Por Leandro Fortes
O principal rescaldo do ataque de pânico de Jair Bolsonaro, na madrugada saudita, é que os canhões da República estão sendo voltados, um a um, para a cabeça de um porteiro do condomínio Vivendas da Barra. Trata-se de um curioso habitat onde convivem, em rara harmonia, milicianos assassinos e a família do presidente da República.
Conforme notícia veiculada pelo Jornal Nacional, da TV Globo, o tal porteiro, por ora, anônimo, foi à Polícia Civil do Rio de Janeiro depor no caso do duplo assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, e disse o seguinte, em resumo:
Um dos assassinos, Élcio Queiroz, foi ao condomínio e anunciou que iria à casa 58, da família Bolsonaro. O porteiro interfonou para avisar da visita e foi autorizado por uma voz que, segundo ele, era do “seu Jair”. Queiroz (mais um) entrou, mas, pela câmera de segurança, o porteiro viu que ele estava indo para outra casa, a do miliciano Ronnie Lessa, sargento da reserva da PM. O porteiro avisou a “seu Jair” que, segundo ele, disse que estava tudo bem: sabia que a visita estava tomando outro rumo.
Bolsonaro ordenou ao ministro da Justiça, Sérgio Moro, que mandasse abrir um inquérito federal (!) para que a Polícia Federal (!!) investigue as circunstâncias (!!!) em que o depoimento do porteiro ocorreu.
O mais grave: Moro, mesmo sabendo que essa medida, além de absurda, é ilegal, deu continuidade à loucura do chefe. Prova de que o ex-juiz, absolutamente desmoralizado pelas revelações da #VazaJato do Intercept Brasil, virou refém da família Bolsonaro.
A medida, além de tudo, é ridícula, porque não é preciso a PF para investigar a circunstância do depoimento: ele foi tomado pela Policia Civil do Rio, dentro de um inquérito acompanhado pelo Ministério Público Estadual.
Bolsonaro está em pânico.
Ele sabe que todos os caminhos da milícia levam ao gabinete de Flávio Bolsonaro, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, da época que ele era deputado estadual. Lá, estavam empregados diversos familiares de milicianos suspeitos, direta e indiretamente, de atuar no assassinato de Marielle Franco.
Diante do abismo, Bolsonaro tomou duas medidas: abriu guerra contra o Grupo Globo, para manter o gado mobilizado; e partiu para cima do porteiro, certo de que, esmagando um elo aparentemente frágil, colocando sob os ombros de um trabalhador pobre a culpa de sua ruína, irá sepultar o assunto.
Não vai.
Conforme notícia veiculada pelo Jornal Nacional, da TV Globo, o tal porteiro, por ora, anônimo, foi à Polícia Civil do Rio de Janeiro depor no caso do duplo assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, e disse o seguinte, em resumo:
Um dos assassinos, Élcio Queiroz, foi ao condomínio e anunciou que iria à casa 58, da família Bolsonaro. O porteiro interfonou para avisar da visita e foi autorizado por uma voz que, segundo ele, era do “seu Jair”. Queiroz (mais um) entrou, mas, pela câmera de segurança, o porteiro viu que ele estava indo para outra casa, a do miliciano Ronnie Lessa, sargento da reserva da PM. O porteiro avisou a “seu Jair” que, segundo ele, disse que estava tudo bem: sabia que a visita estava tomando outro rumo.
Bolsonaro ordenou ao ministro da Justiça, Sérgio Moro, que mandasse abrir um inquérito federal (!) para que a Polícia Federal (!!) investigue as circunstâncias (!!!) em que o depoimento do porteiro ocorreu.
O mais grave: Moro, mesmo sabendo que essa medida, além de absurda, é ilegal, deu continuidade à loucura do chefe. Prova de que o ex-juiz, absolutamente desmoralizado pelas revelações da #VazaJato do Intercept Brasil, virou refém da família Bolsonaro.
A medida, além de tudo, é ridícula, porque não é preciso a PF para investigar a circunstância do depoimento: ele foi tomado pela Policia Civil do Rio, dentro de um inquérito acompanhado pelo Ministério Público Estadual.
Bolsonaro está em pânico.
Ele sabe que todos os caminhos da milícia levam ao gabinete de Flávio Bolsonaro, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, da época que ele era deputado estadual. Lá, estavam empregados diversos familiares de milicianos suspeitos, direta e indiretamente, de atuar no assassinato de Marielle Franco.
Diante do abismo, Bolsonaro tomou duas medidas: abriu guerra contra o Grupo Globo, para manter o gado mobilizado; e partiu para cima do porteiro, certo de que, esmagando um elo aparentemente frágil, colocando sob os ombros de um trabalhador pobre a culpa de sua ruína, irá sepultar o assunto.
Não vai.
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