domingo, 31 de outubro de 2021

Damares, 'Micheque' e a carona no voo da FAB

A verdadeira história de Sergio Moro

Bolsonaro no Tribunal Penal Internacional?

O Brasil na visão de banqueiros

Por Marcio Pochmann, no site Carta Maior:


De forma surpreendente, dois banqueiros brasileiros recentemente se manifestaram a respeito de como tratam a realidade e veem o futuro no Brasil. De imediato, percebe-se, tanto da leitura da entrevista de Roberto Setúbal do Itaú Unibanco quanto da escuta da exposição de André Esteves do BTG Pactual, a superficialidade com que a fina flor do pode burguês, especialmente na esfera do capital financeiro, interpreta e interfere nas questões de ordem nacional a partir de sua posição no “andar de cima” da sociedade.

A manobra da Petrobras é inconstitucional

Por Jailton Andrade, no site da CTB:


Não adianta impingir qualquer narrativa diferente da realidade constitucional. O Petróleo é Nosso. Podem privatizar o refino, a distribuição, a geração elétrica, a produção de fertilizantes e tudo mais, mas o que está embaixo do chão pertence ao povo brasileiro. Esse foi o contrato social estabelecido e esculpido na legislação brasileira.

Alta do diesel atiça greve dos caminhoneiros

Da Rede Brasil Atual:

Caminhoneiros autônomos e celetistas estão em estado de greve e planejam uma forte mobilização nacional a partir da próxima segunda-feira (1º). O novo aumento do diesel, que subiu 9% nesta semana, elevou ainda mais a temperatura entre os integrantes da categoria. “Não tem mais como aguentar. Estamos numa situação pior que 2018”, disse o presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, o Chorão.

O meio e a mensagem

Charge: Ajit Ninan
Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:


Virou lugar-comum atacar as esquerdas por sua fragilidade no uso das redes sociais. A extrema direita mostrou competência em ocupar esse novo ecossistema informativo, baseado no investimento em tecnologia, engajamento e mensagens falsas que despertam medo. Um trio poderoso. Com isso, elegeram o presidente e o mantêm num patamar inacreditável para tamanha incompetência e capacidade de destruição.

Bolsonaro também faz turismo

Bolsonaro em Roma cercado por guarda-costas/Il Mattino
Por Fernando Brito, em seu blog:

Se Jair Bolsonaro fosse um homem de sentimentos, bem se poderia dizer que sua visita à Itália pudesse ser dedicada a um “turismo sentimental”, para visitar a pequena vila de onde saiu, há 130 anos, seu bisavô paterno Vittorio Bolzonaro e uma passagem pelo Monumento de Pistóia, onde estiveram enterrados os corpos dos pracinhas brasileiros mortos na 2ª Guerra Mundial, há muito trasladados para o Brasil, onde repousam, desde 1960, junto ao Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro.

Juros podem enterrar reeleição de Bolsonaro

Por Paulo Moreira Leite, no site Brasil-247:


Ao anunciar um aumento de 1,5 pontos na taxa básica de juros, o Banco Central mergulhou o Brasil num oceano de incertezas.

Além de quebrar a economia e impor sacrifícios pesados a maioria da população, especialmente os mais pobres, uma medida dessa natureza costuma punir os próprios governantes.

Com o aumento, a taxa básica de juros fica em 7,5% - patamar altíssimo num país com desemprego nas alturas e um padrão social pavoroso.

A derrota de José Serra para Lula, em 2002, que deu início a um ciclo de quatro mandatos consecutivos de governos do Partido dos Trabalhadores no Planalto, foi pavimentada por um conjunto de vários fatores combinados.

Um dos mais importantes foi uma taxa de juros de 22% no índice Selic - a mais alta de nossa história - que estrangulou a atividade econômica, produzindo um desastre que funcionou como o golpe final contra a herança do PSDB.

sábado, 30 de outubro de 2021

Os efeitos da maior alta dos juros em 19 anos

O cheiro de queimado na economia

Colômbia: Uma história de mortes e violência

Caminhoneiros prometem nova greve

Os desdobramentos da CPI do Genocídio

As mulheres que lutaram em Tejucupapo

Voto do TSE isenta Bolsonaro

Crise do diesel é sinal do enorme desarranjo

O novembro eleitoral na América Latina

Bolsonaro fura fila em colégio militar

Bolsonaro escapa da cassação no TSE

430 indígenas assassinados em três anos

sexta-feira, 29 de outubro de 2021

Relatório da CPI repercute na mídia mundial

Imprensa popular X imprensa burguesa

Petrobras, o novo alvo de Bolsonaro

Editorial do site Vermelho:


A mais estratégica e emblemática das empresas brasileiras está novamente sob ameaça de ser privatizada. Ignorando a opinião pública e os riscos à soberania nacional, o governo Jair Bolsonaro voltou a tratar como prioridade a entrega da Petrobras à iniciativa privada.

Nessa aparente tentativa de se reabilitar junto ao mercado – especialmente ao setor financeiro –, o presidente entregou a missão a seu ministro da Economia, Paulo Guedes. A este cabe não só formatar a privatização – mas também burilar a narrativa do governo, dar um verniz populista à medida.

