segunda-feira, 30 de dezembro de 2019
A manipulação midiática da economia
Por Bepe Damasco, em seu blog:
O desemprego, a precarização e a informalidade atingem cerca de 40 milhões de trabalhadores.
É cada vez maior o numero de pessoas que trabalha por conta própria, sem previdência, férias, FGTS, 13º ou qualquer outro direito. Mas os grupos de mídia comemoram “a queda do desemprego.”
A estagnação econômica, a desocupação, o desalento e o pior nível de investimento público da história levam à redução drástica do consumo. Por isso, muitos preços param de subir. Consequentemente, a inflação cai. No entanto, a mídia festeja “a derrubada da inflação”, sem explicar a causa.
É cada vez maior o numero de pessoas que trabalha por conta própria, sem previdência, férias, FGTS, 13º ou qualquer outro direito. Mas os grupos de mídia comemoram “a queda do desemprego.”
A estagnação econômica, a desocupação, o desalento e o pior nível de investimento público da história levam à redução drástica do consumo. Por isso, muitos preços param de subir. Consequentemente, a inflação cai. No entanto, a mídia festeja “a derrubada da inflação”, sem explicar a causa.
Papai Noel e as fake vendas de Natal
Do blog Viomundo:
Está no campo das possibilidades: a Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop) propagou aumento de 9,5% nas vendas de Natal para agradar o governo Jair Bolsonaro.
“Mercado formal de trabalho continua melhorando”, informava o site da entidade no mês passado, apesar desta estatística ser bastante questionável: é a informalidade que tem disparado no Brasil.
A taxa de desemprego de fato registrou leve queda no trimestre móvel encerrado em outubro, de 0,2%, ficando em 11,8%, mas o número de trabalhadores sem carteira assinada atingiu 11,9 milhões, um recorde (mais 280 mil pessoas em relação ao período anterior).
O número de trabalhadores por conta própria chegou a 24,4 milhões (mais 913 mil), outro recorde em relação ao período anterior. Nos dois casos, são trabalhadores precarizados.
“Mercado formal de trabalho continua melhorando”, informava o site da entidade no mês passado, apesar desta estatística ser bastante questionável: é a informalidade que tem disparado no Brasil.
A taxa de desemprego de fato registrou leve queda no trimestre móvel encerrado em outubro, de 0,2%, ficando em 11,8%, mas o número de trabalhadores sem carteira assinada atingiu 11,9 milhões, um recorde (mais 280 mil pessoas em relação ao período anterior).
O número de trabalhadores por conta própria chegou a 24,4 milhões (mais 913 mil), outro recorde em relação ao período anterior. Nos dois casos, são trabalhadores precarizados.
domingo, 29 de dezembro de 2019
O ano das mentiras e torpezas
Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:
Lá se vai 2019, o ano de Bolsonaro, ano trevoso, de mentiras e torpezas. Quando ele for revisitado lá adiante, quando tudo isso tiver passado, pois não há mal que sempre dure, haveremos de nos perguntar: como pudemos tolerar tudo aquilo sem nos revoltar? Como pudemos nos silenciar diante do esbulho de direitos, das mentiras diárias, da semeadura de preconceitos, dos ataques à cultura e ao conhecimento, do empurrão constante do Brasil rumo à barbárie, do flerte com a morte pelo incentivo à violência, até mesmo no momento natalino, com o indulto a policiais assassinos e a celebração do aumento de armas em mãos de brasileiros?
sábado, 28 de dezembro de 2019
Gugu e o brasileiro fofo e do bem
Por Moisés Mendes, no Diário do Centro do Mundo:
Gugu Liberato, o bom moço adorador de Sergio Moro, que todas as tias gostariam de ter como sobrinho, tem três filhos com uma moça. Quando caiu do forro da casa e morreu, ela estava ao seu lado para tentar salvá-lo.
Mas a moça, a médica Rose Miriam Souza di Matteo, foi excluída do seu testamento. Teve três filhos, vivia com ele e estava seu lado na hora da morte. Mas, segundo a família, era apenas uma amiga.
Amigos de Gugu dizem o mesmo, que a moça era amiga. Apenas isso. O sobrinho das tias brasileiras teve três filhos com uma amiga, o que se sabe que existe e ninguém tem nada com isso.
Moro, entre o cargo e a Globo
Por Fernando Brito, em seu blog:
O editorial de hoje do jornal O Globo certamente teve três leitores atentos: Sergio Moro, Luciano Huck e João Doria.
O primeiro, vivendo o dilema de ser ainda o candidato da Globo à sucessão presidencial e de estar autoamarrado a um governo que reage ao império dos Marinho que, por todas e mais algumas razões, não pode combatê-lo por estar em absoluta sintonia com as políticas econômicas de Brasília.
O ex-juiz de Curitiba é tratado como até aqui invulnerável, embora atingido com força pela manutenção do “juiz de garantias” no projeto aprovado pelo Congresso:
O editorial de hoje do jornal O Globo certamente teve três leitores atentos: Sergio Moro, Luciano Huck e João Doria.
O primeiro, vivendo o dilema de ser ainda o candidato da Globo à sucessão presidencial e de estar autoamarrado a um governo que reage ao império dos Marinho que, por todas e mais algumas razões, não pode combatê-lo por estar em absoluta sintonia com as políticas econômicas de Brasília.
O ex-juiz de Curitiba é tratado como até aqui invulnerável, embora atingido com força pela manutenção do “juiz de garantias” no projeto aprovado pelo Congresso:
sexta-feira, 27 de dezembro de 2019
Argentina: o que esperar de Fernández-Cristina
Por Aram Aharonian, no site Outras Palavras:
O primeiro tema que o novo governo argentino, encabeçado pelo advogado Alberto Fernández, de 60 anos, precisará enfrentar é o da governabilidade – a situação interna, condicionada por uma dívida externa monumental e pelo crescimento constante da fome e da pobreza nos últimos quatro anos.
Por isso, talvez, sua insistência na necessidade de um pacto social que, espera-se, crie condições para a decolagem, ao invés de ser causado pelo medo do que virá. Diferentemente do seu antecessor, o neoliberal Mauricio Macri, Fernández terá um país com paz social, o Congresso ao seu lado e algum tempo, antes que se apresentem os vencimentos da dívida.
Por isso, talvez, sua insistência na necessidade de um pacto social que, espera-se, crie condições para a decolagem, ao invés de ser causado pelo medo do que virá. Diferentemente do seu antecessor, o neoliberal Mauricio Macri, Fernández terá um país com paz social, o Congresso ao seu lado e algum tempo, antes que se apresentem os vencimentos da dívida.
É preciso reabrir o debate da estratégia
Por Ricardo Gebrim, no jornal Brasil de Fato:
A bandeira política que sintetizou o principal esforço das forças de esquerda desde a década de 1980 até sua consumação foi "Lula Lá". Embora alguns a considerassem meramente tática, ganhou o contorno de estratégia, definindo o principal objetivo para o qual se canalizaram os esforços centrais e os acúmulos obtidos no trabalho de base.
