quinta-feira, 12 de novembro de 2020

A censura ao Datafolha e a censura das TVs

Da Rede Brasil Atual:


Para o professor e jornalista Laurindo Lalo Leal Filho, a censura à divulgação de uma pesquisa realizada pelo Datafolha sobre a corrida eleitoral em São Paulo é mais um exemplo do processo de judicialização da política que vem contribuindo para a “degradação” da democracia brasileira nos últimos anos.

A censura ao Datafolha se deu na última segunda-feira (9), a pedido do candidato Celso Russomanno (Republicanos), em queda nas pesquisas. Mas foi revertida no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP).

O destino das cidades e o rumo do país

Editorial do site Vermelho:


As brasileiras e os brasileiros irão às urnas pela primeira vez desde a vitória da extrema-direita nas eleições presidenciais de 2018. O que está em jogo é a democracia e o desenvolvimento sustentável das cidades, os direitos do povo nos munícipios: o emprego, a saúde, a educação, a moradia, a segurança, a cultura, entre outros. Mas, ao decidir sobre o destino das cidades, o eleitorado estará, também, criando um cenário político que poderá desbravar um rumo novo para o país.

A vacina, a Anvisa e as ações de Bolsonaro

Por Vanessa Grazziotin, no jornal Brasil de Fato:

Vivemos mais um episódio grave e lamentável em torno da pandemia da covid-19, mais um fato patrocinado pelo governo de Jair Bolsonaro.

Na noite da última segunda-feira (9), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou uma nota em que paralizava todos os testes que vêm sendo realizados no Brasil em torno da vacina contra a covid-19, a vacina CoronaVac.

Vacina essa do laboratório Sinovac, de origem chinesa, cujos estudos no Brasil ocorrem em parceria com o laboratório público do estado de São Paulo, o Instituto Butantã. Um laboratório reconhecido, renomado. A principal referência na produção de vacinas no Brasil e uma das principais referências do mundo.

Bolsonaro, descontrolado, teme a ruína

Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:

Bolsonaro sabe que os próximos cinco ou seis meses serão decisivos.

Eles poderão trazer o êxito que lhe permitirá conservar a popularidade para concorrer à reeleição, ou a ruína completa de seu governo.

As adversidades recentes têm aumentado sua irritação, levando-o a rasgar, como fez ontem, a fantasia que vinha usando desde a prisão de Queiróz, a de um Bolsonaro mais contido, propenso ao diálogo e afável com o Congresso, onde montou uma base de apoio com o Centrão e tornou-se um praticante notável da velha política.

Os desatinos de terça-feira, segundo fontes que circulam entre o governo e o Congresso, decorreram destas aflições com uma conjunção de problemas que o deixam irado, à beira de um ataque de nervos.

Bons votos nas eleições de domingo

Por João Guilherme Vargas Netto

Nestes dias que precedem as eleições de 15 de novembro quero falar sobre aquilo que considero a grande tarefa dos dirigentes sindicais.

Acho que devem agir em suas bases respectivas orientando os trabalhadores e as trabalhadoras a participarem – votando – nas eleições.

O esforço prioritário deve ser este porque a pandemia, que amedronta, pode prejudicar o comparecimento. É preciso respeitar os protocolos sanitários da Justiça Eleitoral que ajudarão na defesa da saúde e dos eleitores.

Acordei na Hungria!

Por Manuel Domingos Neto

Hoje, imaginei-me em Budapeste, atordoado por uma manifestação nazifascista, dessas que assombram a Europa.

Não reconheci Fortaleza, cidade em que nasci, formei mestres e doutores em Sociologia e cuido de minha mãe.

O estonteio deveu-se à chamada do principal jornal cearense, “O Povo”: “Fortalezense se diz mais à direita que à esquerda e 19% se dizem extrema direita”.

A matéria assegura que o Datafolha “mediu o perfil ideológico do eleitor”, concluindo que este se identificaria “mais com o campo da direita”. Os direitistas declarados somariam 38% e os de esquerda, 28%. Apenas 21% dos fortalezenses se considerariam “de centro”.

Apagão no Amapá e o crime da privatização

Por Luís Carlos Paes

O recente apagão no Amapá penaliza quase um milhão de brasileiros há mais de uma semana. Milhares de famílias, empresas e órgãos de governo ficaram sem energia elétrica. Os prejuízos ainda não foram contabilizados. O drama maior ocorreu em Macapá e Santana, as duas maiores cidades do estado, reunindo 80% de sua população.

Foi uma tragédia anunciada há bastante tempo. Desde 2017, a ANEEL sabia dos problemas da espanhola Isolux e sua terceirizada Gemini, empresa do mesmo grupo, que não cumpriram suas responsabilidades contratuais com relação a investimentos e manutenção do sistema elétrico que deveriam operar.