Decisão do TSE é uma burla

Por Jeferson Miola, em seu blog:


A decisão do TSE [28/10] no julgamento dos crimes cometidos pela chapa Bolsonaro/Mourão na eleição de 2018 é uma burla.

Pelo menos é assim que define o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Os sinônimos de burla são: logro, embuste, fraude, estelionato; brincadeira de mau gosto, atitude jocosa, gracejo, ludíbrio; zombaria, escárnio et cetera.

Na realidade, a decisão do TSE tem o mesmo significado de excepcionalidade jurídica – intrínseca ao Estado de Exceção vigente – da atuação de Sérgio Moro enquanto juiz. Só que com sinais invertidos.

Moro condenou Lula em [1] tempo recorde e [2] sem absolutamente nenhuma prova de culpa, ao passo que o TSE [1] retardou o máximo que pôde o julgamento que deveria ter ocorrido ainda em outubro de 2018 e [2] absolveu a chapa Bolsonaro/Mourão apesar da abundância de provas dos ilícitos cometidos.

MST retoma ocupações de terras no país

Famílias Sem Terra do Acampamento Retomada Seridó, RN
Foto: Luisa Medeiros
Do site do MST:

Depois de um período de quarentena e foco na produção agrícola para as ações de solidariedade popular, o MST retoma gradualmente as ocupações por Reforma Agrária. Em 15 dias, foram três novas ocupações de terra pela Reforma Agrária Popular nos estados de São Paulo, Bahia e Rio Grande do Norte.

Após 18 meses de respeito às orientações de distanciamento social, com o foco nas tarefas de produção, solidariedade e articulação da campanha Fora Bolsonaro, o MST retoma a sua principal forma de luta, levada a cabo pelo movimento em quatro décadas.

O que comemorar no Dia do Servidor Público?

Foto: Divulgação
Por Thiago Duarte Gonçalves

Desde o golpe jurídico-parlamentar de 2016, os ataques ao funcionalismo e aos trabalhadores não param. Destaca-se a EC 95 (teto dos gastos) em dezembro de 2016, que tem reflexos até hoje com menos recursos para a saúde, educação, sistema de justiça, segurança pública e sucateamento do serviço público com cada vez menos concursos, ou seja, menos atendimento à população.

Após a “reforma” trabalhista, que retirou direitos dos trabalhadores e esvaziou parcialmente o papel histórico do Sistema de Justiça Trabalhista. Na sequência, o ataque à previdência, que aumentou o valor de contribuição, o tempo necessário para se aposentar e diminuiu o valor das aposentadorias, além de outros ataques.

Damares, Micheque e a carona no voo da FAB

Por Altamiro Borges

O deputado Túlio Gadelha (PDT-PE) protocolou nesta semana uma representação junto ao Ministério Público Federal pedindo a abertura de inquérito contra Damares Alves, ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos do laranjal fascista, que deu "carona" em avião da Força Aérea Brasileira (FAB) a "Micheque" Bolsonaro e a mais sete parentes da primeira-dama.

Os efeitos da maior alta dos juros em 19 anos

Por Altamiro Borges

A dupla Paulo “Offshore” Guedes e Jair “Malvadão” Bolsonaro segue afundando a economia. O aumento da taxa de juros pelo Banco Central foi a manchete dos jornalões nesta quinta-feira (28). Estadão: "Após furo do teto, BC promove maior alta dos juros em 19 anos". O Globo: "Inflação e risco fiscal levam à maior alta dos juros desde 2002". Valor Econômico: "Copom eleva juro para 7,75% e indica nova alta de 1,5 ponto". Só a Folha, com seu tucanismo atávico e seu desespero pela tal “terceira via”, preferiu mudar de assunto e dar na manchete: "SP supera EUA, Alemanha e Reino Unido em vacinação".

quinta-feira, 28 de outubro de 2021

TSE rejeita cassar chapa Bolsonaro-Mourão

O naufrágio do jornalismo investigativo

Do site do Centro de Estudos de Mídia Barão de Itararé:

Referência na análise econômica, política e de dados no Brasil, Luis Nassif lança e debate seu novo livro na quarta-feira, 3 de novembro, ao vivo no canal do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé. A partir das 18h, o jornalista falará sobre o Caso Veja: o naufrágio do jornalismo investigativo (Kotter Editorial), publicação na qual Nassif conta como a desorganização e a desmoralização da informação levaram, gradativamente, à desorganização de todos os Poderes - chocando o ovo que, mais adiante, resultaria na eleição de Jair Bolsonaro.

A Argentina como espelho do Brasil

Por Jair de Souza

Fiz a tradução ao português e a legendagem deste documentário argentino de 2019 por uma razão que me pareceu essencial: a atualidade do mesmo para ajudar-nos a entender tudo pelo que o Brasil vem passando nos últimos cinco anos.

O desenrolar da narrativa do vídeo revela os mecanismos usados pelas forças atreladas aos interesses do grande capital quando decidem eliminar da cena política aquelas pessoas ou organizações que, além de oferecerem resistência aos mesmos, demonstram ter força e capacidade de incomodar.

