quinta-feira, 19 de abril de 2018

Perez Esquivel e o vexame internacional

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Mesmo barrado pela decisão de uma juíza federal de Curitiba, Adolfo Perez Esquivel, Premio Nobel da Paz, apresentou-se às 10 horas da manhã desta quinta-feira para visitar o ex-presidente Lula no cárcere em que se encontra isolado na sede da Polícia Federal em Curitiba.

São 13h50 quando começo a escrever este post e não há notícias nos principais portais informando se Esquivel conseguiu ou não visitar o seu velho amigo.

Será que isso também é considerado normal num país em que cada um faz a sua própria lei e só se noticia o que é de interesse dos donos do poder?

Aécio sai de cena pela porta dos fundos

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Não há nada a lamentar nos 5 a 0 e no 4 a 1 da primeira turma do STF, que transformaram Aécio Neves em réu em duas acusações de corrupção.

Num país onde a democracia é um regime em construção, Aécio foi o aventureiro que assumiu a liderança do golpe de 2016 na primeira fase. Tentou bloquear o segundo mandato de Dilma Rousseff e, mais tarde, promover um impeachment sem crime de responsabilidade que atirou o país no abismo institucional em que se encontra. Sua herança aqui é única.

FNDC elege sua coordenação nacional


O Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), entidade com quase 27 anos de história e que articula uma rede de 500 entidades em todo o país, definiu na tarde desse domingo (15) a composição de sua direção pelos próximos dois anos. A 21ª Plenária Nacional do FNDC, realizada em São Paulo, elegeu os novos integrantes da Coordenação Executiva, do Conselho Deliberativo e o do Conselho Fiscal do da organização (veja a lista completa no fim da matéria), que tomaram posse no mesmo dia.

Aécio Neves semeou e colheu

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

Se não tivesse ajudado a incendiar o Brasil, o senador Aécio Neves hoje seria o candidato do PSDB a presidente e teria grandes chances de ser eleito. No segundo turno de 2014 ele obteve 51 milhões de votos contra 54,5 milhões dados a Dilma Rousseff . Saiu da disputa com um formidável capital político mas não foi capaz de assimilar a derrota: anunciou que a eleita não concluiria o mandato, apostou tudo em sua derrubada e acendeu a fogueira da crise que devorou o sistema partidário e ontem o transformou em réu por corrupção passiva e tentativa de obstruir a Justiça.

Barbosa é candidato a “Rei dos chuchus”

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:



A Folha, ao que parece, embarcou na candidatura Joaquim Barbosa, embora esta esteja ainda no dique das pretensões do ex-ministro do Supremo.

Anuncia hoje encontros de Barbosa com Delfim Netto e com Eduardo Gianetti, ex-guru de Marina Silva. Mas, lendo com atenção a reportagem vê-se que “Barbosa conversou com Delfim Netto há cerca de um ano, e com o economista Eduardo Giannetti, há cerca de seis meses”.

Ex-presidentes do Metrô viram réus em SP

Por Rodrigo Gomes, na Rede Brasil Atual:

Ex-presidentes da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) se tornaram réus na Justiça paulista. Eles responderão por improbidade administrativa pela compra de 26 trens para a linha 5-Lilás (Capão Redondo-Chácara Klabin) em 2011, quando ainda não havia condições de uso para as composições. Como a RBA mostrou em abril de 2016, os trens ficaram parados em desvios no trajeto, deteriorando e expostos a intempéries por, pelo menos, quatro anos . As composições foram adquiridas por R$ 630 milhões.

Ana Amélia é uma direitista espertalhona

Por Joaquim de Carvalho, no blog Diário do Centro do Mundo:

É tentador colar na senadora Ana Amélia Lemos, que é jornalista, a etiqueta de ignorante, por associar o pronunciamento da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, na TV Al Jazeera ao Estado Islâmico.

“Eu só espero que essa exortação feita pela senadora presidente do PT não tenha sido para convocar o Exército Islâmico para vir ao Brasil fazer as operações de proteção ao partido que perdeu o poder e agora parece ter perdido também a compostura e o respeito, e o apoio popular”, disse.

É tentador, mas não é correto.

Disputar a narrativa para enfrentar o golpe

Por Felipe Bianchi, no site do FNDC:

Enfrentar os retrocessos impostos pelo golpe e a escalada conservadora na sociedade brasileira exige dedicação à disputa de narrativas, à defesa da liberdade de expressão e à luta pela democratização da comunicação. Essa foi a tônica do debate que inaugurou, neste sábado (14), a 21ª Plenária do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC). A mesa contou com a presença de Joselício Junior, o Juninho, presidente estadual do PSOL; Altamiro Borges, secretário nacional de questões de mídia do PCdoB; e Paulo Teixeira, deputado federal e vice-presidente do PT.

