domingo, 27 de novembro de 2022

Amoêdo se desfilia do partido golpista Novo

João Amoêdo. Foto: divulgação
Por Altamiro Borges

O empresário João Amoêdo, um dos fundadores do já envelhecido Novo, anunciou nesta sexta-feira (25) a sua desfiliação da sigla. “Hoje, com muito pesar, me desfilio do partido que fundei, financiei e para o qual trabalhei desde 2010”, postou em suas redes sociais. Desiludido, ele ainda afirmou que a legenda não existe mais, criticou a aproximação de seus dirigentes com o golpista Jair Bolsonaro e admitiu que o partido “foi sendo desfigurado e se distanciou da sua concepção original”.

"O Novo atual descumpre o próprio estatuto, aparelha a sua Comissão de Ética para calar filiados, faz coligações apenas por interesses eleitorais, idolatra mandatários, não reconhece os erros, ataca os Poderes constituídos da República e estimula ações contra a democracia”, afirmou na postagem.

Mais violentos, fascistas xingam Gilberto Gil

Charge: Latuff
Por Altamiro Borges


Aproveitando-se da total impunidade, os fanáticos bolsonaristas estão cada dia mais violentos e atrevidos. Agora foi a vez do cantor Gilberto Gil e de sua esposa, Flora Gil, serem hostilizados no Catar, no jogo de estreia da seleção brasileira. Um fascista rosnou: “Vamos, Bolsonaro. Vamos, Lei Rouanet... Seu filho da puta”. Eles chegaram a cercar o artista, de 80 anos, nos corredores do estádio Lusail Iconic.

Neste domingo (27), o renomado músico postou um vídeo para repudiar a agressão e agradecer as mensagens de apoio. Ele classificou o ataque de seguidores do derrotado Jair Bolsonaro como “coisa estúpida”, como gesto de “inconformados querendo manter essa coisa de ódio, de agressividade”.

Malafaia incendeia o país e relaxa em resort

Foto: Reprodução/Redes Sociais
Por Altamiro Borges


Na semana passada, Silas Malafaia – também apelidado de “pastor Silas Malacheia” – postou mais um vídeo com ataques a Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Em tom ameaçador, o mercador da fé o ameaçou com um “xeque-mate” e pregou que “o Brasil vai pegar fogo”. A sua fúria diabólica serviu para alimentar bolsonaristas fanatizados que acampam em quartéis, inclusive debaixo de chuva, e bloqueiam estradas.

A humanidade em risco

Ilustração: Nehal Sharm
Por Frei Betto, em seu site:


O capitalismo ameaça a sobrevivência da humanidade. Agravou a crise climática, a desigualdade social, o poderio bélico. As estações do ano parecem enlouquecidas: faz calor em pleno inverno e frio intenso no auge do verão. Furacões, ciclones e secas são como se Gaia arreganhasse os dentes para morder a espécie humana que, em busca insaciável de lucro, não cessa de violentá-la.

Os desastres ambientais quintuplicaram nos últimos 50 anos: desmatamento, queimadas, contaminação das águas fluviais e marítimas. Esses crimes matam 115 pessoas por dia e dão prejuízo diário de US$ 202 milhões. Em 2021, o planeta perdeu 11,1 milhões de hectares de florestas tropicais (World Resources Institute (WRI)/ Universidade de Maryland, EUA). Mais de 40% da perda da vegetação nativa mundial aconteceu no Brasil. A floresta amazônica, que se estende por nove países, já perdeu 30% de sua cobertura vegetal devido à pressão dos exportadores de madeira nobre e do agronegócio dedicado à pecuária e à produção de soja, exportadas para a Europa e a China.

Os sete erros fatais de Bolsonaro na pandemia

Charge: Zé Dassilva
Por Cida de Oliveira, na Rede Brasil Atual:

O enfrentamento da pandemia pelo governo de Jair Bolsonaro (PL) está entre os piores do mundo e permitiu 75% das quase 690 mil mortes pela covid no Brasil. Ou seja, 517 mil, segundo especialistas. As conclusões estão no Dossiê Abrasco Pandemia de Covid-19, lançado nesta quinta-feira (24), no encerramento do 13º Congresso que a Associação Brasileiro de Saúde Coletiva (Abrasco) realizou em Salvador.