A forma de atuar do imperialismo na era do capitalismo neoliberal apresenta muitas características semelhantes em quase todas as partes onde os interesses do grande capital desejam se sobrepor aos das maiorias populares. Os acontecimentos recentes no Brasil, no Equador, no Peru, na Bolívia, na Argentina, etc., não deixam margem para dúvidas quanto aos laços vinculantes entre todos eles.

Eleição em MG e no RJ: os palanques de Lula

Por Rodrigo Vianna, no site Brasil-247:


Encerrada a CPI da Pandemia, que cumpriu papel decisivo ao desmascarar com fatos e depoimentos a responsabilidade de Bolsonaro e seu bando, o Brasil entrará numa fase de decantação política entre novembro/2021 e abril/2022 - como escrevi em coluna anterior.

Está claro que Bolsonaro não será afastado por impeachment (como seria desejável) e que a decisão ficará mesmo para 2022: o Brasil irá às urnas, tudo indica, em meio à recessão.

Nesse quadro, Lula é o favorito, apesar de a maior parte da elite financeira não aceitar bem a volta do petista.

Mas gostaria de chamar atenção para os arranjos locais da política, especialmente em dois estados que costumam ser decisivos nas eleições brasileiras: Rio e Minas.

Desde 2002, nas últimas cinco eleições presidenciais, a geografia do voto no país parece bastante consolidada.

Ministro do STF é "terrivelmente caro"?

Charge: Luc Descheemaeker
Por Fernando Brito, em seu blog:


“Quanto custa uma vaga no Supremo Tri…?”

A pergunta, incompleta mas evidente menção ao STF, lançada por Jair Bolsonaro, sem saber que estava sendo gravado, exige uma resposta de quem a formulou.

Se sabe, precisa contar e, se não sabe, não tem responsabilidade para escolher integrantes da Corte Suprema.

De uma só vez, lançou a suspeita de que os atuais 10 integrantes do Supremo Tribunal Federal tiveram suas vagas compradas, como mercadoria e, por consequência, compensam com seus votos o investimento que neles se fez.

Houvesse dignidade sob a vasta cabeleira do presidente da Câmara, Luiz Fux, estaria havendo um interpelação dura e contundente ao presidente.

Chile: "retomar e industrializar riquezas"

Por Leonardo Wexell Severo

Indicado pelo presidente Salvador Allende (1970-1973) para comandar a equipe da nacionalização do cobre, estratégico mineral do qual o país detém 30% das reservas mundiais, Orlando Caputo acredita que “mais do que nunca, é tempo de retomar seus ideais”. Para o renomado economista, “é hora de transformar a imensa energia emanada das ruas, no levante social de 2019, em ruptura com as amarras da submissão ao estrangeiro, da lógica neoliberal, de privatização e corte de direitos, herdada da ditadura do general Augusto Pinochet (1973-1990)”.

A gênese da mídia do ódio

A luta dos trabalhadores na educação

As consequências do racismo na infância

As ameaças de financeirização da sociedade

'Visité Venezuela y esto fue lo que vi y viví'

quarta-feira, 27 de outubro de 2021

Relatório da CPI repercute na mídia mundial

Por Altamiro Borges

A aprovação no Senado do relatório da CPI do Genocídio repercutiu com força na imprensa mundial. O jornal britânico The Guardian, por exemplo, destacou que a "comissão vota para apoiar a pressão e manter o presidente como responsável por muitas das mais de 600.000 mortes de Covid no Brasil". O também britânico The Times foi ainda mais incisivo: “Comissão conclui que o presidente de extrema-direita expôs deliberadamente o Brasil ao coronavírus”.

Inflação de alimentos e a offshore de Guedes

Os méritos e as duas lacunas da CPI

Por Jeferson Miola, em seu blog:


“Guerras se enfrentam com especialistas, sejam elas bélicas ou sanitárias. A diretriz é clara: militares nos quartéis, e médicos na saúde. Quando se inverte, a morte é certa. E foi isso que, lamentavelmente, parece ter acontecido” - Relator Renan Calheiros, na sessão inaugural da CPI, 27/4/2021

É a primeira vez que um presidente da República é indiciado por crimes contra a humanidade, por crimes de responsabilidade e por outros oito tipos penais suficientes para condenar Bolsonaro ao enjaulamento por 30 anos – a pena máxima permitida no Brasil – nos tribunais nacionais e internacionais.

Não é trivial uma CPI pedir a responsabilização de ministros e ex-ministros de Estado, agentes públicos, deputados, senadores, governador e secretário de Estado, dirigentes partidários, médicos, militares, policiais, diplomatas e empresários por crimes variados.

Antibolsonarismo já supera o antilulismo

Por Cintia Alves, no Jornal GGN:


Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (27) apurou o nível de “simpatia” do eleitorado em relação aos dois candidatos que lideram até o momento a corrida presidencial de 2022. O resultado mostra que o anti-bolsonarismo é maior do que o sentimento anti-lulista.

