quinta-feira, 31 de maio de 2018

Rádio Timbira na mira do clã Sarney

Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Patrimônio do povo maranhense e símbolo dos esforços por uma comunicação mais democrática no estado, a Rádio Timbira recebeu a solidariedade de comunicadores e ativistas digitais de 17 estados do país, reunidos no 6º Encontro de Blogueir@s e Ativistas Digitais. Durante o evento, que ocorreu nos dias 25 e 26 de maio, em São Paulo, foi aprovada uma moção de repúdio aos ataques que a emissora vem recebendo por parte da oligarquia Sarney.

Nós (...) repudiamos as recentes ameaças contra a liberdade de expressão e pluralidade de vozes que representaram os recentes anúncios de ações judiciais contra a emissora pública do Maranhão, a Rádio Timbira, e contra blogues independentes no estado.

Câmara aprova projeto de dados pessoais

Por Jonas Valente, no site do FNDC:

A Câmara dos Deputados aprovou o projeto que prevê a criação da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (PL 4.060, de 2012). O projeto disciplina a forma como informações são coletadas e tratadas, especialmente em meios digitais, como dados pessoais de cadastro ou até mesmo textos e fotos publicadas em redes sociais.

A matéria foi aprovada por unanimidade na noite de terça-feira (29) e foi encaminhada ao Senado.

Tá lá o PIB estendido no chão

Por Marcelo Manzano, no site da Fundação Perseu Abramo:

Os números das Contas Nacionais divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (30) confirmam o que os brasileiros já vinham sentindo na pele: a economia continua estagnada, sem forças suficientes para engatar um ciclo de recuperação que consiga reverter as perdas da forte recessão do biênio 2015-2016.

Observando-se a evolução dos componentes do PIB pela ótica da demanda (veja no gráfico), percebe-se que, apesar do PIB ter crescido 1,2% no primeiro trimestre de 2018, quando comparado ao mesmo período do ano anterior a intensidade do crescimento foi menor do que vinha sendo registrada nos dois últimos trimestres de 2017 (1,4% e 2,1%).

Temer reduz grana dos programas sociais

Por Miguel Martins, na revista CartaCapital:

Para compensar a queda de 46 centavos no preço do diesel e o congelamento do valor do combustível pelos próximos 60 dias, Michel Temer reduziu benefícios fiscais a setores da economia, mas também cortou recursos em programas de saúde, educação, reforma agrária, ciência, além de cancelar iniciativas para mulheres, jovens e indígenas. Mais de 200 milhões de reais foram retirados apenas das três primeiras áreas.

O governo estima em 9,5 bilhões de reais o custo do programa para subsidiar a redução no preço do diesel e em 4 bilhões de reais a queda na arrecadação. Dos 46 centavos de desconto, 16 são referentes à redução de impostos que incidem sobre combustíveis e outros 30 à subvenção direta para a Petrobras e para os importadores.

O “pibinho” de 2018, "se tudo der certo"

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O Valor dá manchete dizendo que os bancos reduziram suas estimativas para o PIB de 2018.

O índice de 2,37% do Boletim Focus ontem não se sustenta, porque na hora de fornecer previsões, os bancos seguram o pessimismo, porque sabem que fazer alarde dele é prejudicial aos seus interesses.

A sempre otimista com as políticas neoliberais Miriam Leitão, na mesma linha, já dá voz a consultorias que estimam um crescimento de 1,9% este ano, mas “se tudo der certo”.

Francamente, quem espera que “tudo dê certo” até o fim do ano ficou com a sua remessa de remédios retida nas estradas.

Petroleiros garantem: "Não nos calarão"

Do site da Federação Única dos Petroleiros (FUP):

Os petroleiros novamente deixam sua marca na defesa da soberania. A luta contra a privatização da Petrobrás ganhou a sociedade. A categoria colocou em debate os interesses que pautam a política de preços dos combustíveis, deixando claro o projeto da gestão Pedro Parente de sacrificar o povo brasileiro e a soberania do país para cumprir os ditames do mercado financeiro e das grandes corporações internacionais.

Uma questão de soberania nacional

Por Joaquim Ernesto Palhares, no site Carta Maior:

Na semana passada, explodiu no país algo inusitado que uns chamam de locaute outros de greve. A Globo está completamente perdida, não sabe se critica ou apoia. Realiza uma crítica constrangida ao governo golpista de Temer e tenta, de todas as formas, proteger o mercado não menos golpista. Leia-se: salvar a cabeça de Pedro Parente.

