Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:
A prisão de 18.000 brasileiros - entre eles, 3 000 crianças - pela polícia de fronteira dos Estados Unidos é uma vergonha para o país e uma ofensa à nossa dignidade.
Também é uma resposta esclarecedora à diplomacia de submissão de Jair Bolsonaro.
Há apenas 9 meses, na primeira visita oficial ao Deus Trump, como diz o chanceler Ernesto Araújo, Bolsonaro anunciou uma alfandega de gentileza.
Informou que a partir de então os viajantes norte-americanos estariam dispensados de obter visto de entrada no Brasil.
Depois disso, eles puderam entrar no Brasil como se estivessem na casa deles.
O problema é que, ignorando regras elementares da tradição diplomática, onde a reciprocidade faz parte do tratamento obrigatório entre governos que prezam sua soberania, foi uma gentileza de um lado só.
Como acontece há décadas, sempre que tentam entrar nos Estados Unidos os brasileiros continuam enfrentando um controle rigoroso, que pode ter momentos de muito constrangimento -- como testemunham viajantes de várias categorias, inclusive aqueles com patrimônio acima da média.
O resultado está lá, estampado na Folha de hoje, em reportagem de Marina Dias.
Sem documentos para ingressar no país, a imagem mostra um grupo de brasileiros e brasileiras apanhados na fronteira, vigiados por soldados e cães.
São foragidos do desemprego prolongado, e da falta de perspectiva de um país que entrega suas riquezas a preço de banana.
No Brasil, o número de 18.000 pessoas é suficiente para se formar uma pequena cidade. (Segundo o IBGE, pelo menos 161 cidades brasileiras possuem entre 15.000 e 20.000 habitantes).
Comparando com o registro anterior, o número de prisioneiros brasileiros deu um salto gigantesco, Multiplicou-se por seis, entre outubro de 2018-2019.
A projeção para o próximo ano é idêntica - se não for maior.
Como tantos povos do mundo, por muitos anos teremos brasileiros e brasileiras dispostos a lutar por seu destino em outras fronteiras.
Alguma dúvida?
A prisão de 18.000 brasileiros - entre eles, 3 000 crianças - pela polícia de fronteira dos Estados Unidos é uma vergonha para o país e uma ofensa à nossa dignidade.
Também é uma resposta esclarecedora à diplomacia de submissão de Jair Bolsonaro.
Há apenas 9 meses, na primeira visita oficial ao Deus Trump, como diz o chanceler Ernesto Araújo, Bolsonaro anunciou uma alfandega de gentileza.
Informou que a partir de então os viajantes norte-americanos estariam dispensados de obter visto de entrada no Brasil.
Depois disso, eles puderam entrar no Brasil como se estivessem na casa deles.
O problema é que, ignorando regras elementares da tradição diplomática, onde a reciprocidade faz parte do tratamento obrigatório entre governos que prezam sua soberania, foi uma gentileza de um lado só.
Como acontece há décadas, sempre que tentam entrar nos Estados Unidos os brasileiros continuam enfrentando um controle rigoroso, que pode ter momentos de muito constrangimento -- como testemunham viajantes de várias categorias, inclusive aqueles com patrimônio acima da média.
O resultado está lá, estampado na Folha de hoje, em reportagem de Marina Dias.
Sem documentos para ingressar no país, a imagem mostra um grupo de brasileiros e brasileiras apanhados na fronteira, vigiados por soldados e cães.
São foragidos do desemprego prolongado, e da falta de perspectiva de um país que entrega suas riquezas a preço de banana.
No Brasil, o número de 18.000 pessoas é suficiente para se formar uma pequena cidade. (Segundo o IBGE, pelo menos 161 cidades brasileiras possuem entre 15.000 e 20.000 habitantes).
Comparando com o registro anterior, o número de prisioneiros brasileiros deu um salto gigantesco, Multiplicou-se por seis, entre outubro de 2018-2019.
A projeção para o próximo ano é idêntica - se não for maior.
Como tantos povos do mundo, por muitos anos teremos brasileiros e brasileiras dispostos a lutar por seu destino em outras fronteiras.
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