quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Jornalistas repudiam machista Wladimir Costa

Ontem (03/8) na Câmara dos Deputados. Foto: Lula Marques
Do site do Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal:

Nós, jornalistas do Distrito Federal, viemos a público rechaçar a conduta antiética, misógina, machista e racista do deputado Wladimir Costa (SD-PA) contra a jornalista Basília Rodrigues, da CBN. Na noite do dia 1º de agosto, durante o exercício da profissão, Basília foi assediada sexual e moralmente pelo parlamentar.

A jornalista expôs o fato em sua página no facebook. O relato foi intitulando como “Um ensaio sobre a idiotice”. A repórter afirma que questionou se a tatuagem em homenagem ao presidente Michel Temer era de verdade e se o deputado poderia mostrar a imagem. Em resposta, Wladimir disse: “Pra você, só se for o corpo inteiro”.

A metástase que se espalha pelo Brasil

Por Marco Aurélio Weissheimer, no blog RS-Urgente;

No início deste ano, em um debate realizado no Sindicato dos Bancários de Porto Alegre, Flavio Koutzii falou do retorno de alguns sentimentos incômodos vivenciados no período pós-golpe de 64 no Brasil: o sentimento de sentir-se exilado dentro do próprio país e o de um profundo estranhamento em relação ao que nos cerca. A palavra “cerca” aqui tem um duplo sentido: o que nos rodeia e o que nos prende a um pequeno espaço, como se fosse a ante-sala de um matadouro.

O nível de degradação, cinismo, mentira e corrosão de qualquer coisa que possa ser chamada de estado de direito e de justiça hoje no país parece alimentar esses sentimentos de exílio e estranhamento nos corações e mentes de muita gente. A sensação de estranhamento em relação aos cenários para os quais fomos empurrados nos últimos meses é crescente. Há cenários e personagens bizarros circulando com uma naturalidade tal que parece configurar a invasão de uma realidade paralela, uma versão tupiniquim do clássico “Invasores de Corpos”.

Jornal Nacional exibiu os canalhas

Temer ganha, mas sua base encolhe

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Na manhã de quarta-feira, antes da votação da denúncia contra Temer por corrupção passiva, seus aliados projetavam uma vitória por cerca de 300 votos e antecipavam uma forte ofensiva na agenda de contrarreformas. Numa sessão que lembrava as xepas de fim de feira, com ministros negociando favores dentro do plenário, o governo ganhou com apenas 262 votos. A oposição, unida, obteve 227 votos, e como os partidos de esquerda têm apenas 100 deputados, cerca de 120 votos vieram de dissidentes da base governista. 

Partidos como o PPS e o PSB deram maioria de votos contra Temer, enquanto o PSDB rachou literalmente (22 contra, 21 a favor da denúncia). Ficou evidente que o governo não tem a maioria de 3/5 (308 votos) para aprovar emendas constitucionais, como a da reforma previdenciária e que o colosso da base trincou. O mercado, que também esperava vitória mais robusta, está analisando com lupa o mapa de votação.

A quadrilha resiste no Planalto

Do blog Viomundo:

O Centrão assumiu diretamente o poder, sem intermediários, pela primeira vez desde os mandatos de FHC, Lula e Dilma.

Foi consequência da votação desta noite, em que Michel Temer obteve os 172 votos necessários a barrar a denúncia da Procuradoria Geral da Justiça contra ele no Congresso.

PSD, PP, PR, PTB, Pros, SD e PSC lideraram o bloco que salvou Michel Temer, além do PMDB.

O autor do relatório que salvou Temer foi o deputado Paulo Abi-Ackel, do PDSB mineiro, que pretende ser o herdeiro político de Aécio Neves.

Deputados votam pela "estabilidade". Qual?

Foto: Alex Capela
Por Ruben Berta, no site The Intercept-Brasil:

O deprimente espetáculo da votação do prosseguimento da denúncia da PGR contra o presidente Michel Temer terminou com um final já esperado. Depois de abrir a torneira das emendas parlamentares, o governo conseguiu com folga os votos de que precisava para manter se manter no comando. Em suas justificativas, boa parte dos deputados resolveu apelar para a “estabilidade” econômica do país, deixando para outra hora a continuidade do processo.