O PT e as esquerdas se encontram em difícil posição politica, mas sustentam junto com os trabalhadores da Petrobras forte pressão contra a atuação do presidente da Petrobras que vem picotando a estatal, transformando-a em balcão de negócios escusos e alvo fácil para a privatização, sonho de Fernando Henrique Cardoso e cia.

Adeptos da intervenção apanham do Exército

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O general João Batista Figueiredo, de saudosa memória para fetichistas com fixação em cavalos e homens de uniforme, ficou famoso por declarar, entre outras frases sábias, o seguinte: “Vou fazer deste país uma democracia, e, se alguém for contra, eu prendo e arrebento”.

No fim da tarde de terça, dia 29, patriotas que pediam a intervenção militar tiveram um gostinho do que seria ter seu desejo atendido.

Eles protestavam em apoio à greve dos caminhoneiros em Cuiabá quando foram pegos de surpresa por seus herois.

Democracia de tanque vazio

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

A greve dos caminhoneiros tem apenas uma definição segura: é mais complicada do que supõe as vãs filosofias de todos os quadrantes. É possível enfileirar uma série de explicações, que vão da política de preços ao esgotamento da paciência do brasileiro. Da economia à psicologia social. Da matriz de transporte ao enfraquecimento da representação sindical. Há análises à esquerda e à direita, apontando dedos para o lado contrário. A culpa é do mercado, do neoliberalismo; do excesso de Estado, da falta de Estado.

Os caminhoneiros e o mercado

Por Rodrigo Perez Oliveira, no site Jornalistas Livres:

Na última semana, todos assistimos o desenrolar de um novo capítulo da crise brasileira, talvez aquele que até aqui mais tenha feito a sociedade civil sangrar. Cada vez mais fica claro que golpe é aquele tipo de coisa que custa caro para todos, para golpistas e legalistas.

Os golpistas sofrem por serem golpistas e os legalistas por serem covardes. O golpe não é um evento. É um processo que ainda não terminou.

É óbvio que estou falando da “greve dos caminhoneiros”, que no país inteiro bloqueou as principais estradas e rodovias, causando um gravíssimo problema de abastecimento.

Jesus é a favor do militarismo?

Por Juliana Gonçalves e Emílio Moreno, no site The Intercept-Brasil:

Jesus falou “dai a César o que é de César” e, se César era militar, logo Jesus é a favor do militarismo. Essa é a lógica dos mais de 200 membros do grupo “Intervenção Já!”, que acompanhamos no WhatsApp desde o último domingo. O espaço, que apoia a greve dos caminhoneiros, é usado como um depósito de correntes e memes que vão desde uma lista de falsas reivindicações dos caminhoneiros até a um vídeo “comprovando” uma suposta traição de Marcela Temer. Além disso, revela uma espécie de mundo paralelo.

quarta-feira, 30 de maio de 2018

Temer fora do palácio, Lula dentro da eleição

Ator Danny Glover participou na noite desta quarta-feira (30)
do “Boa noite, presidente Lula. Foto: Ricardo Stuckert
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

O desmanche terminal do governo Temer é um risco para o país e uma ameaça a seu futuro, aos adultos de hoje, de amanhã e depois de amanhã.

Quando a catástrofe se torna visível no horizonte, o único caminho responsável é preparar o retorno à democracia, que se faz pelo respeito à vontade da maioria dos 210 milhões de brasileiros.

Isso quer dizer, em primeiro lugar, respeitar a vontade do povo e garantir a liberdade de Lula - agora.

Combustíveis: como chegamos ao caos

Por Alessandra Cardoso e Nathalie Beghin, no site Outras Palavras:

A greve dos caminhoneiros trouxe à tona a política de preços praticada pela Petrobras. Para determinar os valores dos combustíveis, a estatal tinha como regras básicas, até outubro de 2016: a convergência aos preços internacionais nos médios e longos prazos, reajustes sem periodicidade definida e decisão de preços a cargo da diretoria executiva da empresa.

Em outubro de 2016, a nova direção da Petrobras, liderada por Pedro Parente, mudou radicalmente a política de preços sob os argumentos de que as administrações anteriores aparelharam politicamente a empresa acumulando excessivas perdas financeiras. Os preços passaram a se basear no Preço de Paridade de Importação (PPI), que inclui entre seus custos o frete, transporte, taxas portuárias, adicionados a uma margem para remuneração dos riscos inerentes à operação, entre eles a volatilidade da taxa de câmbio.

