muito difícil para a Rede Globo recuar desse processo. Ela não poderia de um dia para outro, ou do domingo para a segunda-feira, mudar todo o discurso elogioso ao Sergio Moro, que ela vem fazendo ao longo dos anos”, acrescentou Lalo. “Então, ela vem sendo obrigada a buscar subterfúgios para reduzir o dano causado a ela, e ao Sergio Moro pela reportagem do The Intercept. Nesse processo, a Globo passa a não discutir o conteúdo dos diálogos divulgados e apenas questiona a forma, que é o que interessa ao Sergio Moro e aos procuradores”, disse, referindo-se a críticas de que os vazamentos seriam ilegais.
Com relação à mídia em geral, o professor diz que foi vergonhoso o que aconteceu na segunda-feira (10), após a divulgação do material do The Intercept. “Os três maiores jornais brasileiros colocaram uma pequena nota, no pé da página, sem nenhum destaque, quando essa deveria ser a grande manchete nacional, sob qualquer ótica jornalística.”
Ele lembrou que Glenn Greenwald já informou ter muito mais informações. “E a implicação da Globo com os procuradores da Lava Jato e com o Sergio Moro pode vir à tona de uma maneira absurda, porque o que deve haver de documentação, de transcrições, de conversas entre a Lava Jato e a Rede Globo, acertando até detalhes de como as matérias, as informações, deveriam ser divulgadas.”
Ouça a íntegra da entrevista [aqui].
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