Por Moisés Mendes, no Diário do Centro do Mundo:
Gugu Liberato, o bom moço adorador de Sergio Moro, que todas as tias gostariam de ter como sobrinho, tem três filhos com uma moça. Quando caiu do forro da casa e morreu, ela estava ao seu lado para tentar salvá-lo.
Mas a moça, a médica Rose Miriam Souza di Matteo, foi excluída do seu testamento. Teve três filhos, vivia com ele e estava seu lado na hora da morte. Mas, segundo a família, era apenas uma amiga.
Amigos de Gugu dizem o mesmo, que a moça era amiga. Apenas isso. O sobrinho das tias brasileiras teve três filhos com uma amiga, o que se sabe que existe e ninguém tem nada com isso.
Mas o que o levou a tirar do testamento a amiga com quem teve três filhos? Há uma insinuação clara, na maioria das notícias, de que o casamento era de fachada.
Não importa. Importa que a amiga com quem ele teve três filhos foi afastada da sua herança. Pode? Talvez possa, mas esse debate, no país em que todo mundo agora entende de leis (desde a ascensão da Lava-Jato), não é apenas jurídico, nem pode ser.
Não há página que se abra na internet que não tenha uma notícia sobre o caso do Gugu e da médica. Não precisa ser site de fofoca.
Mônica Bergamo, a grande jornalista da Folha, trata do assunto com frequência. A escabrosa história do testamento está em todos os jornais, todos os dias, e foi o que li de novo agora há pouco, com chamada de capa da Folha, na coluna de Mônica.
Gugu e seu testamento podem ser reveladores do caráter do brasileiro fofo e do bem, finalmente exposto sem retoques e sem constrangimentos pelo bolsonarismo.
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