sexta-feira, 20 de julho de 2018

Grande aliança golpista fecha com Alckmin

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Só o MDB, quem diria, ficou de fora - por enquanto, claro.

Todo o resto, tirante os partidos de esquerda, fechou com o tucano Geraldo Alckmin como candidato único do “centro”, o novo nome da direita brasileira.

Numa verdadeira “blitzkrieg” na quinta-feira, a grande aliança golpista do impeachment encontrou finalmente seu candidato, que vinha capengando nas pesquisas, e agora vai ter 40% de todo o tempo de TV na propaganda eleitoral.

Eleição de 2018 será a grande batalha do ano

Por Jessy Dayane, no jornal Brasil de Fato:

O episódio deste domingo, 8 de julho, em que o desembargador Rogério Favreto mandou soltar Lula e desencadeou sucessivas manobras do sistema de justiça no esforço de manter a prisão ilegal do ex-presidente, demonstrou mais uma vez que Lula é um preso político. Também, que o judiciário está empenhado em garantir os interesses imperialistas materializados no golpe que está em curso no Brasil. E o principal interesse dos golpistas é assegurar a vitória eleitoral do representante que dê continuidade ao programa neoliberal.

Jornalismo do ódio afunda com a Abril

Bolsonaro e os saudosos da ditadura corrupta

Alckmin entra no jogo

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

O centrão preferiu colar com a direita, associando-se a Geraldo Alckmin, e dando-lhe quase 40% do tempo total de televisão.

É um desenlace absolutamente lógico, que tem a vantagem de dar mais coerência à disputa política.

Embora fosse interessante, à esquerda, manter o centrão fisiológico descolado do campo conservador, como aconteceu nas quatro eleições presidenciais passadas, em que a maior parte deste centrão se uniu ao PT, sempre pareceu algo inverossímil que essas legendas se uniriam a um candidato com as propostas de Ciro Gomes.

Alckmin e a união pela direita

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

A primeira grande chacoalhada no quadro eleitoral, com promessa de alteração na correlação de forças entre os candidatos, virá com a decisão, já praticamente tomada pelos partidos do Centrão, de apoiar o candidato tucano Geraldo Alckmin.

Hoje mal posicionado nas pesquisas, ele se torna competitivo ao dobrar seu tempo de televisão, passando a dispor de 5 minutos e 49 segundos, ou 40% do horário total.

A convergência da centro-direita finalmente se realiza, agregando os partidos que fizeram o impeachment, exceto, por ora, o MDB. O cenário de um segundo turno entre o candidato do PT e o do PSDB, pouco provável há algumas semanas, entra no campo das possibilidades.

Economist e o 'caos nos tribunais' do Brasil

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

A Economist, em sua nova edição, dedicou uma matéria às “decisões contraditórias” dos juízes no caso do solta e prende de Lula naquele domingo fatídico.

Foi além disso.

“A guerra judicial colocou Lula de volta ao centro da campanha”, diz o texto.

A TV pode salvar Alckmin?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A rigor, a pergunta do título passa a ser a grande esperança da direita brasileira.

Mas ela depende de outros fatores, além do latifúndio de tempo que o insosso candidato tucano vai dispor nos horários eleitorais.

O primeiro – e óbvio – é que os agentes judiciais do golpe consigam fórmulas e manobras políticas que mantenham Lula reduzido não apenas a não ser candidato mas a comunicar-se exclusivamente por bilhetes e cartas, ou “traduzido” por visitantes limitados.

Mas há outras variáveis importantes.

O Brasil, a bola e o bode

Por Chicão dos Eletricitários

A copa do mundo de futebol já acabou, mas ainda há sinais da ressaca provocada por ela, vitoriosos comemoram, enquanto que os derrotados buscam justificativas nem sempre plausíveis; a semelhança com os malabarismos midiáticos deste governo oportunista, que busca, mais uma vez, embaralhar a visão política do povo, não é mera coincidência.

Cortes na saúde pública matam a infância

Por Cecília Figueiredo, no site Saúde Popular:

A taxa de mortalidade infantil voltou a subir depois de 26 anos em queda contínua no Brasil. Em 2016, foram 14 óbitos para cada mil nascidos vivos, um aumento de 5% em relação ao ano anterior. Até então, o país registrava uma redução anual média de 4,9% desde o início dos anos 1990.

Para comentar a inversão de tendência no registro de mortalidade infantil, o Saúde Popular entrevistou Alexandre Padilha, ex-ministro da Saúde no período em que o Brasil se destacou como um dos países que mais reduziu a mortalidade infantil.