A principal formulação teórica, que fundamentou a concepção, estava sistematizada no 5º Encontro Nacional do PT (1987), cuja resolução afirmava: "(…) Na luta pelo socialismo, é preciso distinguir dois momentos estratégicos que, apesar de sua estreita relação de continuidade, são de natureza diferente. O primeiro diz respeito à tomada do poder político. O segundo refere-se à construção da sociedade socialista sobre as condições materiais, políticas etc. deixadas pelo capitalismo."
A bandeira política que sintetizou o principal esforço das forças de esquerda desde a década de 1980 até sua consumação foi "Lula Lá". Embora alguns a considerassem meramente tática, ganhou o contorno de estratégia, definindo o principal objetivo para o qual se canalizaram os esforços centrais e os acúmulos obtidos no trabalho de base.
A principal formulação teórica, que fundamentou a concepção, estava sistematizada no 5º Encontro Nacional do PT (1987), cuja resolução afirmava: "(…) Na luta pelo socialismo, é preciso distinguir dois momentos estratégicos que, apesar de sua estreita relação de continuidade, são de natureza diferente. O primeiro diz respeito à tomada do poder político. O segundo refere-se à construção da sociedade socialista sobre as condições materiais, políticas etc. deixadas pelo capitalismo."
O juiz garantista é um avanço democrático
Editorial do site Vermelho:
O direito, como prática e ciência, evolui sempre, e acompanha as conquistas civilizatórias e legalistas de cada época. Uma das atuais tendências mais recentes, segundo o juiz e professor universitário Carlos Alberto Garcete, é a instituição do “juiz das garantias”, que acaba de chegar graças ao processo penal brasileiro através de uma emenda ao projeto de lei que instituiu o chamado “pacote anti-crime”, recém aprovado pelo Congresso Nacional e sancionado nesta terça-feira (24) por Jair Bolsonaro – que o manteve, apesar dos 25 vetos que fez à nova lei.
O direito, como prática e ciência, evolui sempre, e acompanha as conquistas civilizatórias e legalistas de cada época. Uma das atuais tendências mais recentes, segundo o juiz e professor universitário Carlos Alberto Garcete, é a instituição do “juiz das garantias”, que acaba de chegar graças ao processo penal brasileiro através de uma emenda ao projeto de lei que instituiu o chamado “pacote anti-crime”, recém aprovado pelo Congresso Nacional e sancionado nesta terça-feira (24) por Jair Bolsonaro – que o manteve, apesar dos 25 vetos que fez à nova lei.
Discursos de Bolsonaro atentam contra a vida
Da Rede Brasil Atual:
Para a desembargadora aposentada Kenarik Boujikian, co-fundadora da Associação de Juízes para a Democracia (AJD) e da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD), o primeiro ano do governo Bolsonaro foi marcado por “gravíssimas” violações aos direitos humanos de norte a sul do Brasil. De incêndios criminosos na Amazônia aos indígenas Guajajaras assassinados no Maranhão, dos cortes na educação às mortes dos jovens em Paraisópolis, todos foram eventos que fazem parte de um projeto deliberado de governo, segundo sua análise.
Para a desembargadora aposentada Kenarik Boujikian, co-fundadora da Associação de Juízes para a Democracia (AJD) e da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD), o primeiro ano do governo Bolsonaro foi marcado por “gravíssimas” violações aos direitos humanos de norte a sul do Brasil. De incêndios criminosos na Amazônia aos indígenas Guajajaras assassinados no Maranhão, dos cortes na educação às mortes dos jovens em Paraisópolis, todos foram eventos que fazem parte de um projeto deliberado de governo, segundo sua análise.
Porta dos Fundos: Cadê a PF do Moro?
Por Ricardo Kotscho, em seu blog:
“Se os terroristas que atacaram o Porta dos Fundos não forem imediatamente punidos, isso vai empurrar o país para conflito de proporções gigantescas”, alertou o escritor Paulo Coelho no Twitter.
Já se passaram 72 horas desde o atentado terrorista, às vésperas do Natal, quando duas bombas molotov foram atiradas contra a sede da produtora do grupo de humor Porta dos Fundos, no bairro do Humaitá, na zona sul do Rio.
Até o momento em que escrevo, Sergio Moro, o ministro da Justiça, sempre tão ágil e prestativo quando se trata de defender os interesses do governo, não deu um pio, não anunciou nenhuma providência e, até onde se sabe, não acionou a Polícia Federal, que só continua preocupada com Lula.
Uberização: desafios laborais e sociais
Por Maria da Paz Campos Lima, no site Carta Maior:
No dicionário de Cambridge(1), o verbo uberizar (to uberize), tal como o substantivo que lhe corresponde uberização (uberization), significa modificar a oferta de um dado serviço, introduzindo uma forma diferente de o comprar ou de o usar, por via da tecnologia móvel/ plataformas digitais. A raiz do termo tem origem na UberTechnology Inc., hoje uma empresa multinacional americana, que introduziu em 2009, em plena crise internacional, um novo tipo de negócio em vários sectores e serviços, entrando na União Europeia via Reino Unido em 2012. Este novo tipo de negócio tende, por um lado, a não possuir os meios que produzem as suas receitas (como os automóveis no caso da Uber, ou as bicicletas da Uber Eats ou da Deliveroo ou os apartamentos e casas no caso da Airbnb), a substituir trabalhadores por programas de software, como no caso da substituição dos centros de atendimento tradicionais dos táxis por uma aplicação/app, e a recrutar pessoas sem formação específica no serviço que prestam, o que é facilitado pela tecnologia (GPS por exemplo).
No dicionário de Cambridge(1), o verbo uberizar (to uberize), tal como o substantivo que lhe corresponde uberização (uberization), significa modificar a oferta de um dado serviço, introduzindo uma forma diferente de o comprar ou de o usar, por via da tecnologia móvel/ plataformas digitais. A raiz do termo tem origem na UberTechnology Inc., hoje uma empresa multinacional americana, que introduziu em 2009, em plena crise internacional, um novo tipo de negócio em vários sectores e serviços, entrando na União Europeia via Reino Unido em 2012. Este novo tipo de negócio tende, por um lado, a não possuir os meios que produzem as suas receitas (como os automóveis no caso da Uber, ou as bicicletas da Uber Eats ou da Deliveroo ou os apartamentos e casas no caso da Airbnb), a substituir trabalhadores por programas de software, como no caso da substituição dos centros de atendimento tradicionais dos táxis por uma aplicação/app, e a recrutar pessoas sem formação específica no serviço que prestam, o que é facilitado pela tecnologia (GPS por exemplo).
Bonapartismo, fascismo e o bolsonarismo
Por Bernardo Ricupero, no site A terra é redonda:
Ao tentarmos decifrar a natureza do que é chamado de bolsonarismo – fenômeno que vai além da liderança de Jair Bolsonaro – talvez seja prudente servir-nos de referências já clássicas. Acredito que as interpretações que mais podem nos ajudar a enfrentar o desafio são as explicações a respeito do bonapartismo e do fascismo. Não por acaso, já têm aparecido, com maior e menor propriedade, análises que têm confrontado o caso mais recente com estes exemplos históricos.
