quarta-feira, 8 de março de 2017
Vida difícil para os golpistas
Por Ricardo Gebrim, no jornal Brasil de Fato:
Parte do grande esforço da propaganda das classes dominantes é aparentar mais força do que elas realmente possuem e nos fazer mais fracos do que realmente somos. As forças golpistas enfrentam uma grave crise política, com um acelerado derretimento que só não se potencializa pela intensa blindagem da grande mídia.
O principal projeto da chamada grande burguesia associada e do capital financeiro - setores que estiveram à frente do conjunto das forças golpistas - era estabelecer um acordo de livre comércio, nos moldes da ALCA (Área de Livre Comércio das Américas). Tão logo assumiram o governo, ao definirem as "novas diretrizes para as relações exteriores" proclamaram que o principal objetivo seria "construir pontes em vez de aprofundar diferenças com a Aliança Para o Pacífico, que envolve três países sul-americanos, Chile, Peru e Colômbia, mais o México."
Parte do grande esforço da propaganda das classes dominantes é aparentar mais força do que elas realmente possuem e nos fazer mais fracos do que realmente somos. As forças golpistas enfrentam uma grave crise política, com um acelerado derretimento que só não se potencializa pela intensa blindagem da grande mídia.
O principal projeto da chamada grande burguesia associada e do capital financeiro - setores que estiveram à frente do conjunto das forças golpistas - era estabelecer um acordo de livre comércio, nos moldes da ALCA (Área de Livre Comércio das Américas). Tão logo assumiram o governo, ao definirem as "novas diretrizes para as relações exteriores" proclamaram que o principal objetivo seria "construir pontes em vez de aprofundar diferenças com a Aliança Para o Pacífico, que envolve três países sul-americanos, Chile, Peru e Colômbia, mais o México."
A força de Lula e o juiz provinciano
Foto: Ricardo Stuckert |
O fato novo recente na política brasileira é um fato velho: a constatação de que Lula está bem nas pesquisas. Que é elevada sua liderança nas intenções de voto para as próximas eleições presidenciais e que ela se amplia.
Trata-se de um fato com certeza relevante, mas sem novidade. Faz tempo que é isso que as pesquisas revelam, como CartaCapital vem mostrando nos últimos meses. A tendência é visível até nos levantamentos encomendados pela mídia corporativa, ainda que os divulgue de maneira enviesada.
As intenções de voto em Lula mudaram no terceiro trimestre de 2016. Elas haviam caído entre abril e maio, depois de permanecerem estáveis ao longo de boa parte de 2015 e no início do ano. De setembro para a frente, subiram e continuam ascendentes.
Trata-se de um fato com certeza relevante, mas sem novidade. Faz tempo que é isso que as pesquisas revelam, como CartaCapital vem mostrando nos últimos meses. A tendência é visível até nos levantamentos encomendados pela mídia corporativa, ainda que os divulgue de maneira enviesada.
As intenções de voto em Lula mudaram no terceiro trimestre de 2016. Elas haviam caído entre abril e maio, depois de permanecerem estáveis ao longo de boa parte de 2015 e no início do ano. De setembro para a frente, subiram e continuam ascendentes.
Uma agenda para destruir um país
Por Esther Dweck, no site Carta Maior:
O governo Temer tem se aproveitado de diversas medidas dos governos Lula e Dilma. A transposição do Rio São Francisco é talvez o exemplo mais emblemático. Outro exemplo é o “Conselhão”, criado por Lula em 2003, para dialogar com a Sociedade Brasileira, com academia, trabalhadores e empresários, foi reconfigurado pelo governo Temer.
Ontem, houve uma apresentação do Ministro Meirelles para o “Conselhão”. A apresentação poderia se chamar como destruir um projeto de desenvolvimento inclusivo, mas segundo ele é a pauta para retomada do crescimento. Os pontos apresentados por ele deixariam os ideólogos do Consenso de Washington com inveja: como não pensaram em tanta maldade junta.
O governo Temer tem se aproveitado de diversas medidas dos governos Lula e Dilma. A transposição do Rio São Francisco é talvez o exemplo mais emblemático. Outro exemplo é o “Conselhão”, criado por Lula em 2003, para dialogar com a Sociedade Brasileira, com academia, trabalhadores e empresários, foi reconfigurado pelo governo Temer.
