sábado, 15 de outubro de 2016

Como Hillary Clinton cooptou Marcelo Tas

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Para quem trata como “teoria conspiratória” as denúncias sobre estratégias norte-americanas de utilização das redes sociais, aí vai o telegram de Hillary Clinton (http://migre.me/veOfu), divulgado pelo Wikileaks.

Os telegramas deixam uma pista relevante sobre a forma de atuação do Departamento de Estado.

O e-mail menciona um café entre Hillary e Marcelo Tas, na época bastante atuante nas redes sociais. Algumas anos antes, Tas havia sido alvo de um ataque gratuito da Veja, por suspeitas de suas inclinações políticas. Rapidamente mudou de posição e, nas redes sociais, em vez do comunicador light e bem-humorado, tornou-se um ativista agressivo, endossando posições à direita.

Moro e Gilmar Mendes: eles podem tudo?

Do blog: A Justiceira de Esquerda
Por Roberto Amaral, em seu blog:

Em 2014 foi possível, na última instância, a eleição de Dilma Rousseff – uma vitória precária, saber-se-ia depois –, mas, com ela, elegeu-se um Congresso exemplarmente reacionário, em condições de reescrever o discurso da soberania popular ditado no pleito presidencial.

Fica para outra oportunidade a discussão sobre a distância ideológica do voto majoritário em face do voto para as casas legislativas. Desta feita, essas considerações se cingem a uma de suas consequências: a brutal perda de legitimidade e representação do Poder Legislativo, posta de manifesto em face do quadro real da sociedade brasileira, contrastando com sua composição.

O retrocesso civilizatório em São Paulo

Por João Quartim de Moraes, no site Vermelho:

As manipulações da operação policial-judiciária dita “Lava Jato”, obviamente dirigidas prioritariamente contra o PT, exerceram efeito desmobilizador sobre o eleitorado brasileiro. Não era exatamente o que Moro e consortes pretendiam: queriam quebrar a esquerda, oferecendo ao “senso comum” o cadáver moral dos principais dirigentes petistas.

Acabaram fazendo estragos maiores. É próprio aos preconceitos generalizar para um grupo amplo, heteróclito e de contornos mal definidos a torpeza atribuída a uma de suas parcelas. O descrédito gerado pelos duvidosos métodos de “delação premiada” acabou afetando os “políticos” em geral, embora não nas mesmas proporções. O cartel dos donos da notícia incumbiu-se de proteger os participantes do golpe de abril 2016, maquilando de “estadistas” alguns dos mais imponentes e contumazes saqueadores de fundos públicos. Os golpistas também se beneficiam de crises agudas de amnésia que acometem a Polícia Federal, a Promotoria e os Juízes, com Moro à frente, cada vez que alguma de suas bandalheiras cai no radar das famigeradas delações premiadas.

Dia dos Professores: Não há o que comemorar

Por Cida de Oliveira, na Rede Brasil Atual:

Para os professores da rede pública estadual paulista, os desafios de sempre, como salas superlotadas, baixos salários e uma jornada longa – em três períodos e em escolas diferentes, na maioria dos casos –, sem tempo para correção de provas ou preparação de aulas, têm tudo para serem agravados com o avanço de propostas do governo Temer ou que já receberam seu apoio.

É o caso da PEC 241, que restringe os investimentos públicos na educação e afeta o trabalho docente; a Medida Provisória (MP) 746, que fragmenta e altera profundamente o ensino médio; a proposta de Escola sem Partido, que criminaliza o debate: e o corte de vagas na rede federal de ensino. A análise, nada animadora, é da presidenta do Sindicato dos Professores na Rede Oficial no Estado de São Paulo (Apeoesp), Maria Izabel de Azevedo Noronha, a Bebel. "Como já acontece há anos, os professores não têm nada a comemorar em seu dia."

Sindicato: Jogar na defesa ou no ataque?

Por Clemente Ganz Lúcio, no site Brasil Debate:

Nos anos 1990, o movimento sindical jogou na defesa, enfrentando baixo crescimento, hiperinflação, arrocho salarial, desemprego, pobreza, precarização, informalidade, desigualdade, entre outros problemas.No jogo social, somente a tática da defesa não transforma a realidade.

