sexta-feira, 24 de junho de 2016

A farsa da CPI da máfia da merenda em SP

Por Altamiro Borges

Os tucanos detestam CPIs – como confessou o falecido coronel Sérgio Guerra, ex-presidente nacional do PSDB, em um vídeo que a mídia amiga já tratou de arquivar. Eles só gostam de comissões parlamentares de inquérito para desgastar os adversários políticos e para achacar os supostos envolvidos em mutretas. Quando há risco de virarem alvos, eles fazem de tudo para sabotar as investigações. Prova disto ocorre – pela enésima vez – em São Paulo. Nesta quarta-feira (22), houve a primeira sessão da “CPI da Merenda” na Assembleia Legislativa do Estado. Há inúmeras provas de que tucanos de alta plumagem, a começar do presidente da Alesp, o moralista sem moral Fernando Capez, roubaram a comida das escolas. A sessão, porém, deixou evidente que a CPI será uma farsa.

A onda de ódio e preconceito em debate

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

A onda de ódio e preconceito na sociedade será tema da 8ª edição do Ciclo de Debates Que Brasil é Este?, marcada para o dia 4 de julho, às 19 horas, na sede do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé (Rua Rego Freitas, 454, conjunto 83), em São Paulo. Estão confirmadas as presenças dos seguintes debatedores:

Bradesco, Safra e Gerdau sumiram da mídia

Por Altamiro Borges

É impressionante como a mídia privada - nos dois sentidos da palavra - protege os seus bilionários anunciantes privados. As corporações empresariais podem cometer os maiores crimes - sonegação fiscal, evasão de divisas ou desvio de recursos públicos -, mas logo são absolvidas pela imprensa venal. No final de maio, a Polícia Federal indiciou o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, suspeito por fraudes na Receita. Meses antes, dirigentes do banco Safra e da Gerdau também foram denunciados por crimes fiscais. Nos primeiros dias, os escândalos corporativos não tiveram como ser acobertados. Na sequência, porém, eles simplesmente sumiram do noticiário dos jornalões, revistonas e emissoras de rádio e televisão. A cumplicidade explícita lembra o pacto dos mafiosos!

Carta aberta a Sérgio Moro

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Caro Moro:

Me desculpe a franqueza, mas o senhor é uma desgraça nacional. Simboliza a justiça partidária que tanto mal faz ao país.

O senhor é um antiexemplo. No futuro, quando formos uma sociedade mais avançada, ficará a pergunta: como pudemos tolerar um juiz tão parcial?

Sequer as aparências o senhor respeitou. São abjetas as imagens em que o senhor aparece ao lado de barões da mídia como João Roberto Marinho e de políticos da direita como João Dória.

Golpe no Paraguai: 4 anos de devastação

Por Mariana Serafini, no site Vermelho:

Há exatos quatro anos o presidente eleito do Paraguai, Fernando Lugo, assistia ao golpe de Estado contra si mesmo por uma televisão em seu gabinete no palácio de governo. Do lado de fora, atiradores de elite apontavam armas de fogo contra os manifestantes que lutavam pela democracia. A primeira ação dos golpistas foi atacar os movimentos sociais. Estava anunciado o tom do próximo governo.

O presidente Horacio Cartes foi eleito pouco mais de um ano depois do golpe. Com margem estreita frente aos golpistas do Partido Liberal Radical Autêntico, o Partido Colorado voltou ao poder, depois dos quatro anos de Lugo. Era o fim do curto ciclo progressista e uma volta triunfal do neoliberalismo, com toda a legitimidade que um Estado democrático garante.

Temer: tirar dos pobres para salvar os ricos

Do site da UJS:

Se as intenções dos golpistas ainda não eram claras para toda a população na data do golpe, agora começa a ficar evidente para os trabalhadores e trabalhadoras que, certamente, de seu lado não está o governo ilegítimo.

Em entrevista concedida essa semana ao canal Globo News, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, o economista parte para cima dos direitos dos trabalhadores “Ou alteramos a Constituição, como está sendo proposto, ou os gastos públicos no Brasil vão continuar a aumentar”.

A marcha do retrocesso neoliberal

Por Tatiana Carlotti, no site Carta Maior:

Entre os dias 15 e 16 de junho, a Fundação Perseu Abramo (FPA) promoveu o seminário “O Brasil do Golpe: o Plano Temer sob análise”. Na pauta, o desmonte das políticas sociais, culturais e emancipatórias (leia mais aqui) e, evidentemente, o retrocesso neoliberal na economia.

