sábado, 19 de março de 2016

A Paulista foi palco da democracia

Há grampos no Palácio do Planalto?


Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Enquanto rolava ontem a manifestação em defesa da democracia e contra o impeachment, o jornais destacavam mais uma "evidência" de que Lula só foi nomeado ministro para livrar-se de Sergio Moro. De algum lugar (advinha?) vazou um áudio em que o ainda ministro da Casa Civil Jacques Wagner ouve o presidente do PT, Rui Falcão, defender a ida de Lula para o Governo. Lula resistia, diz ele, mas estava sendo bastante pressionado a aceitar o convite de Dilma porque havia o risco de a juiza paulista acolher o pedido de sua prisão preventiva. A conversa ocorreu em 10 de março.

Irmãos Koch financiam os golpistas?

Gilmar, Moro e Globo: O golpe avança!

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

Foi estranho ir para a Paulista, e não ver ninguém gritando: “morre, fulano”; “fechem o partido XX”; “deem um tiro na cabeça de YY”. Foi isso que eu havia visto nas manifestações dos chamados “coxinhas”, desde março de 2015.

Nesse dia 18 de março de 2016, ao contrário, não houve ódio. Na rua, mostrou-se a firme disposição de defender a democracia e as conquistas dos últimos 13 anos. Houve também a denúncia da ação de um juiz – Sérgio Moro – que rompeu com a lei e se transformou num baderneiro da Justiça. E houve o ataque firme ao golpismo descarado da Globo.

Mídia perdeu o controle de seus fascistas

Manifestante anti-PT em Brasília. Foto: Lula Marques
Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Há cinco anos venho alertando para o perigo do crescimento da extrema-direita no Brasil. A concepção de que “contra o PT vale tudo” levou os meios de comunicação a alimentarem (de)formadores de opinião que, sob a desculpa da liberdade de expressão, se acham no direito de dizer barbaridades e incentivar o ódio à esquerda. Colunistas, articulistas e apresentadores reaças ganharam espaço na TV, em revistas e nos jornais. Todos eles exemplares da direita furiosa, que espuma pela boca. Perfeitos imbecis perfeitamente incorretos que acham normal justiceiros atarem menores infratores a postes ou que se acham no direito de perseguir minorias e defender as torturas na ditadura militar. São estes “exemplos” que estão influenciando nossos jovens e é isso que está se refletindo nas ruas e nas redes sociais, infestadas de agressores.

Sergio Moro, o juiz sobrenatural


Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Ontem, numa manifestação de advogados, Técio Lins e Silva, uma dos mais conhecidos advogados criminalistas do Brasil, deu à platéia uma informação essencial.

Disse que há uma portaria da Seção Judiciária Federal do Paraná que, há tempos, retira a 13a. Vara Federal do Paraná, onde atua Sérgio Moro, do sistema de distribuição processual de processos.

A confirmar-se isso, Sérgio Moro, ao contrário de 20 mil juízes do país, de todos os desembargadores de Câmaras Cíveis ou Criminais, de todos os ministros do STJ, do TST, do STM e até do STF, é juiz de uma única causa.

Sobre as manifestações contra o golpe

Foto: Jornalistas Livres
Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Queridos e queridas leitoras, eu vou pedir a vocês um pouco de paciência.

Eu participei da manifestação de ontem, contra o golpe, e ainda estou processando as informações. Amanhã tentarei escrever um texto mais elaborado.

Hoje eu só queria deixar algumas impressões, rascunhadas um pouco às pressas.

Foi o maior evento político de que participei na vida.

Lula nas mãos de bandidos de toga

Por Osvaldo Bertolino, em seu blog:

É quase impossível que exista no mundo algum outro país em que juízes, desembargadores, ministros de tribunais superiores e integrantes do Poder Judiciário em geral apareçam tanto na mídia como acontece hoje no Brasil. Não é um bom sinal com certeza, sobretudo quando se considera o tipo de noticiário em que costumam aparecer. Ou é porque estão envolvidos em alguma trama política, como no julgamento da farsa do “mensalão”, ou ameaçando alguém com politicagem barata como fizeram os três patetas que pediram a prisão preventiva do ex-presidente Luiz Inácio da Silva.

