sábado, 30 de julho de 2016

Lava-Jato, Mãos Limpas e a cueca de Sanremo

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Se há uma coisa importante, na Itália, é que, assim como a Grécia, por sua antiguidade, a velha bota serve de espelho, com suas antigas cidades, seus aquedutos, seus monumentos e sua história, para a natureza e a caminhada humanas.

Assim, de certa forma, as virtudes e os pecados de Roma são nossas virtudes e pecados, embora muitos, principalmente os tiranos, tenham tentado manipular a aura da velha senhora a seu próprio favor, ao longo do tempo.

Eles querem acabar com Lula

Por Renato Rovai, em seu blog:

A transformação de Lula em réu por suposta tentativa de obstruir a justiça que foi encaminhada hoje pelo juiz Ricardo Leite, de Brasília, é mais uma gota no copo do golpe que está em curso no Brasil. A sentença se baseia tão somente na narrativa de Delcídio Amaral, ex-senador da República.

Não há uma prova sequer que demonstre que o ex-presidente Lula tenha tido qualquer participação na operação que Delcídio diz ter sido realizada para silenciar Bernardo Cerveró.

Diferentemente da imensidão de provas existentes, por exemplo, nas denúncias do ex-senador Sérgio Machado, que incluem entre outros Aécio Neves, na apreensão dos 500 quilos de cocaína no helicóptero da família Perrela ou mesmo nas denúncias contra os governos Serra e Alckmin no caso dos trens da Alston.

A ausência de culpa na corrupção brasileira

Por Leonardo Boff, em seu blog:

Depois que surgiu a psicanálise, a nova hermenêutica e o estruturalismo não podemos mais nos restringir ao consciente e aos ditames da razão na análise dos fenômenos humanos, pessoais e coletivos. Há um universo pré-consciente, sub-consciente, inconsciente (pessoal e coletivo) e pressupostos subjacente a nossas práticas, que tem que ser tomados em conta.

Quero me ater apenas a duas vertentes que influenciam nossos comportamentos: são os legados das duas principais culturas ancestrais que subjazem no nosso inconsciente coletivo e que são presspostos não pensados que nos ajudam a entender fenômenos atuais, como por exemplo, a tresloucada corrupção que atravessa o corpo social brasileiro: a cultura grega e a cultura judaico-cristã.

As Olimpíadas do “Fora Temer”

Por Altamiro Borges

A mídia chapa-branca, que protagonizou o "golpe dos corruptos" e tenta blindar a imagem do Judas Michel Temer, tem feito um baita esforço para ocultar as manifestações contrárias aos golpistas que precedem a abertura das Olimpíadas. Mas nem ela consegue esconder que o clima não está nada bom e que os protestos podem bombar no Rio de Janeiro na próxima semana. Em dezenas de cidades por onde passou a tocha olímpica houve gente com faixas e cartazes do "Fora Temer". Em Angra dos Reis, a tocha chegou a ser apagada. Já é dado como certo, até pelo usurpador do Palácio do Planalto, que haverá uma enorme vaia no Maracanã na próxima sexta-feira (5), na abertura oficial dos jogos.

EUA barram Jucá, o homem-forte de Temer

Por Altamiro Borges

Saiu neste sábado (30) no jornal O Globo, o mais chapa-branca da mídia golpista: "O ex-ministro do Planejamento Romero Jucá, que é também presidente do PMDB e principal articulador do governo Temer no Congresso, programou uma viagem aos Estados Unidos, no recesso parlamentar, mas teve o seu pedido de visto negado pelo governo americano, por estar sendo investigado pela Lava-Jato". O fato curioso não virou manchete no diário e nem repercutiu no Jornal Nacional da famiglia Marinho, mas revela bem o caráter do covil golpista resultante do "golpe dos corruptos".

