Por Jeferson Miola, em seu blog:
A despeito das revelações que comprovam documentalmente seus ilícitos, os agentes da Lava Jato ainda continuam exercendo cargos públicos e não tiveram a prisão preventiva decretada.
À luz da legislação, a gravidade dos crimes cometidos e os elementos indiciários reunidos são suficientes para a adoção de medidas legais como [i] o afastamento imediato dos cargos públicos que ocupam; [ii] a realização de busca e apreensão para recolher e proteger provas e, finalmente, [iii] a prisão preventiva para impedir interferência nas investigações.
Enquanto nada disso é feito, Dallagnol e Moro continuam destruindo provas [aqui], obstruindo investigações, manietando as instituições e manipulando a população com uma narrativa de vitimização deles e da Lava Jato por “ataques de corruptos”.
Moro e Dallagnol também estão usando a influência e o poder dos seus cargos para orquestrar a contra-ofensiva da OrCrim – organização criminosa, como o ministro do STF Gilmar Mendes nomeia a força-tarefa da Lava Jato.
Em palestra na organização extremista Acton Institut em Michigan/EUA, Dallagnol confessou ter destruído informações públicas armazenadas nos celulares funcionais dos agentes da Lava Jato: “saímos do aplicativo e apagamos tudo” [aqui].
É uma tentativa desesperada – e inócua, porque existem outras técnicas para comprovar a autenticidade – de sabotar a comprovação da autenticidade do material do Intercept. É preciso anotar, aliás, que Moro e Dallagnol só passaram a questionar a autenticidade dos documentos revelados pelo Intercept por contingência de mudança da estratégia de defesa deles.
No Jornal Nacional de 29/6 a Globo noticiou a falsa versão de suposta manipulação tanto do diálogo como da identidade de Monique Cheker, a procuradora que tinha consciência da prática dos crimes continuados do Sérgio Moro e que, apesar disso, se omitiu e, portanto, prevaricou [aqui]. A versão fantasiosa da Globo e da procuradora foi cabalmente desmentida pelo Intercept [aqui].
É inacreditável que depois de quase 1 mês da denúncia do Intercept nenhuma investigação tenha sido instaurada. Isso fica ainda mais estranho porque Moro e Dallagnol se defendem com o argumento central de que a Lava Jato foi alvo da “ação de criminosos”.
Ora, se de fato existissem os supostos crimes que eles denunciam, o ministro da Justiça e o procurador-chefe da Lava Jato teriam o dever de ofício de determinar a investigação policial.
Se, ao contrário disso, estivermos diante de crimes cometidos por eles mesmos, Moro e Dallagnol – como evidenciam as provas do Intercept –, e não por “ação de criminosos”, é ainda mais imperativo investigar-se a fundo.
A escandalosa ausência de investigação criminal num escândalo que atinge altas autoridades do sistema jurídico do país não é acidental.
Moro e Dallagnol deliberadamente deslocam o foco dos seus crimes da esfera jurídico-policial para a arena da mídia, em cuja estratégia são muito ajudados pela Rede Globo. É impossível entender a resiliência do Moro sem a influência decisiva da Globo no entorpecimento ideológico e cultural da população.
A visão favorável ao “largo uso da imprensa” para fins ilegais e inconstitucionais Moro deixou assentada no artigo Considerações sobre a operação Mani Pulite [aqui]. No artigo, ele se regozija que a Mãos Limpas tinha alianças com veículos de comunicação e que “vazava como uma peneira” para atingir seus propósitos.
Neste momento defensivo da Lava Jato, Moro recorre a esses ensinamentos de manipulação da opinião publicada para esconder seus próprios crimes. Moro usa a Globo para fugir da polícia.
O afastamento dos agentes da Lava Jato dos seus cargos e a prisão preventiva de alguns deles é, por isso, uma exigência ética, política, jurídica e policial.
É medida indispensável para impedir que eles continuem impedindo as investigações e perpetrando crimes contra o Estado de Direito.
É inaceitável que Moro e Dallagnol continuem sendo tratados como interlocutores no debate público nacional.
Eles são criminosos, não debatedores. O “lugar de fala” deles não são as redes sociais, as mídias digitais e a Rede Globo, mas os “autos dos processos”, os inquéritos policiais.
O lugar aceitável de manifestação do Moro e do Dallagnol não é o da mídia, mas dos inquéritos policiais.
A manutenção de Dallagnol e Moro nos cargos que ocupam é mais que uma ofensa, é uma vergonha a todos os servidores públicos e ao serviço público.
Não existe democracia ou Estado de Direito se máfias substituem o sistema jurídico-legal e passam a mandar. Quando isso acontece, é a barbárie eleita; é o “fascismo democrático”.
