sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Danilo Gentili, a vodca e a cadeia

Por Altamiro Borges

O fascistoide Danilo Gentili, um dos ícones da extrema-direita que tem atacado museus e artistas “em defesa da família e dos bons costumes”, perdeu totalmente as estribeiras. Em seu programa “The Noite”, exibido no SBT nesta semana, ele deu vodca para uma adolescente de 15 anos. Conforme aponta Keila Jimenez, do site R-7, a brincadeira pode lhe render uma ordem de prisão. Este não é o primeiro nem o último crime do “humorista”, que utiliza uma concessão pública de televisão para promover os piores absurdos e para fazer proselitismo político dos mais reacionários. Vale conferir a matéria:

O colar de botijões de Ana Maria Braga

Do Facebook de PIG - Partido da Imprensa Golpista
Por Altamiro Borges

Na cruzada para derrubar Dilma Rousseff, a Rede Globo acionou todas suas estrelas midiáticas – de Willian Bonner, âncora do Jornal Nacional, ao “indignado” Fausto Silva, com seu salário de R$ 5 milhões. Um dos papeis mais ridículos, porém, coube a apresentadora Ana Maria Braga, que no passado recebeu o apelido de “Anameba Brega” do cáustico Zé Simão. Para fustigar a presidenta eleita democraticamente pela maioria dos brasileiros, ela desfilou em seu programa com um colar de tomates – em uma crítica descontextualizada sobre a alta do preço do produto. Imagine se agora, após ajudar a alçar ao poder da quadrilha de Michel Temer, ela resolvesse desfilar com um colar de botijões de gás – produto que teve aumento de 48% no preço em apenas quatro meses?

Veja, Globo e a ira dos fascistas. Ingratos!

Por Altamiro Borges

A edição desta semana da revista “Veja” irritou uma ampla fauna de reacionários – de grupelhos fascistas que organizaram as marchas contra Dilma Rousseff até os fundamentalistas religiosos, passando por pessoas preconceituosas e agressivas. Com a manchete “Meu filho é trans”, a publicação narrou “a saga dos pais de crianças que não se identificam com seu sexo biológico – condição que afeta 1 milhão de brasileiros”. Bastou para que os inúmeros internautas, que durante anos foram adestrados pela revista golpista e sensacionalista, saíssem do armário com um ódio selvagem. Ingratos e mal-agradecidos!

A semana pela democratização da mídia


O Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) realiza, entre os dias 15 e 21 de outubro, a Semana Nacional pela Democratização da Comunicação 2017, com debates, seminários e atividades em diversos estados, com destaque para as atuais ameaças à liberdade de expressão por todo o país.

"Dia 17 de outubro é o Dia Nacional pela Democratização da Comunicação. Todos os anos, o FNDC organiza uma semana em torno desta data para chamar a atenção para as várias agendas e lutas em torno desse assunto", diz a coordenadora-geral do FNDC, Renata Mielli, em entrevista à Rádio Brasil Atual.

Em defesa da revista CartaCapital

Por Roberto Amaral, em seu blog:

Democracia e monopólio ideológico são termos que não se conciliam, como igualmente incompatíveis são democracia e ditadura do pensamento único, que se expressa, entre nós, por intermédio do monopólio ideológico dos meios de comunicação de massa.

Um monopólio a serviço do atraso, do conservadorismo, do antinacional e do anti popular. A chamada mídia, que começa a controlar, inclusive, as redes sociais, é, no Brasil, o grande partido da direita e do golpismo, papel, aliás, que sempre exerceu em momentos de crise.

Quem fiscaliza a 'ração pra pobre' de Doria?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

João Dória lançou a sua “ração para pobre“, um composto para famílias em situação de carência alimentar e que procurem os equipamentos sociais da cidade de São Paulo.

O produto, diz o G1, será doado pela empresa Plataforma Sinergia, que fabrica o composto a partir de alimentos que estão perto da data de vencimento e fora do padrão de venda em supermercados. Ao que parece, também de restaurantes.

Bolsonaro foge de debate nos EUA

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Publicamos abaixo texto do grupo Defend Democracy in Brazil, uma das organizações de brasileiros formadas nas lutas contra o golpe no Brasil em 2016, com informações exclusivas sobre decisão de Bolsonaro de não participar de um evento onde poderia enfrentar protestos e críticas.

Lembramos ainda que o Intercept fez uma ótima reportagem sobre a passagem de Bolsonaro nos EUA, incluindo um vídeo em que o deputado bate continência para a bandeira norte-americana, faz coro aos gritos de USA, USA, USA!, e afirma que dará “carta branca para policial matar”.