Com mais de 300 páginas, o documento com cópia enviada ao grupo de trabalho sobre Saúde da equipe de transição do governo eleito é um diagnóstico da condução da pandemia. E indica as alternativas a serem adotadas pelo novo governo no enfrentamento de uma pandemia ainda longe de acabar.

Aracruz e o país da tragédia naturalizada

Imagem: divulgação/redes sociais
Por Hildegard Angel, no site Brasil-247:


Nos Estados Unidos, onde a liberação das armas explica a sucessão de ataques armados a escolas, com inúmeras mortes, ninguém esquece os traumas provocados por eles.

Há 23 anos, em 1999, houve o Massacre de Columbine, no Colorado, EUA, quando dois ex-alunos, de 17 e 18 anos, invadiram uma escola, atirando com escopeta, deixando o saldo de 13 mortos, inclusive os criminosos.
Mas a mídia americana não esquece, a produção cultural não esquece, o povo não esquece e, sobretudo, as pessoas ligadas às vítimas não esquecem.

O Massacre de Realengo, há 11 anos, na Escola Municipal Tasso da Silveira, no bairro de Realengo, RJ, foi cometido por um ex-aluno fortemente armado, havendo também 13 mortos, o assassino entre eles.

Com a invasão das escolas, em Aracruz, por um jovem atirador de 16 anos, com suásticas na farda camuflada e quatro mulheres mortas como "troféus", o massacre de Columbine foi mais lembrado pela mídia brasileira do que o da escola de Realengo. O motivo?

No Brasil dos assassinatos em série, de montão, sem se apontar culpas nem culpados, sem investigação, punição, sequer emoção, o sacrifício humano é naturalizado. Assim como são naturais as torturas, a fome, a injustiça.

Bolsonaro faz do Exército sócio da derrota

Charge: Enio
Por Fernando Brito, em seu blog:


Foi, fisicamente, tão deprimente como o próprio simbolismo que Jair Bolsonaro pretendia dar à sua presença na formatura dos aspirantes da Academia Militar das Agulhas Negras, hoje, em Resende (RJ).

Bolsonaro entrou mudo e saiu calado e até ao vice-presidente e general Hamilton Mourão tratou com desprezo e silêncio.

Não tinha a menor necessidade de estar lá, senão para alimentar a vaidade e o golpismo que nunca dele se separam, para criar a situação constrangedora de tornar alta oficialidade e a própria instituição militar figurantes e palco de sua depressão omissa, que a nada dá atenção senão à sua própria frustração de derrotado sem glórias, pois nem mesmo é capaz de reconhecer a soberania popular.

Financismo: austeridade pra quem?

Charge: Oguz Gurel
Por Paulo Kliass, no site Vermelho:


Não existe nenhum exagero em se afirmar que boa parte dos problemas econômicos e sociais que o Brasil tem vivido ao longo dos últimos anos encontram no chamado “Novo Regime Fiscal” (NRF) uma de suas causas principais. Esse eufemismo foi concebido por Henrique Meirelles e sua equipe logo depois da consumação do “golpeachment” perpetrado contra Dilma Roussef em 2016. Com o afastamento da presidenta, Michel Temer aboletou-se rapidamente para ocupar o cargo – usurpado ao arrepio da legalidade e da constitucionalidade – no Palácio do Planalto.

Nardes e o insulto à democracia

Por Cristina Serra, em seu blog:


O ministro do TCU Augusto Nardes tomou chá de sumiço, valendo-se de conveniente licença médica depois do vazamento de sua conversa de teor golpista com interlocutor do “time do agro”.

É esse “time” que tem financiado os bloqueios em rodovias que contestam a vitória de Lula. O site “De Olho nos Ruralistas” levantou a ficha de Nardes e de parentes dele, conectados em intrincada rede de empresas.

A esposa do ministro, Adriana Beatriz Freder, é sócia da NPC Mineradora e Incorporadora Ltda. A empresa conseguiu quatro autorizações para pesquisar diamantes no Piauí, duas delas no governo Bolsonaro. No mesmo endereço da NPC, em Brasília, funciona a Progresso Participações, que tem como sócio o próprio Nardes.

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