Fake news sobre a greve dos caminhoneiros

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Há um motivo óbvio para a crise dos caminhoneiros: uma política de fixação quase diária dos preços de combustíveis, e de dolarização – expondo o consumidor brasileiro a qualquer movimento especulativo global.

Em um país racional, não haveria maiores discussões sobre o tema. Mas nesse país da Maracangalha, criou-se um impasse entre os chamados neoliberais (para diferenciá-los dos liberais racionais). A tal dolarização dos preços de combustíveis seguiu o receituário neoliberal de dolarizar a economia e impedir qualquer ação corretiva da parte do governo. Como admitir que o resultado foi desastroso?

Sair da crise com a volta da democracia

Editorial do site Vermelho:

É difícil encontrar na história da República um governo tão desmoralizado quanto o chefiado por Michel Temer.

Desmoralização que ficou exposta, mais uma vez, nos últimos dias, quando o presidente usurpador tentou em vão demonstrar controle sobre a grave crise que sua própria política irresponsável de preços, praticada pela Petrobras, provocou e colocou o país à beira do colapso.

A raiz dessa desmoralização é a evidente falta de legitimidade do presidente golpista, abandonado inclusive por setores da classe dominante que conspiraram pelo assalto ao poder, em 2016. Setores empresariais aturdidos pela grave crise econômica causada pela política de favorecimento exclusivo aos especuladores financeiros e aos patrões estrangeiros do golpe de 2016, principalmente os Estados Unidos, que abocanham sofregamente parcelas cada vez maiores do patrimônio público, como a Petrobras, e das riquezas brasileiras, como o pré-sal.

Parente afronta o povo e aumenta gasolina

Da Rede Brasil Atual:

Mal terminou o movimento dos caminhoneiros, que teve como ponto central a política de preços da Petrobras, e em plena greve dos petroleiros, a empresa voltará a aumentar a gasolina. A partir de amanhã (31), o preço nas refinarias subirá 0,74%, para R$ 1,9671 o livro. Segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), o preço nas refinarias acumula alta de 9,42% apenas neste mês.

"Em meio ao caos que sua política de preços de derivados causou ao país, o presidente da Petrobrás, Pedro Parente, volta a afrontar a sociedade e aumenta de novo a gasolina", critica a FUP. "Para os petroleiros, esse aumento é mais uma decisão abusiva da gestão da Petrobras, que recorreu ao Tribunal Superior do Trabalho para tentar inviabilizar a luta legítima da categoria para baixar os preços do gás de cozinha e dos combustíveis."

Dilema sobre o futuro de Temer

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

Há um consenso no Congresso: o governo acabou. Será difícil e até arriscado, para a própria democracia, atravessar com ele os quatro meses que faltam para a eleição. Para a posse do novo presidente serão seis. Mas há também um dilema: vale à pena varrer Temer agora? O tempo que falta é longo para a gravidade da situação mas é curto para uma troca segura de governo. A não ser pela renúncia, que dele não virá.

Brasil avança na proteção de dados pessoais

Por Renata Mielli, no site Mídia Ninja:

Inacreditável, impensável, surpreendente, fantástico! E vai botando adjetivo aí para descrever o que aconteceu na noite desta terça-feira (29) na Câmara dos Deputados: a aprovação, por unanimidade, do Projeto de Lei de Proteção de Dados Pessoais. A proposta ainda não é lei, primeiro precisa passar pelo Senado e seguir os trâmites legislativos, mas a vitória nesta primeira fase já é motivo de muita comemoração.

Afinal, numa economia cada vez mais baseada na comercialização dos dados pessoais coletados pela internet, é um direito fundamental proteger a privacidade e garantir que cada pessoa decida se ela quer ou não ter seus dados coletados; se ela autoriza ou não o tratamento de seus dados; se sim para quê, por quem, em que condições e por quanto tempo.

Brasil perde o jornalista Audálio Dantas

Franzin e Audálio no evento de 25 anos da Agência Sindical
Da Agência Sindical:

Audálio Dantas, ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo e da Federação Nacional - Fenaj, morreu na tarde desta quarta (30), na capital paulista, aos 88 anos, vítima de câncer.

