quinta-feira, 16 de abril de 2020

Quem é o novo ministro da Saúde?

Por Altamiro Borges

O novo ministro da Saúde, Nelson Teich, é um fanático bolsonarista. Empresário que fez fortuna na saúde privada, ele tem ligações antigas com os milicos. Nunca atuou no SUS ou teve experiência na saúde pública. É conhecido por sua visão mercantil e sua insensibilidade social.

Em vídeo de abril de 2019, Teich teoriza que na saúde as "escolhas são inevitáveis” e prega descartar os idosos para tratar dos mais jovens. "Pra ela [pessoa idosa] melhorar eu vou gastar praticamente o mesmo dinheiro que eu vou gastar pra investir num adolescente". Os 30 milhões de idosos brasileiros que se cuidem!

Com sua nomeação, as denúncias já pipocam na internet. Regina Pussente, filha de uma ex-paciente terminal com câncer, postou: "Ele se dirigiu a nós e disse o seguinte: 'Não adianta fazer nada, ela vai morrer. Deitem ela na maca da sala ao lado, quando tudo terminar, irei atender'".

A economia brasileira no pós-coronavírus

A demissão de Mandetta em meio à pandemia

O coronavírus e o racismo atávico

Por Jeferson Miola, em seu blog:

A pandemia do Covid-19 está colocando em evidência o racismo entranhado e institucionalizado na nossa sociedade. E este racismo é muito, mas muuiiitttooo profundo.

É um racismo atávico, que está subjetivado em cada um de nós em distintos gradientes! Mas, o pavoroso, é que está em cada um de nós!

A forma como a classe média branca vive a quarentena é glamourizada nos meios de comunicação, inclusive em colunas de colunistas que, apesar de merecerem todas reverências e o maior respeito profissional, só publicam fotos-resenhas de branquelos no conforto da família e dos seus lares despojados, iluminados e bem ventilados …

Por isso tem sido cada dia mais triste [e, também, decepcionante] acompanhar a coluna da excepcional Mônica Bergamo.

Saída de Mandetta trará lapso na saúde

Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:

A equipe do ministro da Saúde, Henrique Mandetta, deve estar limpando gavetas novamente.

Numa pasta gigantesca como a da Saúde, mesmo numa situação normal, a troca de ministros traz um hiato de gestão que, por algum tempo, paralisa as ações.

No meio de uma pandemia, o lapso será ainda mais danoso.

Para alguém como Bolsonaro, que já terá tantas contas a acertar com a História, pelo conjunto da obra desastrosa de seu governo e de sua atuação inqualificável na pandemia, a demissão de Mandetta, nas circunstâncias em que deve ocorrer, será um peso a mais. O ministro tem dito que jogou limpo, deixou suas posições muito claras e a opção por tirá-lo é “deles”. Sairá atirando?

Bolsonaro e o pacto com o vírus

Charge: Pedro Silva/Cartoon Movement
Por Flávio Aguiar, no site A terra é redonda:

Procurei uma figura literária comparável a Jair Messias. Encontrei: é o Hermógenes, um dos chefes de jagunços do romance Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa. Hermógenes é maligno e não aceita que a história evolua, mudando de patamar político. Assassina o chefe supremo dos jagunços, Joca Ramiro, porque a seu ver este teria traído a jagunçagem ao esboçar um pacto político com o enviado do governo, Zé Bebelo, depois de derrotá-lo militarmente.

Coronavírus: verdades e mentiras

Nordeste mapeia vírus e combate fake news

Mandetta e a adesão da PGR ao genocídio

Compensa dar dignidade aos presos

Casos de feminicídio crescem na pandemia

O que muda com a Carteira Verde e Amarela?

Só nos resta a desobediência civil

Jim Jones e Gérson: Dois nomes nefastos

Do site: http://carolynolson.net/
Por João Guilherme Vargas Netto

Na luta do povo brasileiro contra o coronavírus e dos trabalhadores para garantir sua relevância e a de seus representantes sindicais, dois nomes encarnam os procedimentos dos mais detestáveis adversários: Jim Jones e Gérson.

Jim Jones foi líder de uma seita de fanáticos que levou mil deles ao suicídio coletivo em 1978, na Guiana. Gérson, jogador meio campista e campeão do mundo em 1970, adquiriu uma fama lamentável (a chamada lei de Gérson) ao fazer propaganda do cigarro Vila Rica dizendo que “o importante é levar vantagem, certo?”.