Ontem, houve uma apresentação do Ministro Meirelles para o “Conselhão”. A apresentação poderia se chamar como destruir um projeto de desenvolvimento inclusivo, mas segundo ele é a pauta para retomada do crescimento. Os pontos apresentados por ele deixariam os ideólogos do Consenso de Washington com inveja: como não pensaram em tanta maldade junta.
Mulheres contra a reforma previdenciária
Por Tereza Cruvinel, em seu blog:
Neste 8 de março, as mulheres de 46 países chamam uma greve internacional contra a persistente desigualdade de gênero na história da humanidade sob o lema “Ni uma Menos” (Nenhuma a menos). No Brasil, pouco a celebrar, depois do golpe que derrubou a primeira presidenta eleita e de um incremento vergonhoso na violência contra a mulher. Aqui, a luta é pela democracia e contra a reforma previdenciária do governo Temer, que penaliza as mulheres com a idade mínima de 65 anos para a aposentadoria, sem distinção de gênero. Tratar com igualdade os desiguais é um tributo à desigualdade.
Neste 8 de março, as mulheres de 46 países chamam uma greve internacional contra a persistente desigualdade de gênero na história da humanidade sob o lema “Ni uma Menos” (Nenhuma a menos). No Brasil, pouco a celebrar, depois do golpe que derrubou a primeira presidenta eleita e de um incremento vergonhoso na violência contra a mulher. Aqui, a luta é pela democracia e contra a reforma previdenciária do governo Temer, que penaliza as mulheres com a idade mínima de 65 anos para a aposentadoria, sem distinção de gênero. Tratar com igualdade os desiguais é um tributo à desigualdade.
Marchas estão programadas em 21 capitais e outras 40 grandes cidades. No Congresso Nacional, deputadas e senadoras se juntam com as funcionárias para fazer piquetes, tuitaço e um apitaço em solidariedade às que não puderam se ausentar do trabalho para participar. Um dia oxigenado naquela Casa cada vez mais soturna. No final da tarde, elas descem a rampa para se integrarem à marcha que terá descido a Esplanada dos Ministérios.
A morte no Habib's e o fã de Bolsonaro
Por Renato Rovai, em seu blog:
Hoje, quase ao mesmo tempo que o assessor de imprensa da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, Adriano Kirche Moneta, que trabalha para a empresa CDN Comunicação, fazia chacota na rede com a morte do garoto João Vitor, de 13 anos, divulgava-se um laudo necroscópico que o garoto teria morrido de parada cardiorrespiratória causada pelo uso de lança-perfume.
O laudo é assinado (como se pode ver na lateral da imagem divulgada) pelo médico Danilo Vendrame Vivas.
Hoje, quase ao mesmo tempo que o assessor de imprensa da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, Adriano Kirche Moneta, que trabalha para a empresa CDN Comunicação, fazia chacota na rede com a morte do garoto João Vitor, de 13 anos, divulgava-se um laudo necroscópico que o garoto teria morrido de parada cardiorrespiratória causada pelo uso de lança-perfume.
O laudo é assinado (como se pode ver na lateral da imagem divulgada) pelo médico Danilo Vendrame Vivas.
Noblat, Temer e o baile da Ilha Fiscal
Foto: Beto Barata/PR |
Seis dias depois do majestático Baile da Ilha Fiscal, Pedro II foi deposto e a República se instalou.
O Brasil trocou de regime.
O Império carcomido, que manteve a mais longa Escravidão da História da Humanidade, tinha falido com a Guerra do Paraguai.
O Baile da Ilha Fiscal do carcomido e breve regime do Michel Treme realizou-se nessa terça (7/3) no restaurante Piantella, em Brasilia, para comemorar os 50 anos de profissão de Ricardo Noblat, colonista do Globo.
A privatização silenciosa do dinheiro
Por Brett Scott, no site Outras Palavras:
Recentemente me vi encarando uma máquina de venda num corredor tranquilo da Universidade de Tecnologia Delft, na Holanda. Estava ali para fazer uma exposição na conferência “Reiventar o Dinheiro”, mas, sofrendo de jetlag e exaustão, fui à procura de uma Coca-Cola. A máquina tinha uma pequena interface digital construída por uma empresa holandesa denominada Payter. Nela estava impressa um aviso: “Apenas pagamento sem contato”. Introduzi meu cartão bancário, mas, ao invés de receber uma Coca, recebi a mensagem: “Cartão inválido”. Nem todos os cartões são iguais, ainda que você consiga ter um – e nem todo mundo consegue.