Segundo o levantamento, 37% dos pesquisados se disseram simpáticos ao atual presidente Jair Bolsonaro, contra 58% que se definiram como anti-Bolsonaro.

Quando perguntados sobre o ex-presidente Lula, 39% se definem como anti-Lula e 53% como pró-Lula. A distância entre o anti-bolsonarismo e o anti-lulismo é de 19 pontos percentuais. A margem de erro da pesquisa é de 3.1 pontos percentuais.

Distopia e utopia

Trabalhador com um carrinho de mão, Edvard Munch
Por João Guilherme Vargas Netto


A companheira Maria Edna, do Sintetel-SP, é leitora atenta e muito preocupada com o futuro do trabalho humano. Assim como ela muitos ativistas, dirigentes, acadêmicos e pesquisadores – no mundo inteiro – preocupam-se com o tema.

Desde o avassalamento neoliberal no mundo inteiro (exceto da China, o que deve ser levado em conta) as relações do trabalho e o próprio sofreram mutações espetaculares que as desorganizaram e infligiram aos trabalhadores dificuldades crescentes: desemprego, informalidade, deterioração dos salários, enfraquecimento dos sindicatos e associações, desindustrialização, imigrações e guerras localizadas. O próprio trabalho (como categoria para compreender a realidade humana) foi posto em questão e desprezado na mídia grande e nas academias.

Aras não poderá se omitir com relatório da CPI

Momentos da CPI que renderam memes

Participação popular e reconstrução nacional

CPI da Covid entrega o relatório. E agora?

CPI quer banir Bolsonaro das redes sociais

Irritado, Bolsonaro abandona entrevista

terça-feira, 26 de outubro de 2021

Pesquisa indica que inflação afunda Bolsonaro

Aids, The Economist e o presidente antivacina

O insuperável se supera

Por Eric Nepomuceno, no site Brasil-247:


A esta altura ninguém deveria sentir-se no direito de se surpreender com a incrível capacidade de Jair Messias expelir estupidezes cada vez que abre a boca. E no entanto ele continua exibindo dotes olímpicos para se superar de maneira formidável.

A mais recente das estupidezes expelida pela boca presidencial conquistou de saída o posto de insuperável em relação a todas as anteriores.

Vamos ver até quando vai permanecer no pódio nada glorioso mas tão almejado pelo genocida psicopata.

Na noite da quinta-feira passada, na sempre patética transmissão que ele faz ao vivo nas redes sociais – a tal chamada live – Jair Messias mudou suas críticas enfermiças e enfermas à vacina contra Covid-19.

Relação Bolsonaro-Centrão está por um fio

Por Naian Lopes, no Diário do Centro do Mundo:


A relação de Bolsonaro com Centrão não vive um bom momento e pode ter ruptura entre as duas partes. O presidente não está nem um pouco satisfeito com a atuação de Ciro Nogueira como ministro da Casa Civil. E o senador licenciado também tem se queixado do governante do executivo. A crise também chegou ao Congresso e Arthur Lira já enviou recado nesta segunda (25).

Não é segredo para ninguém que Lira e Ciro não queriam o prosseguimento de Guedes na pasta Econômica. Porém, o presidente optou por estancar a “sangria” com o seu “Posto Ipiranga”.

“O Bolsonaro escutou o Centrão e colocou o Auxílio Brasil em R$ 400. Agora ele fez um afago com Guedes, que tem boa relação com o mercado. Ele tem tentado se equilibrar na corda bamba”, explica um membro do Centrão.

O novo Guedes é o anti-Guedes?

Por Paulo Kliass, no site Vermelho:


É bem como diz a sabedoria popular: nada como um dia após o outro. Paulo Guedes nunca se preocupou em esconder seu perfil monetarista, conservador e elitista. Muito pelo contrário, sempre fez questão de alardear aos quatro ventos suas impressões totalmente equivocadas a respeito da realidade social e econômica do Brasil. Sua trajetória de banqueiro e operador do mercado financeiro lhe permitiu amealhar uma pequena fortuna pessoal, sempre vivendo às custas do Tesouro Nacional e na sombra do Estado. Mas como bom aprendiz doutrinado nas hostes da Escola de Chicago, nunca deixou de rogar pragas no setor público e amaldiçoar tudo o que cheire ao universo estatal.

André Esteves e a independência do BC

Anticomunismo: Um roteiro de farsas

André Esteves, o imperador do Brasil

China X EUA: A guerra é comercial?

segunda-feira, 25 de outubro de 2021

Pesquisa indica que inflação afunda Bolsonaro

Por Altamiro Borges


A revista Exame, dedicada à cloaca burguesa, divulgou na semana passada uma nova pesquisa feita em parceria com o instituto Ideia que mostra que a desaprovação do governo de Jair Bolsonaro voltou a subir e bateu em 53%. Em relação à sondagem anterior, de agosto, houve um aumento de cinco pontos percentuais na rejeição ao laranjal. Apenas 23% avaliam a gestão do “capetão” como ótima ou boa.

