Por Tarso Genro, no site Sul-21:
O romance de Joseph Conrad, “O agente secreto” (1907) é uma obra sem heróis. Seu núcleo definidor – seu “personagem” central – não é um indivíduo, “herói” do mal ou do bem, mas é uma “conspiração”, dentro da qual as pessoas se movem em direção a um destino incerto. Um romance sobre o Brasil de hoje, à espera de um escritor de talento, poderia ter dois centros: uma “conspiração”, em cujo núcleo estariam Bannon, a CIA, os “think-tanks” da burguesia sem projetos de nação, a mídia oligopólica e também seus personagens típicos do bem e do mal. Os que são os epígonos da irracionalidade na democracia manipulada. E esta obra poderia também inaugurar um novo “tipo” político latino-americano, que diz que o “mal” é qualquer “ideologia”, como se ele não a tivesse, fascista que é, pois não consegue escondê-la, quando ela já corroeu seus sentimentos e os seus neurônios rarefeitos pelo ódio.
O romance de Joseph Conrad, “O agente secreto” (1907) é uma obra sem heróis. Seu núcleo definidor – seu “personagem” central – não é um indivíduo, “herói” do mal ou do bem, mas é uma “conspiração”, dentro da qual as pessoas se movem em direção a um destino incerto. Um romance sobre o Brasil de hoje, à espera de um escritor de talento, poderia ter dois centros: uma “conspiração”, em cujo núcleo estariam Bannon, a CIA, os “think-tanks” da burguesia sem projetos de nação, a mídia oligopólica e também seus personagens típicos do bem e do mal. Os que são os epígonos da irracionalidade na democracia manipulada. E esta obra poderia também inaugurar um novo “tipo” político latino-americano, que diz que o “mal” é qualquer “ideologia”, como se ele não a tivesse, fascista que é, pois não consegue escondê-la, quando ela já corroeu seus sentimentos e os seus neurônios rarefeitos pelo ódio.