Por Altamiro Borges
Sob o comando de Sergio Moro – o juizeco presenteado com um ministério no laranjal de Jair Bolsonaro pelos serviços sujos prestados –, a Polícia Federal perdeu qualquer credibilidade. Nesta terça-feira (5), ela solicitou a prisão da ex-presidenta Dilma Rousseff numa operação sobre esquema de propinas do Grupo J&F. O pedido absurdo, porém, foi negado pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), mas gerou repulsa. A ação midiática, tipicamente diversionista, ocorre no momento em que o clã Bolsonaro está acuado por denúncias sobre o envolvimento com milicianos e com o assassinato da vereadora Marielle Franco.
Na Câmara Federal, o líder do PT, deputado Paulo Pimenta, bateu duro no ministro da Justiça, acusando-o de atuar “como jagunço de milicianos e bandidos”. Conforme alertou, o Brasil está “mergulhado em um Estado policial que protege cúmplices, como Fabrício Queiroz” e outros chefões das milícias cariocas, ao mesmo tempo em que a PF é instrumentalizada para “perseguir adversários políticos”. O parlamentar gaúcho também lembrou outras descaradas omissões de Sergio Moro, como no tráfico de cocaína em avião presidencial, no laranjal do PSL, nas negociatas em torno do acordo com o Paraguai sobre a hidrelétrica Itaipu Binacional.
No mesmo rumo, a deputada Gleisi Hoffmann, presidenta do PT, postou nas redes sociais que Sergio Moro usou “a PF para tentar criar escândalo e encobrir os crimes da família Bolsonaro no caso Marielle/Anderson... Isso se chama estado policial. Nem estamos no AI-5 e o ministro da Justiça (!) usa descaradamente a força contra a lei e o direito”. Em nota, a assessoria de Dilma Rousseff declarou ser “estarrecedora” a notícia sobre a sua prisão. “A ex-presidenta sempre colaborou com investigações e jamais se negou a prestar testemunho perante a Justiça Federal, nos casos em que foi instada a se manifestar”. Confira a íntegra da nota:
*****
É estarrecedora a notícia de que a Polícia Federal pediu a prisão da ex-presidenta Dilma Rousseff num processo no qual ela não é investigada e nunca foi chamada a prestar qualquer esclarecimento.
A ex-presidenta sempre colaborou com investigações e jamais se negou a prestar testemunho perante a Justiça Federal, nos casos em que foi instada a se manifestar.
Hoje, 5 de novembro, ela foi convidada a prestar esclarecimentos à Justiça, recebendo a notificação das mãos civilizadas e educadas de um delegado federal. No final da tarde, soube pela imprensa do pedido de prisão.
O pedido de prisão é um absurdo diante do fato de não ser ela mesma investigada no inquérito em questão. E autoriza suposições várias, entre elas que se trata de uma oportuna cortina de fumaça. E também revela o esforço inconsequente do ministro da Justiça, Sérgio Moro no afã de perseguir adversários políticos. Sobretudo, torna visível e palpável o abuso de autoridade.
Ainda bem que prevaleceu o bom senso e a responsabilidade do ministro responsável pelo caso no STF, assim como do próprio Ministério Público Federal.
Sob o comando de Sergio Moro – o juizeco presenteado com um ministério no laranjal de Jair Bolsonaro pelos serviços sujos prestados –, a Polícia Federal perdeu qualquer credibilidade. Nesta terça-feira (5), ela solicitou a prisão da ex-presidenta Dilma Rousseff numa operação sobre esquema de propinas do Grupo J&F. O pedido absurdo, porém, foi negado pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), mas gerou repulsa. A ação midiática, tipicamente diversionista, ocorre no momento em que o clã Bolsonaro está acuado por denúncias sobre o envolvimento com milicianos e com o assassinato da vereadora Marielle Franco.
Na Câmara Federal, o líder do PT, deputado Paulo Pimenta, bateu duro no ministro da Justiça, acusando-o de atuar “como jagunço de milicianos e bandidos”. Conforme alertou, o Brasil está “mergulhado em um Estado policial que protege cúmplices, como Fabrício Queiroz” e outros chefões das milícias cariocas, ao mesmo tempo em que a PF é instrumentalizada para “perseguir adversários políticos”. O parlamentar gaúcho também lembrou outras descaradas omissões de Sergio Moro, como no tráfico de cocaína em avião presidencial, no laranjal do PSL, nas negociatas em torno do acordo com o Paraguai sobre a hidrelétrica Itaipu Binacional.
No mesmo rumo, a deputada Gleisi Hoffmann, presidenta do PT, postou nas redes sociais que Sergio Moro usou “a PF para tentar criar escândalo e encobrir os crimes da família Bolsonaro no caso Marielle/Anderson... Isso se chama estado policial. Nem estamos no AI-5 e o ministro da Justiça (!) usa descaradamente a força contra a lei e o direito”. Em nota, a assessoria de Dilma Rousseff declarou ser “estarrecedora” a notícia sobre a sua prisão. “A ex-presidenta sempre colaborou com investigações e jamais se negou a prestar testemunho perante a Justiça Federal, nos casos em que foi instada a se manifestar”. Confira a íntegra da nota:
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É estarrecedora a notícia de que a Polícia Federal pediu a prisão da ex-presidenta Dilma Rousseff num processo no qual ela não é investigada e nunca foi chamada a prestar qualquer esclarecimento.
A ex-presidenta sempre colaborou com investigações e jamais se negou a prestar testemunho perante a Justiça Federal, nos casos em que foi instada a se manifestar.
Hoje, 5 de novembro, ela foi convidada a prestar esclarecimentos à Justiça, recebendo a notificação das mãos civilizadas e educadas de um delegado federal. No final da tarde, soube pela imprensa do pedido de prisão.
O pedido de prisão é um absurdo diante do fato de não ser ela mesma investigada no inquérito em questão. E autoriza suposições várias, entre elas que se trata de uma oportuna cortina de fumaça. E também revela o esforço inconsequente do ministro da Justiça, Sérgio Moro no afã de perseguir adversários políticos. Sobretudo, torna visível e palpável o abuso de autoridade.
Ainda bem que prevaleceu o bom senso e a responsabilidade do ministro responsável pelo caso no STF, assim como do próprio Ministério Público Federal.
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