Recentemente me vi encarando uma máquina de venda num corredor tranquilo da Universidade de Tecnologia Delft, na Holanda. Estava ali para fazer uma exposição na conferência “Reiventar o Dinheiro”, mas, sofrendo de jetlag e exaustão, fui à procura de uma Coca-Cola. A máquina tinha uma pequena interface digital construída por uma empresa holandesa denominada Payter. Nela estava impressa um aviso: “Apenas pagamento sem contato”. Introduzi meu cartão bancário, mas, ao invés de receber uma Coca, recebi a mensagem: “Cartão inválido”. Nem todos os cartões são iguais, ainda que você consiga ter um – e nem todo mundo consegue.
O desemprego é maior entre as mulheres
O real elo entre Cunha e Temer
Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:
Agora, a plutocracia aguarda que Temer faça o que se quer dele: as reformas que vão tornar ainda maiores as já enormes desigualdades sociais.
Fernando Brito, do Tijolaço, fez uma comparação interessante um dia desses.
Brito disse que o que segura Temer no cargo é o mesmo que sustentou Eduardo Cunha tanto tempo.
A plutocracia - mídia à frente - esperou que Cunha terminasse o serviço sujo no processo de impeachment de Dilma. Feito isso, depois de meses passados desde que haviam surgido provas esmagadoras de roubalheira, Cunha foi quase que instantaneamente ejetado de seu cargo, cassado e posto na prisão.
Brito disse que o que segura Temer no cargo é o mesmo que sustentou Eduardo Cunha tanto tempo.
A plutocracia - mídia à frente - esperou que Cunha terminasse o serviço sujo no processo de impeachment de Dilma. Feito isso, depois de meses passados desde que haviam surgido provas esmagadoras de roubalheira, Cunha foi quase que instantaneamente ejetado de seu cargo, cassado e posto na prisão.
Agora, a plutocracia aguarda que Temer faça o que se quer dele: as reformas que vão tornar ainda maiores as já enormes desigualdades sociais.
Temer vai à festinha do Noblat em Brasília
Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:
A suruba não pára em Brasília.
Na festa de aniversário do Noblat, lá estavam eles, Michel Temer, presidente da república, e Gilmar Mendes, presidente do TSE.
O Palácio do Planalto registrou as fotos do aniversário no portal da presidência, com destaque.
Para um governo que multiplicou em milhares de vezes as verbas federais para a Revista Caras, não é de se espantar.
A suruba não pára em Brasília.
Na festa de aniversário do Noblat, lá estavam eles, Michel Temer, presidente da república, e Gilmar Mendes, presidente do TSE.
O Palácio do Planalto registrou as fotos do aniversário no portal da presidência, com destaque.
Para um governo que multiplicou em milhares de vezes as verbas federais para a Revista Caras, não é de se espantar.
Queda do PIB expõe falácias do golpe
Por Joana Rozowykwiat, no site Vermelho:
O IBGE anunciou que a economia brasileira recuou 3,6% em 2016, confirmado a maior recessão do país. Os números mostram uma piora no ritmo de queda da atividade nos dois últimos trimestres, marcados pela chegada de Michel Temer ao poder. Para Flávio Tonelli Vaz, assessor técnico da Câmara dos Deputados, especialista em orçamento e políticas públicas, o resultado reflete tanto a falácia de que o impeachment seria solução para a crise quanto a incapacidade de Temer de retomar o crescimento.
"Janot, está na hora do Aécio ser comido"
Por Conceição Lemes, no blog Viomundo:
O tucano Aécio Neves completa 57 anos na próxima sexta-feira, 10 de março.
Ele foi duas vezes deputado federal (1987-2002) e duas vezes governador de Minas Gerais (2003-2010).
Atualmente é senador por Minas e presidente nacional do PSDB.
A lista de denúncias contra ele pessoalmente e ao seu governo é imensa. Dela constam, entre outras:
* Compra de votos de 50 deputados para a eleição a presidente da Câmara dos Deputados (2000-2001)
* Rádio Arco-Íris
O tucano Aécio Neves completa 57 anos na próxima sexta-feira, 10 de março.
Ele foi duas vezes deputado federal (1987-2002) e duas vezes governador de Minas Gerais (2003-2010).
Atualmente é senador por Minas e presidente nacional do PSDB.