A pesquisa confirma que o maior temor da sociedade hoje é a inflação – superando o trauma da pandemia da Covid-19. Dos entrevistados, 79% encaram a situação da carestia como gravíssima. Os itens que mais pesam no bolso são alimentos, bebidas e combustíveis. A sondagem indica que 68% dos brasileiros inclusive já mudaram hábitos de alimentação em razão da inflação.

STF já analisou “insanidade” de Bolsonaro

As fake news e a greve dos caminhoneiros

Moro vai apostar no desmanche de Bolsonaro?

Por Fernando Brito, em seu blog:


Diz-se que Sergio Moro, no próximo dia 10, anunciará sua filiação ao Podemos, para candidatar-se em 2022, à Presidência ou ao Senado, pelo Paraná, caso opte por uma disputa “mais segura” eleitoralmente.

Porque, pelas pesquisas, o quadro que se desenha para ele está muito longe de oferecer qualquer segurança: índices de intenção de voto que variam entre 5% (Ipec, ex-Ibope), 7% (Ipespe) e um máximo de 10% (Genial/Quaest).

Pouco, para quem passou cinco anos na vitrine, como o homem mais bajulado do país.

É óbvio que os moristas, na sua grande maioria, foram bolsonaristas e os que permanecem sendo, em proporção semelhantes, deixaram de ser moristas, ao menos entre os segmentos de classe média.

Portanto, aumentar o número de eleitores de Moro depende, claro, de que se reduzam em muito os bolsonaristas nestas camadas e que estes não sejam atraídos pelo extenso cardápio de candidatos da tal 3ª Via.

Banqueiro do BTG mostra Brasil dos rentistas

Por Jeferson Miola, em seu blog:

A palestra do banqueiro André Esteves a clientes especiais do BTG Pactual é uma peça de valor etnográfico. Revela traços constitutivos das oligarquias dominantes.

Esteves revela muito sobre a perspectiva desta classe esbulhadora que, embora represente menos de 3% da população brasileira, é quem exerce, de fato, o poder político real e quem define o prazo de validade de governos. Atuou na destituição golpista da presidente Dilma e hoje livra Bolsonaro do impeachment.

Com seu dinheiro, garante hegemonia nas instituições e nos poderes da República – além, claro, de controlar editorialmente a mídia hegemônica. Não por acaso, elogia o chamado “centrão” que, “apesar do caráter fisiológico, nos mantém republicanos” [sic].

Com quem Bolsonaro fez curso de fake news?

Por Bepe Damasco, em seu blog:


Dias depois de o jornal Folha de São Paulo ter estampado em primeira página que a desigualdade de renda no Brasil caiu de 2002 a 2015, mas, de forma inacreditável, omitir que o período corresponde aos governos de Lula e Dilma, e o Estadão se referir a Lula como "diabo", me veio uma cabeça uma verdade inconveniente para os barões da imprensa brasileira.

É que eles são os grandes mestres de Bolsonaro na arte de como fazer da mentira arma de ação política. Ou alguém duvida que Globo, Folha, Estadão, Veja e congêneres foram e são fontes de inspiração para Bolsonaro?

O circo bolsonarista pós-CPI da Covid

Michelle e familiares viajam em avião da FAB

CPI do Genocídio cumpriu sua missão

Para entender o teto que Guedes furou

Bolsonaro devia ser indiciado por genocídio?

domingo, 24 de outubro de 2021

Deputado do PR será cassado por fake news?

Por Altamiro Borges


Todo metido a valentão, o deputado estadual bolsonarista Fernando Francischini (PSL-PR) deve estar se borrando de medo. Três ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) votaram na semana passada a favor do pedido de cassação do seu mandato pela difusão de notícias falsas sobre as urnas eletrônicas. Só falta um voto para ele ser defenestrado. O truculento ex-secretário de Segurança Pública do Paraná está na linha do abate!

Inflação de alimentos e a offshore de Guedes

Por Altamiro Borges


Duas reportagens publicadas na semana passada confirmam a desgraceira imposta por Jair Bolsonaro. Uma revela que a inflação da cesta básica encostou em 16% nos últimos 12 meses. O povo passa fome. Tem gente pegando comida no lixo e ossos em açougues. Já a outra exibe o extremo oposto: a fortuna abocanhada por Paulo Guedes em sua offshore com a crise no Ministério da Economia e a alta do dólar.

A matéria da Folha mostra que “a inflação dos alimentos que compõem a cesta básica encostou em 16% no acumulado de 12 meses no Brasil. A conclusão é da pesquisa lançada por professores do curso de Economia da PUC-PR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná. A disparada dos preços afeta principalmente o bolso dos mais pobres na pandemia”.

Aids, The Economist e o presidente antivacina

Por Altamiro Borges


Na quinta-feira (21), em mais uma de suas lives asquerosas, Jair Bolsonaro obrou que pessoas vacinadas contra a Covid-19 desenvolvem Aids. A mentira teve como base um “relatório oficial” já desmentido pelo Departamento de Saúde do Reino Unido. Mesmo assim, o presidente-fake usou o documento falso para enganar seus seguidores mais fanáticos e otários.

