Por Altamiro Borges
A edição da revista “Veja” dessa semana já está sendo encarada por muitos como a pá de cal nas pretensões políticas do vaidoso Sergio Moro – o juiz que transformou a midiática Lava-Jato em um partido e ganhou de presente um carguinho no laranjal de Jair Bolsonaro.
Alguns analistas, como o pesquisador Marcos Coimbra da Vox Populi, garantem que o juizeco “morreu” politicamente – ficando inclusive mais distante da sonhada boquinha de ministro no Supremo Tribunal Federal (STF). Outros especulam que o “marreco de Maringá” já estaria em processo de fritura, devendo ser defecado muito em breve pelo “capetão” da Esplanada dos Ministérios.
Em parceira com o site The Intercept, o que a revista apresentou nessa edição são novos elementos que comprovam o que muitos já tinham convicção – a de que o juizeco cometeu inúmeros crimes de abuso de autoridade. Além da longa reportagem, que traz inúmeras mensagens vazadas, a “Veja” publica um editorial – a “Carta ao Leitor” – detonando o ex-juiz e atual ministro da Justiça.
Em um dos trechos do texto que reflete a opinião dos donos do Grupo Abril, a Veja finalmente reconhece que Sergio Moro “exorbitava de suas funções de juiz, comandando as ações dos procuradores na Lava-Jato” e que ele “se comportava como parte da equipe de investigação, uma espécie de técnico do time – não como um magistrado imparcial”. Relembrando a sacada do deputado Glauber Braga (Psol-RJ), o editorial até poderia ser intitulado de “juiz ladrão”.
“Pela leitura do material, fica evidente que as ordens do então juiz eram cumpridas à risca pelo Ministério Público... Alguns dos exemplos de irregularidades: Moro apontava abertamente aos procuradores as delações de sua preferência, alertava sobre a falta de provas nas denúncias e chegava a receber material dos procuradores para embasar suas decisões”.
A edição da Veja tem forte impacto porque desmonta as mentiras do juizeco de que os vazamentos são fakes – coisa de hackers, como afirma o marreco sempre esganiçado. Ela também leva à loucura, quase ao suicídio, a horda de bolsominions e de adoradores do “superman” de Curitiba que sempre tratou a revista como bíblia sagrada.
O editorial informa que “durante duas semanas, oito jornalistas, cinco de Veja e três do site, selecionaram os diálogos e checaram – em processos judiciais e com entrevistas – as informações que constavam neles”. A conclusão é taxativa: “Todas as comunicações são verdadeiras – palavra por palavra (o que revela fortíssimos indícios de veracidade do conjunto)”.
Como já foi dito, a reportagem e o editorial representam um duro golpe nas pretensões de Sergio Moro. Elas também abalam a imagem de Jair Bolsonaro, que só chegou à presidência graças a ajuda do Partido da Lava-Jato. A emblemática edição só peca por não fazer também uma autocrítica, mesmo que discreta e singela, da própria linha editorial da revista.
A “Veja” exerceu forte militância no Partido da Imprensa Golpista, o PIG, que juntamente com o Partido da Lava-Jato estuprou a democracia brasileira – produzindo o golpe do impeachment de Dilma Rousseff, a prisão política do ex-presidente Lula e a chegada ao poder de um miliciano fascista.
A revista foi uma das responsáveis pelo endeusamento de Sergio Moro, que passou a ser tratado como herói nacional por milhares de midiotas. Ela lhe concedeu dezenas de capas, prêmios e centenas de materiais de pura bajulação. Sem qualquer senso crítico, a Veja nunca questionou o juiz que “exorbitava de suas funções”, encoberto pelo manto do combate à corrupção. Essa linha editorial alimentou uma legião de fanáticos, ajudou a chocar o ovo da serpente fascista no Brasil. A revista não reconhece seus próprios crimes, mesmo na edição emblemática desta semana.
Talvez para acalmar seus leitores mais fanáticos, quase em crise de choro, o editorial afirma que a revista “sempre foi – e continua – a favor da Lava-Jato”. Ressalta que a “reportagem desta edição não tem nada a ver com Lula Livre ou com levantar uma bandeira da esquerda. Veja não faz parte dessa polarização que tanto empobrece a discussão política no país... Quem acha que estamos contra Sergio Moro também erra. Poucos veículos de mídia celebraram tanto o trabalho do ex-juiz na luta contra a corrupção”. Ou seja: não há qualquer autocrítica. Pelo contrário, a Veja faz questão de reafirmar “seus valores e princípios” – sempre oportunistas.
A edição da revista “Veja” dessa semana já está sendo encarada por muitos como a pá de cal nas pretensões políticas do vaidoso Sergio Moro – o juiz que transformou a midiática Lava-Jato em um partido e ganhou de presente um carguinho no laranjal de Jair Bolsonaro.
Alguns analistas, como o pesquisador Marcos Coimbra da Vox Populi, garantem que o juizeco “morreu” politicamente – ficando inclusive mais distante da sonhada boquinha de ministro no Supremo Tribunal Federal (STF). Outros especulam que o “marreco de Maringá” já estaria em processo de fritura, devendo ser defecado muito em breve pelo “capetão” da Esplanada dos Ministérios.
Em parceira com o site The Intercept, o que a revista apresentou nessa edição são novos elementos que comprovam o que muitos já tinham convicção – a de que o juizeco cometeu inúmeros crimes de abuso de autoridade. Além da longa reportagem, que traz inúmeras mensagens vazadas, a “Veja” publica um editorial – a “Carta ao Leitor” – detonando o ex-juiz e atual ministro da Justiça.
Em um dos trechos do texto que reflete a opinião dos donos do Grupo Abril, a Veja finalmente reconhece que Sergio Moro “exorbitava de suas funções de juiz, comandando as ações dos procuradores na Lava-Jato” e que ele “se comportava como parte da equipe de investigação, uma espécie de técnico do time – não como um magistrado imparcial”. Relembrando a sacada do deputado Glauber Braga (Psol-RJ), o editorial até poderia ser intitulado de “juiz ladrão”.
“Pela leitura do material, fica evidente que as ordens do então juiz eram cumpridas à risca pelo Ministério Público... Alguns dos exemplos de irregularidades: Moro apontava abertamente aos procuradores as delações de sua preferência, alertava sobre a falta de provas nas denúncias e chegava a receber material dos procuradores para embasar suas decisões”.
A edição da Veja tem forte impacto porque desmonta as mentiras do juizeco de que os vazamentos são fakes – coisa de hackers, como afirma o marreco sempre esganiçado. Ela também leva à loucura, quase ao suicídio, a horda de bolsominions e de adoradores do “superman” de Curitiba que sempre tratou a revista como bíblia sagrada.
O editorial informa que “durante duas semanas, oito jornalistas, cinco de Veja e três do site, selecionaram os diálogos e checaram – em processos judiciais e com entrevistas – as informações que constavam neles”. A conclusão é taxativa: “Todas as comunicações são verdadeiras – palavra por palavra (o que revela fortíssimos indícios de veracidade do conjunto)”.
Como já foi dito, a reportagem e o editorial representam um duro golpe nas pretensões de Sergio Moro. Elas também abalam a imagem de Jair Bolsonaro, que só chegou à presidência graças a ajuda do Partido da Lava-Jato. A emblemática edição só peca por não fazer também uma autocrítica, mesmo que discreta e singela, da própria linha editorial da revista.
A “Veja” exerceu forte militância no Partido da Imprensa Golpista, o PIG, que juntamente com o Partido da Lava-Jato estuprou a democracia brasileira – produzindo o golpe do impeachment de Dilma Rousseff, a prisão política do ex-presidente Lula e a chegada ao poder de um miliciano fascista.