O velório ocorre até as 10 horas de quinta (31) no Hospital Premier (Avenida Jurubatuba, 481, Vila Cordeiro), Zona Sul paulistana, e a partir das 12 horas no Sindicato dos Jornalistas (Rego Freitas, 530, sobreloja, Vila Buarque, região central). A cremação será no Cemitério Vila Alpina, em horário a ser divulgado pela família.


terça-feira, 29 de maio de 2018

Blogueir@s aprovam Carta de São Paulo

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Cerca de 175 Comunicadores e ativistas digitais de 17 estados do Brasil se reuniram nos dias 25 e 26 de maio, em São Paulo, para o 6º Encontro Nacional de Blogueir@s e Ativistas Digitais. Como resultante dos debates e rodas de conversa sobre a luta pela democratização da comunicação e a resistência ao golpe em curso no país, os blogueir@s publicam, nesta segunda-feira (28), a Carta de São Paulo.

Preço do combustível e a alienação política

Por Roberto Amaral, em seu blog:

O governo, velho de dois longos anos, teve seu réquiem celebrado com pompa e circunstância pela insurreição dos caminhoneiros, que ora se batiza de greve, ora de paralisação e, até, de locaute, pois sua operação e logística a muitos sugerem aliança entre empresários e autônomos, mal saídas, as duas categorias, de fracassadas negociações trabalhistas.

Uma quer mais lucro; outra pleiteia melhor remuneração e melhores condições de trabalho. De ambas depende o consumo de 207 milhões de brasileiros, o que parece ser ignorado pelo dr. Parente, feiticeiro do caos.

Parente Serpente, o responsável pelo caos

Por Marcelo Manzano, no site da Fundação Perseu Abramo:

O atual presidente da Petrobras, o tucano Pedro Parente, também conhecido como o “ministro do apagão”, volta mais uma vez ao centro das atenções agora como o responsável pelo caos produzido pela impressionante escalada dos preços dos combustíveis observada nos últimos meses.

Mas isso já era esperado. Mais dia ou menos dia, as oscilações do preço internacional do petróleo e da nossa taxa de câmbio fariam sangrar o bolso dos brasileiros, mostrando o disparate de uma política que vincula o principal insumo da produção nacional a mercados que não controlamos e cujos preços nada tem a ver com as condições internas da nossa economia.

A justiça condenada

Por Mauricio Dias, na revista CartaCapital:

A Justiça brasileira vai sair bastante chamuscada das batalhas nas quais se enfiou de forma inadequada. Uma incursão autoritária. Não se sabe se este é, tão somente, o reflexo ou o desvio da chamada “politização da Justiça”. Não tem sido sempre assim? Livre-nos quem puder desse poder irrefreável da toga.

A ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal, rondou timidamente o problema. Ela fez recentemente uma autocrítica acanhada: “Nossa dificuldade é em cumprir as leis que nós temos (...) O nosso problema é cumprir leis”, disse.

Os ‘blackblocs’ do Bolsonaro

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Não vê quem não quer que o que remanesce no bloqueio das estradas é a parte – e não necessariamente pequena – de caminhoneiros e – autônomos e empregados de transportadoras – ligados ou manipulados por gente de extrema direita ensandecida.

Impossível ignorar as dúzias de faixas, vídeos e reportagens de um sem-número de empresários, de todos os portes, dizendo que “não é só pelos 46 centavos” e exigindo a intervenção militar.

Vox Populi: Lula imbatível e golpe arrasado

Por Jeferson Miola, em seu blog:

A pesquisa Vox Populi – a “voz do povo” – publicada hoje, 28/5, que aferiu a intenção de votos entre os dias 19 e 23 de maio, mostra o tamanho da encrenca vivida pelo establishment para assegurar a continuidade do golpe pela via institucional, ou seja, dentro do “funcionamento normal das instituições”, como eles costumam se referir, cinicamente, à ditadura Globo-Lava Jato instalada no país com o golpe de Estado de 2016.

Democracia corre risco real, diz Amorim

Por Eleonora de Lucena e Rodolfo Lucena, no blog Tutaméia:

“Estamos às vésperas de uma situação muito difícil, e nós temos de pensar em salvaguardar a democracia. Acho que, neste momento, com essa situação crítica, até setores da direita, que tenham interesse e intenção de manter a democracia, devem ser ouvidos”.

