Da Rede Brasil Atual:
O ativista Julian Assange, famoso por seu trabalho como fundador do WikiLeaks, está sob séria ameaça de morrer nas mãos da Justiça inglesa. O alerta foi feito por um grupo de 60 médicos, que elaborou uma carta apelando para que Assange seja encaminhado para um hospital. Ele foi preso em abril após ser retirado a força da embaixada do Equador em Londres, onde passou sete anos como asilado político.
“Escrevemos essa carta aberta, como médicos, para expressar nossa séria preocupação com a saúde, mental e física, de Julian Assange”, escrevem os médicos em documento endereçado ao ministro do Interior do Reino Unido, Priti Patel. “Assange precisa de atendimento médico urgente (…) Qualquer tratamento indicado deve ser administrado por uma equipe propriamente experiente em um hospital universitário”, completam.
Assange luta contra a perseguição dos Estados Unidos, que pedem sua extradição desde 2011. Em 2010, o ativista divulgou em seu site mais de 250 mil documentos sigilosos do governo norte-americano. Muitas ações obscuras do governo vieram a público, como a revelação de que os EUA espionavam a ex-presidenta Dilma Rousseff (PT) e a estatal brasileira Petrobras.
A perseguição contra o ativista cresceu progressivamente com os anos. Atualmente, ele enfrenta 18 acusações dos Estados Unidos baseadas, em sua maioria, na Lei de Espionagem, que é de 1917. Se for considerado culpado, sua condenação pode ultrapassar os 170 anos. Além disso, chegou a ser acusado de estupro por duas mulheres suecas; tal processo arquivado pela Justiça local por falta de provas. Para os que defendem a atuação de Assange, muitas acusações não são verídicas, e representam o uso do aparato judicial internacional para persegui-lo por seus atos em defesa da transparência.
“Escrevemos essa carta aberta, como médicos, para expressar nossa séria preocupação com a saúde, mental e física, de Julian Assange”, escrevem os médicos em documento endereçado ao ministro do Interior do Reino Unido, Priti Patel. “Assange precisa de atendimento médico urgente (…) Qualquer tratamento indicado deve ser administrado por uma equipe propriamente experiente em um hospital universitário”, completam.
Assange luta contra a perseguição dos Estados Unidos, que pedem sua extradição desde 2011. Em 2010, o ativista divulgou em seu site mais de 250 mil documentos sigilosos do governo norte-americano. Muitas ações obscuras do governo vieram a público, como a revelação de que os EUA espionavam a ex-presidenta Dilma Rousseff (PT) e a estatal brasileira Petrobras.
A perseguição contra o ativista cresceu progressivamente com os anos. Atualmente, ele enfrenta 18 acusações dos Estados Unidos baseadas, em sua maioria, na Lei de Espionagem, que é de 1917. Se for considerado culpado, sua condenação pode ultrapassar os 170 anos. Além disso, chegou a ser acusado de estupro por duas mulheres suecas; tal processo arquivado pela Justiça local por falta de provas. Para os que defendem a atuação de Assange, muitas acusações não são verídicas, e representam o uso do aparato judicial internacional para persegui-lo por seus atos em defesa da transparência.
Perseguição ao jornalismo
O uso da Lei de Espionagem contra Assange é, por si, um fato que foge dos padrões da Justiça internacional. O dispositivo é comumente empregado apenas contra funcionários do governo envolvidos com tais delitos. Assange sequer é norte-americano. Cidadão australiano, o ativista defende a divulgação dos materiais obtidos como jornalismo. Pela primeira vez um profissional de comunicação foi enquadrado pela legislação específica.
Em um momento histórico em que, frequente e abertamente, jornalistas são atacados por membros de diferentes poderes de Estado, o uso da Lei de Espionagem abre um precedente perigoso. A perseguição contra jornalistas faz parte do cotidiano político de Donald Trump que, nos mesmos moldes bolsonaristas no Brasil, acusa a imprensa de mentir para prejudicá-lo.
“Uma vez que o governo estabelece o precedente de que apenas publicar ou receber informações pode levar a um processo, é fácil ver a mesma teoria incluindo e paralisando importantes empreitadas jornalisticas”, disse o professor de Direito da Universidade do Texas Stephen Vladeck ao jornal britânico The Guardian.
O uso da Lei de Espionagem contra Assange é, por si, um fato que foge dos padrões da Justiça internacional. O dispositivo é comumente empregado apenas contra funcionários do governo envolvidos com tais delitos. Assange sequer é norte-americano. Cidadão australiano, o ativista defende a divulgação dos materiais obtidos como jornalismo. Pela primeira vez um profissional de comunicação foi enquadrado pela legislação específica.
Em um momento histórico em que, frequente e abertamente, jornalistas são atacados por membros de diferentes poderes de Estado, o uso da Lei de Espionagem abre um precedente perigoso. A perseguição contra jornalistas faz parte do cotidiano político de Donald Trump que, nos mesmos moldes bolsonaristas no Brasil, acusa a imprensa de mentir para prejudicá-lo.
“Uma vez que o governo estabelece o precedente de que apenas publicar ou receber informações pode levar a um processo, é fácil ver a mesma teoria incluindo e paralisando importantes empreitadas jornalisticas”, disse o professor de Direito da Universidade do Texas Stephen Vladeck ao jornal britânico The Guardian.
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