quarta-feira, 5 de setembro de 2018

A segunda onda Bolsonaro

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Assim como no mercado de ações, as campanhas eleitorais são compostas por ondas sucessivas, influenciadas pelo fenômeno do “overshooting”.

Funciona assim:

1- Há uma valorização do ativo, quando se apresenta como novidade. Qualquer notícia positiva é superestimada.

2- Chega determinado momento que o mercado (de ações ou da opinião pública) julga que o ativo ficou caro. Segue-se um período de realização de lucros, em que o investidor (ou eleitor) reconsidera suas análises. Qualquer notícia negativa é superestimada, em um processo inverso ao do período anterior.

O primado da luta política sobre a jurídica

Por Haroldo Lima, no Blog do Renato:

O golpe de 2016, a prisão de Lula, o desrespeito ao Comitê dos Direitos Humanos da ONU e a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de impedir a candidatura de Lula à presidência da República, tudo isso mostra o Brasil submetido a uma grave anomalia, a de um país onde o Judiciário passou a tutelar a Nação.

Essa é uma situação grave. Primeiro porque, pela Constituição, os três Poderes da União – o Legislativo, o Executivo e o Judiciário – devem ser “independentes e harmônicos”, nenhum tutela os outros. Segundo porque, o preceito constitucional de que “todo poder emana do povo” só é eminentemente verdadeiro para o Legislativo e o Executivo, submetidos periodicamente ao voto popular. O Judiciário, Poder fundamental no Estado de direito é, contudo, um poder técnico, originário dos dois primeiros, não pode estar monitorando os outros Poderes.

O Estado brasileiro gasta mesmo demais?

Por Emilio Chernavsky, no site Brasil Debate:

Há anos ouvimos no debate político e econômico do país que o Estado brasileiro é muito grande e que gasta demais. Com base nessa alegação, inclusive, o Congresso aprovou no final de 2016 emenda constitucional que congelou por vinte anos a despesa primária da União em termos reais, o que significa, dado que a população cresce, a progressiva redução dos gastos do governo em termos per capita.