domingo, 10 de maio de 2020

Valdemiro Santiago e a “cura” da Covid-19

Por Altamiro Borges

Na edição desta semana, a Veja informa que o Ministério Público de São Paulo "quer investigar Valdemiro Santiago por vender falsa cura de Covid-19". Segundo a revista, que acompanhou um culto com quase 3 mil evangélicos, "o líder da Igreja Mundial do Poder de Deus pede R$ 1.000 por uma semente milagrosa de feijão".

"Nova estratégia para arrecadar dízimos, a comercialização de 'semente' milagrosa de feijão fez o procurador Wellington Saraiva pedir ao Ministério Público de São Paulo que denuncie o autodenominado apóstolo Valdemiro Santiago por suposta prática de estelionato", descreve a reportagem.

A bolsonarista Carla Zambelli será cassada?

Generais ocupam a Saúde em plena pandemia

Por Altamiro Borges

Os generais voltaram ao poder com o capitão Bolsonaro e hoje assumem várias funções no laranjal. São sete ministros, um vice-presidente e quase 3 mil milicos em cargos governamentais. Com tanta sede de poder, a imagem das Forças Armadas fica cada dia mais comprometida. Depois não adianta reclamar do desastre!

Em plena pandemia do coronavírus, os milicos ocuparam o Ministério da Saúde e serão cobrados pelo avanço das mortes e da tragédia. Com a posse do sinistro Nelson Tech – já batizado de "Nelson Reich" –, houve uma "intervenção fardada" no setor, conforme aponta notinha da Folha.

Sem as milícias digitais, Bolsonaro acaba

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

Getúlio Vargas inventou a campanha política no rádio no Brasil.

Fernando Collor, na TV.

E Jair Bolsonaro, nas redes sociais.

“O Bolsonaro é o protagonista das redes. As redes políticas no Brasil giram em torno dessa máquina de comunicação construída por ele”, diz Felipe Nunes, cientista político da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e sócio da Quaest, empresa de análise do mundo digital.

“Acabar com a máquina de comunicação do Bolsonaro nas redes é acabar com ele.”

Insanidade e política econômica ‘vagabunda’

Por Vitor Nuzzi, na Rede Brasil Atual:

Debate promovido por várias fundações ligadas a partidos, na tarde desta sexta-feira (8), reuniu três economistas que apontaram o governo como mau condutor no período anterior à pandemia, neste momento de crescimento da doença pelo país e que, provavelmente, seguirá assim na saída da crise. Um deles, o professor e ex-ministro Luiz Gonzaga Belluzzo, confessou-se sem paciência para a atual gestão e chamou a política econômica de “vagabunda”. Todos concordaram que o governo Bolsonaro parece alheio à realidade e aponta caminhos que aprofundarão os problemas.

Desmatamento continua na Amazônia

Por Jaime Sautchuk, no site Vermelho:

A grande mídia firmou o foco em outros temas e deixou este de lado, mas eu lamento informar que o desmatamento segue firme e forte na Amazônia brasileira. Na última terça-feira, dia 5 de maio, por exemplo, uma equipe de fiscalização do Ibama foi cercada e agredida no município de Uruará, no Sudoeste do Pará, durante operação de combate ao desmatamento ilegal.

Madeireiros, garimpeiros e grileiros estão com a corda toda, após diversas manifestações do presidente da República e de outros membros do governo federal em favor do desmatamento e contra ações de repressão. Em Uruará, seguindo a legislação em vigor, a equipe do Ibama havia queimado três caminhões e dois tratores localizados em clareira no meio da mata, em área indígena.

Circo no STF e afronta aos mortos

Bolsonaro com empresários se dirige ao STF
Foto: Marcos Corrêa/PR
Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:

Que podem estar sentindo os que estão com seus entes queridos agonizando nas UTIs, ou os parentes dos 615 brasileiros mortos por Covid19 nas últimas 24 horas, vendo o presidente da República armar uma trampa para o STF, levando lá uma comitiva de empresários para pressionar pela reabertura das atividades econômicas?

Com a pressão o presidente diz que não se incomoda com os mortos nem com os que venham a morrer.

Não serão os empresários, mas seus empregados, que serão expostos ao vírus em momento crítico.

A escadaria da morte e os 'coronazistas'

Por Fernando Brito, em seu blog:

Subimos um degrau a mais na escadaria da morte.

Agora, passaremos a mil mortes por dia, a 15 ou 20 mil casos novos por dia, por enquanto.

Infelizmente, ainda não é o último degrau e hoje, na Globonews, o ex-ministro Luiz Mandetta foi muito claro em dizer que temos, no mesmo, mais dois meses e meio de crescimento destes números, até que cheguemos ao pico.

Se olharmos para trás, para ver quanto cresceu em sete semanas esta epidemia, isso significa até 60 vezes mais casos em relação aos 155 mil que temos e dez vezes mais mortes que as 10,6 mil que são oficialmente reconhecidas.

Não foi apenas Bolsonaro

Por Marcelo Zero

Que o Brasil virou um pária mundial, ninguém mais duvida.

Venho escrevendo sobre esse processo há anos, mas agora parece que tal avaliação, após o brilhante desempenho do governo Bolsonaro na pandemia do Covid-19, tornou-se praticamente unânime. Unanimidade inteligente, agregue-se.

Mas como se deu esse processo lamentável de transformação do cisne do soft power multilateralista no patinho feio de uma total subserviência unilateralista?

Não foi do dia para a noite. Não foi apenas Bolsonaro.

A chamada política externa ativa e altiva foi a que melhor se coadunou com os princípios constitucionais que regem a política externa brasileira.

Acabou a paciência, a Constituição sou eu!

Por Jeferson Miola, em seu blog:                                     
Ao final do ato inconstitucional [3/5] em que sua matilha ensandecida em frente ao Palácio do Planalto pedia o fechamento do Congresso e do STF, Bolsonaro avisou: “Acabou a paciência, não tem mais conversa. Daqui pra frente faremos cumprir a Constituição a qualquer preço”.

Bolsonaro já tinha avisado antes [20/5], ao estilo Luis XIV, que “A Constituição sou eu!”.

Na 5ª feira, 7 de maio, Bolsonaro marchou “rumo” ao STF [ou “sobre” o STF?] ladeado de ministros militares e acompanhado do ministro civil da Economia que serviu à ditadura sangrenta de Pinochet e de empresários. Tudo com direito a transmissão ao vivo pelas milícias digitais aboletadas no Planalto.

De ‘gripezinha’ a 10 mil mortos

O ultimato de Felipe Neto contra o fascismo

A economia e a radicalização dos fanáticos