A atual ofensiva imperialista na Nicarágua

Por Mateus Fiorentini, no site da Fundação Maurício Grabois:

A atual crise na Nicarágua tem chamado atenção da imprensa brasileira e latino-americana. Tendo em vista as comemorações do aniversário número 39 do triunfo na Revolução Sandinista parece importante chamar atenção para alguns elementos que compõem o debate em torno da situação nicaraguense.

Em primeiro lugar é importante destacar o fato de que a frente sandinista surge no curso das lutas contra a ditadura de Somoza. Uma das mais sangrentas e duradouras da América Latina, essa ditadura durou mais de 40 anos. Sobre os ombros de Somoza, o primeiro dos familiares a exercer o cargo, pesa a acusação de ser o responsável pelo assassinato Augusto César Sandino (1934). Recuperando o ideário sandinista e dando continuidade a luta de Sandino, Carlos Fonseca Amador importante autor marxista nicaraguense e dirigente revolucionário fundou a Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN) no início da década de 60 do século passado.

O recente giro de Trump pela Europa

Por Kjeld Jakobsen, no site da Fundação Perseu Abramo:

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acabou de retornar de uma viagem pela Europa, onde causou mais dissabores do que fatos positivos que seriam esperados normalmente de visitas oficiais de chefes de Estado. Concretamente, ele se comportou mais como um rinoceronte em uma loja de cristais e conseguiu desagradar tanto os aliados tradicionais dos Estados Unidos, quanto seus adversários e apoiadores domésticos.

Crivella, Márcia e a fila do SUS

Por Alexandre Santini, no site Vermelho:

Durante 10 anos, meu pai dirigiu o Instituto Nacional de Câncer (INCa). Mais do que um hospital ali na praça da Cruz Vermelha, o INCa é uma instituição de atenção à saúde, ensino e pesquisa, extremamente complexa e responsável pela política de atenção oncológica em toda a rede do SUS. Eu não sabia de nada disso, mas acabei sabendo.

Nesse período, quase que semanalmente eu recebia telefonemas de amigos, conhecidos, amigos de amigos, algumas pessoas muito queridas, para conseguir uma ajuda, agilizar a marcação de uma consulta, adiantar alguém na fila da triagem, antecipar um determinado procedimento. E se isso era assim comigo, que nem médico sou, imagina com meu pai! Diz ele que passava parte importante do dia dando atenção a estas solicitações. Mesmo que nada pudesse ser feito a não ser seguir os procedimentos e protocolos estabelecidos pela rotina hospitalar, a simples escuta e diálogo com o diretor da instituição já era um alento para o paciente e seus familiares.

A desavergonhada barganha do “Centrão”

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

As convenções partidárias que definirão candidatos a presidente e alianças começam nesta sexta-feira, 20, com aquela trupe política fisiológica a negociar sem qualquer pudor seu passe na eleição. A turma namorou Ciro Gomes, do PDT, e Geraldo Alckmin, do PSDB, dupla que mais cobiça o apoio do autointitulado “Centrão” para enfrentar o lulismo e o bolsonarismo.

Nos últimos dias, não faltou reunião de representantes desse tal de “Centrão” com emissários de Ciro e com o próprio Alckmin. Em uma nota divulgada na quinta-feira, 19, PP, PR, PRB, DEM e Solidariedade garantem que vão agir em conjunto e que a intenção é “anunciar publicamente uma decisão comum na semana que vem”.

Editora Abril, do brilho ao esgoto de Veja

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Em 1998, sabendo que eu tinha boas relações com João Saad, o patriarca da Rede Bandeirantes, Otávio Frias – o dono da Folha – me pediu que fizesse um meio campo entre eles. A Folha e a Abril, de Roberto Civita, pretendiam propor uma participação no capital da Bandeirantes, talvez até uma fusão. Pouco antes, ambos haviam se associado no portal UOL, que absorveu o BOL, da Abril.

Fui o intermediário da sondagem. De concreto, rendeu apenas um almoço na Folha, no qual Frias e Saad me deliciaram com histórias de suas vidas e, principalmente, de Ademar de Barros, ex-governador, sogro de Saad e sócio de Frias em alguns empreendimentos imobiliários.

Com Alckmin ou Bolsonaro para impedir Lula

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A dança de cadeiras em torno de Geraldo Alckmin, que pode implicar na retirada de um apoio que já se insinuava a Jair Bolsonaro, não modifica o ponto fundamental da estratégia da coalizão golpista para a eleição presidencial - impedir a candidatura Lula de qualquer maneira e garantir sua permanência na prisão.

Dias depois do aplauso a Bolsonaro na CNI, acompanhado de vergonhosas manifestações de estímulo ao candidato que trouxe o fascismo para as eleições brasileiras com uma presença nunca vista em mais de um século de regime republicano, o anunciado acordo das legendas que formam o Centrão em torno de Alckmin representa o ensaio de um novo caminho para atingir um velho objetivo.