É o que afirma o ministro Celso Amorim em entrevista ao Tutaméia. Ele segue: “Se for necessário ter uma conversa com o Alckmin, tem de ter. Como em 1967 ou 1968 se tentou ter a Frente Ampla, que ia do Jango ao Lacerda, era quem defendia a democracia. Com quem defender a democracia, ainda que com concepções um pouquinho diferentes do que significa democracia, é importante manter canais abertos”.

Brasileiros contra privatização de estatais

Por Marize Muniz, no site da CUT:

A absoluta maioria dos brasileiros é contra privatização de empresas e serviços públicos, segundo pesquisa CUT/Vox divulgada nesta segunda-feira (28).

E entre as razões para discordar do pacote de privatizações do golpista e ilegítimo Michel Temer (MDB-SP), os entrevistados citaram preços mais caros, demissões de trabalhadores, redução de salários e mais: não é um bom negócio nem traz benefícios para o Brasil, só beneficia empresários, investidores e os ricos.

Perguntados se concordavam com a privatização da Petrobras, 60% foram contra e 59% disseram que a venda da companhia só beneficiaria os empresários, os investidores e os mais ricos.

O dedo do STF no caos institucional

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Carmen Lúcia não cumpriu sua missão constitucional, fosse ela qual fosse, nem tampouco trouxe a prometida “pacificação” das instituições, como admitiu candidamente.

Sem o protagonismo exacerbado do Judiciário, o show diário de ministros boquirrotos do STF, o vôo solo de Sergio Moro, o presente pandemônio que vivemos não seria possível.

A greve dos caminhoneiros tem o dedo do Supremo. No entanto, seus membros agem como se não tivessem nada com isso.

Parente já pode pedir música no Fantástico

Do site da FUP:

Mesmo tendo sido responsável por dois apagões no Brasil – o da energia elétrica, em 2001, e o do desabastecimento gerado pela alta desenfreada dos preços dos combustíveis – o presidente da Petrobrás ainda pensa que pode convencer os trabalhadores e a sociedade de suas “boas intenções”.

Por mais que ele o governo a que serve queiram concretizar o projeto de privatização da petrolífera brasileira, a Petrobrás ainda é uma empresa pública. Ficou claro para a população que a escalada dos preços dos combustíveis a níveis jamais vistos no país é consequência de uma política de gestão voltada unicamente para o mercado.

Brasil entra na lista suja da OIT

Do site da CTB:

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) decidiu nesta terça-feira (29), incluir o Brasil na lista dos 24 países violadores das suas convenções e normas internacionais do trabalho.

A inclusão do Brasil na lista se deu em decorrência da aprovação da reforma trabalhista (Lei 13.467/17) que retirou dezenas de direitos das trabalhadoras e trabalhadores brasileiros, violando normas fundamentais da OIT, especialmente a Convenção 98, ratificada pelo Brasil, que trata do Direito de Sindicalização e de Negociação Coletiva. A OIT avalia que a possibilidade do negociado prevalecer sobre o legislado para retirar ou reduzir direitos e de ocorrer negociação direta entre trabalhador e empregador, sem a presença do Sindicato, são dispositivos que contariam a referida convenção.

Vox mostra que prisão de Lula é crime

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Ao revelar que a soma das intenções de voto de Lula supera, por 39% a 30%, o total atingido pelos principais concorrentes à eleição presidencial de outubro, o instituto Vox Populi mostra um povo que resiste com bravura aos ataques contra o candidato que representa seus direitos e conquistas.

Não se assiste, em lugar nenhum do mundo, nem mesmo sob a ditadura mais feroz, na latitude mais atrasada, a um espetáculo equivalente àquele que os brasileiros e brasileiras tem sido condenados a acompanhar todos os dias neste maio-junho de 2018.

segunda-feira, 28 de maio de 2018

Faustão, a greve e a “merda na cabeça”

Por Altamiro Borges

Fausto Silva, o milionário apresentador da TV Globo, anda muito revoltado. Precisa tomar cuidado para não sofrer um infarto. Na cavalgada golpista pelo impeachment de Dilma Rousseff, ele apoiou festivamente as “marchas contra a corrupção” organizadas por seitas fascistas e entidades patronais, como a ética Fiesp. Ele vibrou com os patinhos amarelos e as camisetas da CBF. Agora, porém, ele parece estar preocupado com o destino do covil golpista de Michel Temer. No último “Domingão do Faustão”, o serviçal da famiglia Marinho se mostrou irritado com a greve dos caminhoneiros, como registrou o jornalista Maurício Stycer em postagem no site UOL:

Alexandre Garcia, o golpista atropelado

Por Altamiro Borges

O jornalista Alexandre Garcia, que foi a cavalgadura-oficial do general João Batista Figueiredo – aquele que aprovou “execuções sumárias” de democratas durante a ditadura militar, segundo recente relatório da CIA –, tem uma doença incurável. Sua obsessão contra as forças de esquerda chega a ser patética. Nesta segunda-feira (28), no telejornal Bom Dia Brasil da Globo, ele culpou os presidentes Lula e Dilma pela greve dos caminhoneiros. Para ele, o apagão nos transportes só ocorreu porque os governos petistas deram incentivo à compra de caminhões. A idiotice foi tamanha que de imediato o "calunista" global ocupou o segundo lugar no ranking do Twitter, virando motivo de galhofa nacional.

A rendição de Temer não soluciona a greve

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

O tique de fechar a boca, como quem está engolindo a saliva que escorre do beiço; as mãos magras, desossadas, melífluas, espelhos da alma; a dissimulação de disfarçar a leitura do teleprompter com observações vazias, e, principalmente, o tom impositivo, ridículo para cenas de rendição, como que estivesse batendo em retirada de costas, para não levar projéteis no traseiro. Todo esse conjunto ajuda a compor a mais execrável personalidade política da história da República.

As lições da "greve dos caminhoneiros"

Por Haroldo Lima, no site Vermelho:

As cinco medidas anunciadas ontem pelo governo ilegítimo de Michel Temer, em resposta às reivindicações da greve, podem levar à sua suspensão, mas não resolvem o problema existente, protelam-no.

A desastrada política de preços atuais de combustíveis da Petrobras não foi revogada, será mitigada. A Petrobras continuará sendo vista como uma empresa que tem compromissos impreteríveis com seus acionistas privados, estrangeiros em sua maioria, a quem tem de pagar dividendos, não com o Brasil, a quem teria que garantir abastecimento. Os preços dos combustíveis, que estavam sendo reajustados diariamente, passarão a sê-los a cada 30 dias, depois do congelamento inicial de 60 dias. Ademais, Pedro Parente, cuja política de preços que impôs à Petrobras provocou um caos no país e fez a estatal perder R$74,3 bilhões de valor de mercado, não foi afastado, como seria natural, mas continua dirigindo a Petrobras segundo a sua concepção do que deve ser essa empresa. E é essa sua concepção, que não é só dele, e que predomina no momento, que está na raiz dos problemas aflorados. Senão vejamos. 

Parente tem de ser demitido imediatamente

Da Rede Brasil Atual:

A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) defendeu a demissão de Pedro Parente da presidência da Petrobras, em entrevista à TV 247, neste domingo (27). Ela também pediu que a política de preços da estatal seja alterada como solução para a crise desencadeada pela greve dos caminhoneiros, que protestam contra o preço do diesel.

"Esse Pedro Parente tem que ser demitido imediatamente. Se esse governo tivesse um mínimo de dignidade, mas não tem... E a gente precisa mudar a política de preços, demitir esse cara. Para que tenhamos um mínimo de altivez", afirmou Jandira.

Professor de SP cata lixo para sobreviver

Ronaldo Pereira (na foto com mulher, Regina Pereira,
em frente a sua casa) é professor temporário do estado de São Paulo
Por Ricardo Chapola e Gabi Di Bella, no site The Intercept-Brasil:

Uma lata de óleo, um pacote de arroz e um gomo de linguiça. Foi isso que Ronaldo Pereira, de 44 anos, conseguiu comprar com os 10 reais que ganhou depois de passar um dia inteiro catando papelão na rua e revendendo para reciclagem.

“Teve uma vez que conseguimos comprar uns bolinhos de carne. Minha mulher juntou tudo, enrolou e fomos picando de pouquinho em pouquinho para render mais”, contou.

Você se preocupa com os caminhoneiros?

Do blog: Rico Studio
Por Jorge Luiz Souto Maior, no Blog da Boitempo:

Perguntaram-me se a mobilização dos caminhoneiros seria greve ou locaute.

Do ponto de vista jurídico, não se trata de locaute, pois este, nos termos da lei é “a paralisação das atividades, por iniciativa do empregador, com o objetivo de frustrar negociação ou dificultar o atendimento de reivindicações dos respectivos empregados”, sendo proibido (art. 17 da Lei n. 7.783/89).