Classe média já se arrependeu do golpe

A batalha dos dois mundos: Síria e Brasil

Por Marcelo Zero

O nível de desinformação da imprensa brasileira sobre o que acontece na Síria e no Oriente Médio é simplesmente espantoso.

Beira o patético. De um modo geral, a imprensa da oligárquica brasileira apenas reproduz acriticamente as "informações" que são produzidas pelos governos ocidentais e veiculadas pelas agências de notícias internacionais.

Essas "informações" compõem um conjunto de meias verdades e mentiras que não permite uma análise objetiva e aprofundada do que realmente acontece e porque acontece.

A democracia pede passagem

Editorial do site Vermelho:

O Brasil lembra nesta terça-feira (17) o dia da vergonha – a sessão da Câmara dos Deputados que, há exatos dois anos, deu início ao impeachment da presidenta Dilma Rousseff. O país assistiu ao deprimente espetáculo da votação que autorizou (por 367 votos a favor, 137 contrários, sete abstenções e duas ausências) o início do processo que acelerou a deposição da presidenta eleita e sem crime de responsabilidade capaz de legitimar sua derrubada.

Quantos imbecis têm o Brasil?

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                                                                                                   
Sou daqueles que desprezam as chances eleitorais do candidato do nazismo nativo, o capitão da reserva do Exército Jair Bolsonaro. Mas é forçoso reconhecer que sua aventura presidencial acaba provocando um efeito colateral positivo: quando os votos das urnas eletrônicas forem computados, na noite de 7 de outubro, saberemos exatamente quantos imbecis compõem o eleitorado brasileiro.

Disse o presidente do PT-RJ, Washington Quaquá, em recente entrevista, que o teto de Bolsonaro não passa de 15%, pois, na sua visão, o país não dispõe de um número de imbecis acima desse patamar. Concordo e vou além: será difícil para ele até se manter nessa posição ante o chumbo grosso que se avizinha.

A prisão de Lula e a esquerda unida

Por Joaquim Ernesto Palhares, no site Carta Maior:

No Brasil e no exterior, crescem as manifestações em apoio ao ex-presidente Lula. Neste fim de semana, Pilar del Rio, presidente da Fundação José Saramago, e Boaventura de Sousa Santos, do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, organizaram o seminário “O futuro das lutas democráticas: em defesa da democracia brasileira” (confira aqui).

“Quem podia imaginar que o presidente mais brilhante da história do Brasil estivesse hoje preso em uma masmorra e ainda por cima ilegalmente?”, questionou Boaventura de Souza. Na França, o deputado francês Jean-Luc Mélenchon, em entrevista à Rádio Europe 1, foi categórico: “Lula tem uma estatura política que não está à venta” (leia Cartas de Paris).

Ana Amélia e a trincheira do atraso

Por Marco Aurélio Weissheimer, no blog RS-Urgente:

O Rio Grande do Sul não cansa de passar vergonha na cena nacional. O mais recente capítulo desta saga vexaminosa foi protagonizada pela senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS). A ex-colunista política e ex-chefe da sucursal da RBS em Brasília ficou incomodada com uma entrevista que a presidenta nacional do PT, a senadora Gleise Hoffmann (PT-PR), concedeu à rede Al Jazeera, onde, entre outras coisas, definiu a condição de Lula como a de um preso político, trancafiado na carceragem da Polícia (política) Federal, em Curitiba. “Que essa exortação não tenha sido para convocar o Exército Islâmico a vir ao Brasil proteger o PT!” – disse Ana Amélia Lemos em sua conta no Twitter. O imaginário da senadora não hesitou em associar a Al Jazeera ao Estado Islâmico.

Marielle, Lula e o fantasma do esquecimento

Por Mário Magalhães, no site The Intercept-Brasil:

Em meados de março, um tapume em torno do elevador da estação Cinelândia do Metrô foi pichado em letra cursiva: “Marielle presente!”. A vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Pedro Gomes tinham sido assassinados a tiros poucas horas antes. Em protesto, dezenas de milhares de cariocas e agregados ocuparam praças e avenidas do Centro do Rio.

Trinta dias mais tarde, a pichação sumiu. Funcionários me contaram que o Metrô mandou pintar o tapume.