Ao tentarmos decifrar a natureza do que é chamado de bolsonarismo – fenômeno que vai além da liderança de Jair Bolsonaro – talvez seja prudente servir-nos de referências já clássicas. Acredito que as interpretações que mais podem nos ajudar a enfrentar o desafio são as explicações a respeito do bonapartismo e do fascismo. Não por acaso, já têm aparecido, com maior e menor propriedade, análises que têm confrontado o caso mais recente com estes exemplos históricos.
Balanço de 2019: o império da impostura
Por Leonardo Boff, em seu blog:
Afora os grandes empresários que aplaudem calorosamente o ministro Paulo Guedes porque ganham com a crise, o balanço de 2019 na perspectiva das vítimas dos ajustes fiscais, dos que perderam direitos na reforma da previdência e dos resistentes é repudiável.
Instalou-se aqui o império da impostura. Um presidente que deveria dar exemplo ao povo de virtudes que todo governante deve ter, realizou atos acintosos que na linguagem religiosa, bem entendida por ele, são verdadeiros pecados mortais. Pela moral cristã mais tradicional é pecado mortal caluniar certas ONGs, bem o ator Leonardo di Caprio culpando-os de incentivar os incêndios da Amazônia ou difamando o reconhecido educador Paulo Freire e o cientista Ricardo Galvão ou mentir contumazmente mediante fake news e alimentar ódio e rancor contra homoafetivos, LGBTI, indígenas, quilombolas, mulheres e nordestinos. A lentidão no julgamento do massacre de Brumadinho-MG e de Mariana-MG está mostrando a insensibilidade das autoridades. Algo parecido ocorreu com o derrame ignoto(?) de petróleo em 300 praias de 100 municípios do Nordeste.
Afora os grandes empresários que aplaudem calorosamente o ministro Paulo Guedes porque ganham com a crise, o balanço de 2019 na perspectiva das vítimas dos ajustes fiscais, dos que perderam direitos na reforma da previdência e dos resistentes é repudiável.
Instalou-se aqui o império da impostura. Um presidente que deveria dar exemplo ao povo de virtudes que todo governante deve ter, realizou atos acintosos que na linguagem religiosa, bem entendida por ele, são verdadeiros pecados mortais. Pela moral cristã mais tradicional é pecado mortal caluniar certas ONGs, bem o ator Leonardo di Caprio culpando-os de incentivar os incêndios da Amazônia ou difamando o reconhecido educador Paulo Freire e o cientista Ricardo Galvão ou mentir contumazmente mediante fake news e alimentar ódio e rancor contra homoafetivos, LGBTI, indígenas, quilombolas, mulheres e nordestinos. A lentidão no julgamento do massacre de Brumadinho-MG e de Mariana-MG está mostrando a insensibilidade das autoridades. Algo parecido ocorreu com o derrame ignoto(?) de petróleo em 300 praias de 100 municípios do Nordeste.
A hegemonia pentecostal no Brasil
Por Magali do Nascimento Cunha, na Revista Cult:
Bispo Edir Macedo, missionário R. R. Soares, apóstolo Estevam Hernandes, pastor Silas Malafaia, bispo Valdemiro Santiago, pastora Damares Alves, apóstolo Rina, pastor Marco Feliciano, apóstola Valnice Milhomens, pastora Cassiane. O que essas lideranças religiosas, destacadas por mídias brasileiras, têm em comum? São pentecostais, o segmento religioso cristão que mais se expandiu, numérica e geograficamente, no Brasil nas últimas décadas. Hoje, compreender o pentecostalismo é imprescindível para quem se interessa pelas dinâmicas socioculturais e políticas que envolvem o país.
União de forças para derrotar o bolsonarismo
Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:
Apesar dos inúmeros crimes de responsabilidade cometidos pelo presidente neste primeiro ano de governo, não há no horizonte qualquer articulação da oposição pelo impeachment. A despeito dos escândalos de corrupção envolvendo a cúpula bolsonarista, Jair Bolsonaro segue com seu projeto de destruição da democracia e o aparelhamento ideológico do estado brasileiro com certa tranquilidade.
Ao final do primeiro ano de mandato, o presidente conta com 30% da aprovação dos brasileiros. A popularidade parou de cair, e a rejeição estancou em relação às pesquisas anteriores. Se a eleição presidencial fosse hoje, Bolsonaro estaria garantido no segundo turno e com condições de ser reeleito.
Ao final do primeiro ano de mandato, o presidente conta com 30% da aprovação dos brasileiros. A popularidade parou de cair, e a rejeição estancou em relação às pesquisas anteriores. Se a eleição presidencial fosse hoje, Bolsonaro estaria garantido no segundo turno e com condições de ser reeleito.
Família Marinho ameaça Bolsonaro
Do blog Viomundo:
A família mais rica do Brasil aumentou em alguns graus a fervura do presidente da República, ao denunciar em editorial nesta sexta-feira, 27, que ele governa em causa própria, sugerindo que Jair Bolsonaro cometeu estelionato eleitoral em 2018.
Fique registrado que, com este mesmo mote, a Globo e seus parceiros midiáticos promoveram a campanha de impeachment da presidenta Dilma Rousseff em 2016.
O estelionato de Dilma teria sido no campo econômico e foi verbalizado pelo senador tucano Aécio Neves logo depois do anúncio do resultado das eleições de 2014.
O episódio mais recente a estimular o ataque do Jardim Botânico a Bolsonaro é o fato de o presidente não ter vetado a instituição do juiz de garantias.
A família mais rica do Brasil aumentou em alguns graus a fervura do presidente da República, ao denunciar em editorial nesta sexta-feira, 27, que ele governa em causa própria, sugerindo que Jair Bolsonaro cometeu estelionato eleitoral em 2018.
Fique registrado que, com este mesmo mote, a Globo e seus parceiros midiáticos promoveram a campanha de impeachment da presidenta Dilma Rousseff em 2016.
O estelionato de Dilma teria sido no campo econômico e foi verbalizado pelo senador tucano Aécio Neves logo depois do anúncio do resultado das eleições de 2014.
O episódio mais recente a estimular o ataque do Jardim Botânico a Bolsonaro é o fato de o presidente não ter vetado a instituição do juiz de garantias.
quinta-feira, 26 de dezembro de 2019
Bolsonaro sabota autonomia das universidades
Por Altamiro Borges
Em mais uma maldade de Natal, o “capetão” Jair Bolsonaro editou nesta terça-feira (24) medida provisória que altera o processo de escolha dos reitores das instituições federais de ensino. O texto reduz a autonomia das universidades ao eliminar possibilidade da consulta paritária à comunidade acadêmica. A MP tem força de lei, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional em até 120 dias – do contrário, perde a validade.
Em mais uma maldade de Natal, o “capetão” Jair Bolsonaro editou nesta terça-feira (24) medida provisória que altera o processo de escolha dos reitores das instituições federais de ensino. O texto reduz a autonomia das universidades ao eliminar possibilidade da consulta paritária à comunidade acadêmica. A MP tem força de lei, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional em até 120 dias – do contrário, perde a validade.
