Por Altamiro Borges
O parlamento brasileiro está dominado pelas forças de direita e de extrema-direita – ambas unidas na agenda neoliberal. As últimas votações confirmam esse quadro de forças tão adverso. Nesta quarta-feira (10), a Câmara Federal aprovou por 339 votos a favor e 114 contra o projeto de "autonomia" do Banco Central.
Na prática, os deputados decidiram colocar "o lobo para cuidar do galinheiro". O Projeto de Lei Complementar-19, obrado pelo Senado, representa a total submissão do Banco Central – com sua missão de definir as políticas monetária e cambial – aos abutres do capital financeiro. A sociedade não terá mais nenhum controle sobre esse órgão estratégico.
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021
Os estertores da chamada Lava-Jato
Por José Dirceu
Para me prender de novo - depois de ter sido solto pela 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal, por meio de uma decisão mais do que justa e imperativa, pois estava preso há mais de 21 meses sem julgamento em segunda instância -, os procuradores de Curitiba, no mesmo dia em que seria julgado meu Habeas Corpus, 2 de maio de 2017, inventaram uma artimanha para pressionar - isso mesmo, chantagear - a Suprema Corte, oferecendo uma denúncia com base em fatos “requentados” que envolviam as empresas Engevix e UTC.
Para me prender de novo - depois de ter sido solto pela 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal, por meio de uma decisão mais do que justa e imperativa, pois estava preso há mais de 21 meses sem julgamento em segunda instância -, os procuradores de Curitiba, no mesmo dia em que seria julgado meu Habeas Corpus, 2 de maio de 2017, inventaram uma artimanha para pressionar - isso mesmo, chantagear - a Suprema Corte, oferecendo uma denúncia com base em fatos “requentados” que envolviam as empresas Engevix e UTC.
A ascensão do neofascismo em escala mundial
Por Michael Löwy, no site A terra é redonda:
Jair M. Bolsonaro não é um caso único. Assistimos nos últimos anos a um espetacular ascenso, no mundo inteiro, de governos de extrema direita, autoritários e reacionários, em muitos casos com traços neofascistas: Shinzo Abe (Japão) – substituído recentemente por seu braço direito – Modi (Índia), Trump (USA) – perdeu a presidência mas continua sendo uma força política pesada – Orban (Hungria), Erdogan (Turquia) são os exemplos mais conhecidos. A isto devemos acrescentar os vários partidos neofascistas com base de massas, candidatos ao poder, sobretudo na Europa: o Rassemblement National da família Le Pen na França, a Lega de Salvini na Itália, o AfD na Alemanha, o FPÖ na Áustria, etc.
Jair M. Bolsonaro não é um caso único. Assistimos nos últimos anos a um espetacular ascenso, no mundo inteiro, de governos de extrema direita, autoritários e reacionários, em muitos casos com traços neofascistas: Shinzo Abe (Japão) – substituído recentemente por seu braço direito – Modi (Índia), Trump (USA) – perdeu a presidência mas continua sendo uma força política pesada – Orban (Hungria), Erdogan (Turquia) são os exemplos mais conhecidos. A isto devemos acrescentar os vários partidos neofascistas com base de massas, candidatos ao poder, sobretudo na Europa: o Rassemblement National da família Le Pen na França, a Lega de Salvini na Itália, o AfD na Alemanha, o FPÖ na Áustria, etc.
As mensagens da Lava-Jato e o futuro de Lula
Charge: Geuvar |
Na última terça-feira (9), a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pela manutenção, em poder da defesa do ex-presidente Lula, do conteúdo das mensagens entre os membros da Operação Lava Jato, que foram divulgadas por meio de uma ação conhecida como Vaza Jato.
Por 4 votos a 1, sendo o do ministro Edson Fachin o voto derrotado, o STF decidiu que a defesa do ex-presidente Lula deve, sim, continuar em posse das mensagens trocadas por membros do Ministério Público Federal no Paraná (responsáveis pela Lava Jato), visto que elas dialogam diretamente com a defesa de Lula.
Uma vez que o próprio Poder Judiciário, o Ministério Público e a Polícia Federal tiveram amplo acesso a essas gravações, não teria sentido negar à defesa o acesso ao mesmo conteúdo. No entanto, a partir desse julgamento muito importante, nos cabe analisar ou tentar discutir a respeito do futuro do presidente Lula.