“Relatórios oficiais do governo do Reino Unido sugerem que os totalmente vacinados (15 dias após a segunda dose) estão desenvolvendo a Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (aids) muito mais rápido do que o previsto... Recomendo que leiam a matéria. Não vou ler aqui porque posso ter problemas com a minha 'live'", afirmou o genocida e canalha.

TSE julga cassação da chapa Bolsonaro-Mourão

Quem são os militares que escaparam da CPI

A reforma trabalhista falhou!

Ideologia e fetichismo da mercadoria

O imperialismo na América Latina

A revista 'Veja' e o antijornalismo de ódio

Da Rede Brasil Atual:

Para o jornalista Luis Nassif, editor do site Jornal GGN as rede de fake news e de discursos de ódio, que vieram à tona com Jair Bolsonaro, têm raiz na maneira como a mídia comercial passou a se comportara partir de 2005, em especial, a revista Veja. Para Nassif, a publicação semanal é o principal responsável pelo “antijornalismo” que implementou uma lógica de intimidação, assassinato de reputações e de assédio judicial que hoje estão no cerne do bolsonarismo.

Bolsonaro segue com seu projeto de morte

Do site Vermelho:


O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disseminou nova fake news sobre os efeitos das vacinas anticovid-19. Na quinta-feira (21/10), o chefe do governo federal se baseou em inexistentes ‘relatórios oficiais’ do Reino Unido para dizer que pessoas totalmente imunizadas são mais vulneráveis à síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids).

A narrativa inverídica, citada pelo presidente enquanto dizia ler uma ‘notícia’, despertou a indignação de outras lideranças políticas brasileiras, segundo o Estado de Minas. Manuela D’Ávila, candidata a vice-presidente do Brasil em 2018, pelo PCdoB, classificou a postura de Bolsonaro como ‘nojenta’.

Aquém da humanidade

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:


Pode um presidente eleito democraticamente deixar de se solidarizar com a população de seu país em meio à maior emergência de saúde pública do século, inclusive sem fazer uma única visita aos atingidos pela doença? Se for Jair Bolsonaro, sem dúvida, já que sempre há outras prioridades além da saúde e da dor de seu povo, como compra de armas, o ataque à democracia e a invasão de terras indígenas. Além da reeleição e da dura missão de salvar os filhos da cadeia.

Três temas para o sindicalismo

Trabalhadores essenciais, 2020/Carolyn Olson
Por João Guilherme Vargas Netto


Uma condição necessária para a realização, com êxito, da nova Conclat em abril de 2022 é o convencimento das direções sindicais sobre sua necessidade e sua possibilidade adotando, desde já, em seus eventos coletivos esta diretiva.

Partindo-se do reconhecimento da difícil situação do movimento sindical pressionado pelo desemprego e informalidade, pela deforma sindical, pelo governo Bolsonaro e pela pandemia, a nova Conclat pode parecer muito difícil de ser feita. Mas a alternativa em não fazê-la é a pior, porque consagra o desarranjo e o mantém catastroficamente.

Vamos ficar iguais aos estadunidenses?

Por Marcos Coimbra, no site Brasil-247:


Temos que prestar atenção ao que está acontecendo nos EUA.

Os Estados Unidos, que já foram o símbolo da democracia moderna, são, hoje, o país onde a deterioração democrática está mais avançada.

Chegaram a um ponto que parece sem retorno.

A possível volta de Trump à Presidência, daqui a três anos, será o fim de tudo (ele lidera as primeiras pesquisas a respeito da eleição de 2024).

Estamos nesse caminho, em um lugar desconhecido. Perto ou ainda distantes?

O certo é que, se Bolsonaro fosse vencer a próxima eleição, estaríamos muito, muito perto dos americanos.

sábado, 23 de outubro de 2021

Bolsonaro espalha fake news sobre vacinas

O jogo eleitoral: o alvo é Lula

Bolsonaro e o "auxílio-reeleição"

O pacto entre Bolsonaro e Guedes

As crises do capitalismo

Os trolls e as chances da democracia

Um presidente e 9 crimes na pandemia

Será o fim de Paulo Guedes?

A debandada da equipe econômica de Guedes

sexta-feira, 22 de outubro de 2021

Imprensa, Pandora Papers e paraísos fiscais

Nove motivos a mais para o Fora Bolsonaro

Por Bepe Damasco, em seu blog:


1) Epidemia com resultado morte

2) Infração de medida sanitária preventiva

3) Charlatanismo

4) Incitação ao crime

5) Falsificação de documento particular

6) Emprego irregular de verbas públicas

7) Prevaricação

8) Crimes de responsabilidade

9) Crimes contra a humanidade

Fora esse megaindiciamento de Bolsonaro feito pela CPI, motivado pelo comportamento criminoso dele e de seu governo durante a pandemia, permanecem presentes, e até agravadas, todas as outras razões que levaram um número enorme de pessoas a se mobilizarem em vários atos nacionais realizados nos últimos meses pedindo o afastamento do presidente da República.