Gabrielli e o vingativo “capetão” Bolsonaro
José Sérgio Gabrielli |
Nesta terça-feira (24), em pleno feriado de Natal, o Diário Oficial da União publicou a suspensão da aposentadoria de José Sérgio Gabrielli, que foi presidente da Petrobras nos governos Lula e Dilma – de 2005 a 2012. O ato arbitrário mostra bem o caráter – ou a falta de caráter – do atual presidente. Como já ironizou Fábio Porchat, integrante do perseguido humorístico Porta dos Fundos, “Bolsonaro não governa, ele se vinga”.
Atentado ao Porta dos Fundos ficará impune?
Por Altamiro Borges
O site G1, do Grupo Globo, informa nesta quinta-feira (26) que a Polícia Civil do Rio de Janeiro já identificou os veículos usados no atentado ao canal humorístico Porta dos Fundos na madrugada de terça-feira: “De um carro e de uma moto, saltaram quatro homens, que atiraram dois coquetéis molotov contra a fachada da produtora. As placas dos veículos foram anotadas, e os proprietários serão chamados para depor”.
O site G1, do Grupo Globo, informa nesta quinta-feira (26) que a Polícia Civil do Rio de Janeiro já identificou os veículos usados no atentado ao canal humorístico Porta dos Fundos na madrugada de terça-feira: “De um carro e de uma moto, saltaram quatro homens, que atiraram dois coquetéis molotov contra a fachada da produtora. As placas dos veículos foram anotadas, e os proprietários serão chamados para depor”.
O ataque terrorista ao Porta dos Fundos
Por Jeferson Miola, em seu blog:
A Lei 13.260/2016 classifica o ataque a bombas ao prédio da produtora do Porta dos Fundos como um ato terrorista: teve motivação religiosa e o objetivo de provocar terror generalizado; empregou artefatos explosivos e, assim, atentou contra a vida das pessoas:
“Art. 2º O terrorismo consiste na prática por um ou mais indivíduos dos atos previstos neste artigo, por razões de xenofobia, discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia e religião, quando cometidos com a finalidade de provocar terror social ou generalizado, expondo a perigo pessoa, patrimônio, a paz pública ou a incolumidade pública.
A Lei 13.260/2016 classifica o ataque a bombas ao prédio da produtora do Porta dos Fundos como um ato terrorista: teve motivação religiosa e o objetivo de provocar terror generalizado; empregou artefatos explosivos e, assim, atentou contra a vida das pessoas:
“Art. 2º O terrorismo consiste na prática por um ou mais indivíduos dos atos previstos neste artigo, por razões de xenofobia, discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia e religião, quando cometidos com a finalidade de provocar terror social ou generalizado, expondo a perigo pessoa, patrimônio, a paz pública ou a incolumidade pública.
Afinal, o que é integralismo?
Por Clara Averbuck, na revista Fórum:
Diante do ataque à produtora do Porta dos Fundos na véspera do Natal e do vídeo de supostos neo-integralistas reivindicando a autoria do atentado, é necessário esclarecer de onde vem e o que é, afinal, o integralismo e o neo-integralismo. Leandro Pereira Gonçalves, professor do departamento de História da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e autor do livro “Plínio Salgado: um católico integralista entre Portugal e o Brasil (1895-1975)”, esclareceu em entrevista à Fórum alguns pontos básicos acerca do tema.
Confira a íntegra.
Confira a íntegra.
"Bolsonarismo é chuva de verão"
Por Thais Reis Oliveira, na revista CartaCapital:
Sobre as próprias ambições eleitorais, o governador do Maranhão, Flávio Dino, desconversa. Ainda é cedo para pensar em 2022, repete. “Não tenho falado disso nem publicamente nem em privado.” Queira ele ou não, seu nome desponta no bolsão de apostas para a próxima disputa presidencial. Dino é visto em muitos círculos como um bem-vindo respiro aos antagonismos e conflitos intestinos no campo progressista. Seria capaz de superar um claro problema da oposição, apontado por ele mesmo, a dificuldade em conquistar corações e mentes? Só se ampliar as alianças e criar novos consensos, defende na entrevista a seguir.
A intolerável perseguição a Sérgio Gabrielli
Por Haroldo Lima
A cassação da aposentadoria do professor José Sérgio Gabrielli, da Faculdade de Ciências Econômicas da UFBA, e que foi presidente da Petrobras, de 2005 a 2012, é uma flagrante brutalidade e perseguição política, ajustada aos tempos bicudos que estamos vivendo.
O estranho ato foi assinado por um ministro substituto da Controladoria Geral da República, CGU, Valmir Gomes da Silva, precisamente no dia do Natal, talvez para ser mais afrontoso com o espírito natalino de justiça. A grosseira decisão foi tomada em função de supostas “infrações disciplinares à frente do cargo” de presidente da Petrobras, que Gabrielli teria feito. A resposta veio imediata: “Minha aposentadoria é resultado de 36 anos e dois meses de vínculo com a UFBa e portanto não tem nada a ver com a Petrobras”, disse Gabrielli.
A cassação da aposentadoria do professor José Sérgio Gabrielli, da Faculdade de Ciências Econômicas da UFBA, e que foi presidente da Petrobras, de 2005 a 2012, é uma flagrante brutalidade e perseguição política, ajustada aos tempos bicudos que estamos vivendo.
O estranho ato foi assinado por um ministro substituto da Controladoria Geral da República, CGU, Valmir Gomes da Silva, precisamente no dia do Natal, talvez para ser mais afrontoso com o espírito natalino de justiça. A grosseira decisão foi tomada em função de supostas “infrações disciplinares à frente do cargo” de presidente da Petrobras, que Gabrielli teria feito. A resposta veio imediata: “Minha aposentadoria é resultado de 36 anos e dois meses de vínculo com a UFBa e portanto não tem nada a ver com a Petrobras”, disse Gabrielli.
América Latina terá mais uma década perdida?
Por Marcos Aurélio Ruy, no site da CTB:
O “Balanço Preliminar das Economias da América Latina e do Caribe 2019”, divulgado nesta quarta-feira (18), pela Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal), órgão da Organização das Nações Unidas (ONU), apresenta o pior cenário na economia da região dos últimos 40 anos de 2014 a 2020. Já são seis anos, entrando para o sétimo, de baixo crescimento econômico e as previsões para 2020 não são otimistas.
O “Balanço Preliminar das Economias da América Latina e do Caribe 2019”, divulgado nesta quarta-feira (18), pela Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal), órgão da Organização das Nações Unidas (ONU), apresenta o pior cenário na economia da região dos últimos 40 anos de 2014 a 2020. Já são seis anos, entrando para o sétimo, de baixo crescimento econômico e as previsões para 2020 não são otimistas.
Flávio Bolsonaro e o juiz de garantias
Sabemos que as contradições mais surpreendentes podem funcionar como grandes motores da evolução humana.
O último exemplo ocorreu no Planalto, quando Jair Bolsonaro preservou a figura do juiz de garantias, incluída pela Câmara de Deputados no projeto anti-crime de Sérgio Moro.
Bolsonaro deu de ombros para as queixas em voz alta de Sérgio Moro e outros auxiliares, o que só confirma a gravidade das descobertas produzidas pelas investigações sobre o filho Flávio, o amigão Queiroz e a turma das milícias.
