terça-feira, 31 de maio de 2016
Os desafios da cultura em debate
Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:
A cultura vive um momento conturbado no país: após o afastamento da presidenta Dilma Rousseff e a posse de Michel Temer, o governo provisório anunciou a extinção do Ministério da Cultura, relegado à condição de Secretaria. A notícia gerou ampla rejeição da sociedade, e Temer voltou atrás. Em meio a este cenário, os desafios da cultura no Brasil serão tema de debate no dia 6 de junho, em São Paulo.
Confira os nomes confirmados:
Confira os nomes confirmados:
Temer já é ruim, mas ainda pode piorar
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:
Os sucessivos desastres políticos ocorridos desde o afastamento de Dilma Rousseff demonstram que uma fraqueza política irremediável tornou o governo de Michel Temer ridiculamente incapaz de oferecer uma alternativa de estabilidade e prosperidade para o país.
Vamos classificar os fatos como eles são. A implosão do ministro da Transparência ocorreu num quadro de insurreição interna. A reconstrução do Ministério da Cultura foi obtida a muque. A revolta do movimento de mulheres forçou uma busca de talentos para integrar altos escalões do governo. Tardia demais para produzir qualquer que efeito político, mostrou-se inteiramente inócua em função da audiência, no ministério da Educação, concedida a um ator celebrizado pelo tom debochado usado para descrever um crime de estupro.
Os sucessivos desastres políticos ocorridos desde o afastamento de Dilma Rousseff demonstram que uma fraqueza política irremediável tornou o governo de Michel Temer ridiculamente incapaz de oferecer uma alternativa de estabilidade e prosperidade para o país.
Vamos classificar os fatos como eles são. A implosão do ministro da Transparência ocorreu num quadro de insurreição interna. A reconstrução do Ministério da Cultura foi obtida a muque. A revolta do movimento de mulheres forçou uma busca de talentos para integrar altos escalões do governo. Tardia demais para produzir qualquer que efeito político, mostrou-se inteiramente inócua em função da audiência, no ministério da Educação, concedida a um ator celebrizado pelo tom debochado usado para descrever um crime de estupro.
A verdade sobre o 'Bolsa Família'
Por Tereza Campelo
Os jornais trazem nesta terça-feira, 31 de maio, informações sobre uma auditoria do Ministério Público Federal no Programa Bolsa Família. Mais uma vez, a auditoria parece ter sido feita com bases em premissas erradas e leva a conclusões equivocadas sobre o programa.
Os fatos precisam ser conhecidos.
Desde 2005, o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), responsável pela gestão federal do Bolsa Família, realiza, rotineiramente, o cruzamento do cadastro do programa com outras bases de dados, para identificar inconsistências. O procedimento vem sendo permanentemente aperfeiçoado, incorporando outras bases de dados, novas tecnologias e metodologias mais complexas.
Os jornais trazem nesta terça-feira, 31 de maio, informações sobre uma auditoria do Ministério Público Federal no Programa Bolsa Família. Mais uma vez, a auditoria parece ter sido feita com bases em premissas erradas e leva a conclusões equivocadas sobre o programa.
Os fatos precisam ser conhecidos.
Desde 2005, o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), responsável pela gestão federal do Bolsa Família, realiza, rotineiramente, o cruzamento do cadastro do programa com outras bases de dados, para identificar inconsistências. O procedimento vem sendo permanentemente aperfeiçoado, incorporando outras bases de dados, novas tecnologias e metodologias mais complexas.
EUA: as eleições preparam a guerra
Por John Pilger, no site Outras Palavras:
Há poucos anos, assisti a uma exposição popular intitulada “O Preço da Liberdade”, na venerável Smithsonian Institution em Washington. As filas de pessoas comuns, a maioria crianças que entravam como se ali fosse uma caverna de Papai Noel do revisionismo, recebiam sortimento variado de mentiras: a bomba atômica de Hiroshima e Nagasaki salvou “um milhão de vidas”; o Iraque foi “libertado [por] ataques aéreos de precisão inigualada no mundo”. O tema era indiscutivelmente heroico: só os norte-americanos pagam ou algum dia pagaram o preço da liberdade”.
A embaixadora dos EUA e o golpe no Brasil
Por Thiago Cassis, no site da UJS:
Os Estados Unidos anunciaram na última semana a troca da embaixadora no Brasil. Sai Liliana Ayalde, que esteve por trás dos golpes em Honduras e no Paraguai (e agora no Brasil) e entra Peter McKinley, que é filho de venezuelanos.
Segundo o jornal Folha de S.P.: “McKinley é considerado no Departamento de Estado um diplomata experiente e talentoso – e, segundo várias fontes, uma escolha de peso. O fato de ter sido embaixador no Afeganistão, um país em guerra, é citado como prova de competência… Seu primeiro posto no exterior foi na Bolívia, onde trabalhou no setor consular. De volta a Washington, continuou trabalhando com temas latino-americanos, como pesquisador e analista de inteligência com foco em El Salvador e Cuba. Em seguida foi chefe do departamento que cuida de Angola e Namíbia e depois assistente especial para a África”.