A despeito das revelações que comprovam documentalmente seus ilícitos, os agentes da Lava Jato ainda continuam exercendo cargos públicos e não tiveram a prisão preventiva decretada.
À luz da legislação, a gravidade dos crimes cometidos e os elementos indiciários reunidos são suficientes para a adoção de medidas legais como [i] o afastamento imediato dos cargos públicos que ocupam; [ii] a realização de busca e apreensão para recolher e proteger provas e, finalmente, [iii] a prisão preventiva para impedir interferência nas investigações.
Enquanto nada disso é feito, Dallagnol e Moro continuam destruindo provas [aqui], obstruindo investigações, manietando as instituições e manipulando a população com uma narrativa de vitimização deles e da Lava Jato por “ataques de corruptos”.
Moro e Dallagnol também estão usando a influência e o poder dos seus cargos para orquestrar a contra-ofensiva da OrCrim – organização criminosa, como o ministro do STF Gilmar Mendes nomeia a força-tarefa da Lava Jato.
Em palestra na organização extremista Acton Institut em Michigan/EUA, Dallagnol confessou ter destruído informações públicas armazenadas nos celulares funcionais dos agentes da Lava Jato: “saímos do aplicativo e apagamos tudo” [aqui].
É uma tentativa desesperada – e inócua, porque existem outras técnicas para comprovar a autenticidade – de sabotar a comprovação da autenticidade do material do Intercept. É preciso anotar, aliás, que Moro e Dallagnol só passaram a questionar a autenticidade dos documentos revelados pelo Intercept por contingência de mudança da estratégia de defesa deles.
No Jornal Nacional de 29/6 a Globo noticiou a falsa versão de suposta manipulação tanto do diálogo como da identidade de Monique Cheker, a procuradora que tinha consciência da prática dos crimes continuados do Sérgio Moro e que, apesar disso, se omitiu e, portanto, prevaricou [aqui]. A versão fantasiosa da Globo e da procuradora foi cabalmente desmentida pelo Intercept [aqui].
É inacreditável que depois de quase 1 mês da denúncia do Intercept nenhuma investigação tenha sido instaurada. Isso fica ainda mais estranho porque Moro e Dallagnol se defendem com o argumento central de que a Lava Jato foi alvo da “ação de criminosos”.
Ora, se de fato existissem os supostos crimes que eles denunciam, o ministro da Justiça e o procurador-chefe da Lava Jato teriam o dever de ofício de determinar a investigação policial.
Se, ao contrário disso, estivermos diante de crimes cometidos por eles mesmos, Moro e Dallagnol – como evidenciam as provas do Intercept –, e não por “ação de criminosos”, é ainda mais imperativo investigar-se a fundo.
A escandalosa ausência de investigação criminal num escândalo que atinge altas autoridades do sistema jurídico do país não é acidental.
Moro e Dallagnol deliberadamente deslocam o foco dos seus crimes da esfera jurídico-policial para a arena da mídia, em cuja estratégia são muito ajudados pela Rede Globo. É impossível entender a resiliência do Moro sem a influência decisiva da Globo no entorpecimento ideológico e cultural da população.
A visão favorável ao “largo uso da imprensa” para fins ilegais e inconstitucionais Moro deixou assentada no artigo Considerações sobre a operação Mani Pulite [aqui]. No artigo, ele se regozija que a Mãos Limpas tinha alianças com veículos de comunicação e que “vazava como uma peneira” para atingir seus propósitos.
Neste momento defensivo da Lava Jato, Moro recorre a esses ensinamentos de manipulação da opinião publicada para esconder seus próprios crimes. Moro usa a Globo para fugir da polícia.
O afastamento dos agentes da Lava Jato dos seus cargos e a prisão preventiva de alguns deles é, por isso, uma exigência ética, política, jurídica e policial.
É medida indispensável para impedir que eles continuem impedindo as investigações e perpetrando crimes contra o Estado de Direito.
É inaceitável que Moro e Dallagnol continuem sendo tratados como interlocutores no debate público nacional.
Eles são criminosos, não debatedores. O “lugar de fala” deles não são as redes sociais, as mídias digitais e a Rede Globo, mas os “autos dos processos”, os inquéritos policiais.
O lugar aceitável de manifestação do Moro e do Dallagnol não é o da mídia, mas dos inquéritos policiais.
A manutenção de Dallagnol e Moro nos cargos que ocupam é mais que uma ofensa, é uma vergonha a todos os servidores públicos e ao serviço público.
Não existe democracia ou Estado de Direito se máfias substituem o sistema jurídico-legal e passam a mandar. Quando isso acontece, é a barbárie eleita; é o “fascismo democrático”.
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