Por uma dessas contradições próprias da vida pública, em determinadas circunstâncias mesmo os ditadores mais empedernidos são obrigados a fazer concessões impensáveis em situações de normalidade.
Cadê o Moro no caso "Porta dos Fundos"?
Por Fernando Brito, em seu blog:
Explodir coquetéis molotov contra um prédio, se não me engano, é algo contido em "usar ou ameaçar usar, transportar, guardar, portar ou trazer consigo explosivos, gases tóxicos, venenos, conteúdos biológicos, químicos, nucleares ou outros meios capazes de causar danos ou promover destruição em massa”.
E isso é enquadrado como ato terrorista pela Lei 13.260.
E, portanto, segundo a mesma lei, cabe “à Polícia Federal a investigação criminal, em sede de inquérito policial, e à Justiça Federal o seu processamento e julgamento, nos termos do inciso IV do art. 109 da Constituição Federal .”
Explodir coquetéis molotov contra um prédio, se não me engano, é algo contido em "usar ou ameaçar usar, transportar, guardar, portar ou trazer consigo explosivos, gases tóxicos, venenos, conteúdos biológicos, químicos, nucleares ou outros meios capazes de causar danos ou promover destruição em massa”.
E isso é enquadrado como ato terrorista pela Lei 13.260.
E, portanto, segundo a mesma lei, cabe “à Polícia Federal a investigação criminal, em sede de inquérito policial, e à Justiça Federal o seu processamento e julgamento, nos termos do inciso IV do art. 109 da Constituição Federal .”
Weintraub, o nazismo e os resistentes
Por Tarso Genro, no site Sul-21:
O meu tio-avô Carl Herz era Prefeito de Kreusberg - então distrito berlinense - quando os nazis chegaram ao poder. Judeu, jurista e socialdemocrata, militou junto com Ebert, Rosa Luxemburgo e Liebnekecht. Hoje Carl Herz é “nome de rua em Berlim”. Faço uma homenagem a ele, nestes dias derradeiros de fim de ano, respondendo ao ministro Weintraub, que num vídeo do Youtube me “acusou” de ser descendente deste judeu socialista, pensando que Carl fosse meu avô. Carl, irmão de Hermann meu avô, intelectual socialdemocrata e militante de esquerda sofreu a perda do seu filho e meu primo, Gunter, assassinado no Campo de Auschwitz. Na mesma fala, Weintraub disse que tenho descendentes socialistas - minha filha Luciana e meu neto Fernando - o que para mim é a mais pura e orgulhosa das verdades.
O meu tio-avô Carl Herz era Prefeito de Kreusberg - então distrito berlinense - quando os nazis chegaram ao poder. Judeu, jurista e socialdemocrata, militou junto com Ebert, Rosa Luxemburgo e Liebnekecht. Hoje Carl Herz é “nome de rua em Berlim”. Faço uma homenagem a ele, nestes dias derradeiros de fim de ano, respondendo ao ministro Weintraub, que num vídeo do Youtube me “acusou” de ser descendente deste judeu socialista, pensando que Carl fosse meu avô. Carl, irmão de Hermann meu avô, intelectual socialdemocrata e militante de esquerda sofreu a perda do seu filho e meu primo, Gunter, assassinado no Campo de Auschwitz. Na mesma fala, Weintraub disse que tenho descendentes socialistas - minha filha Luciana e meu neto Fernando - o que para mim é a mais pura e orgulhosa das verdades.
quarta-feira, 25 de dezembro de 2019
A hora de abraçar o monstro
Por Ayrton Centeno, no jornal Brasil de Fato:
Chegou a hora. É o momento daquele reencontro. Natal, Ano Novo, festas. A família reunida e vem aquela figura, braços abertos para o abraço. Aquele tio, aquele irmão, aquele cunhado.
Aquele tio mesmo que, quando Moa do Katendê foi assassinado com 12 facadas, postou que faltara mais uma para fechar o 13. Aí então seria perfeito. Aquele irmão que, quando Marielle foi assassinada com três tiros na cabeça e um no pescoço, curtiu todas as postagens onde ela foi chamada de “vagabunda”. Aquele cunhado que postou selfie com Bozo ambos sorrindo e fazendo arminha.
Aquele tio mesmo que, quando Moa do Katendê foi assassinado com 12 facadas, postou que faltara mais uma para fechar o 13. Aí então seria perfeito. Aquele irmão que, quando Marielle foi assassinada com três tiros na cabeça e um no pescoço, curtiu todas as postagens onde ela foi chamada de “vagabunda”. Aquele cunhado que postou selfie com Bozo ambos sorrindo e fazendo arminha.
Clima de ódio e o ataque ao Porta dos Fundos
Da Rede Brasil Atual:
Um Jesus Cristo gay no especial de Natal do Porta dos Fundos é o provável motivo do atentado contra a produtora O2 na madrugada desta terça-feira (24). “Assustador. Eles não estão sós. É um ódio que tem sido pregado na mídia conservadora e no Congresso”, disse o humorista, ator e roteirista Gregório Duvivier ao El País.
Ele é um dos atores de A primeira tentação de Jesus, produzido para a Netflix. O filme de humor enlouqueceu conservadores e cristãos fundamentalistas, incluindo o clã presidencial e pastores. Um abaixo-assinado pede o veto à produção dizendo que é considerada “ofensiva à fé cristã” já passou de 2 milhões de assinaturas.
Ele é um dos atores de A primeira tentação de Jesus, produzido para a Netflix. O filme de humor enlouqueceu conservadores e cristãos fundamentalistas, incluindo o clã presidencial e pastores. Um abaixo-assinado pede o veto à produção dizendo que é considerada “ofensiva à fé cristã” já passou de 2 milhões de assinaturas.
Bolsonaro quer criar boi em terra indígena
Por Ricardo Kotscho, em seu blog:
“Temos que criar boi em terra indígena para reduzir preço da carne, diz Bolsonaro”: título da matéria de Gustavo Uribe, publicada no online da Folha, na manhã desta quinta-feira.
Trata-se do maior crime ambiental contra a humanidade anunciado há pouco pelo presidente da República no cercadinho do Alvorada, como se estivesse falando numa reunião de condomínio nas “Vivendas da Barra Pesada”.
Sem mostrar a menor preocupação com as gravíssimas consequências para o meio ambiente desta nova ofensiva contra a Amazônia, Bolsonaro só queria mudar de assunto.
Pauta de costumes?
Por Julian Rodrigues, no site A terra é redonda:
“Por um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres”. (Rosa Luxemburgo)
Ao informar, em fevereiro, que o STF iria decidir sobre a “criminalização da homofobia”, o Estadão noticiou que se tratava de um assunto com potencial de operar colisão do Judiciário com o Congresso Nacional – pois seria o primeiro tema de uma lista da “pauta de costumes”.
O ex-presidente do Banco Central no governo FHC, Armínio Fraga, elogiou, em outubro, no Valor, a pauta econômica do governo Bolsonaro, mas criticou duramente sua “agenda de costumes”.
Em setembro, Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, em entrevista à Folha, demarcou: “a pauta de costumes do governo Bolsonaro não vai sair do papel”.