A subordinação externa do país e a política econômica, imposta pelo governo golpista, foram debatidas por Arno Augustin (economista e ex-secretário do Tesouro Nacional), Gilmar Mauro (dirigente nacional do MST) e Giorgio Romano (Universidade Federal do ABC - UFABC).

A classe média quer chutar a escada

Por Camila Tribess, no site Brasil Debate:

O que reunia todas essas diferenças, para além da defesa da lei, da ordem e dos bons costumes? Tinham todos uma profunda aversão ao protagonismo crescente das classes trabalhadoras na história republicana brasileira depois de 1945. Não se tratava, muitas vezes, de algo racional. No mais das vezes, era uma reação instintiva, uma coisa epidérmica, uma náusea, um desgosto ver aquelas gentes simplórias, subalternas, ascender a posições de influência e mando. Vindas não se sabia de onde, como que emergindo dos bueiros, estavam agora nos palácios, nas solenidades. Pessoas bregas, cafonas, não se vestiam direito, nem sabiam falar, como poderiam ser autorizadas a fazer política e a frequentar os palácios? Era urgente fazê-las voltar ao lugar de onde nunca deveriam ter saído: o andar de baixo.

(Daniel Aragão Reis – O colapso do populismo: acerca de uma herança maldita. 2001)


Plano Temer destruirá a educação e a saúde

Por Vagner Freitas, no site da CUT:

Com o imponente nome de "Novo Regime Fiscal", o governo interino apresentou mais uma série de propostas que atacam, mais uma vez, os direitos da classe trabalhadora e de toda a sociedade.

O tal regime fiscal é, na verdade, um teto de gastos que vai reduzir drasticamente os investimentos em políticas públicas de Saúde e Educação fundamentais para a grande maioria dos brasileiros.

O interino Temer quer mudar as regras do jogo pelos próximos 20 anos. Se a proposta for aprovada, o crescimento dos gastos públicos terá como teto a variação do índice de inflação oficial, o IPCA-IBGE, até 2037.

Unidade da esquerda para derrotar o golpe

Por Adalberto Monteiro, no site da Fundação Maurício Grabois:

O objetivo prioritário do governo interino é condenar a presidenta Dilma Rousseff no julgamento do Senado Federal, e, assim, governar até 2018. É uma obviedade: os golpistas estão focados em consumar o golpe. E a resistência democrática e a esquerda, que é seu núcleo propulsor, evidentemente, se batem, para derrotar o golpe, mas, nesta hora crucial, marcam passo, uma vez que estão divididos quanto ao melhor caminho.

Embora avariado pela queda de três ministros alvejados pela Lava Jato, e impactado pela desgraça que traga Eduardo Cunha, seu irmão siamês, Michel Temer, usa e abusa do trono presidencial usurpado, para obter os 2/3 de votos necessários no Senado para se livrar da terrível dualidade de um só país e dois palácios; um presidente e uma presidenta a um só tempo. Ele, ilegítimo, ela detentora de um mandato sufragado por mais de 54 milhões de votos.

Lava-Jato e o xadrez do golpe aperfeiçoado

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Em uma das colunas passadas, descrevi a chamada subversão das palavras e dos conceitos. É quando o clima persecutório se infiltra por todos os poros do universo da informação, adultera fatos, conceitos e princípios e bate no coração do Judiciário. E aí se tem a subversão final, do magistrado que primeiro define o alvo para só depois ir atrás da justificativa.

Peça 1 – o novo normal entre os juízes de 1a instância
Em novembro do ano passado, o jovem juiz Paulo Bueno de Azevedo, da 6a Vara Criminal Federal de São Paulo, afirmava ser partidário da discrição. A 6a Vara abrigou as operações Satiagraha e Castelo de Areia.

Mudança de foco da Lava-Jato favorece Temer

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

A Operação Lava Jato, que vinha mantendo seu foco no envolvimento de políticos do PMDB com o esquema de corrupção na Petrobrás, e causou a queda de três ministros de Temer, voltou a mirar o PT nesta quinta-feira, dois dias depois da visita do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, ao comando da Operação em Curitiba.

A coincidência está sendo registrada por petistas e por movimentos sociais que também foram alvo da Operação Custo Brasil de hoje, que prendeu o ex-ministro Paulo Bernardo e o secretário municipal de Gestão de São Paulo, Valter Correia, invadiu a sede do PT em Brasília e São Paulo e fez busca e apreensão na casa do ex-ministro Carlos Gabas. O MST também foi alvo da operação em Goiás. A mudança de foco, do PMDB para o PT, favorece o governo na fase final do impeachment da presidente Dilma Rousseff.