No caso concreto, ainda que se tenha elementos para afirmar que muitas empresas de transporte apoiaram e até impulsionaram a paralisação dos caminhoneiros, não se pode dizer que o fizeram para frustrar uma negociação com os respectivos empregados ou dificultar-lhes o atendimento de suas reivindicações. Muito pelo contrário, embora rara, haveria uma comunhão de interesses com relação ao objeto da paralisação, a redução dos custos de produção, razão pela qual, visto como ação de natureza política, parece-me legítimo o movimento, pois a política não está interditada para nenhum segmento social.

Caos de Temer e o futuro dos patos amarelos

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

Muita gente se pergunta: onde foram parar os patos amarelos do golpe de 2016? Outros tendem a ver os caminhoneiros que param o Brasil como parte do movimento patolino. Estariam arrependidos do que ajudaram a fazer com o país?

Sobre o tema, tenho dito o seguinte (com base em pesquisas, dados, e também com base em o que ouço nas ruas):

– engana-se quem acha que os patos estão “envergonhados”, ou que farão um movimento de sensatez, de volta ao “centro”, ajudando a reconstruir o que Temer/PSDB transformaram em terra arrasada;

O combate ao 'jornalismo de guerra'

Foto: Tuane Fernandes
Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Raivoso, sem espaço para divergência e sem diversidade de opiniões e ideias. Esse é o jornalismo de guerra praticado pela mídia monopolista, na avaliação de Jean Wyllys. O deputado federal (PSOL-RJ) participou, neste sábado (26), do 6º Encontro Nacional de Blogueir@s eAtivistas Digitais, em São Paulo.

O evento, que reúne comunicadores e midiativistas, discute o papel estratégico da disputa de ideias na defesa da democracia e na resistência contra os retrocessos em curso no país. “A esquerda, por muito tempo, negligenciou o campo da comunicação como campo de produção de sentido e de imaginário”, opina Wyllys. “Os governos progressistas não deram a devida importância para a pauta da democratização da comunicação, promovendo diversidade regional e fortalecendo meios alternativos, comunitários e populares”.

Preço da gasolina e as 'fake news' da mídia

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Observação importante: este artigo é inteiramente baseado nas notas oficiais da própria Petrobras.

Em outubro de 2016, o presidente da Petrobras do governo golpista, o tucano Pedro Parente, anunciou que a estatal iria mudar a política de preços mantida durante os 13 anos em que o PT esteve no governo. A partir de então, os preços seriam paritários aos praticados no mercado internacional. Nos governos Lula e Dilma, a Petrobras mantinha os preços baixos para controlar a inflação e para não afetar os consumidores mais pobres com um aumento abusivo do gás de cozinha.

Bolsonaro e a privatização da Petrobras

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

Jair Bolsonaro, presidenciável da extrema-direita, faz sucesso entre caminhoneiros em greve. Um destes, Claudinei Habacuque, dono de uma pequena frota em Barueri (SP), comentou em um grupo de Whatsapp, em meio à paralisação: “Sabe que todo caminhoneiro vota no Bolsonaro, né?”. Um relato feito no site da revista Piaui.

Se os caminhoneiros estão furiosos com o preço dos combustíveis e querem Bolsonaro presidente, a decepção poderá ser grande, em caso de vitória do deputado do PSL. O economista escolhido por ele como “ministro da Fazenda” e ajudante na elaboração de seu programa de governo é a favor de vender a Petrobras. E, no Brasil, tarifa pública costuma subir pós-privatizações.

Temer ignora política de preço da Petrobras

Do jornal Brasil de Fato:

Após um dia de reuniões com ministros e representantes dos caminhoneiros, neste domingo (27), o presidente golpista Michel Temer anunciou pacote de medidas visando encerrar a greve da categoria, que completou uma semana e afetou o abastecimento de combustíveis e alimentos pelo país.

Entre as medidas, está a redução do preço do diesel em R$ 0,46 por 60 dias, que se obterá por meio do corte das cobranças do PIS-Cofins e da Contribuição no Domínio Econômico (Cide). A Cide já estava prevista em outra proposta feita pelo governo aos caminhoneiros na última quinta-feira (24), mas foi considerada insuficiente por parte das representações da categoria. Após o período de 60 dias, o dobro do proposto inicialmente, os reajustes serão mensais.

A capitulação e a humilhação de Temer

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Vamos ao fatos: o governo não conseguiu restabelecer minimamente o fluxo de combustíveis e o de cargas no país e o ultimato dos caminhoneiros não será o último que enfrentará.