“Por um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres”. (Rosa Luxemburgo)
Ao informar, em fevereiro, que o STF iria decidir sobre a “criminalização da homofobia”, o Estadão noticiou que se tratava de um assunto com potencial de operar colisão do Judiciário com o Congresso Nacional – pois seria o primeiro tema de uma lista da “pauta de costumes”.
O ex-presidente do Banco Central no governo FHC, Armínio Fraga, elogiou, em outubro, no Valor, a pauta econômica do governo Bolsonaro, mas criticou duramente sua “agenda de costumes”.
Em setembro, Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, em entrevista à Folha, demarcou: “a pauta de costumes do governo Bolsonaro não vai sair do papel”.
Papai Noel para os bancos
Por Paulo Kliass, no site Carta Maior:
Paulo Guedes bem que tentou passar a medida sem muito barulho nem holofotes. Afinal, às vésperas do Natal ele acertou com Bolsonaro o envio de uma verdadeira bomba de impopularidade para ser apreciada e votada pelo Congresso Nacional. Tanto que o sistema eletrônico aponta o protocolo da matéria na Câmara dos Deputados como sendo às 17:10 do dia 23 de dezembro de 2019. Seria cômico que se não fosse trágico.
Paulo Guedes bem que tentou passar a medida sem muito barulho nem holofotes. Afinal, às vésperas do Natal ele acertou com Bolsonaro o envio de uma verdadeira bomba de impopularidade para ser apreciada e votada pelo Congresso Nacional. Tanto que o sistema eletrônico aponta o protocolo da matéria na Câmara dos Deputados como sendo às 17:10 do dia 23 de dezembro de 2019. Seria cômico que se não fosse trágico.
segunda-feira, 23 de dezembro de 2019
O mal estar da mitomania no Brasil
Por Flavio Aguiar, no site Carta Maior:
Aprendi que o mitômano é alguém que mente compulsivamente. É um obsessivo. Não pode parar de mentir. Mas não é um alucinado. O que ele conta tem ares de verdade. Só que não é. A sua mentira é ele mesmo.
Como não sou especializado em psicos - psicologia, psicanálise, psiquiatria - não me sinto capacitado a fazer uma análise das figuras do nosso governo, como Bolsonaro e família, Damares, Weintraub, Moro, Guedes et alii. Entretanto, tenho larga e profunda experiência acadêmica em analisar personagens de ficção. Assim, me sinto autorizado a analisar as personas que aquelas figuras criaram e recriam todos os dias para sobreviver politicamente. E são todas elas mitômanas, ou seja, mentirosas compulsiva e obsessivamente.
Aprendi que o mitômano é alguém que mente compulsivamente. É um obsessivo. Não pode parar de mentir. Mas não é um alucinado. O que ele conta tem ares de verdade. Só que não é. A sua mentira é ele mesmo.
Como não sou especializado em psicos - psicologia, psicanálise, psiquiatria - não me sinto capacitado a fazer uma análise das figuras do nosso governo, como Bolsonaro e família, Damares, Weintraub, Moro, Guedes et alii. Entretanto, tenho larga e profunda experiência acadêmica em analisar personagens de ficção. Assim, me sinto autorizado a analisar as personas que aquelas figuras criaram e recriam todos os dias para sobreviver politicamente. E são todas elas mitômanas, ou seja, mentirosas compulsiva e obsessivamente.
Como derrotar a 'direita Trump-Bolsonaro'
Por Nick Dearden, no site Outras Palavras:
“Viajei 24 horas, de Manila ao Rio, para estar aqui e ainda assim, politicamente, sinto que não deixei minha casa”. Walden Bello, principal guia do “movimento anti-globalização” e ex-deputado das Filipinas, refletiu sobre o ascenso dos “homens fortes” autoritários de direita, das Filipinas até o Brasil. Juntei-me à ele no Brasil para avaliar o que mudou nos últimos 20 anos desde que os protestos massivos em Seattle levaram a Organização Mundial do Comércio a paralisar e anunciaram o nascimento de um novo movimento internacional ao mundo. “Mas 20 anos atrás, Seattle era uma questão exclusivamente da esquerda” continuou Bello. “Nós precisamos entender como a extrema-direita conseguiu comer o nosso almoço”.
Quem tentou sequestrar Lauro Jardim?
Por Jeferson Miola, em seu blog:
Em momentos de aperto e dificuldades, Bolsonaro apela para a técnica diversionista do vigarista: despista para desviar a atenção do principal.
Nesses dias em que foram revelados detalhes dos negócios criminosos conduzidos pelo seu dublê de filho e preposto Flávio em associação com Fabrício Queiroz e com o chefe miliciano Adriano da Nóbrega, do Escritório do Crime, Bolsonaro ressuscitou o episódio da facada para desviar a atenção pública.
Bolsonaro insinuou que foi vítima de uma trama planejada por um ex-ministro do seu governo para matá-lo. E deixou subentendido que o conspirador, presumivelmente interessado em ocupar a vaga de vice na chapa presidencial, seria Gustavo Bebbiano.
Em momentos de aperto e dificuldades, Bolsonaro apela para a técnica diversionista do vigarista: despista para desviar a atenção do principal.
Nesses dias em que foram revelados detalhes dos negócios criminosos conduzidos pelo seu dublê de filho e preposto Flávio em associação com Fabrício Queiroz e com o chefe miliciano Adriano da Nóbrega, do Escritório do Crime, Bolsonaro ressuscitou o episódio da facada para desviar a atenção pública.
Bolsonaro insinuou que foi vítima de uma trama planejada por um ex-ministro do seu governo para matá-lo. E deixou subentendido que o conspirador, presumivelmente interessado em ocupar a vaga de vice na chapa presidencial, seria Gustavo Bebbiano.
domingo, 22 de dezembro de 2019
Direito é vítima do avanço da ignorância
Desde o fim da Segunda Guerra Mundial, a concepção de democracia nos planos político e jurídico tem sido reformulada.
Ela deixa de ser entendida sob o ponto de vista meramente formal, de regras de procedimentos de disputa entre interesses conflitantes, e passa a ser concebida como instrumento para a preservação e garantia de direitos.
Isso foi possível principalmente por conta do que Luigi Ferrajoli chama de “semente antifascista” plantada nas Constituições rígidas elaboradas a partir de então e que surgem para limitar as decisões políticas e judiciais, no plano jurídico interno das nações, impedindo que elas contrariem os direitos de liberdade, e levando os Estados a realizar os direitos sociais.
A corrupção no ninho bolsonarista
Editorial do site Vermelho:
O escândalo envolvendo o clã Bolsonaro, com a exposição de supostos malfeitos do senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente da República, tem potencial explosivo. As suspeitas de corrupção chegam ao Palácio do Planalto e, se desdobradas, tendem a atingir proporções imponderáveis. É importante partir da ideia vendida de que o bolsonarismo é imune à corrupção para se chegar à conclusão de que esse caso pode evoluir para uma grave crise política.
O escândalo envolvendo o clã Bolsonaro, com a exposição de supostos malfeitos do senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente da República, tem potencial explosivo. As suspeitas de corrupção chegam ao Palácio do Planalto e, se desdobradas, tendem a atingir proporções imponderáveis. É importante partir da ideia vendida de que o bolsonarismo é imune à corrupção para se chegar à conclusão de que esse caso pode evoluir para uma grave crise política.
