Por Ronnie Aldrin Silva, no site Fundação Perseu Abramo:
Questionado sobre a recente fala do Papa Francisco sobre a Amazônia, o presidente Bolsonaro respondeu que “o Brasil é uma virgem que todo tarado de fora quer”, associando a figura do líder da Igreja Católica a um contexto sexual. Já sobre as recentes acusações de estupros, inclusive coletivo, praticados por milicianos em comunidades cariocas não foi emitida nenhuma opinião.
A então retrucada fala do Papa de que predomina na Amazônia "uma mentalidade cega e destruidora que privilegia o lucro sobre a justiça", o que "coloca em evidência o comportamento predatório com o qual o homem se relaciona com a natureza", apenas reforça, aos olhos do mundo, as violências que vêm ocorrendo a este bioma e seus respectivos povos.
Em junho deste ano, houve um aumento de 88% no desmatamento da Amazônia em relação ao mesmo mês do ano passado, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Somam-se a isso outras estatísticas e consequências do aumento significativo da influência dos ruralistas na política de meio ambiente, como o aumento da violência no campo e na floresta, propostas para redução de terras indígenas e áreas remanescentes de quilombos, enfraquecimento da estrutura de fiscalização e combate ao desmatamento e o risco da extinção do Fundo Amazônia, que financia diversas práticas de combate ao desmatamento e a essas violências nesse bioma.
O incômodo com a igreja católica não é de hoje, como o demonstrado diante da realização do Sínodo para a Amazônia, uma assembleia especial dos bispos católicos denominada "Novos Caminhos para a Igreja e para uma Ecologia Integral", que teve uma etapa realizada em Manaus, em março deste ano, e que terá outra, no Vaticano, em outubro de 2019.
O atual presidente também aproveitou a ocasião para retrucar críticas sobre a falta de zelo do novo governo para com a Amazônia feitas pelo presidente francês, Emmanuel Macron e pela chanceler alemã Angela Merkel, repetindo a retórica de que “a Amazônia é do Brasil”. Parece ter esquecido de completar a frase com o que se acentuou nos últimos seis meses, o desbravamento deste referido Brasil pelos insaciáveis ruralistas brasileiros e por grandes mineradoras nacionais e multinacionais, e suas crescentes práticas de violência física e política contra a floresta e seus povos.
Questionado sobre a recente fala do Papa Francisco sobre a Amazônia, o presidente Bolsonaro respondeu que “o Brasil é uma virgem que todo tarado de fora quer”, associando a figura do líder da Igreja Católica a um contexto sexual. Já sobre as recentes acusações de estupros, inclusive coletivo, praticados por milicianos em comunidades cariocas não foi emitida nenhuma opinião.
A então retrucada fala do Papa de que predomina na Amazônia "uma mentalidade cega e destruidora que privilegia o lucro sobre a justiça", o que "coloca em evidência o comportamento predatório com o qual o homem se relaciona com a natureza", apenas reforça, aos olhos do mundo, as violências que vêm ocorrendo a este bioma e seus respectivos povos.
Em junho deste ano, houve um aumento de 88% no desmatamento da Amazônia em relação ao mesmo mês do ano passado, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Somam-se a isso outras estatísticas e consequências do aumento significativo da influência dos ruralistas na política de meio ambiente, como o aumento da violência no campo e na floresta, propostas para redução de terras indígenas e áreas remanescentes de quilombos, enfraquecimento da estrutura de fiscalização e combate ao desmatamento e o risco da extinção do Fundo Amazônia, que financia diversas práticas de combate ao desmatamento e a essas violências nesse bioma.
O incômodo com a igreja católica não é de hoje, como o demonstrado diante da realização do Sínodo para a Amazônia, uma assembleia especial dos bispos católicos denominada "Novos Caminhos para a Igreja e para uma Ecologia Integral", que teve uma etapa realizada em Manaus, em março deste ano, e que terá outra, no Vaticano, em outubro de 2019.
O atual presidente também aproveitou a ocasião para retrucar críticas sobre a falta de zelo do novo governo para com a Amazônia feitas pelo presidente francês, Emmanuel Macron e pela chanceler alemã Angela Merkel, repetindo a retórica de que “a Amazônia é do Brasil”. Parece ter esquecido de completar a frase com o que se acentuou nos últimos seis meses, o desbravamento deste referido Brasil pelos insaciáveis ruralistas brasileiros e por grandes mineradoras nacionais e multinacionais, e suas crescentes práticas de violência física e política contra a floresta e seus povos.
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