Cresce a ameaça da 'reforma administrativa'
Por Paulo Kliass, no site Outras Palavras:
Mal terminaram as eleições para os dirigentes das duas casas do poder legislativo e o governo já procurou alinhar com ambos os presidentes aqueles projetos que considera mais relevantes para a retomada dos trabalhos para esse ano que ainda não deu as mostras de ter começado de fato. Com isso, o novo comandante da Câmara dos Deputados resolveu atender aos aspectos negociados com Bolsonaro em troca do apoio do Palácio do Planalto à sua candidatura contra o nome articulado pelo seu antecessor, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Uma vez confirmada sua vitória ainda em primeiro turno contra Baleia Rossi (MDB-SP), Arthur Lira (PP-AL) providencia, a partir de agora, o processo das “entregas”, bem ao estilo das conhecidas negociações com o fisiologismo.
Mal terminaram as eleições para os dirigentes das duas casas do poder legislativo e o governo já procurou alinhar com ambos os presidentes aqueles projetos que considera mais relevantes para a retomada dos trabalhos para esse ano que ainda não deu as mostras de ter começado de fato. Com isso, o novo comandante da Câmara dos Deputados resolveu atender aos aspectos negociados com Bolsonaro em troca do apoio do Palácio do Planalto à sua candidatura contra o nome articulado pelo seu antecessor, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Uma vez confirmada sua vitória ainda em primeiro turno contra Baleia Rossi (MDB-SP), Arthur Lira (PP-AL) providencia, a partir de agora, o processo das “entregas”, bem ao estilo das conhecidas negociações com o fisiologismo.
A queda de popularidade de Bolsonaro
Editorial do site Vermelho:
A queda da popularidade do presidente Jair Bolsonaro, reafirmada pela pesquisa XP/Ipespe divulgada na segunda-feira (8), é um retrato das contradições vividas no país. Pesquisas anteriores mostram a tendência de queda de aprovação de Bolsonaro e até uma reversão em segmentos de renda mais baixa, que passaram a aprová-lo em razão do auxílio emergencial e agora passam a reprová-lo.
O presidente admitiu a volta do benefício, o que pode revelar que ele acusou o golpe e buscará reverter a crescente rejeição. O agravamento da crise sanitária, os problemas na vacinação (grande esperança da população em se sentir mais aliviada com relação à Covid-19 e tentar retomar a normalidade da vida), o aumento do desemprego e da fome e a quebradeira de empresas – em especial das micro, pequenas e médias – tendem a ser fatores que contribuem para aumentar a queda na aprovação de Bolsonaro.
A queda da popularidade do presidente Jair Bolsonaro, reafirmada pela pesquisa XP/Ipespe divulgada na segunda-feira (8), é um retrato das contradições vividas no país. Pesquisas anteriores mostram a tendência de queda de aprovação de Bolsonaro e até uma reversão em segmentos de renda mais baixa, que passaram a aprová-lo em razão do auxílio emergencial e agora passam a reprová-lo.
O presidente admitiu a volta do benefício, o que pode revelar que ele acusou o golpe e buscará reverter a crescente rejeição. O agravamento da crise sanitária, os problemas na vacinação (grande esperança da população em se sentir mais aliviada com relação à Covid-19 e tentar retomar a normalidade da vida), o aumento do desemprego e da fome e a quebradeira de empresas – em especial das micro, pequenas e médias – tendem a ser fatores que contribuem para aumentar a queda na aprovação de Bolsonaro.
JN não consegue esconder revés da Lava-Jato
Por Jeferson Miola, em seu blog:
A decisão da 2ª Turma do STF por 4 a 1 confirmando o direito da defesa do Lula acessar os diálogos mafiosos do Moro, o “Russo”, com Deltan Dallagnol e os comparsas da Lava Jato, foi noticiada na parte final do Jornal Nacional [JN] desta 3ª feira [9/2], a partir das 21:15h.
A ministra Carmen Lúcia e os ministros Lewandowski, Gilmar Mendes e Nunes Marques votaram a favor da prerrogativa do ex-presidente Lula exercer o amplo direito de defesa. O ministro Edson Fachin, defensor do Estado de Exceção, confirmou por que é celebrado pelos mafiosos da Lava Jato como o “Aha, Uhu, o Fachin é nosso!”.
A decisão da 2ª Turma do STF por 4 a 1 confirmando o direito da defesa do Lula acessar os diálogos mafiosos do Moro, o “Russo”, com Deltan Dallagnol e os comparsas da Lava Jato, foi noticiada na parte final do Jornal Nacional [JN] desta 3ª feira [9/2], a partir das 21:15h.
A ministra Carmen Lúcia e os ministros Lewandowski, Gilmar Mendes e Nunes Marques votaram a favor da prerrogativa do ex-presidente Lula exercer o amplo direito de defesa. O ministro Edson Fachin, defensor do Estado de Exceção, confirmou por que é celebrado pelos mafiosos da Lava Jato como o “Aha, Uhu, o Fachin é nosso!”.
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