Raramente alguém foi tão velozmente desmentido pelos fatos.
Ao recusar o convite da Câmara para falar sobre seus desvios de conduta apontados pelos diálogos da Vazajato, o procurador Deltan Dallagnol disse que era um "técnico".
Horas depois, o site The Intercept Brasil divulgou áudio em que o procurador se apresenta não como um técnico do sistema de justiça, mas como um agente político.
Um agente que externou satisfação com a notícia de que o ministro Fux, do STF, proibira uma entrevista de Lula pouco antes das eleições presidenciais em segundo turno, o que poderia, segundo seus temores, favorecer o candidato petista Fernando Haddad.
Um agente político que recomendou a seus pares não comentarem a "notícia boa", para evitar que o "outro lado" entrasse com recursos e providências para garantir a entrevista.
Numa troca de mensagens com a procuradora Carol, também divulgada pelo site, mas em forma de texto, ela diz estar orando para que o povo brasileiro não elegesse Haddad.
O "técnico" Dallagnol arremata: "reza mesmo".
Agora, Dallagnol, vai dizer que não reconhece o "inteiro teor" de seu áudio?
Vai dizer que pode ter sido editado? Ou não vai reconhecer a própria voz? Mas com a voz é diferente.
A perícia sempre poderá dizer se ela pertence ou não ao suposto dono.
Depois da recusa ao convite, e do áudio festejando o cala-boca dado em Lula por Fux, a Câmara agora está na obrigação de convocar o procurador. Convocação tem que ser atendida, por força da lei maior.
Aliás, Fux foi posto na fogueira.
Quem teria informado Dallagnol sobre a liminar que calou Lula naquela hora, antes que ela fosse de conhecimento geral, gerando a recomendação para que ninguém comentasse a novidade para não atrapalhar o jogo? "In Fux we trust", já havia dito Moro.
Vai dizer que pode ter sido editado? Ou não vai reconhecer a própria voz? Mas com a voz é diferente.
A perícia sempre poderá dizer se ela pertence ou não ao suposto dono.
Depois da recusa ao convite, e do áudio festejando o cala-boca dado em Lula por Fux, a Câmara agora está na obrigação de convocar o procurador. Convocação tem que ser atendida, por força da lei maior.
Aliás, Fux foi posto na fogueira.
Quem teria informado Dallagnol sobre a liminar que calou Lula naquela hora, antes que ela fosse de conhecimento geral, gerando a recomendação para que ninguém comentasse a novidade para não atrapalhar o jogo? "In Fux we trust", já havia dito Moro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente: