Por Tereza Cruvinel
“Parece que colocaram tranquilizante na água do nosso povo”, disse há poucos dias a bem vivida Elza Soares, filha dileta do povo.
Falava ela, é claro, da ausência de reação popular à altura do grande desastre que vem sendo o governo Bolsonaro.
Falo dessa pasmaceira intrigante com o ex-senador Lindbergh Farias e ele diz: “O que vai desatar a situação, como sempre, é a economia. Bolsonaro e Guedes já fracassaram. Agora é só uma questão de tempo”. Ele acha que as manifestações do dia 03 de outubro podem ser as maiores já chamadas pela oposição desde a posse de Bolsonaro.
Nesta segunda-feira, 23, o Boletim Focus, do Banco Central, confirmou mais uma vez que a economia segue ladeira abaixo.
A previsão de crescimento para este ano, que já está perdido, continuou em míseros 0,87% do PIB.
Em junho o governo ainda sonhava com 2%, índice que continua projetando para o ano que vem, mas cada dia fica mais irreal, mesmo com a taxa de juros (Selic) ficando nos estimados 5% (Selic), em esforço arriscado para aquecer a atividade econômica.
A retração industrial prossegue e o agronegócio já está começando a pagar o pato pela trêfega política ambiental de Bolsonaro, com perda de exportações, empregos e divisas.
É neste cenário de completa estagnação econômica que Bolsonaro vive seu momento de maior desgaste interno e externo, que tentará reverter com o discurso desta terça-feira na ONU.
Mas diga o que disser, haja ou não governantes dispostos a ouvi-lo, estrago tão grande na imagem do Brasil e de seu governo não será consertado com discursos e campanhas publicitárias.
Para o mundo, o Brasil agora é o vilão ambiental sob o comando de Bolsonaro.
Por mais que continuem existindo políticas ambientais em execução, a percepção pegou, e para isso Bolsonaro contribui com seu discurso.
É neste cenário de economia ladeira abaixo que a Lava Jato também atravessa sua maior desmoralização e a campanha Lula Livre ganha novo impulso.
Bolsonaro vai entrar no décimo mês de governo enfrentando também dissensão crescente entre aliados de sua base no Congresso e há derrotas à vista, como o provável rejeição a um ponto chave do pacote de segurança do ministro Moro, a exclusão de ilicitude, depois do assassinato da menina Ágatha por policiais do Rio numa incursão ao Morro do Alemão.
O dispositivo tão caro a Moro e Bolsonaro atenua e até perdoa policiais que matem em atividade, alegando risco, legítima defesa e até mesmo susto e surpresa na ação.
É a tal licença para matar sem risco de ser processado.
É também fato que, no primeiro ano de mandato, os brasileiros costumam ser indulgentes com o presidente, dando-lhe tempo para começar a acertar.
Collor, por exemplo, também foi desastroso na economia no primeiro ano, 1990, quando confiscou os ativos bancários e deixou todo mundo na lona.
Mas só a partir do segundo ano começaram o protestos, que num crescendo levaram a seu impeachment em 1992.
Uma parcela da população, não sendo bolsonarista ou de extrema-direita, mas tendo votado nele, pode estar lhe dando o tempo da indulgência, que agora está chegando ao fim. Pode ser, mais uma vez, ilusão passageira, mas a batata de Bolsonaro agora pode estar mesmo no forno.
O ato do dia 3, que será puxada pelos estudantes, já previa uma manifestação maior no Rio de Janeiro.
Depois da morte de Ágatha, o clima político na cidade esquentou, favorecendo a manifestação que será contra os cortes na educação, contra as privatizações, em defesa da Amazônia e de Lula Livre.
“Parece que colocaram tranquilizante na água do nosso povo”, disse há poucos dias a bem vivida Elza Soares, filha dileta do povo.
Falava ela, é claro, da ausência de reação popular à altura do grande desastre que vem sendo o governo Bolsonaro.
Falo dessa pasmaceira intrigante com o ex-senador Lindbergh Farias e ele diz: “O que vai desatar a situação, como sempre, é a economia. Bolsonaro e Guedes já fracassaram. Agora é só uma questão de tempo”. Ele acha que as manifestações do dia 03 de outubro podem ser as maiores já chamadas pela oposição desde a posse de Bolsonaro.
Nesta segunda-feira, 23, o Boletim Focus, do Banco Central, confirmou mais uma vez que a economia segue ladeira abaixo.
A previsão de crescimento para este ano, que já está perdido, continuou em míseros 0,87% do PIB.
Em junho o governo ainda sonhava com 2%, índice que continua projetando para o ano que vem, mas cada dia fica mais irreal, mesmo com a taxa de juros (Selic) ficando nos estimados 5% (Selic), em esforço arriscado para aquecer a atividade econômica.
A retração industrial prossegue e o agronegócio já está começando a pagar o pato pela trêfega política ambiental de Bolsonaro, com perda de exportações, empregos e divisas.
É neste cenário de completa estagnação econômica que Bolsonaro vive seu momento de maior desgaste interno e externo, que tentará reverter com o discurso desta terça-feira na ONU.
Mas diga o que disser, haja ou não governantes dispostos a ouvi-lo, estrago tão grande na imagem do Brasil e de seu governo não será consertado com discursos e campanhas publicitárias.
Para o mundo, o Brasil agora é o vilão ambiental sob o comando de Bolsonaro.
Por mais que continuem existindo políticas ambientais em execução, a percepção pegou, e para isso Bolsonaro contribui com seu discurso.
É neste cenário de economia ladeira abaixo que a Lava Jato também atravessa sua maior desmoralização e a campanha Lula Livre ganha novo impulso.
Bolsonaro vai entrar no décimo mês de governo enfrentando também dissensão crescente entre aliados de sua base no Congresso e há derrotas à vista, como o provável rejeição a um ponto chave do pacote de segurança do ministro Moro, a exclusão de ilicitude, depois do assassinato da menina Ágatha por policiais do Rio numa incursão ao Morro do Alemão.
O dispositivo tão caro a Moro e Bolsonaro atenua e até perdoa policiais que matem em atividade, alegando risco, legítima defesa e até mesmo susto e surpresa na ação.
É a tal licença para matar sem risco de ser processado.
É também fato que, no primeiro ano de mandato, os brasileiros costumam ser indulgentes com o presidente, dando-lhe tempo para começar a acertar.
Collor, por exemplo, também foi desastroso na economia no primeiro ano, 1990, quando confiscou os ativos bancários e deixou todo mundo na lona.
Mas só a partir do segundo ano começaram o protestos, que num crescendo levaram a seu impeachment em 1992.
Uma parcela da população, não sendo bolsonarista ou de extrema-direita, mas tendo votado nele, pode estar lhe dando o tempo da indulgência, que agora está chegando ao fim. Pode ser, mais uma vez, ilusão passageira, mas a batata de Bolsonaro agora pode estar mesmo no forno.
O ato do dia 3, que será puxada pelos estudantes, já previa uma manifestação maior no Rio de Janeiro.
Depois da morte de Ágatha, o clima político na cidade esquentou, favorecendo a manifestação que será contra os cortes na educação, contra as privatizações, em defesa da Amazônia e de Lula Livre.
ResponderExcluirque a batata torre, de vez!