sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Vazamento do Moro para a Globo

Congresso ferve à espera de Bolsonaro

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

Alegados problemas de saúde salvaram outro personagem bolsonarista de depor. O PM aposentado Fabrício Queiroz, amigo e ex-motorista do clã Bolsonaro, deveria ter prestado esclarecimentos nesta quarta-feira, 19, ao Ministério Público sobre suas finanças suspeitas. Duas semanas depois de sua história vir a público, Queiroz segue em silêncio.

No início de dezembro, quem tinha deixado de ir ao MP se explicar havia sido o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, investigado por suspeita de crimes contra o sistema financeiro.

O general Augusto Heleno acha pouco

Por Jaime Sautchuk, no site Vermelho:

O general da reserva Augusto Heleno, futuro ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), disse que a quantia depositada pelo motorista Queiroz na conta da mulher do presidente eleito “é irrisória”. Sua desastrada declaração demonstra o quanto estará empenhado nessa função, em que ele será uma espécie de braço direito de seu chefe no Palácio do Planalto.

Primeiro, porque poderia ser qualquer trocado, mas era roubado dos cofres públicos – o que, no meu código de ética, é ilícito. Não tem tamanho.

Lula serve de moeda de troca para Toffoli?

Por Jeferson Miola, em seu blog:

Numa etapa remota da vida, durante o período que corresponde à sua “adolescência” política e, principalmente, profissional, José Antonio Dias Toffoli comungou ideais de justiça, democracia, humanismo e garantismo jurídico.

O itinerário do Toffoli no alpinismo rumo ao topo do sucesso começou com o cargo de consultor jurídico da CUT [1993/1994] e passou pelos cargos de assessor do PT na Alesp [1994], de assessor jurídico na liderança do PT na Câmara dos Deputados [1995/2000] e de assessor no governo da Marta Suplicy em São Paulo em 2001 [wikipédia].

A volta dos galinhas-verdes. Vaza, 2018!

Por Mário Magalhães, no site The Intercept-Brasil:

Depois de chocar no Brasil o ovo da serpente, ou do fascismo, o ano de 2018 partiu para o esculacho antes de se despedir. Chocou os ovos de uma espécie que, em sua versão com violência além das palavras, a história supunha extinta: a dos galinhas-verdes. Na virada de novembro para dezembro, militantes autoproclamados integralistas afanaram e queimaram bandeiras antifascistas. Regozijaram-se com a aventura que propagandearam como “ação revolucionária”.

Bolsonaro só abriu a porta do armário

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Para quem acha Bolsonaro muito radical, é bom ler o que escrevem seus seguidores nas redes sociais e nas áreas de comentários dos portais.

Em respeito aos leitores, não vou reproduzir as barbaridades ali publicadas, algumas delas bem assustadoras.

Eles não baixaram as armas depois da campanha eleitoral.

Ao contrário, uma vez vitoriosos, ao perceber que eram muitos, encheram-se de coragem e partiram para a guerra contra os “vermelhos”, a denominação genérica dada aos que não estão do lado deles.

Ódio e medo de Lula unem os ditadores

Por Bepe Damasco, em seu blog: 

Um fantasma tira o sono dos verdugos da democracia brasileira. Qualquer sinal de que ele possa surgir no horizonte basta para gerar pânico entre os líderes da ditadura de novo tipo que se instalou no país. Já imaginou este ectoplasma outra vez arrastando multidões em seus comícios e caravanas, falando direto ao coração do povo e semeando esperanças?

A perspectiva da liberdade de Lula é capaz de provocar uma corrida às farmácias por parte de procuradores do MP, juízes, delegados, generais, barões da mídia e seus jornalistas lambe-botas, exploradores da fé do povo, nazi-bolsonaristas e fascistas de todos os matizes em busca de Floratil, para tentar estancar a diarreia das bravas provocada pelo medo.

Os banqueiros e os juros

Por Paulo Kliass, no site Carta Maior:

Estava eu, outro dia, entrando bem tranquilo em uma livraria aqui em Brasília e deu-se o inusitado. Uma vendedora aproximou-se de mim, toda simpática e sorridente, oferecendo-me um livro. Achei estranho, pois não costuma ser bem essa a prática mais comum de abordagem dos “colaboradores” nesse tipo de loja. Era um exemplar bem cuidado e pesado, material gráfico de primeira categoria. Sem olhar para os detalhes, respondi que não estava interessado, pois realmente tinha ido buscar outra coisa. “Não se preocupe, é de graça! Pode levar um, se quiser!”

Bolsonaristas atacam diplomata francês

Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

"Todo mundo sabe o que está acontecendo na França, é simplesmente insuportável viver em certos lugares da França. E a intolerância tende a continuar aumentando, e aqueles que foram para lá, o povo francês os acolheu da melhor maneira possível. Vocês sabem da história dessa gente. Eles têm algo dentro de si que não abandona suas raízes. Eles querem fazer valer sua cultura, os seus direitos lá de trás e seus privilégios. A França está sofrendo isso. Não queremos isso para o Brasil. Para entrar no país deve haver um critério rigoroso. No que depender de mim enquanto chefe de Estado, eles não entrarão" - Jair Bolsonaro, num de seus lives no Facebook

"63.880 homicídios no Brasil em 2017, 825 na França. Sem comentários" - Gérard Araud, embaixador da França nos Estados Unidos


No interior do Brasil seriam chamados de chucros. Mas, por educação e pelo fato de que receberam mandatos populares, Jair Bolsonaro e os filhos Flávio, Eduardo e Carlos podem ser definidos como medíocres, de baixo apego à verdade factual e arrogância inversamente proporcional à inteligência.

Supremo não é mais Supremo

Por Marcelo Zero

Após a sua decisão liminar, que apenas reafirmava o que diz explicitamente a Constituição, o Ministro Marco Aurélio declarou que “se o Supremo ainda for o Supremo, minha decisão tem que ser obedecida”.

Não foi.

Contrariando as normas do próprio STF, que determinavam que a decisão só poderia ser revista pelo Plenário, Toffoli anulou-a.