Por Fernando Brito, em seu blog:
Não posso deixar passar sem registro as ofensas proferidas por Ciro Gomes a Paulo Moreira Lima e a Kiko Nogueira, do 247 e do Diário do Centro do Mundo.
Críticas políticas são livres, a eles, a qualquer um e a mim, quando jornalistas saem do manto tantas vezes hipócrita da neutralidade ou até mesmo embuçados por ele.
Acusar de venais e “picaretas” exige, porém, fatos concretos. Que não foram apontados.
É preciso separar Ciro do PDT, ainda que o PDT de hoje sofra todas as vicissitudes de 15 anos sem Brizola, que fazem a ele muita falta, como falta faz à toda a cena politica brasileira.
E faz a mim, depois de duas décadas de convívio diário.
Todos os que viemos do brizolismo temos críticas e, até, ressentimentos com o PT.
A começar dos que teve o próprio Leonel Brizola, os quais vivenciei e com os quais, em boa parte, concordei.
Isso, em tempos em que Ciro Gomes não partilhava do “brizolismo” que viria a ser a sua tardia opção, já sem Brizola a definir o que seria ser “brizolista”.
Por isso, me permito dizer algumas coisas a Ciro, neófito no que diz ser seu brizolismo.
A primeira é a que Brizola jamais se permitiria atacar politicamente um homem preso por um processo judicial deformado, como o que ele próprio reconhece ter sido o de Lula.
Brizola, Ciro, jamais seria um covarde.
No fundo, é assim que soa a sua valentia quanto a Lula.
Não me fale, também, em pureza moral nas alianças políticas, porque as suas, ao longo da história, estão longe de serem canonizáveis. Em 2002, sua candidatura presidencial era apoiada por Roberto Jefferson e tinha como coordenador geral José Carlos Martinez, um senador do Paraná acusado de receber 4,5 milhões de dólares de Paulo César Farias.
Nada disso fazia de Ciro um corrupto, é claro. Mas o desautoriza a inculpar Lula, como o faz, por suas alianças.
Mas Ciro sente-se à vontade para acusar jornalistas que apoiam Lula de desonestos simplesmente porque…o apoiam.
Neste caso, Ciro, peço que me acuse também.
Estou há seis anos fora do PDT, embora conserve lá muitos amigos, que não partilham de sua visão odienta sobre Lula.
Então, escute, Ciro, você caminha para inviabilizar-se como candidato.
O partido te enxerga como um caminho de sobrevivência.
Mas logo ficará claro que você não é isso, mas é a seara do isolamento, empurrando-o para um desvão do antilulismo.
O campo, aí, Ciro, está superlotado.
Tudo o que você diz de bom e justo sobre a situação do Brasil se perde por isso.
Como tudo se perdeu quando de sua omissão no segundo turno de 2018 desparecendo em Paris.
Os brizolistas, ciristas ou não, não tiveram dúvidas sobre seu voto.
Ciro toma um caminho que teima em seguir, mesmo diante de todas as evidências do desastre.
Ciro entrou num labirinto tal e qual o de Marina Silva, que o engolirá, como fez a ela.
E mais rápido.
Críticas políticas são livres, a eles, a qualquer um e a mim, quando jornalistas saem do manto tantas vezes hipócrita da neutralidade ou até mesmo embuçados por ele.
Acusar de venais e “picaretas” exige, porém, fatos concretos. Que não foram apontados.
É preciso separar Ciro do PDT, ainda que o PDT de hoje sofra todas as vicissitudes de 15 anos sem Brizola, que fazem a ele muita falta, como falta faz à toda a cena politica brasileira.
E faz a mim, depois de duas décadas de convívio diário.
Todos os que viemos do brizolismo temos críticas e, até, ressentimentos com o PT.
A começar dos que teve o próprio Leonel Brizola, os quais vivenciei e com os quais, em boa parte, concordei.
Isso, em tempos em que Ciro Gomes não partilhava do “brizolismo” que viria a ser a sua tardia opção, já sem Brizola a definir o que seria ser “brizolista”.
Por isso, me permito dizer algumas coisas a Ciro, neófito no que diz ser seu brizolismo.
A primeira é a que Brizola jamais se permitiria atacar politicamente um homem preso por um processo judicial deformado, como o que ele próprio reconhece ter sido o de Lula.
Brizola, Ciro, jamais seria um covarde.
No fundo, é assim que soa a sua valentia quanto a Lula.
Não me fale, também, em pureza moral nas alianças políticas, porque as suas, ao longo da história, estão longe de serem canonizáveis. Em 2002, sua candidatura presidencial era apoiada por Roberto Jefferson e tinha como coordenador geral José Carlos Martinez, um senador do Paraná acusado de receber 4,5 milhões de dólares de Paulo César Farias.
Nada disso fazia de Ciro um corrupto, é claro. Mas o desautoriza a inculpar Lula, como o faz, por suas alianças.
Mas Ciro sente-se à vontade para acusar jornalistas que apoiam Lula de desonestos simplesmente porque…o apoiam.
Neste caso, Ciro, peço que me acuse também.
Estou há seis anos fora do PDT, embora conserve lá muitos amigos, que não partilham de sua visão odienta sobre Lula.
Então, escute, Ciro, você caminha para inviabilizar-se como candidato.
O partido te enxerga como um caminho de sobrevivência.
Mas logo ficará claro que você não é isso, mas é a seara do isolamento, empurrando-o para um desvão do antilulismo.
O campo, aí, Ciro, está superlotado.
Tudo o que você diz de bom e justo sobre a situação do Brasil se perde por isso.
Como tudo se perdeu quando de sua omissão no segundo turno de 2018 desparecendo em Paris.
Os brizolistas, ciristas ou não, não tiveram dúvidas sobre seu voto.
Ciro toma um caminho que teima em seguir, mesmo diante de todas as evidências do desastre.
Ciro entrou num labirinto tal e qual o de Marina Silva, que o engolirá, como fez a ela.
E mais rápido.
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