Esta foi a razão da “generosidade” de anunciar uma redução de 46 centavos, por litro, no preço do óleo diesel: o medo de uma situação caótica no início da semana útil, amanhã e depois.

Não conseguiu, em dois dias, uma ação mais expressiva das Forças Armadas, as ameaças de multas ao motoristas e proprietários de caminhões não foram, ao que parece, levadas a sério, não efetivou o confisco de caminhões, fez acordos que se desmancharam no ar.

Demissão de Parente seria solução para caos

Por Jeferson Miola, em seu blog:

A greve liderada pelas empresas de transporte de cargas iniciada segunda-feira, 21/5, instalou o caos que toda sabotagem de empresários do setor de transportes pode produzir num país.

Sem transporte de bens, produtos, remédios, alimentos, combustíveis e mercadorias de um lugar a outro do país, a consequência é o desabastecimento generalizado.

Em outubro de 1972, os empresários de transportes do Chile, financiados e orientados pela CIA e pelo governo dos EUA, instalaram o caos econômico, político e social que ambientou o clima golpista que finalmente derrubou o governo popular de Salvador Allende em 11 de setembro de 1973.

Bancos são próximo alvo dos estrangeiros

Por Eleonora de Lucena e Rodolfo Lucena, no blog Tutaméia:

O Brasil é um país ocupado, cujo governo faz tudo que o estrangeiro quer. É um governo estrangeiro no Brasil. O capital externo está forte em todos os setores, exceto no dos bancos. Agora, o último ataque – que já está em curso – é contra os bancos, que são, na maioria, brasileiros. A análise é do embaixador Samuel Pinheiro Guimarães Neto em entrevista ao Tutaméia. Na visão dele, Henrique Meirelles é o candidato de Wall Street nas eleições. Já Pedro Parente, presidente da Petrobras, é o representante dos interesses do Estado norte-americano no Brasil – daí seu empenho em destruir a Petrobras.

domingo, 27 de maio de 2018

Bolsonaro é o grande beneficiário do caos

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O maior beneficiário do caos instalado pela greve dos caminhoneiros é Jair Bolsonaro.

Bolsonaro é o candidato da lei e da ordem, clássica plataforma fascista. O sujeito que vai acabar com a corrupção, abaixar os preços dos combustíveis e dar um jeito nessa bagunça que virou o Brasil.

Seu assessor, o advogado Gustavo Bebianno, esteve num bloqueio no Rio de Janeiro.

Do capô de um carro, saudou os homens. “Parabéns pela força do caminhão brasileiro”, falou.

“Não sou político, mas acompanho o maior político da atualidade: Jair Bolsonaro”.

Brasil vive dias de anomia social

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

A anomia social ocorre quando os indivíduos se sentem incitados a violar as normas para poder alcançar as metas (Dicionário Infopédia).
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Acabou a fantasia. Não falta mais nada. Com o governo Temer estatelado no chão e pedindo água, os militares já voltaram ao poder.

Agora é cada um por si, salve-se quem puder.

Vivemos estes últimos dias na mais completa anomia social, com a falência das instituições e a falta de autoridade do poder constituído.

Uma bomba de combustíveis prestes a explodir

Por William Nozaki, no site da Fundação Perseu Abramo:

A alta no preço dos combustíveis, que levou à greve dos caminhoneiros, coloca o país em sinal de alerta: há risco de desabastecimento de diesel, querosene, gasolina e gás. As consequências: interrupção de serviços de transporte e aviação, criação de gargalos logísticos e de infraestrutura, interrupção da produção de bens industriais e da distribuição de alimentos, além da pressão inflacionária sobre os preços de insumos básicos.

Crise sobre rodas era anunciada

Por Jamile de Campos Coleti, no site Brasil Debate:

A crise no sistema de transporte brasileiro já vem sendo prevista há muito tempo pela maior parte dos especialistas. Um sistema nacional que confia mais de 60% do transporte de cargas a um único modal, com tantas fragilidades, mais cedo ou mais tarde iria falhar.

Ao longo dos anos 1980-90, uma série de decisões políticas levou o nosso país a priorizar os investimentos nas rodovias, em um movimento contrário ao de décadas anteriores, quando foram feitos massivos investimentos na malha ferroviária – um modal mais adequado para longas distâncias, em um país continental como o Brasil.