sábado, 11 de maio de 2019

Os enredos da História e a técnica fascista

Por Tarso Genro, no site Sul-21:

O romance de Joseph Conrad, “O agente secreto” (1907) é uma obra sem heróis. Seu núcleo definidor – seu “personagem” central – não é um indivíduo, “herói” do mal ou do bem, mas é uma “conspiração”, dentro da qual as pessoas se movem em direção a um destino incerto. Um romance sobre o Brasil de hoje, à espera de um escritor de talento, poderia ter dois centros: uma “conspiração”, em cujo núcleo estariam Bannon, a CIA, os “think-tanks” da burguesia sem projetos de nação, a mídia oligopólica e também seus personagens típicos do bem e do mal. Os que são os epígonos da irracionalidade na democracia manipulada. E esta obra poderia também inaugurar um novo “tipo” político latino-americano, que diz que o “mal” é qualquer “ideologia”, como se ele não a tivesse, fascista que é, pois não consegue escondê-la, quando ela já corroeu seus sentimentos e os seus neurônios rarefeitos pelo ódio.

Colapso da soberania e da vergonha

Por Marcelo Zero

Setores da nossa imprensa conservadora anunciaram, com pompa e circunstância, que Trump havia "aberto as portas da OTAN" para o Brasil.

Tal "generosidade", entretanto, é fruto exclusivo da ignorância de escribas que não entendem nada do assunto.

Mesmo se quisesse, Trump não poderia fazer o Brasil ingressar na OTAN.

Essa organização militar, criada pelo Tratado do Atlântico Norte, mais conhecido como Tratado de Washington, está aberta apenas (pasmem!) para países do Atlântico Norte, ou seja, EUA, Canadá e as nações da Europa.

Não se trata sequer da incorporação do Brasil como parceiro global ("partner across the globe") da OTAN, como já o são Afeganistão, Austrália, Colômbia, Iraque, Japão, República da Coreia, Mongólia, Nova Zelândia e Paquistão.

Desastre dos Correios privatizados no mundo

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

O ministro da Economia de Bolsonaro, Paulo Guedes, disse que o governo pretende incluir os Correios nos planos de privatizações de estatais. A ideia foi confirmada pelo próprio presidente de extrema-direita no twitter, desprezando o fato de a estatal ser superavitária: após prejuízos registrados entre 2103 e 2016, os Correios registraram lucro de 161 milhões de reais em 2018 e de 667,3 milhões de reais em 2017.

E quando o Messias pisa na bola?

Por Reginaldo Corrêa, no site Carta Maior:

O samba é conhecido: Anunciaram e garantiram que o mundo ia se acabar...

Há muitas teorias do fim do mundo. E muitas teorias da salvação do mundo e instauração do paraíso na terra. Várias delas estimam um momento, data determinada, forma de execução. Quando arriscam esse nível de detalhe, encaram o risco da “desconfirmação”. E o que acontece depois, quando o mundo não acaba, os marcianos não chegam?

Você já ouviu discursos desesperados desse tipo: “O mundo está em ruínas. Tudo apodrece, tudo desaba. Sodoma, Gomorra, esculhambação. Está um inferno. E isso é apenas um sinal. Vai piorar, vem aí o apocalipse”.

Juventude se levanta contra o obscurantismo

Charge: Gomez Studios
Editorial do site Vermelho:

O levante estudantil que já ganhou corpo simboliza um poderoso foco de luz sobre o obscurantismo que tomou conta do país. É um movimento bem distinto daquelas massas amorfas envoltas em cores que pretendiam invocar patriotismo quando na prática estavam impulsionando o entreguismo, a base social do golpe do impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff e da eleição da extrema direita liderada por Jair Bolsonaro, em 2018.

Um país dominado pela burrice institucional

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

A insistência de Paulo Guedes com a Lei “Mansueto”do Teto lembra, em muito, o Plano Cavallo e a maneira como a política econômica se subordinou à cegueira generalizada das agências de ratting.

Na época, a Argentina esvaindo-se em sangue, a miséria avançando de forma galopantes, o PIB despencando, e as agências de risco recomendando mais cortes fiscais. A cada nova recomendação aceita, o mercado festejava, os papéis da Argentina tinham uma pequena melhora para despencar alguns dias depois, por absoluta impossibilidade de sustentar os cortes.

Brasil de Bolsonaro e o jogo das chantagens

Por Antonio Barbosa Filho

Chico Buarque, brincando com as palavras como só os grandes poetas sabem fazer, escreveu canção "Flor da Idade":

"Carlos amava Dora que amava Lia que amava Léa que amava Paulo que amava Juca que amava Dora que amava...

Carlos amava Dora que amava Rita que amava Dito que amava Rita que amava Dito que amava Rita que amava Carlos que amava

Pedro tanto amava a filha que amava Carlos que amava Dora que amava toda a quadrilha...."

A beleza da canção a musicalidade é rica, além dos versos) nos traz a uma triste realidade: que liame existe entre os componentes desta quadrilha que ocupou fraudulentamente o poder federal no Brasil Ao contrário da poesia-canção, não há amor entre eles.

Paulo Guedes quer destruir o Brasil

TSE esconde as fake news de Bolsonaro

Por Marcos Coimbra, na revista CartaCapital:

Em uma época de ataques à democracia e às regras da convivência civilizada, o Tribunal Superior Eleitoral acaba de cometer outra barbaridade. O Judiciário, através de uma das mais altas cortes, volta a decepcionar. A renovação da decisão de manter sob sigilo, até 2023, as atas das reuniões do Conselho Consultivo sobre internet e eleições é um despropósito. Sua única função é impedir que a sociedade brasileira conheça o que esse Conselho, criado para sugerir medidas que coibissem a disseminação de fake news e o uso de robôs na eleição de 2018, discutiu e apurou ao longo do processo que culminou na suspeitíssima vitória de Bolsonaro.

Carlos Bolsonaro empregou laranja de militar

Da Rede Brasil Atual:

O vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), empregou, por 18 anos, uma mulher que foi laranja de um militar em empresas de comunicação. Segundo informação da Folha de S.Paulo, Cileide Barbosa Mendes também atuou como "faz tudo" para a família presidencial.

Enquanto era remunerada por Carlos, Cileide era laranja de um tenente-coronel do Exército e ex-marido da segunda mulher de Bolsonaro, Ana Cristina Siqueira Valle, mas não podia mantê-las registradas no nome dele como militar da ativa.