Por Ronnie Aldrin Silva, no site da Fundação Perseu Abramo:
Mesmo no cargo de ministro do Meio Ambiente, as ações, e por vezes, inações, de Ricardo Salles estão apresentando danos cada vez maiores aos biomas brasileiros e a seus povos autóctones. Nesta lista incluem-se a desestruturação de setores do ministério como os de serviços florestais, recursos hídricos e mudanças climáticas, a flexibilização das multas por crimes ambientais, o aumento do desmatamento, a retirada da Força Nacional da proteção que fazia aos fiscais do meio ambiente em campo, a suspensão do Fundo Amazônia, ente outras. Mas parece que vem mais por aí.
O ministro costumava ter sua agenda de compromissos compartilhada diariamente na internet, de forma antecipada inclusive, e mesmo atividades no exterior, onde está desde o último dia 18. Mas de segunda, dia 30 de setembro, não mais. Em consequência, a unidade de jornalismo investigativo do Greenpeace está seguindo os passos do ministro em seu dia a dia, e fez revelações preocupantes.
Nesta segunda-feira, por exemplo, em Berlim, a agenda não oficial indicou que ocorreriam encontros com executivos da farmacêutica Bayer, que se tornou a maior produtora mundial de agrotóxicos, após comprar a Monsanto. Fazendo parte de um governo que já aprovou mais de 300 novos agrotóxicos somente neste ano, não pode-se cair na ingenuidade de achar que o ministro está lá para solicitar à empresa que cesse o fornecimento de agrotóxicos com glifosfato, por exemplo, componente proibido em diversos países, inclusive na Alemanha, e amplamente utilizado no Brasil, correto? Vale lembrar que este componente foi, recentemente, associado ao extermínio de milhões de abelhas e possível contaminação de plantações de café no sul do país.
O senhor Salles também teria compromissos com executivos de outra grande produtora de agrotóxicos alemã, Basf, e da montadora Volkswagen, que ainda sofre consequências financeiras e morais do escândalo Diesel gate e que, recentemente, reconheceu seu apoio à ditadura militar brasileira, até mesmo permitindo repressão a funcionários dentro da fábrica de São Bernardo do Campo (SP).
Na quinta-feira, 3 de outubro, Salles embarca para o Reino Unido, onde, segundo consta, fará reuniões com “investidores ingleses dos setores de mineração, farmacêutica, energia, petróleo e gás e setor financeiro”. Não conseguiu-se apurar quem exatamente são estes investidores. Mas algo é certo, haverá protesto, pois isto já se tornou recorrente aonde quer que o ministro destruidor do meio ambiente vá. Nesta última segunda, em Berlim, os manifestantes fizeram bastante barulho com palavras de ordem como “sem acordo com criminosos do clima”.
É importante frisar que, enquanto funcionário público, sua agenda deve ser pública. Essa atuação exageradamente discreta de um ministro de Estado, nestas circunstâncias, é de deixar de orelha em pé a população brasileira e mundial, com o que mais vem por aí nas atuais práticas ambientais brasileiras.
Mesmo no cargo de ministro do Meio Ambiente, as ações, e por vezes, inações, de Ricardo Salles estão apresentando danos cada vez maiores aos biomas brasileiros e a seus povos autóctones. Nesta lista incluem-se a desestruturação de setores do ministério como os de serviços florestais, recursos hídricos e mudanças climáticas, a flexibilização das multas por crimes ambientais, o aumento do desmatamento, a retirada da Força Nacional da proteção que fazia aos fiscais do meio ambiente em campo, a suspensão do Fundo Amazônia, ente outras. Mas parece que vem mais por aí.
O ministro costumava ter sua agenda de compromissos compartilhada diariamente na internet, de forma antecipada inclusive, e mesmo atividades no exterior, onde está desde o último dia 18. Mas de segunda, dia 30 de setembro, não mais. Em consequência, a unidade de jornalismo investigativo do Greenpeace está seguindo os passos do ministro em seu dia a dia, e fez revelações preocupantes.
Nesta segunda-feira, por exemplo, em Berlim, a agenda não oficial indicou que ocorreriam encontros com executivos da farmacêutica Bayer, que se tornou a maior produtora mundial de agrotóxicos, após comprar a Monsanto. Fazendo parte de um governo que já aprovou mais de 300 novos agrotóxicos somente neste ano, não pode-se cair na ingenuidade de achar que o ministro está lá para solicitar à empresa que cesse o fornecimento de agrotóxicos com glifosfato, por exemplo, componente proibido em diversos países, inclusive na Alemanha, e amplamente utilizado no Brasil, correto? Vale lembrar que este componente foi, recentemente, associado ao extermínio de milhões de abelhas e possível contaminação de plantações de café no sul do país.
O senhor Salles também teria compromissos com executivos de outra grande produtora de agrotóxicos alemã, Basf, e da montadora Volkswagen, que ainda sofre consequências financeiras e morais do escândalo Diesel gate e que, recentemente, reconheceu seu apoio à ditadura militar brasileira, até mesmo permitindo repressão a funcionários dentro da fábrica de São Bernardo do Campo (SP).
Na quinta-feira, 3 de outubro, Salles embarca para o Reino Unido, onde, segundo consta, fará reuniões com “investidores ingleses dos setores de mineração, farmacêutica, energia, petróleo e gás e setor financeiro”. Não conseguiu-se apurar quem exatamente são estes investidores. Mas algo é certo, haverá protesto, pois isto já se tornou recorrente aonde quer que o ministro destruidor do meio ambiente vá. Nesta última segunda, em Berlim, os manifestantes fizeram bastante barulho com palavras de ordem como “sem acordo com criminosos do clima”.
É importante frisar que, enquanto funcionário público, sua agenda deve ser pública. Essa atuação exageradamente discreta de um ministro de Estado, nestas circunstâncias, é de deixar de orelha em pé a população brasileira e mundial, com o que mais vem por aí nas atuais práticas ambientais brasileiras.
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