Editorial do site Vermelho:
Numa manobra acintosa, o governo Bolsonaro anuncia que a proposta de “reforma” da Previdência Social vai a voto no plenário da Câmara dos Deputados no início da próxima semana. É uma tentativa de passar o rolo compressor sobre a resistência, impedindo uma maior mobilização popular e ampliação das articulações dos deputados de oposição. Bolsonaro e seus aliados querem aprovar essa maldade de afogadilho porque sabem que com mais debates suas chances reduzem drasticamente.
A aprovação da proposta na comissão especial da Câmara dos Deputados se deu num palco em que a sua essência foi exposta na íntegra. Os partidos que se opõem a essa maldade inominável para o povo trabalhador souberam ocupar cada segundo para esmiuçar o texto do relator, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) - a nova versão da proposta -, não deixando pedra sobre pedra sobre as falácias governistas.
Ficou bem demonstrado o que é a agenda do governo Bolsonaro, a pauta que baliza suas ações, um festival de atentados aos direitos do povo e à soberania do país. Mesmo com a montagem do rolo compressor, que tentou esmagar os argumentos que ecoaram dos microfones oposicionistas à força de provocações, foi possível passar a limpo todos os pontos da proposta, emendados ou não. E o que se viu foi um rosário de crueldades que de tão berrante não tinha como ser defendido.
Daí o desfile de cinismo, de tergiversações e de histrionismo dos governistas para tentar defender o indefensável. Tudo isso coroado pelo espetáculo grotesco de deputados bolsonaristas elogiando efusivamente a obra horrenda que produziram. Comemoraram como se não houvesse amanhã, festejando um ato que aponta para uma monstruosidade contra a classe trabalhadora, em especial os que ganham menos.
Mas o amanhã vem chegando. Ele se anuncia como mais uma rodada de mobilizações populares, que reunirá em protesto trabalhadores e estudantes – a pauta bolsonarista tem como prioridade a “reforma” da Previdência e o desmonte de instituições de ensino. Há outras iniciativas em andamento, como o abaixo-assinado contra a “reforma” que será entregue ao Congresso Nacional, também passos importantes para o combate ao saco de maldades do governo.
Pode-se concluir que algumas mudanças na proposta original do governo – como a exclusão da capitalização, as mudanças no Benefício de Prestação Continuada (BPC) e o veto à desconstitucionalização das regras que definem idade e tempo de contribuição mínimos, o que permitiria que futuras mudanças pudessem ser feitas por meio de projeto de lei, que exige quórum menor do que a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) – foram resultado da pressão popular. Mas a sua essência permanece intocada.
Essa performance da oposição tem grande dimensão. Ela deu base para mais um salto na organização popular ao mostrar que, no debate do que realmente interessa sobre a proposta do governo, os governistas são obrigados a dobrar a língua. No mérito, eles não têm como sustentar seus argumentos, um dado que serve para as organizações sociais amplificar o que de fato está em jogo e canalizar a indignação popular para ações efetivas de combate às perversidades da “reforma”.
Nesse curto espaço de tempo até a ignição do rolo compressor bolsonarista, essa indignação deve ser potencializada ao máximo. Eles dão o assunto como resolvido, num coro alucinado puxado pelos grandes veículos da mídia, mas na verdade estão com medo do povo, o motivo desse afobamento, dessa correria para tentar pegar os opositores da proposta desarmados. A hora é grave e exige todo empenho para enfrentar esse retrocesso, essa insanidade contra o povo.
Numa manobra acintosa, o governo Bolsonaro anuncia que a proposta de “reforma” da Previdência Social vai a voto no plenário da Câmara dos Deputados no início da próxima semana. É uma tentativa de passar o rolo compressor sobre a resistência, impedindo uma maior mobilização popular e ampliação das articulações dos deputados de oposição. Bolsonaro e seus aliados querem aprovar essa maldade de afogadilho porque sabem que com mais debates suas chances reduzem drasticamente.
A aprovação da proposta na comissão especial da Câmara dos Deputados se deu num palco em que a sua essência foi exposta na íntegra. Os partidos que se opõem a essa maldade inominável para o povo trabalhador souberam ocupar cada segundo para esmiuçar o texto do relator, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) - a nova versão da proposta -, não deixando pedra sobre pedra sobre as falácias governistas.
Ficou bem demonstrado o que é a agenda do governo Bolsonaro, a pauta que baliza suas ações, um festival de atentados aos direitos do povo e à soberania do país. Mesmo com a montagem do rolo compressor, que tentou esmagar os argumentos que ecoaram dos microfones oposicionistas à força de provocações, foi possível passar a limpo todos os pontos da proposta, emendados ou não. E o que se viu foi um rosário de crueldades que de tão berrante não tinha como ser defendido.
Daí o desfile de cinismo, de tergiversações e de histrionismo dos governistas para tentar defender o indefensável. Tudo isso coroado pelo espetáculo grotesco de deputados bolsonaristas elogiando efusivamente a obra horrenda que produziram. Comemoraram como se não houvesse amanhã, festejando um ato que aponta para uma monstruosidade contra a classe trabalhadora, em especial os que ganham menos.
Mas o amanhã vem chegando. Ele se anuncia como mais uma rodada de mobilizações populares, que reunirá em protesto trabalhadores e estudantes – a pauta bolsonarista tem como prioridade a “reforma” da Previdência e o desmonte de instituições de ensino. Há outras iniciativas em andamento, como o abaixo-assinado contra a “reforma” que será entregue ao Congresso Nacional, também passos importantes para o combate ao saco de maldades do governo.
Pode-se concluir que algumas mudanças na proposta original do governo – como a exclusão da capitalização, as mudanças no Benefício de Prestação Continuada (BPC) e o veto à desconstitucionalização das regras que definem idade e tempo de contribuição mínimos, o que permitiria que futuras mudanças pudessem ser feitas por meio de projeto de lei, que exige quórum menor do que a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) – foram resultado da pressão popular. Mas a sua essência permanece intocada.
Essa performance da oposição tem grande dimensão. Ela deu base para mais um salto na organização popular ao mostrar que, no debate do que realmente interessa sobre a proposta do governo, os governistas são obrigados a dobrar a língua. No mérito, eles não têm como sustentar seus argumentos, um dado que serve para as organizações sociais amplificar o que de fato está em jogo e canalizar a indignação popular para ações efetivas de combate às perversidades da “reforma”.
Nesse curto espaço de tempo até a ignição do rolo compressor bolsonarista, essa indignação deve ser potencializada ao máximo. Eles dão o assunto como resolvido, num coro alucinado puxado pelos grandes veículos da mídia, mas na verdade estão com medo do povo, o motivo desse afobamento, dessa correria para tentar pegar os opositores da proposta desarmados. A hora é grave e exige todo empenho para enfrentar esse retrocesso, essa insanidade contra o povo.
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