Em meados da década passada, o jogo mudou e o ataque passou a fazer parte da tática. Os resultados foram crescimento econômico, geração de emprego, aumento dos salários, redução de desigualdade e informalidade etc. Vitórias importantes foram conquistadas, como a política de valorização do salário mínimo ou o reconhecimento das Centrais Sindicais, entre tantas outras.

Moro é o maior cabo eleitoral da direita

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Altamiro Borges

Pelos vazamentos seletivos e prisões cinematográficas, o "justiceiro" Sergio Moro já recebeu vários prêmios da mídia tradicional. Globo e Veja, entre outros veículos, são gratos pela escandalização da política que garante aumento das tiragens e das verbas publicitárias. No mesmo rumo, os partidos da direita nativa também deveriam homenagear o chefão da Lava-Jato. Afinal, ele foi determinante para o crescimento das siglas conservadores nas eleições de domingo retrasado. Em boa medida, a derrota do PT e de outras legendas de esquerda se deve a atuação partidarizada deste juiz, que se transformou no maior cabo eleitoral das forças reacionárias e neoliberais do país. Como um relógio suíço, as suas ações cronometradas de boca-de-urna tiveram efeitos destrutivos no pleito municipal.

A concentração midiática e a liberdade

Por Lidia Baltra, no site Carta Maior:

Os meios de comunicação de direita martelam todos os dias a ideia de que são as únicas vozes imparciais e objetivas quando se tratar de apresentar la realidade dos fatos que acontecem em cada país e no mundo. Porém, o que fazem, na verdade, é propalar o seu modelo de vida e de sociedade como os únicos possíveis, discurso que é reforçado em períodos de eleições. Esta sim é uma situação que limita gravemente a liberdade de expressão.

Uma reforma política sem golpe!

Por Daniel Almeida, no blog de Renato Rabelo:

A ofensiva golpista se espalha pelo Congresso com o objetivo de sustentar a qualquer custo o presidente ilegítimo Michel Temer (PMDB) e seu governo sem voto popular. A próxima iniciativa reacionária é a tentativa de uma reforma política excludente para eliminar vozes dissonantes no jogo democrático.

Em 9 de novembro, o Senado deve levar à votação uma proposta de emenda à Constituição com cláusula de barreira e o fim das coligações proporcionais. Isso restringe o direito de os cidadãos terem ampla representação no Legislativo.

Oposição, resistência e confronto

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

Não adianta mais tentar a disputa de argumentos em torno da PEC 241, mais conhecida como PEC da Morte. As mais respeitadas vozes, universidades e instituições de pesquisa – além do questionamento do próprio Ministério Público sobre a constitucionalidade do projeto – já demonstraram o que a aprovação definitiva da medida vai significar. Retrocesso social, concentração de renda, diminuição do salário mínimo, sucateamento de políticas públicas, inviabilização de padrões mínimos de serviços essenciais. Um cenário em que recursos da educação e saúde serão drenados para o sistema financeiro, numa curva que aponta para baixo os investimentos enquanto a população cresce e envelhece, os serviços de saúde se tornam mais onerosos e o novo padrão da sociedade e da economia do conhecimento exige mais qualidade de formação e informação das pessoas.

Alckmin e a propina para o “Santo”

Por Renan Truffi, na revista CartaCapital:

Sob muitas críticas pelo tom político de suas operações, a Lava Jato terá mais uma oportunidade de tentar desfazer essa imagem. A nova janela abriu-se durante a 35ª fase, denominada Operação Omertà e deflagrada na segunda-feira, 26, que culminou com a prisão do ex-ministro Antonio Palocci.

Além do conteúdo que envolve o petista e a Petrobras, documentos obtidos pela Polícia Federal revelam uma série de e-mails que tratam de propinas em dezenas de grandes obras da construtora Odebrecht pelo País.

Todas os e-mails com indícios de supostos esquemas de corrupção com participação da companhia são de seus funcionários e datados a partir de 2003. A maioria é do chamado Setor de Operações Estruturadas da empresa, intitulado pela Polícia Federal como “departamento de propina”.

Quem vai sair do vermelho é a mídia