segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

Um balanço da mídia no governo Bolsonaro

Por que você paga tanto imposto?

A tragédia da privatização da água

Bolsonaro e a manipulação pela internet

OEA e a eleição na Bolívia: fraude ou não?

Crivella, chuvas e caos no Rio de Janeiro

O MST e o empreendedorismo social

Um encontro com Lula

Por Mino Carta, na revista CartaCapital:

O Instituto Lula está no lugar de sempre, ao lado do Museu do Ipiranga, não sei se no ponto em que D. Pedro I, do alto do seu muar, proclamou a Independência, não do Brasil, e sim de si próprio. E lá fui visitar meu velho e caríssimo amigo Lula, que regularmente comparece instalado no escritório do andar de cima. E o Instituto está como sempre esteve sob o olhar protetor de Paulo Okamoto, guardião fiel, embora o ex-presidente o chame afetuosamente de sovina.

'Ajustes econômicos' festejados pela mídia

Por Marcio Pochmann, na Rede Brasil Atual:

Na perspectiva dos donos do dinheiro e seus porta-vozes midiáticos, o aprofundamento da agenda neoliberal herdada de Temer pelo governo Bolsonaro teria permitido realizar os ajustes essenciais para que a economia brasileira voltasse a crescer sustentadamente. Com isso, o corte nos investimentos e gastos governamentais que torna o Estado menor, reduziria o déficit público e permitiria que o protagonismo do setor privado comandasse a expansão econômica.

A renhida disputa no bestialógico

Por Haroldo Lima, no site Vermelho:

Desde seu início, o governo Bolsonaro surpreendeu e chocou pelo baixo nível cultural de seus componentes e pelas opiniões tresloucadas de seus mentores. Sob certo aspecto, parecia a composição burlesca de um teatro de comédia com palhaços chinfrins. Mas apenas parecia - porque o palco desse teatro bufa era o governo do Brasil.

Pairava acima do grupo governamental tido como “ideológico”, a figura alucinada de um chamado guru que vivia nos Estados Unidos como uma assombração, deitando falação sobre uma porção de coisa, esbanjando ignorância, petulância e palavrão.

Democracia e barbárie como pesadelo

Por Tarso Genro, no site Sul-21:

Passou rapidamente a época em que a cena pública mundial girava em torno dos EEUU, URSS, China Popular e Terceiro-mundismo. Os regimes liberais de democracia burguesa com sociedades de classes relativamente estáveis à época comunicavam-se diretamente - de acordo com os seus interesses imediatos - com os novos estados nacionais em formação, entre os quais se destacava a luta pela independência política do Vietnam. Ali estava o símbolo da luta anti-imperialista e anticolonialista, que dividia pessoas, classes partidos, órgãos de comunicação em todo o mundo e assim criava um vínculo universal entre os povos que lutavam contra as heranças coloniais e a dominação imperial. Era possível identificar em Lyndon Johnson, De Gaulle, Khruschew, Mao Tse Tung, Ho Chi Min, lideranças formais e reais de Estados, pois eles representavam sistemas políticos de controle geopolítico, com objetivos nacionais e de classe relativamente claros. Neles a palavra “democracia” sempre esteve presente, com conteúdos e aspirações diferentes em cada território político.

Bolsonaro legaliza a grilagem no campo

Por Alexandre Guerra, no site da Fundação Perseu Abramo:

Em 10 de dezembro, a Medida Provisória 910/2019, que versa sobre a regularização fundiária, foi lançada em evento no Palácio do Planalto. Apesar da tentativa dos participantes do governo em apontar a iniciativa como moderna e positiva para o país, ela abre caminho para a legalização da grilagem e beneficia grandes proprietários desmatadores e invasores de terras.

Bolsonaro governa para o andar de cima

Por Roberto Amaral, em seu blog:

A concentração de renda no Brasil só perde para a do Catar, um emirado do Oriente Médio dominado por uma monarquia absolutista islâmica, sustentada pela exportação de petróleo e gás natural, com uma população em torno de 1,9 milhão de habitantes, dos quais apenas 250 mil são nativos. O restante da população é formada por estrangeiros.

Protetorado britânico até 1971, é, hoje, a sede do Comando Central militar dos EUA na região.