A revista foi uma das responsáveis pelo endeusamento de Sergio Moro, que passou a ser tratado como herói nacional por milhares de midiotas. Ela lhe concedeu dezenas de capas, prêmios e centenas de materiais de pura bajulação. Sem qualquer senso crítico, a Veja nunca questionou o juiz que “exorbitava de suas funções”, encoberto pelo manto do combate à corrupção. Essa linha editorial alimentou uma legião de fanáticos, ajudou a chocar o ovo da serpente fascista no Brasil. A revista não reconhece seus próprios crimes, mesmo na edição emblemática desta semana.
Talvez para acalmar seus leitores mais fanáticos, quase em crise de choro, o editorial afirma que a revista “sempre foi – e continua – a favor da Lava-Jato”. Ressalta que a “reportagem desta edição não tem nada a ver com Lula Livre ou com levantar uma bandeira da esquerda. Veja não faz parte dessa polarização que tanto empobrece a discussão política no país... Quem acha que estamos contra Sergio Moro também erra. Poucos veículos de mídia celebraram tanto o trabalho do ex-juiz na luta contra a corrupção”. Ou seja: não há qualquer autocrítica. Pelo contrário, a Veja faz questão de reafirmar “seus valores e princípios” – sempre oportunistas.
Segue ótimo artigo de Nassif sobre a versão Lava Jato da Operação Condor na América Latina. Ponto pra CIA...
ResponderExcluirProcuradoria Geral da República participou da esbórnia dos vazamentos, por Luis Nassif
Na representação, os advogados da Odebrecht relacionaram as reportagens que já haviam sido publicadas, em cima dos vazamentos.
O vazamento da delação da Odebrecht para procuradores venezuelanos, que a Lava Jato supõe ter sido de responsabilidade da Procuradoria Geral da República, foi denunciado na época pela própria companhia.
Segundo matéria em O Globo, de 17/10/2017 (aqui), a Odebrecht entrou com uma representação junto ao STF (Supremo Tribunal Federal) para apurar os responsáveis pelo vazamento da parte sigilosa da delação premiada.
Segundo os advogados da companhia, a responsabilidade por resguardar o sigilo deveria ser da PGR. O vazamento comprometeria as investigações e colocaria em risco a segurança dos delatores e de suas famílias.
“Diante da constatação de que , por diversas vezes, documentos sigilosos e custodiados unicamente pela D. PGR estão sendo indevidamente compartilhados a terceiros e de que essas condutas, além de ocasionarem substantivos prejuízos aos colaboradores e à noticiante, amoldam-se a elementos típicos caracterizadores de infrações penais, requer-se a adoção das medidas cabíveis para elucidação desses fatos, com a identificação dos responsáveis pelos vazamentos de informações sigilosas, a efetiva punição deles e, ainda, a adoção de todas as medidas necessárias para que situações de tal jaez não se repitam”, argumentaram os advogados Rodrigo Mudrovitsch, Gustavo Teixeira Gonet Branco, Felipe Fernandes de Carvalho e Luíza Rocha Jacobsen.
Na representação, os advogados da Odebrecht relacionaram as reportagens que já haviam sido publicadas, em cima dos vazamentos.
Diz a matéria:
A primeira delas é do dia 3 de julho, no jornal panamenho “La Prensa”. Em 1º de agosto, foi a vez do argentino “La Nación”. Em 2 de agosto, foi publicada uma matéria no GLOBO sobre corrupção no Peru , que depois foi reproduzida pelo jornal “El Comercio”, do país vizinho. Em 13 e 14 de agosto, foi a vez respectivamente do jornal mexicano “Aristegui Noticias” e do espanhol “El País”. Em 16 de agosto, “El Financiero”, outro jornal mexicano, também publicou reportagem com informações sigilosas da delação da Odebrecht. Em 21 de agosto, foi seguido pelo venezuelano “Los Reportes de Lichi”.
O que merecerias este juiz e os procuradores, se fosse num país em que a constituição fosse respeitada e Supremo que cumprisse o que lhe é determinado pela constituição? Com certeza a pena de morte. Haja BANDIDOS.
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