A lista de denúncias contra ele pessoalmente e ao seu governo é imensa. Dela constam, entre outras:
* Compra de votos de 50 deputados para a eleição a presidente da Câmara dos Deputados (2000-2001)
* Rádio Arco-Íris
O direito à comunicação e à saúde
Do site do FNDC:
Disputar a narrativa sobre o direito à saúde é o principal objetivo da 1ª Conferência Nacional Livre de Comunicação em Saúde, que o Conselho Nacional de Saúde (CNS) realizará em Brasília entre os dias 18 e 20 de abril. Com o tema “Direito à informação, garantia de direito à saúde”, o evento deverá reunir 800 pessoas de todo o país para discutir a democratização do acesso da população às informações sobre saúde. As inscrições estão abertas (link no fim deste texto).
Disputar a narrativa sobre o direito à saúde é o principal objetivo da 1ª Conferência Nacional Livre de Comunicação em Saúde, que o Conselho Nacional de Saúde (CNS) realizará em Brasília entre os dias 18 e 20 de abril. Com o tema “Direito à informação, garantia de direito à saúde”, o evento deverá reunir 800 pessoas de todo o país para discutir a democratização do acesso da população às informações sobre saúde. As inscrições estão abertas (link no fim deste texto).
Lava-Jato e o império da hipocrisia
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
O delator Cláudio Melo Filho, ex-dirigente da Odebrecht, afirmou ontem, em depoimento ao TSE, que Michel temer participou pessoalmente do pedido de dinheiro à empreiteira em 2014.
Embora fosse o sabido e esperado, o depoimento tem importância por algumas outras razões.
Não é a maior delas, mas é significativa, o fato de que isso revela uma contradição entre o que ele diz e o “deixar a menor” de Marcelo Odebrecht, afirmando que Temer não pediu pessoalmente, embora estivesse numa reunião que tratava disso.
O delator Cláudio Melo Filho, ex-dirigente da Odebrecht, afirmou ontem, em depoimento ao TSE, que Michel temer participou pessoalmente do pedido de dinheiro à empreiteira em 2014.
Embora fosse o sabido e esperado, o depoimento tem importância por algumas outras razões.
Não é a maior delas, mas é significativa, o fato de que isso revela uma contradição entre o que ele diz e o “deixar a menor” de Marcelo Odebrecht, afirmando que Temer não pediu pessoalmente, embora estivesse numa reunião que tratava disso.
Terceirização e as mortes no trabalho
Por Piero Locatelli, no site Repórter Brasil:
Mais trabalhadores podem morrer em acidentes na construção civil em decorrência de decisões a serem tomadas nas próximas semanas pela Câmara dos Deputados. O presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ) afirmou que votará até março um projeto que libera a terceirização, sem passar pelo senado. Ainda mais liberal do que os projetos em discussão há mais de dois anos no Congresso, o projeto em questão foi apresentado há 19 anos pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Na prática o texto de FHC permite a liberação irrestrita terceirização, sem a maior parte das regras de proteção ao trabalhador que estão em debate.
Temer e a humilhação das mulheres
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:
Se a luta contra a opressão da mulher é uma das causas mais nobres da existência humana, o sempre catastrófico governo de Michel Temer produziu um motivo especial para que brasileiras e brasileiros participem dos protestos convocados para esta quarta-feira, Dia Internacional da Mulher.
No esforço máximo para reduzir direitos mínimos, cortar benefícios e engordar os cofres de seus patrões do mercado financeiro – o único setor que este governo teme desagradar, apesar do peso social ínfimo – a reforma da Previdência 'em debate' (as aspas aqui são indispensáveis) no Congresso inclui um ponto que parecia fora de cogitação do ponto de vista da proteção social e dos direitos básicos da maioria.
Se a luta contra a opressão da mulher é uma das causas mais nobres da existência humana, o sempre catastrófico governo de Michel Temer produziu um motivo especial para que brasileiras e brasileiros participem dos protestos convocados para esta quarta-feira, Dia Internacional da Mulher.
No esforço máximo para reduzir direitos mínimos, cortar benefícios e engordar os cofres de seus patrões do mercado financeiro – o único setor que este governo teme desagradar, apesar do peso social ínfimo – a reforma da Previdência 'em debate' (as aspas aqui são indispensáveis) no Congresso inclui um ponto que parecia fora de cogitação do ponto de vista da proteção social e dos direitos básicos da maioria.
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