Por Manuel Domingos Neto
Sempre que os nordestinos são injuriados ocorrem pungentes demonstrações de amor ao torrão natal e de o quanto somos valorosos.
Correm listas de grandes poetas, escritores e artistas mostrando “nossa contribuição” à cultura brasileira.
Nas listagens, mistura-se de um tudo. Conservadores e reacionários cujos corações nunca palpitaram com o dos pobres marcam presença ao lado de gente que sonhou com a superação das iniquidades legadas do tempo colonial.
Políticos de todos os matizes ganham uma só cor na falsa defesa do “Nordeste ultrajado”. Fatura melhor quem afaga mais habilmente o amor próprio dos injuriados. Vale até a demagogia patética do “Nordeste independente”.
Mais injúrias, mais ganham os falsos defensores de nossa região. Tudo ocorre para que nada mude em essência.
O Nordeste é importante porque é importante, ora mais. E também porque sem ele não haveria o Brasil!
Sempre que os nordestinos são injuriados ocorrem pungentes demonstrações de amor ao torrão natal e de o quanto somos valorosos.
Correm listas de grandes poetas, escritores e artistas mostrando “nossa contribuição” à cultura brasileira.
Nas listagens, mistura-se de um tudo. Conservadores e reacionários cujos corações nunca palpitaram com o dos pobres marcam presença ao lado de gente que sonhou com a superação das iniquidades legadas do tempo colonial.
Políticos de todos os matizes ganham uma só cor na falsa defesa do “Nordeste ultrajado”. Fatura melhor quem afaga mais habilmente o amor próprio dos injuriados. Vale até a demagogia patética do “Nordeste independente”.
Mais injúrias, mais ganham os falsos defensores de nossa região. Tudo ocorre para que nada mude em essência.
O Nordeste é importante porque é importante, ora mais. E também porque sem ele não haveria o Brasil!
O sertão nordestino visto como terra inclemente alimentou por séculos o litoral. Sem o vaqueiro, o Brasil não teria exportado açúcar, ouro, cacau, café e borracha natural. Carne seca, rapadura, farinha de mandioca e cachaça produzidas no que hoje se chama Nordeste constituíram dieta alimentar das zonas exportadoras.
A primeira canção nacional brasileira, no sentido de que todos os compatriotas conheciam e apreciavam, foi “o meu boi morreu, que será de mim, manda buscar outro, maninha, lá no Piauí”.
Quando a pecuária sertaneja entrou em crise, lá se vai mais de um século, os descendentes dos vaqueiros se espalharam em todas as direções, desenhando efetivamente o mapa brasileiro. Ocuparam a Amazônia, fixando as fronteiras de um dos maiores países do mundo. O Acre é obra de nordestinos, assim como Roraima, Rondônia, Amapá... Sagacidade diplomática e força bruta nunca bastaram para definir limites territoriais!
Nordestinos construíram as megalópoles brasileiras. Haveria São Paulo e Rio de Janeiro sem os sertanejos expulsos da terra natal pelo descaso do poder público? Brasília, a estonteante, existiria?
Não foi apenas a imigração que garantiu a mão de obra para erguer o Brasil. As migrações internas forçadas pelo empobrecimento é que deram efetivamente conta do recado!
Sem o Nordeste, a industrialização do Sudeste seria inviável. Primeiro, pela garantia de mão de obra farta e barata. Segundo, pela garantia de mercado consumidor cativo para suas manufaturas. Terceiro, porque as divisas resultantes das exportações nordestinas ajudaram a financiar as importações demandadas pela industrialização sudestina. Celso Furtado e Chico de Oliveira ilustraram o perverso fluxo triangular de riqueza em prejuízo do Nordeste.
O Nordeste foi empobrecido para que o Sudeste enricasse.
Ao longo de sua existência, o Estado Brasileiro concentrou seus dispêndios no Rio de Janeiro, em São Paulo e Minas.
Essa perversidade foi alimentada por políticos nordestinos que sempre derramam lágrimas de jacarés quando falam da pobreza regional sem nunca se erguerem contra o tipo de desenvolvimento concentrador de riqueza.
Já imaginaram como seria o Nordeste se os recursos nacionais investidos nas grandes universidades brasileiras fossem distribuídos equitativamente? Quando Minas já tinha onze universidades federais, o Piauí mal tinha uma!
