quarta-feira, 19 de junho de 2013

Marilena Chauí e a tarifa zero

Protestos derrubam aumento da tarifa

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

O título acima não está errado, não. O prefeito Fernando Haddad e o governador Geraldo Alckmin anunciaram a revogação temporária do preço das passagens de ônibus, metrô e trem em São Paulo na noite desta quarta (19) – o valor volta a R$ 3,00 na próxima segunda. O prefeito Eduardo Paes também comunicou a revogação do aumento da tarifa de ônibus na capital carioca.

Mídia golpista prepara o bote!

www.ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br
Por Altamiro Borges

As manchetes dos dois jornalões paulistas nesta quarta-feira (19) sinalizam uma nova flexão dos barões da mídia, famosos pelo seu histórico golpista. Folha: “Ato em SP tem ataque à prefeitura, saque e vandalismo; PM tarda a agir”. Estadão: “Manifestantes tentam invadir Prefeitura; SP tem noite de caos”. Na prática, eles exigem o retorno dos soldados da tropa de choque às ruas, com suas balas de borracha, bombas de gás e a costumeira truculência. Parecem querer um ou vários cadáveres para exigir algo mais!

Os protestos e a voz do povo

Por Renato Rabelo, em seu blog:

A voz do povo deve ser atentamente escutada e respondida. As manifestações juvenis e populares que se ampliam e se estendem por todo país têm um motivo – uma causa social.

Para o PCdoB, a questão democrática se entrelaça com a questão social. Por isso, para o avanço democrático é precioso e auspicioso conhecer através de largas manifestações – por serem mais autênticas — o que clama e atormenta parcelas significativas do nosso povo. Muitas vezes são razões maiores que se acumulam, vindo à tona através de reivindicação aparentemente simples. A luta contra os preços das tarifas dos transportes urbanos e o descontentamento contra os elevados investimentos na construção dos estádios de futebol são manifestações agudas e de um grande estresse vivido pela maior parcela da população dos grandes centros urbanos no Brasil.

A juventude e as lutas sociais

Editorial do jornal Brasil de Fato:

Sem dúvida, estamos vivenciando uma mobilização espontânea da juventude mais impactante dos últimos 20 anos. O ponto de partida destes protestos está relacionado com a mobilidade urbana, com o aumento do preço da passagem e com os enormes gastos financeiros que estão sendo aplicados para a Copa do Mundo num país marcado pela profunda desigualdade social. É justa e legítima, portanto, a mobilização da juventude.

“Foda-se o Brasil”, grita rapaz em SP

Do blog: http://cinenegocioseimoveis.blogspot.com.br
Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

A chegada ao viaduto do Chá foi surpreendentemente rápida. Trabalhadores e lojistas tinha ido embora mais cedo, deixando o centro de São Paulo estranhamente vazio às seis horas da tarde. Contornei o Teatro Municipal, e segui a pé, para cruzar o viaduto rumo à Prefeitura – onde os manifestantes se concentravam. Estava acompanhado da equipe de gravação da TV.

Os ventos enlouquecidos

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Em um dos mais belos poemas da nossa antiga e desprezada Língua Pátria, Joaquim Cardozo reúne, em uma várzea do Capibaribe, todos os ventos do mundo. Os alísios, em sua anárquica natureza e rota, chegam do Equador, viajando clandestinos em um transatlântico.

Se liga, Dilma: ouça a voz das ruas

Por Laurindo Lalo Leal Filho, no sítio Carta Maior:

As ruas estão avisando: é preciso agir. Na comunicação estamos muito atrasados. Esses jovens que ocuparam as ruas e praças em todo o Brasil têm muito que dizer, mas não têm onde falar.

É preciso ampliar a liberdade de expressão no pais. As ações de governo e de outros tantos setores emudecidos da sociedade, não podem continuar sendo filtradas pela mídia comercial. Vários desses meios vêm tentando passar a ideia de que é o governo federal o alvo das manifestações de rua. E, no primeiro momento, seguindo sua lógica mesquinha chamaram todos de vândalos. Como contestar?

"Não aos Datenas, Jabores e Pondés"

Por Paulo Motoryn, na revista CartaCapital:

Desde o ato da última quinta-feira contra o aumento da passagem do transporte público em São Paulo, em que a violência e a repressão policial viraram notícia em todo o planeta, mais uma ameaça ronda o sucesso das manifestações organizadas pelo Movimento Passe Livre: a instrumentalização do povo.

A evidente mudança de postura da imprensa em relação aos protestos deve ser motivo de desconfiança, não de festa. Isso porque nos últimos dias imperou o comentário: “Agora até a grande mídia defende as manifestações”. Como se isso fosse algo positivo.

Uma saída para o impasse em São Paulo

Por Antonio Martins, no sítio Outras Palavras:

A partir de sexta-feira (14/6) à tarde, o prefeito Fernando Haddad reviu sua postura anterior e emitiu sinais de que está aberto ao diálogo com os movimentos que lutam por uma cidade para todos. A nova atitude, que revela saudável capacidade de autocrítica, abre espaço para buscar uma alternativa capaz de alcançar, ao mesmo tempo, três objetivos: a) suspender o aumento da tarifa de ônibus, num gesto simbólico de boa vontade; b) recolocar na pauta nacional a reforma tributária, um instrumento indispensável para construir metrópoles humanas e um país menos desigual; c) desencadear, em São Paulo, um amplo movimento pela garantia da mobilidade urbana, que irá muito além do debate da tarifa e articulará prefeitura e sociedade civil numa busca de soluções que pode repercutir em todo o país.