10 destaques do relatório da CPI da Covid

Por César Locatelli, no site Carta Maior:


1. A CPI sugere 68 indiciamentos

A CPI realizou 66 reuniões e foram ouvidas 61 testemunhas, de maio a outubro de 2021. Produziu 72 mil documentos ostensivos e mais de 4 milhões de arquivos com documentos sigilosos. Sua conclusão, ainda pendente da votação do relatório final, foi:

“Em face de todo o exposto, esta CPI, dados os limites da investigação parlamentar e os elementos probatórios colhidos, sugere os seguintes indiciamentos, que incluem tanto crimes quanto ilícitos civis e administrativos, todos baseados na existência de indícios suficientes de autoria e materialidade, conforme se pode verificar pelas provas documentais, testemunhais e periciais exaustivamente apresentadas ao logo do presente relatório.” (p. 1.058)

Guedes perdeu a validade

Por Fernando Brito, em seu blog:


Ele foi, até mesmo antes de consumar-se a eleição de Jair Bolsonaro, o superministro da Economia. Orgulho dos liberais, o homem que faria as reformas, que privatizaria, que atrairia investidores estrangeiros, que ia zerar o déficit fiscal já no primeiro ano de governo. com superavits primários gigantescos: e R$ 1 trilhão em privatizações e outro trilhão vendendo imóveis da União, que enxugaria o funcionalismo (os “parasitas”) e privatizaria a Previdência. Na pandemia, disse a que recuperação da economia seria em “V” e, há duas semanas, garantiu que a economia estava “voando”.

Fiasco econômico enfraquece Paulo Guedes

Por Cristiane Sampaio, no jornal Brasil de Fato:

Em apuros diante do estrago econômico que se avoluma no país, o governo Bolsonaro vê o Ministério da Economia se despedaçar em meio à crescente perda de confiança e prestígio do titular da pasta, Paulo Guedes, dentro e fora da gestão.

Braço forte da espinha dorsal do governo, o mandatário enfrenta críticas cada dia mais contundentes e insiste no arrocho fiscal, ao mesmo tempo em que contribui para afastar aliados da agenda de Bolsonaro no Congresso Nacional, por não ter entregue o que prometeu ao longo do mandato.

A crise em torno da pasta tem, como pano de fundo, um mosaico de diferentes elementos. Têm destaque a alta da inflação e do custo de vida no país, o aumento exponencial do desemprego ao longo da gestão, e a recente polêmica dentro do governo sobre o valor a ser aplicado para o Auxílio Brasil, programa social que deve substituir o Bolsa Família.

O caminho que pode levar Bolsonaro ao TPI


Os crimes que teriam sido cometidos pelo presidente Jair Bolsonaro durante a condução da pandemia, apontados pelo relatório final da CPI da Covid apresentado na última quarta-feira (20), têm como um dos possíveis caminhos para responsabilização o Tribunal Penal Internacional (TPI).

O relatório elaborado por senadores após seis meses de investigação pede o indiciamento do presidente Jair Bolsonaro por nove delitos que teriam sido cometidos durante o enfrentamento da pandemia de covid-19, entre os quais crime contra humanidade, que poderia ser julgados na Corte de Haia.

A vitória da CPI da Covid contra Bolsonaro

Editorial do site Vermelho:

Seja qual for seu efeito jurídico e político, o relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, apresentado pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL) nesta quarta-feira (20), é avassalador para o presidente Jair Bolsonaro. Suas mais de mil páginas descrevem minuciosamente como o suposto combate federal à pandemia do novo coronavírus se tornou um dos maiores crimes de um governo contra o povo brasileiro. Mais do que isso, mostram que essa CPI, a despeito das pressões e dos conflitos de interesse, já marcou época.

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A CPI da Pandemia e a mídia

quinta-feira, 21 de outubro de 2021

TSE julga cassação da chapa Bolsonaro-Mourão

Por Altamiro Borges


A partir da próxima terça-feira (26), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve começar a julgar os pedidos de cassação da chapa Jair Bolsonaro-Hamilton Mourão por abuso de poder econômico e uso indevido das redes sociais na eleição de 2018. Os ministros irão analisar duas ações que acusam o “capetão” e o general por crimes na contratação de serviços de disparos em massas na campanha. Elas foram protocoladas pela coligação O Povo Feliz de Novo (PT, PCdoB e Pros).

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Globo transmite prévias tucanas e se revela

Por Clara Assunção, na Rede Brasil Atual:


Entre o mea culpa sobre o apoio a Jair Bolsonaro em 2018, a possibilidade de um racha interno e as avaliações sobre a economia e a democracia no Brasil, o primeiro debate entre os pré-candidatos do PSDB à Presidência da República acabou revelando mais sobre seus patrocinadores que de fato sobre as representações tucanas nas eleições de 2022. Cientistas políticos que acompanharam, ontem (19), o evento promovido pelos jornais O Globo e Valor Econômico, ambos do grupo Globo, concluíram que a busca pela "suposta terceira via" já tem ao menos um grande incentivador. “Eles (das Organizações Globo) desejam que venha pelo PSDB essa candidatura”, observa Denise Mantovan, pós-doutora em Ciência Política pela Universidade de Brasília (UnB) e pesquisadora no campo de mídia, política e gênero.

Solidariedade a Bruna, presidenta da UNE!