Jornalistas deviam evitar circo do Alvorada
Por Ricardo Kotscho, em seu blog:
O circo montado há meses por Bolsonaro na entrada do Palácio da Alvorada foi dividido assim:
de um lado, o gradil do chiquerinho dos jornalistas, com uma plataforma de microfones, mantendo os repórteres à distância para a “entrevista coletiva”; de outro, bem ao lado, outro chiqueirinho para o “grupo de apoiadores” de camisas amarelas, que ficam batendo palmas e atiçando o capitão a bater pesado nos jornalistas.
Até hoje não entendi como as empresas e os profissionais podem se submeter a isso.
Até hoje não entendi como as empresas e os profissionais podem se submeter a isso.
Bolsonaro e o medo da verdade
Por Paulo Moreira Leite, no site Brasil-247:
Reflexo de um país traumatizado por 21 anos de ditadura, a Constituição reserva um espaço generoso para defender a liberdade de expressão e denunciar a censura.
No artigo 5o., se diz que "é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independente de censura ou licença." No parágrafo XIV do mesmo artigo se assegura "a todos o acesso a informação" e a proteção do "sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional".
Já no artigo 220, a Constituição reforça: "nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço a plena liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social".
Reflexo de um país traumatizado por 21 anos de ditadura, a Constituição reserva um espaço generoso para defender a liberdade de expressão e denunciar a censura.
No artigo 5o., se diz que "é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independente de censura ou licença." No parágrafo XIV do mesmo artigo se assegura "a todos o acesso a informação" e a proteção do "sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional".
Já no artigo 220, a Constituição reforça: "nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço a plena liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social".
Há um cheiro de Collor no ar
É difícil não ver semelhanças, para quem viveu os dois tempos, entre a situação que enfrenta o senhor Jair Bolsonaro e aquela que levou à demolição o governo de Fernando Collor de Mello.
Às vezes, tantas semelhanças que a gente teme que, por não se repetir, a história possa ser outra, que não a réplica daqueles tempos.
Também Collor não consumou a formação de uma base de direita que, depois de sua vitória eleitoral, parecia fácil e inevitável.
Também Collor deixou que as intrigas de governo entrassem e se espalhassem em seu ambiente familiar.
A resiliência da direita na América Latina
Por Kjeld Jakobsen, na revista Teoria e Debate:
O segundo semestre foi pródigo na América Latina e Caribe quanto aos resultados eleitorais que demonstraram a vitalidade da esquerda e em mobilizações populares em diversos países contra as políticas neoliberais que em alguns países molestam suas populações por décadas, além de um quadro de aumento da pobreza em quase todo o continente desde 2015, segundo a Comissão Econômica para a América Latina (Cepal). No entanto, também ficou claro que o imperialismo e a direita não estão dispostos a ceder poder e modificar suas políticas econômicas com facilidade. Aliás, há sinais visíveis de que estão dispostos a levar seu projeto adiante, inclusive, por meios autoritários.
O segundo semestre foi pródigo na América Latina e Caribe quanto aos resultados eleitorais que demonstraram a vitalidade da esquerda e em mobilizações populares em diversos países contra as políticas neoliberais que em alguns países molestam suas populações por décadas, além de um quadro de aumento da pobreza em quase todo o continente desde 2015, segundo a Comissão Econômica para a América Latina (Cepal). No entanto, também ficou claro que o imperialismo e a direita não estão dispostos a ceder poder e modificar suas políticas econômicas com facilidade. Aliás, há sinais visíveis de que estão dispostos a levar seu projeto adiante, inclusive, por meios autoritários.
Votos de resistência e esperança para 2020
Por Jessy Dayane, no jornal Brasil de Fato:
Quando me recordo de dezembro de 2018, penso que chegamos ao final de 2019 melhor do que imaginávamos, já que, mesmo acumulando derrotas, tivemos algumas importantes vitórias. No final do ano passado, o natal era uma zona de tensão nas famílias que se dividiram nas eleições. Na militância de esquerda, havia uma preparação para atuar num cenário de mais prisões arbitrárias, da manutenção da prisão política Lula. Seria preciso enfrentar um ano sem mobilização e com muito mais criminalização e isolamento da esquerda em relação à classe trabalhadora, diante de um governo composto por uma fração neofascista.
Quando me recordo de dezembro de 2018, penso que chegamos ao final de 2019 melhor do que imaginávamos, já que, mesmo acumulando derrotas, tivemos algumas importantes vitórias. No final do ano passado, o natal era uma zona de tensão nas famílias que se dividiram nas eleições. Na militância de esquerda, havia uma preparação para atuar num cenário de mais prisões arbitrárias, da manutenção da prisão política Lula. Seria preciso enfrentar um ano sem mobilização e com muito mais criminalização e isolamento da esquerda em relação à classe trabalhadora, diante de um governo composto por uma fração neofascista.
'Fascismo não se debate. Fascismo se destrói'
Por Wander Wilson, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:
O livro Antifa: o manual antifascista, de Mark Bray, publicado no Brasil pela editora Autonomia Literária se inicia com uma epígrafe do revolucionário anarquista espanhol Buena Ventura Durruti: “Fascismo não se debate, fascismo de destrói”. Mark Bray é historiador e investiga neste livro as práticas antifascistas do passado e do presente, assim como seus vínculos temporais como a reutilização de símbolos, técnicas, atualizações e dificuldades.
A popularidade em queda de Bolsonaro
Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:
A nova pesquisa CNI/Ibope, divulgada nesta sexta-feira, segundo a qual 56% dos brasileiros não confiam no presidente Jair Bolsonaro, parece mostrar não só que a maior parte da população está desconfiada do chefe de governo, mas também que ele hoje tem o apoio apenas daquele um terço do eleitorado brasileiro chamado de “eleitor de raiz”, mais próximo do ideário de Bolsonaro, que analistas apontam como sendo em torno de 30% , na opinião da cientista política Maria do Socorro Sousa Braga, da Universidade Federal de São Carlos. Segundo a pesquisa, 29% dos brasileiros consideram o governo ótimo ou bom.
O nazismo miliciano e a covardia da guerra
Por Tarso Genro, no site Sul-21:
Luiz Sérgio Metz (o “Jacaré”) – morto há quase 25 anos – escreveu um dos contos mais importantes da literatura gaúcha de todos os tempos. Às vezes ele repetia, nos universos alcoólicos de julho nas madrugadas frias do pampa, que o “nazismo era a elegância no poder”. O conto a que me refiro “O primeiro e o segundo homem” relata um duelo à faca, assistido pela infância no precário esconderijo das guanxumas. Neste duelo dois gaúchos travam uma luta justa, certeira, combinada, escondida do mundo estrelado das madrugadas, pelo qual se medem como indivíduos, para os quais só interessa suas próprias virtudes isoladas do mundo real. Uma escolha entre alternativas de sobrevivência ou morte.