Golpe trouxe de volta o entulho autoritário


Por Luis Felipe Miguel, no blog Diário do Centro do Mundo:

Quando terminou a ditadura militar e uma nova Constituição foi escrita, uma das tarefas principais que se colocaram para as forças democráticas foi a remoção do chamado “entulho autoritário”, isto é, de toda a legislação ordinária vinculada à ordem ditatorial.

Tarefa difícil, inconclusa, já que cada item do entulho encontrava protetores, seja nos grupos beneficiados, seja nos inconformados com a democratização. Uma vitória particularmente importante foi o fim do julgamento de militares pela Justiça Militar quando cometem crimes contra civis, o que ocorreu apenas na metade dos anos 1990.

O planejado bonde da insensatez

Por Jandira Feghali

Os constantes protestos em exposições artísticas no Brasil não passam de uma mirabolante e bem pensada cortina de fumaça. Grupos neofascistas, os mesmos que foram às ruas pedir o impeachment sem crime de Dilma e hoje apoiadores do presidente Temer, criaram um rendez-vous na tentativa de fazer os olhos da sociedade se distanciarem dos crimes do mandatário ilegítimo. Com a segunda denúncia batendo às portas do plenário da Câmara dos Deputados, os 14 milhões de desempregados e cortes brutais no orçamento de políticas sociais, o país todo se envolve numa discussão sobre censura.

As sombras na decisão sobre Aécio

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Ainda que se considere que a decisão de 6 votos a 5 que deixou para o Senado a palavra final sobre o destino do mandato de Aécio Neves tenha sido uma medida acertada do ponto de vista dos princípios do Estado Democrático de Direito, como sustenta um grande número de juristas, ela não traz nenhum sinal animador ao atual momento político.

Não representa a consolidação de uma jurisprudência necessária nem afasta qualquer suspeita de motivação política óbvia, para favorecer um dos generais do PSDB e aliado de Michel Temer.

Demarcação e disputa pelas terras indígenas

Por Ronnie Aldrin Silva, no site Brasil Debate:

Segundo a história tradicional, em 22 de abril de 1500, os europeus, vulgo ‘brancos’, chegaram ao hoje conhecido Brasil. Uma população superior a 5 milhões de indígenas foi reduzida para cerca de 900 mil, e 567 mil destes estão confinados nas 728 terras indígenas (dados da Funai para agosto de 2017), que correspondem a 13,8% da área de seu território original. No entanto, há os que achem justo expropriá-los ainda mais de suas terras.

Terras Indígenas – quantas são e onde estão

Globo é a boca do capital financeiro

O filho de Lula e o reino da deduragem

Por Mário Augusto Jakobskind, no jornal Brasil de Fato:

O Brasil vive um momento de estado de exceção, como se pode depreender pelo noticiário diário. A última diz respeito a uma batida policial na residência de Marcos da Silva, filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva após uma denúncia anônima de que lá havia drogas. A ação foi realizada e nada foi encontrado.

O que se deve exigir da Justiça é saber o motivo de uma denúncia anônima tenha originado uma ação policial. Quer dizer que o Brasil está se transformando no país do Judas, ou seja, qualquer um pode denunciar quem quer que seja e a justiça acolhe sem mais nem menos, na prática institucionalizando a deduragem?

Brasil tira direitos e diz que é modernidade

Por Railídia Carvalho, no site Vermelho:

O presidente da Corte Interamericana de Direitos Humanos, Roberto Caldas, criticou o governo de Michel Temer e o golpe no Brasil em entrevista publicada nesta quarta-feira (11) na Folha de S.Paulo. As declarações foram dadas no final de setembro e nelas o juiz Caldas afirma este é o momento no pós-redemocratização “em que mais se está retirando direitos no Brasil e fazendo propaganda de que isso é modernidade”.

Esperando Hitler

Por Luiz Gonzaga Belluzzo, na revista CartaCapital:

Nos peripatéticos acasos de minha biblioteca, topei com a coletânea de ensaios dos juristas alemães Franz Neumann e Otto Kirschmeier sobre o declínio da democracia de Weimar, a ascensão do nazismo e a transformação do sistema legal alemão.

Escritos entre 1933 e 1967 e reunidos por William E. Scheuerman, os ensaios talvez suscitem no leitor a tentação de concordar com a certeira observação atribuída a Mark Twain: “A história não se repete, mas rima”.

Franz Neumann, autor do clássico Behemoth, escreve no ensaio de abertura da coletânea: “Durante o boom dos anos 1924-1928 (domada a hiperinflação) foi enorme o desenvolvimento das políticas sociais na Alemanha. ‘A ilusão de segurança’ era perfeita.