Bruna Brelaz/Facebook
Por Vanessa Grazziotin, no jornal Brasil de Fato:

Grande foi a polêmica, no seio dos partidos progressistas e das entidades representativas dos movimentos sociais se deveriam ou não aceitar o convite do MBL e participar do ato pelo Fora Bolsonaro ocorrido no último dia 12 de setembro em São Paulo.

Na época ficou evidente uma divisão de opiniões, não apenas entre partidos e movimentos, mas no interior das próprias organizações.

Foi nesse ambiente de divisão de opiniões que inúmeras lideranças, parlamentares de esquerda e dirigentes de várias entidades decidiram, como uma manifestação em favor de uma Frente Ampla contra Bolsonaro, participar do referido ato.

Ciclo de prosperidade e imprevidência

Por Marcio Pochmann, no site Carta Maior:


Diferentemente da experiência do neoliberalismo perseguido durante a Era dos Fernandos (Collor, 1990-1992, e Cardoso 1995-2002), a recente retomada do receituário neoliberal desde a segunda metade da década de 2010 parece apontar para outros propósitos, guiados pela luta no interior do poder burguês. Nos anos de 1990, por exemplo, o ingresso passivo e subordinado na globalização transcorreu assentado na elevadíssima taxa real de juros e significativa valorização cambial, o que favoreceu ao rentismo na subordinação do capital industrial à esfera bancária e financeira.

Offshore de Guedes e o estouro do dólar

Foto: Nelson Almeida/AFP
Por Jeferson Miola, em seu blog:


Por decisão majoritária de 310 parlamentares [e 142 contra], em 6 de outubro a Câmara dos Deputados convocou o ministro Paulo Guedes para explicar o inexplicável: a existência de offshore nas Ilhas Virgens.

A Lei de Conflito de Interesses [12.813/2013] é auto-explicável: caracteriza conflito de interesses manter negócio que possa ser afetado por decisão dele próprio, ou que possa influir em seus atos de gestão.

Quando do vazamento do escândalo da Pandora Papers, ocasião em que foi revelada a fortuna secreta de Paulo Guedes em esconderijo fiscal, a cotação do dólar estava ao redor de R$ 5,30, e o ministro bolsonarista contabilizava então um lucro de R$ 14 milhões.

Mídia é porta-voz de interesses empresariais

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CPI pede indiciamento de Bolsonaro

quarta-feira, 20 de outubro de 2021

Justiça afasta racista da Fundação Palmares

Relatório da CPI: Quais os próximos passos?

O Centrão tomou conta da economia

Por Fernando Brito, em seu blog:

Nem no governo Sarney, nem no de FHC, em que o Centrão foi parte nuclear, nem nos demais governos em que a ele se teve de conceder poder, já se tinha assistido o que acontece agora: o controle total da área econômica pelos vorazes deputados e senadores que formam a base de sustentação de Jair Bolsonaro.

Paulo Guedes tornou-se um nada e, atropelado pelo “arrebenta-teto” do novo auxílio (de R$ 400, mas que deve ser elevado a R$ 500 no Congresso) foi duplamente chantageado: pelos políticos, que marcaram a data para que ele vá explicar a tal offshore nas Ilhas Virgens e por sua própria equipe de auxiliares que, em nome das vozes do mercado ameaçou-o com pedidos de demissão em série para reafirmarem sua devoção ao “teto de gastos”.

Cientistas protestam contra corte de recurso

Por Ivan Longo, na revista Fórum:


Em resposta ao corte de recursos destinados à Ciência promovido pelo governo Bolsonaro, cientistas, estudantes e pesquisadores farão uma mobilização no próximo dia 26 de outubro em diferentes regiões do país.

Serão atividades virtuais e presenciais, que incluem protestos e passeatas nas ruas.

O Ministério da Economia, comandado por Paulo Guedes, havia solicitado ao Congresso corte de 92% dos recursos destinados, em 2021, a bolsas e apoio à pesquisa.

Parlamentares acataram e aprovaram o projeto no dia 7 de outubro e, desta forma, a Ciência ficará com somente R$ 55 milhões, o que representa 8% do previsto inicialmente.

A mobilização é convocada pela Associação Nacional dos Pós-Graduandos (ANPG), Iniciativa para a Ciência e Tecnologia no Parlamento (ICTP.br), Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e outras entidades.

Os nomes de Bolsonaro na CPI

Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:


Para garantir a aprovação de seu relatório, o senador Renan Calheiros cedeu aos colegas do G7 da CPI da Covid: Jair Messias Bolsonaro não será acusado dos crimes de genocídio contra os povos indígenas e de homicídio qualificado.

Na política, Renan fez o que devia para garantir a aprovação de seu parecer final, passo fundamental para que todo o trabalho da CPI não tenha sido em vão. Se o Procurador-geral, os procuradores de primeira instância e o Judiciário farão Justiça ainda veremos. Mas antes de ceder, ele carimbou para todo o sempre em Bolsonaro nomes abomináveis, inclusive os de genocida e homicida.

E isso já foi uma primeira reparação moral para os que sofrem pelos 600 mil mortos.