Luiz Sérgio Metz (o “Jacaré”) – morto há quase 25 anos – escreveu um dos contos mais importantes da literatura gaúcha de todos os tempos. Às vezes ele repetia, nos universos alcoólicos de julho nas madrugadas frias do pampa, que o “nazismo era a elegância no poder”. O conto a que me refiro “O primeiro e o segundo homem” relata um duelo à faca, assistido pela infância no precário esconderijo das guanxumas. Neste duelo dois gaúchos travam uma luta justa, certeira, combinada, escondida do mundo estrelado das madrugadas, pelo qual se medem como indivíduos, para os quais só interessa suas próprias virtudes isoladas do mundo real. Uma escolha entre alternativas de sobrevivência ou morte.
O Natal dos Herodes de hoje
Por Leonardo Boff, em seu blog:
O Natal sempre possui o seu idílio. Não pode haver tristeza quando nasce a vida, especialmente quando vem ao mundo o puer aeternus, o Divino Infante, Jesus. Há anjos que cantam, a estrela de Belém que brilha, os pastores que velam à noite o seu rebanho. Mas lá estão principalmente Maria, o bom José e o Menino deitado numa manjedoura, “porque não havia lugar para eles na hospedaria”. E eis que apareceram também vindo do Oriente, uns sábios, chamados magos, que abriram seus cofres e ofereceram ouro, incenso e mirra, símbolos misteriosos.
O Natal sempre possui o seu idílio. Não pode haver tristeza quando nasce a vida, especialmente quando vem ao mundo o puer aeternus, o Divino Infante, Jesus. Há anjos que cantam, a estrela de Belém que brilha, os pastores que velam à noite o seu rebanho. Mas lá estão principalmente Maria, o bom José e o Menino deitado numa manjedoura, “porque não havia lugar para eles na hospedaria”. E eis que apareceram também vindo do Oriente, uns sábios, chamados magos, que abriram seus cofres e ofereceram ouro, incenso e mirra, símbolos misteriosos.
O gigantesco triunfo dos ricos
Por Greg Sargent, no site Carta Maior:
O triunfo dos ricos, uma das questões que definem nosso tempo, é geralmente descrito como sendo o reflexo de dois fatores. O primeiro, é claro, é a explosão da renda daqueles que ganham mais, em que uma minúscula minoria sugou uma parte crescente dos ganhos das últimas décadas de crescimento econômico.
O segundo fator – que será central para a corrida presidencial de 2020 – foi o declínio oculto da progressividade do código tributário para o topo da pirâmide, garantindo que os mais ricos tivessem, nestas mesmas décadas, seus impostos continuamente reduzidos.
Some esses dois fatores e está explicada a crescente desigualdade nos EUA que, de certa forma, é ainda mais dramática do que cada um por si.
O triunfo dos ricos, uma das questões que definem nosso tempo, é geralmente descrito como sendo o reflexo de dois fatores. O primeiro, é claro, é a explosão da renda daqueles que ganham mais, em que uma minúscula minoria sugou uma parte crescente dos ganhos das últimas décadas de crescimento econômico.
O segundo fator – que será central para a corrida presidencial de 2020 – foi o declínio oculto da progressividade do código tributário para o topo da pirâmide, garantindo que os mais ricos tivessem, nestas mesmas décadas, seus impostos continuamente reduzidos.
Some esses dois fatores e está explicada a crescente desigualdade nos EUA que, de certa forma, é ainda mais dramática do que cada um por si.
As duas faces do processo contra Trump
Por Paul Street, no site Outras Palavras:
O processo de impeachment contra Donald J. Trump está aberto. O que fazer dele? É difícil não gostar de ver o Perverso contorcer-se e atacar como uma fera ferida. Não há humilhação pública suficiente para essa caricatura patética de ser humano, esse ser racista, sexista, ecocida e fascista que coloca o mundo em risco com sua presença no cargo mais poderoso. O regime racista, sexista, xenófobo e plutocrático de Trump causou grandes danos às regras básicas democráticas e humanas, à decência civilizacional, à justiça social e perspectivas de um futuro decente. Tudo isso torna impossível a qualquer pessoa de esquerda ou progressista que se preze não querer vê-lo cair em desgraça e ser removido do poder. O regime Trump-Pence deve ser forçado a deixar o cargo o mais rápido possível.
O processo de impeachment contra Donald J. Trump está aberto. O que fazer dele? É difícil não gostar de ver o Perverso contorcer-se e atacar como uma fera ferida. Não há humilhação pública suficiente para essa caricatura patética de ser humano, esse ser racista, sexista, ecocida e fascista que coloca o mundo em risco com sua presença no cargo mais poderoso. O regime racista, sexista, xenófobo e plutocrático de Trump causou grandes danos às regras básicas democráticas e humanas, à decência civilizacional, à justiça social e perspectivas de um futuro decente. Tudo isso torna impossível a qualquer pessoa de esquerda ou progressista que se preze não querer vê-lo cair em desgraça e ser removido do poder. O regime Trump-Pence deve ser forçado a deixar o cargo o mais rápido possível.
sábado, 21 de dezembro de 2019
sexta-feira, 20 de dezembro de 2019
Estado de exceção na Bolívia e no Brasil
Editorial do site Vermelho:
Fatos como a ordem de prisão imediata contra o ex-presidente da Bolívia Evo Morales e a denúncia de um procurador do Ministério Público Federal (MPF) em Brasília contra o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, por suposta calúnia ao ministro da Justiça, Sérgio Moro, são episódios que atestam a gravidade da ofensiva da extrema direita na região. São subprodutos da cadeia de golpes que engolfou o Brasil e levou à fraude do impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff em 2016.
Fatos como a ordem de prisão imediata contra o ex-presidente da Bolívia Evo Morales e a denúncia de um procurador do Ministério Público Federal (MPF) em Brasília contra o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, por suposta calúnia ao ministro da Justiça, Sérgio Moro, são episódios que atestam a gravidade da ofensiva da extrema direita na região. São subprodutos da cadeia de golpes que engolfou o Brasil e levou à fraude do impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff em 2016.
Marielle, sempre Marielle
Por Paulo Moreira Leite, no site Brasil-247:
Apurar os vínculos entre os operadores do gabinete do então deputado Flavio Bolsonaro e os mandantes do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes devem ocupar a prioridade absoluta nas investigações do Ministério Público do Rio de Janeiro.
É aqui que se encontra o passo decisivo para vencer uma situação inaceitável de incerteza política, que envergonha o país e ameaça o futuro de 210 milhões de brasileiros e brasileiras.
Desvios de dinheiro, "rachadinhas", investimentos-fantasma e cobrança de propina constituem práticas que acompanham os esquemas de poder de muitas décadas, em toda parte, ou quase.
Devem ser apurados, investigados e punidos porque constituem uma força corrosiva que sabota a democracia e corrompe os valores da cidadania.
É aqui que se encontra o passo decisivo para vencer uma situação inaceitável de incerteza política, que envergonha o país e ameaça o futuro de 210 milhões de brasileiros e brasileiras.
Desvios de dinheiro, "rachadinhas", investimentos-fantasma e cobrança de propina constituem práticas que acompanham os esquemas de poder de muitas décadas, em toda parte, ou quase.
Devem ser apurados, investigados e punidos porque constituem uma força corrosiva que sabota a democracia e corrompe os valores da cidadania.
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