Por Fernando Brito, em seu blog:
Os números do Datafolha, pressentidos ontem pela obviedade dos dados iniciais divulgados pela Folha de S. Paulo, corroboram o diagnóstico que aqui se fez de que Jair Bolsonaro segue, como planeja, sendo o “Senhor da Direita” e não dando espaço para que outros possam pretender emergir no campo conservador.
E isso inclui Sergio Moro, que sabe que seus apoiadores são, na maioria, os mesmos do ex-capitão.
Se Bolsonaro conseguirá manter esta hegemonia, como até agora, já são outros quinhentos, dependentes de não haver uma perda do patamar de estagnação econômica em que nos encontramos ou, mas aí em menor grau, por algum dos muitos escândalos que, até agora, contam com a tolerância da maioria.
As ligeiras variações de índices, quase sempre dentro das margens de erro, não autorizam ver mudanças de grau de concentração destes núcleos fiéis: seguem alojados nos empresários – e numa pesquisa assim entendam-se por pequenos negociantes de bens e serviços -, nos mais ricos, entre os homens e nos Estados do Sul.
O que se pode perceber de alteração não está ainda no campo da opinião pública, mas já se esboça na política: a dificuldade de grandes parcelas do campo conservador em se manterem aliadas do governo, mas a “direita cheirosa”, ao menos publicamente, continuam adotando a receita de sua musa, Eliane Cantanhede, exposta hoje no Estadão: ” Bolsonaro encarnou o anti-Lula. Para enfrentá-lo, só uma cara e uma voz tanto anti-Lula quanto anti-Bolsonaro.”
Como em estados de polarização como o que temos, faz tempo, mais uma via de ódios não parece ser caminho aberto.
PSDB, Novo e Podemos não parecem ter alternativa a não ser permanecerem grudados a este discurso, o que é o mesmo que apoiar o ex-capitão. Mas no DEM, no MDB e no rosário de siglas da direita que acabou, por artes de Bolsonaro, virando centro-direita, há certa percepção de que o agora presidente é como o mata-pau na floresta. Subiu-lhes como um fiapo mas agora lhes dá o abraço da morte.
Os números do Datafolha, pressentidos ontem pela obviedade dos dados iniciais divulgados pela Folha de S. Paulo, corroboram o diagnóstico que aqui se fez de que Jair Bolsonaro segue, como planeja, sendo o “Senhor da Direita” e não dando espaço para que outros possam pretender emergir no campo conservador.
E isso inclui Sergio Moro, que sabe que seus apoiadores são, na maioria, os mesmos do ex-capitão.
Se Bolsonaro conseguirá manter esta hegemonia, como até agora, já são outros quinhentos, dependentes de não haver uma perda do patamar de estagnação econômica em que nos encontramos ou, mas aí em menor grau, por algum dos muitos escândalos que, até agora, contam com a tolerância da maioria.
As ligeiras variações de índices, quase sempre dentro das margens de erro, não autorizam ver mudanças de grau de concentração destes núcleos fiéis: seguem alojados nos empresários – e numa pesquisa assim entendam-se por pequenos negociantes de bens e serviços -, nos mais ricos, entre os homens e nos Estados do Sul.
O que se pode perceber de alteração não está ainda no campo da opinião pública, mas já se esboça na política: a dificuldade de grandes parcelas do campo conservador em se manterem aliadas do governo, mas a “direita cheirosa”, ao menos publicamente, continuam adotando a receita de sua musa, Eliane Cantanhede, exposta hoje no Estadão: ” Bolsonaro encarnou o anti-Lula. Para enfrentá-lo, só uma cara e uma voz tanto anti-Lula quanto anti-Bolsonaro.”
Como em estados de polarização como o que temos, faz tempo, mais uma via de ódios não parece ser caminho aberto.
PSDB, Novo e Podemos não parecem ter alternativa a não ser permanecerem grudados a este discurso, o que é o mesmo que apoiar o ex-capitão. Mas no DEM, no MDB e no rosário de siglas da direita que acabou, por artes de Bolsonaro, virando centro-direita, há certa percepção de que o agora presidente é como o mata-pau na floresta. Subiu-lhes como um fiapo mas agora lhes dá o abraço da morte.
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