Nada, portanto, que nos sirva de exemplo. Mas temos muito de Catar. A parcela dos 1% mais ricos do Brasil concentra quase 30% da renda nacional, e os 10% mais ricos ficam com 42% da renda total do país. E ninguém cora!

Fascismo: jornalista é morto na Bolívia

Sebástian Moro
Por Leonardo Wexell Severo

Comprometido em fazer avançar o processo de transformações comandado pelo presidente Evo Morales, o argentino Sebástian Moro vivia desde fevereiro de 2018 na Bolívia, entregando o melhor de si junto à Confederação Sindical Única de Trabalhadores Camponeses da Bolívia (CSUTCB).

Após denunciar a ação das hordas fascistas contra partidários do Movimento Ao Socialismo (MAS), seu corpo de 40 anos, completamente inconsciente, deu entrada numa clínica da capital, La Paz, em 10 de novembro, coberto de contusões, escoriações e arranhões, vindo a falecer seis dias depois.

Para o governo golpista e suas hordas fascistas que queimaram residências, sequestraram, estupraram e espancaram apoiadores de Evo Morales, Sebástian Moro faleceu por conta de um Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Os sinais do fascismo na mídia corporativa

Por Laurindo Lalo Leal Filho, no site A terra é redonda:

Começo com uma citação. Mas não é de nenhum erudito. Diz o seguinte: “ela é uma histérica, ela é uma mal-amada. Vá fumar seu baseadinho lá na Suécia”. “Ela está precisando de um homem, de um macho ou de uma fêmea. Se ela não gosta de homem, que pegue uma mulher” [1]. O autor dessas belíssimas frases é o radialista Gustavo Negreiros, da rádio 96FM de Natal, no Rio Grande do Norte. Ele referia-se à ativista ambiental sueca Greta Thumberg, de 16 anos, que havia feito um discurso em defesa do meio ambiente na reunião da Cúpula do Clima, promovida pela ONU. Até o ano passado o autor dessas agressões verbais ocupava o cargo de Sub Secretário de Turismo do Estado. Por pressão dos patrocinadores da emissora foi demitido.

O ocaso de um general

Por Fernando Brito, em seu blog:

É triste e patética a entrevista do General Eduardo Villas Boas hoje, a O Globo.

Muito embora seu sofrimento físico desperte a natural simpatia de todas as pessoas de bons sentimentos, uma vez que ele decidiu não se retirar e manter-se em cargos e no debate político não pode, por aquela razão, estar imune a críticas e ao julgamento público, como qualquer integrante deste governo estaria.

A conversa já começa por uma situação que só o desejo de sugerir o uso do Exército pelo governo petista faz com que seja narrada: uma suposta “sondagem” sobre a decretação de um “estado de defesa” durante o impeachment, para suspender o direito de reunião e de manifestação.

Bolsonaro é uma via aberta para a ditadura

Por Jeferson Miola, em seu blog:

Menosprezar ou folclorizar as constantes ameaças ditatoriais e os ataques do clã Bolsonaro e dos bolsonaristas ao pouco de ordem jurídica ainda vigente no Brasil é um erro histórico que poderá ter desdobramentos perigosos, de dimensões catastróficas.

Tanto a retórica como a prática inconstitucional e ilegal que evocam um regime ditatorial devem ser entendidas como de fato são: parte de um planejamento meticuloso para uma escalada autoritária de modo incremental, progressivo, até a implantação de uma ditadura no Brasil. Neste caso, uma ditadura bruta, sanguinária, fascista; dominada por facções milicianas.

Sobre as declarações do general Villas Bôas

Por Dilma Rousseff, em seu site:

As declarações do General Villas Bôas, em entrevista ao jornal O Globo, exigem dele uma atitude responsável e, para tanto, é necessário que:

1. Apresente os nomes dos “dois parlamentares de partidos de esquerda” que, segundo ele, “procuraram a assessoria parlamentar do Exército para sondar como receberíamos (o Exército sic) a decretação de um Estado de Emergência”. Se isso ocorreu é imprescindível o nome dos deputados pois que eles devem esclarecimentos ao País. Caso contrário, a responsabilidade cabe ao general e à sua assessoria parlamentar.