Por Jeferson Miola, em seu blog:
Com seu discurso de posse como presidente da Argentina, Alberto Fernández emergiu no cenário geopolítico como um chefe de Estado que deverá exercer relevante liderança no continente sul-americano e, ao lado de López Obrador, também na América Latina.
O discurso de Alberto Fernández marcou a distância galáctica de estatura ética, política e intelectual que separa ele de Jair Bolsonaro.
Em toda história secular de conflitos e ressentimentos; de convergências e entendimentos entre Argentina e Brasil, nunca se havia observado uma diferença tão abissal de perfil entre governantes dos 2 países.
Argentina e Brasil estão geograficamente “condenados”, por toda a eternidade, a compartilharem fronteiras, interesses, culturas, objetivos e desafios comuns.
A consciência deste destino histórico moldou as políticas externas tanto argentina como brasileira. Ao longo das últimas décadas, diferentes chefes de Estado empenharem-se em harmonizar os laços e vínculos entre estas 2 nações vizinhas.
A interdependência e a relação de confiança alcançaram tal dimensão que no ano de 1991 os 2 países criaram a Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares [ABACC] no marco do acordo de compromisso de produção nuclear com fins exclusivamente pacíficos.
A experiência, considerada exemplar no mundo, é profundamente inovadora, e permite a inspeção recíproca das instalações nucleares de cada país por técnicos e especialistas argentinos e brasileiros.
Entendendo que o convívio respeitoso é um passaporte para a projeção exitosa de ambos países no mundo, o único país que Alberto Fernández citou no seu discurso foi justamente o Brasil [o MERCOSUL foi citado 1 vez e a América Latina em 2 passagens do discurso]:
“Com a República Federal do Brasil, em particular, temos que construir uma agenda ambiciosa, inovadora e criativa nas áreas tecnológica, produtiva e estratégica, apoiada pela irmandade histórica de nossos povos e que vá além de qualquer diferença pessoal de quem conjunturalmente governa”.
No momento em que Alberto Fernández proferia o discurso que o confirmou como um grande estadista sul-americano, em Brasília, longe da posse de Fernández, Bolsonaro ofendia a jovem ativista ambientalista Greta Thunberg, e seu capanga Sérgio Moro mandava a PF, transformada na sua gestapo, executar nova operação de perseguição a Lula e sua família.
O Brasil tem muito a aprender com a Argentina. A começar por entender a diferença entre chefe de Estado e chefe de milícia.
Com seu discurso de posse como presidente da Argentina, Alberto Fernández emergiu no cenário geopolítico como um chefe de Estado que deverá exercer relevante liderança no continente sul-americano e, ao lado de López Obrador, também na América Latina.
O discurso de Alberto Fernández marcou a distância galáctica de estatura ética, política e intelectual que separa ele de Jair Bolsonaro.
Em toda história secular de conflitos e ressentimentos; de convergências e entendimentos entre Argentina e Brasil, nunca se havia observado uma diferença tão abissal de perfil entre governantes dos 2 países.
Argentina e Brasil estão geograficamente “condenados”, por toda a eternidade, a compartilharem fronteiras, interesses, culturas, objetivos e desafios comuns.
A consciência deste destino histórico moldou as políticas externas tanto argentina como brasileira. Ao longo das últimas décadas, diferentes chefes de Estado empenharem-se em harmonizar os laços e vínculos entre estas 2 nações vizinhas.
A interdependência e a relação de confiança alcançaram tal dimensão que no ano de 1991 os 2 países criaram a Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares [ABACC] no marco do acordo de compromisso de produção nuclear com fins exclusivamente pacíficos.
A experiência, considerada exemplar no mundo, é profundamente inovadora, e permite a inspeção recíproca das instalações nucleares de cada país por técnicos e especialistas argentinos e brasileiros.
Entendendo que o convívio respeitoso é um passaporte para a projeção exitosa de ambos países no mundo, o único país que Alberto Fernández citou no seu discurso foi justamente o Brasil [o MERCOSUL foi citado 1 vez e a América Latina em 2 passagens do discurso]:
“Com a República Federal do Brasil, em particular, temos que construir uma agenda ambiciosa, inovadora e criativa nas áreas tecnológica, produtiva e estratégica, apoiada pela irmandade histórica de nossos povos e que vá além de qualquer diferença pessoal de quem conjunturalmente governa”.
No momento em que Alberto Fernández proferia o discurso que o confirmou como um grande estadista sul-americano, em Brasília, longe da posse de Fernández, Bolsonaro ofendia a jovem ativista ambientalista Greta Thunberg, e seu capanga Sérgio Moro mandava a PF, transformada na sua gestapo, executar nova operação de perseguição a Lula e sua família.
O Brasil tem muito a aprender com a Argentina. A começar por entender a diferença entre chefe de Estado e chefe de milícia.
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