E se a Fiocruz fosse sediada em Campina Grande, a Embraer em Maranguape, o ITA em Picos?
E se os grandes estaleiros navais fossem distribuídos nas capitais litorâneas do Nordeste?
E se as dispendiosas instalações militares não tivessem sido concentradas no Rio de Janeiro? Certamente haveria menos militares bolsonaristas e mais militares brasileiros!
A raiva que Bolsonaro mostra com o nordestino é a mesma que revela contra o pobre de qualquer lugar do Brasil e do mundo. Esse mau elemento traduz fielmente o sentimento dos que se pretendem donos de tudo.
A única postura digna dos governadores nordestinos frente a este sujeito é somar esforços com todos os democratas brasileiros para tirá-lo da cadeira. Quantos crimes de responsabilidade esse cara ainda terá que cometer? Quantos generais ainda terá que agredir? Quantas estripulias institucionais? Coragem, governadores!
Precisamos de novas eleições. Eleições de verdade, com Lula livre!
A primeira canção nacional brasileira, no sentido de que todos os compatriotas conheciam e apreciavam, foi “o meu boi morreu, que será de mim, manda buscar outro, maninha, lá no Piauí”.
Quando a pecuária sertaneja entrou em crise, lá se vai mais de um século, os descendentes dos vaqueiros se espalharam em todas as direções, desenhando efetivamente o mapa brasileiro. Ocuparam a Amazônia, fixando as fronteiras de um dos maiores países do mundo. O Acre é obra de nordestinos, assim como Roraima, Rondônia, Amapá... Sagacidade diplomática e força bruta nunca bastaram para definir limites territoriais!
Nordestinos construíram as megalópoles brasileiras. Haveria São Paulo e Rio de Janeiro sem os sertanejos expulsos da terra natal pelo descaso do poder público? Brasília, a estonteante, existiria?
Não foi apenas a imigração que garantiu a mão de obra para erguer o Brasil. As migrações internas forçadas pelo empobrecimento é que deram efetivamente conta do recado!
Sem o Nordeste, a industrialização do Sudeste seria inviável. Primeiro, pela garantia de mão de obra farta e barata. Segundo, pela garantia de mercado consumidor cativo para suas manufaturas. Terceiro, porque as divisas resultantes das exportações nordestinas ajudaram a financiar as importações demandadas pela industrialização sudestina. Celso Furtado e Chico de Oliveira ilustraram o perverso fluxo triangular de riqueza em prejuízo do Nordeste.
O Nordeste foi empobrecido para que o Sudeste enricasse.
Ao longo de sua existência, o Estado Brasileiro concentrou seus dispêndios no Rio de Janeiro, em São Paulo e Minas.
Essa perversidade foi alimentada por políticos nordestinos que sempre derramam lágrimas de jacarés quando falam da pobreza regional sem nunca se erguerem contra o tipo de desenvolvimento concentrador de riqueza.
Já imaginaram como seria o Nordeste se os recursos nacionais investidos nas grandes universidades brasileiras fossem distribuídos equitativamente? Quando Minas já tinha onze universidades federais, o Piauí mal tinha uma!
E se a Fiocruz fosse sediada em Campina Grande, a Embraer em Maranguape, o ITA em Picos?
E se os grandes estaleiros navais fossem distribuídos nas capitais litorâneas do Nordeste?
E se as dispendiosas instalações militares não tivessem sido concentradas no Rio de Janeiro? Certamente haveria menos militares bolsonaristas e mais militares brasileiros!
A raiva que Bolsonaro mostra com o nordestino é a mesma que revela contra o pobre de qualquer lugar do Brasil e do mundo. Esse mau elemento traduz fielmente o sentimento dos que se pretendem donos de tudo.
A única postura digna dos governadores nordestinos frente a este sujeito é somar esforços com todos os democratas brasileiros para tirá-lo da cadeira. Quantos crimes de responsabilidade esse cara ainda terá que cometer? Quantos generais ainda terá que agredir? Quantas estripulias institucionais? Coragem, governadores!
Precisamos de novas eleições. Eleições de verdade, com Lula livre!
Parabén ao autor deste texto. Concordo com ele. Precisamos dos tais defensores do Mordeste para, unidos, tirarem essa hiena miliciana, psicopata e toda a sua trupe, do desgoverno do nosso pais.
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