Justiça condena a revista "QuantoÉ"

Por Altamiro Borges

A revista IstoÉ - também conhecida nos meios jornalísticos como "QuantoÉ" pelo mercenarismo dos seus donos -, finalmente foi condenada pela Justiça por sua criminosa linha editorial. Desde que se converteu em palanque da oposição golpista, sabe-se lá a qual preço, ela obrou inúmeros ataques levianos à presidenta Dilma. Ela apostou todas suas fichas no "golpe dos corruptos", talvez na busca de alguns trocados com a chegada do usurpador Michel Temer ao Palácio do Planalto. Agora, porém, o falido pasquim - que despenca na tiragem, perde anunciantes e atrasa salários dos seus profissionais - sofre um revés, conforme o relato abaixo:
  

Pokémon e o sequestro do desejo

Por Alfie Bown, no site Outras Palavras:

Este artigo tem um título clickbaity mas aponta uma questão simples e preocupante. Em 2010, o Google lançou aquilo que é hoje uma subsidiária muito importante, a Niantic Inc. A mega-empresa lança muitas filiais por ano e adquire outras, não há nada de especial nisso. A questão é: o caso da Niantic mostra que há mais do que desejo de poder econômico nesta expansão.

Seis anos depois de nascer, a Niantic chega às manchetes com o lançamento de seu maior jogo, o Pokémon Go. O público finalmente volta os olhos à empresa. Gente à esquerda propõe até mesmo boicotá-la. Na verdade, há vários anos a Niantic vem trabalhando na psicologia e organização social dos celulares. Uma análise dos dois maiores lançamentos da empresa, Ingress e Pokémon Go, revela algumas verdades importantes sobre o mundo em que estamos vivendo, o controle que as corporações exercem e o poder dos nossos celulares para organizar nossos desejos.

Trump e as lições da tragédia nos EUA

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Donald Trump, agora candidato repulicano à Presidência dos Estados Unidos (Gisuis…), fala as aberrações que fala porque sabe que muita gente irá aplaudi-lo por isso. Em verdade, ocupou o papel de porta-voz de um grupo grande de pessoas, dando espaço a setores insatisfeitos que se sentem excluídos e estão fora do radar captado pela mídia.

Sabe conversar com um público que, de repente, se viu acuado diante do discurso de que muito do que lhes foi ensinado no que diz respeito aos seus direitos, deveres e limites estava errado. Acreditam que o mundo passou por uma revisão recentemente e, agora, ações comuns do seu cotidiano são consideradas preconceito e deveriam ser motivo de vergonha. Ou seja, a visão de mundo sobre a qual fundamentaram sua vida agora, sob um novo paradigma, precisa ser revista para acomodar outros atores antes excluídos. Mas nem todos aceitam ou conseguem isso facilmente.

Que direito perdi hoje?

Por Beatriz Cerqueira, no jornal Brasil de Fato:

Desde que o governo golpista Michel Temer assumiu, no dia 12 de maio deste ano, em cada dia da sua existência, perdemos um direito. Às vezes, perdemos mais de um direito por dia. A ofensiva é tamanha que muitas vezes não nos damos conta disso.

Hoje, tentaram me arrancar o direito de ser professora. Ao ler o artigo publicado na Revista Veja, cujo título é "Professor ganha mal?", a agressividade da publicação não deixa dúvidas dos seus objetivos: ataque à escola pública. Nós, professoras, fomos tratadas como quem trabalha pouco, consumimos o orçamento do Estado porque não ensinamos direito, nos aposentamos cedo… Enfim, somos um "grupo que vivemos de privilégios". E, evidentemente, somos responsáveis pelos resultados da escola, quando não alcançam as metas definidas nos gabinetes.

O Estadão e a "boquinha publicitária"

Por Joanne Mota, no site da CTB:

Defesa dos interesses dos patrões, em favor de uma gestão golpista e desrespeito à CLT e à Constituição Federal, esses são os argumentos que estão escondidos por trás da linha editorial defendida pelo o impresso O Estado de São Paulo (o Estadão). Tal posicionamento tornou-se escancarado após publicação de editorial publicado nesta sexta-feira (29), que reafirma a posição do impresso na linha de frente em defesa dos interesses dos que atacam sem pudor a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e a Constituição.