Para entender o caso Globo/FHC

Por Paulo Pimenta, na revista Teoria e Debate:

Apresentamos ao Ministério da Justiça e ao Ministério Público, eu e o deputado Wadih Damous (PT-RS), pedido de investigação sobre as relações entre a Globo, offshores (empresas de papel), a Brasif e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Nosso pedido foi subscrito por 25 outros parlamentares do PT e do PCdoB.

A trama é relativamente complexa. A ramificação tem como centro a Rede Globo. Mas o emaranhado começou a ser descoberto com a Mossack Fonseca, empresa sediada no Panamá.

Quem foi ao ato contra o impeachment

Por Felipe Campos Mello, na revista CartaCapital:

Na tarde de sexta-feira 18, manifestações em defesa da democracia, do governo Dilma Rousseff, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e contra o impeachment levaram milhares de pessoas às ruas do País.

Em São Paulo, cerca de 380 mil manifestantes caminharam em protesto pela Avenida Paulista, segundo os organizadores, e 95 mil de acordo com o Datafolha. Em todos os estados e no Distrito Federal houve manifestações semelhantes.

Gilmar Mendes e o vício de suspeição

Da Rede Brasil Atual:

A decisão liminar do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), contrária à posse de Luiz Inácio Lula da Silva como ministro-chefe da Casa Civil, “está maculada pelo vício da suspeição”, segundo o jurista Wálter Maierovitch afirmou ao UOL. A decisão foi divulgada na noite de ontem (18), logo depois do discurso do ex-presidente na Avenida Paulista, durante o ato contra o impeachment e a favor da democracia.

As ruas com as cores de democracia

Por Renato Rovai, em seu blog:

As mobilizações que o Brasil assistiu ontem (18) certamente entrarão para a história pelo significado que tiveram depois de mais de um ano de massacre midiático seletivo de um campo político. Como também entrará para a história a manipulação dos seus dados em todo o Brasil.

Em São Paulo, por exemplo, o Datafolha que falou em 500 mil pessoas no domingo na Avenida Paulista disse que ontem eram 95 mil. Olhe bem as fotos de ontem e faça caber cinco vezes mais pessoas ali na avenida Paulista e no seu entorno.

A Globo sequestrou a democracia

Por Jeferson Miola, no site Carta Maior:

“Quando vocês tiverem dúvidas quanto a que posição tomar diante de qualquer situação, atentem… Se a Rede Globo for a favor, somos contra. Se for contra, somos a favor!” - Leonel Brizola

O condomínio jurídico-midiático-policial levou a polarização política a um ponto de radicalização sem retorno. Nesta guerra aberta contra a Legalidade, contra o Estado Democrático de Direito e contra a Constituição, não terá empate e mediações – um lado terá de vencer.

Lula se emociona na Paulista lotada

Foto: Juca Varella/Agência Brasil
Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

A presença de público surpreendeu. Lá estavam sindicalistas, petistas de carteirinha mas também eleitores que não votam necessariamente no PT mas já perceberam que há algo de errado com a campanha difamatória a que o ex-presidente Lula foi submetido nos últimos meses.

Havia jovens, muitos jovens, representantes de uma grande variedade de movimentos sociais e gente simplesmente preocupada com a ascensão da extrema-direita no Brasil.

Por um dia que seja, a coalizão que levou Dilma ao segundo mandato parecia energizada na avenida Paulista.

Rede Globo, a fábrica de ideologia

Por Elaine Tavares, no site da Adital:

A Globo mostrou ontem, mais uma vez, o que é ser uma fábrica de ideologia. Coloca como herói alguém que trabalha acima da lei, insufla o golpe, escancara sua posição. Nada de novo para nós que fazemos a crítica cotidiana. A mídia comercial é o braço armado do sistema. Há quem diga que não é bem assim, que não é tanto poder sobre as pessoas. Mas é. Negar isso é fechar os olhos para a realidade.

A onda fascistóide que varre o país desde há tempos só cresce, e muito desse crescimento vem da atuação da mídia. Não digo que as pessoas sejam tábulas rasas, que qualquer informação passada pela televisão se encrava e domina. Não. Isso seria estúpido e equivocado.

Vídeo: O discurso de Lula na Paulista