The Intercept Brasil lista alguns dados econômicos para lembrar aos deputados da real situação do país comandado por Temer, um presidente com 5% de aprovação da população:

Jornalistas debatem cenário político do país

Do site do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo:

“Os jornalistas e a crise política” será o tema de debate nesta sexta-feira, 4 de agosto, às 19 horas, na abertura do 15º Congresso Estadual do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo. O evento acontece no auditório Vladimir Herzog e a presença é aberta a todos e todas.

A mesa de debates contará com o professor Laurindo Leal Filho, da Escola de Comunicações e Artes da USP, a jornalista Laura Capriglione, dos Jornalistas Livres, o jornalista Altamiro Borges, do Blog do Miro, e Douglas Izzo, presidente da CUT-SP, além de representantes da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e do próprio Sindicato.

Deputados aprovam relatório do PSDB

Da Rede Brasil Atual:

A base aliada do governo na Câmara dos Deputados decidiu não acolher a denúncia da Procuradoria-Geral da República, que pede a investigação do presidente Michel Temer por corrupção passiva. A votação do relatório do deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG) terminou nesta quarta-feira (2) com 263 votos a favor do arquivamento do pedido da PGR. A oposição obteve 227 votos, mas eram necessários 342 para que a denúncia fosse encaminhada ao STF. A votação teve ainda duas abstenções e 19 ausências.

Aliados livram Temer de julgamento

Por Christiane Peres, no site Vermelho:

Por 264 votos contra 227, base de Michel Temer na Câmara suspendeu a análise da denúncia contra o peemedebista por corrupção passiva. Agora, para Temer responder por este crime será preciso esperar até o final do mandato, no dia 1º de janeiro de 2019, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) poderá retomar a análise da denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

No total, 15 partidos (PMDB, PP, PR, PSD, DEM, PTB, PRB, PSC, Pros, SD, PEN, Pode, PTdoB, PSL e PRP) orientaram o voto “sim”, enquanto dez partidos (PT, PSDB, PSB, PDT, PCdoB, PPS, PHS, Rede, PSol e PMB) orientaram o “não”. Apenas o PV liberou a bancada para que cada deputado decidisse sua posição.

Temer se desmoraliza completamente

Por Renato Rovai, em seu blog:

A votação da Câmara hoje não foi tão ridícula quanto a do dia 17 de abril de 2016 porque naquela ocasião os deputados transforam a sessão num circo. Muitos deles estavam enrolados em bandeiras do Brasil e quase todos falavam em nome de Deus e da família, havendo quem soltasse até confetes e serpentinas no plenário.

Mas naquele dia, a despeito de tudo isso, os parlamentares votavam com a maioria da população, já que o governo Dilma era desaprovado por grande parte dela.

Temer e sua vitória de Pirro

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

263 votos, apenas seis votos acima da maioria simples de 257 votos.

Não é número, obvio, para derrubar o governo, mas também não é número para que o governo passa sinalizar que possa aprovar a reforma da Previdência, ovo de ouro que o mercado ainda esperava da galinha Temer.

Temer saiu vitorioso o suficiente para se sustentar, mas não para “bancar” ao mercado ser a “grande esperança branca” para destruir os direitos previdenciários.

Temer e o retrato do monstro

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Confesso que não fiquei surpreso com a decisão de ontem, quando a Câmara de Deputados rejeitou a proposta de investigar Michel Temer pelo crime de corrupção passiva.

Jamais acreditei que isso fosse acontecer. Com mais de 40 anos de jornalismo, me pergunto quantas pessoas estão sendo sinceras quando se dizem decepcionadas com a decisão. Quantas podem dizer, sinceramente, que esperavam outra coisa? Quantas perderam o sono?

Não se pense que estou me referindo a "este Congresso".