Os Estados Unidos anunciaram na última semana a troca da embaixadora no Brasil. Sai Liliana Ayalde, que esteve por trás dos golpes em Honduras e no Paraguai (e agora no Brasil) e entra Peter McKinley, que é filho de venezuelanos.
Segundo o jornal Folha de S.P.: “McKinley é considerado no Departamento de Estado um diplomata experiente e talentoso – e, segundo várias fontes, uma escolha de peso. O fato de ter sido embaixador no Afeganistão, um país em guerra, é citado como prova de competência… Seu primeiro posto no exterior foi na Bolívia, onde trabalhou no setor consular. De volta a Washington, continuou trabalhando com temas latino-americanos, como pesquisador e analista de inteligência com foco em El Salvador e Cuba. Em seguida foi chefe do departamento que cuida de Angola e Namíbia e depois assistente especial para a África”.
A corrupção no Brasil é desmascarada
Por Leonardo Boff, em seu blog:
É estarrecedora a corrupção que se constatou no Brasil nos últimos tempos, especialmente aquela revelada pela Operação Lava Jato, vulgarmente chamada de “petrolão”, vale dizer, ligada a uma das maiores petroleiras do mundo, a Petrobrás do Brasil. Os números são sempre pelos milhões de dólares que escandalizam e vão além de qualquer bom senso, mesmo entre ladrões e mafiosos.
Os organismos norte-americanos de vigilância que espionaram a Presidenta Dilma, espionaram também a Petrobrás, devido ao fato de deter uma das maiores jazidas de gás e petróleo do mundo, que se encontra o Pre-Sal. Detectaram indícios de alta corrupção que estava ocorrendo na empresa. Alertaram, então, as autoridades brasileiras que iniciaram uma investigação. Encontraram uma teia imensa de corruptores e corruptos que envolviam grandes empreiteiras, altos funcionários da Petrobrás, gente do próprio Governo, doleiros e não ausentes setores do judiciário. Beneficiados foram especialmente políticos de quase todos os partidos (e há exceções louváveis) que financiavam suas custosas campanhas eleitorais com esse dinheiro da corrupção, sob forma de propinas milionárias.
É estarrecedora a corrupção que se constatou no Brasil nos últimos tempos, especialmente aquela revelada pela Operação Lava Jato, vulgarmente chamada de “petrolão”, vale dizer, ligada a uma das maiores petroleiras do mundo, a Petrobrás do Brasil. Os números são sempre pelos milhões de dólares que escandalizam e vão além de qualquer bom senso, mesmo entre ladrões e mafiosos.
Os organismos norte-americanos de vigilância que espionaram a Presidenta Dilma, espionaram também a Petrobrás, devido ao fato de deter uma das maiores jazidas de gás e petróleo do mundo, que se encontra o Pre-Sal. Detectaram indícios de alta corrupção que estava ocorrendo na empresa. Alertaram, então, as autoridades brasileiras que iniciaram uma investigação. Encontraram uma teia imensa de corruptores e corruptos que envolviam grandes empreiteiras, altos funcionários da Petrobrás, gente do próprio Governo, doleiros e não ausentes setores do judiciário. Beneficiados foram especialmente políticos de quase todos os partidos (e há exceções louváveis) que financiavam suas custosas campanhas eleitorais com esse dinheiro da corrupção, sob forma de propinas milionárias.
O editorial covarde do "Estadão"
Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:
Os leitores democráticos que porventura O Estado de S.Paulo ainda possui devem ter tido um déjà vu neste domingo, 29 de maio, ao se depararem com os editoriais do vetusto jornal da família Mesquita. Quem, como eu, não lê mais jornais impressos por não se sentiu representado por uma mídia que só reflete os interesses da elite ficou enojado. Em dois dos editoriais publicados, o Estadão comete um grave atentado à liberdade de imprensa e de expressão, ao vituperar contra jornalistas e blogueiros que não coadunam com o pensamento de extrema-direita do veículo e da parcela da sociedade que ele representa. A ABI (Associação Brasileira de Imprensa) e a Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas) têm a obrigação de se pronunciar.
Os leitores democráticos que porventura O Estado de S.Paulo ainda possui devem ter tido um déjà vu neste domingo, 29 de maio, ao se depararem com os editoriais do vetusto jornal da família Mesquita. Quem, como eu, não lê mais jornais impressos por não se sentiu representado por uma mídia que só reflete os interesses da elite ficou enojado. Em dois dos editoriais publicados, o Estadão comete um grave atentado à liberdade de imprensa e de expressão, ao vituperar contra jornalistas e blogueiros que não coadunam com o pensamento de extrema-direita do veículo e da parcela da sociedade que ele representa. A ABI (Associação Brasileira de Imprensa) e a Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas) têm a obrigação de se pronunciar.
Mídia alimenta violência contra a mulher
Por Railídia Carvalho, no site Vermelho:
O caso da adolescente de 16 anos estuprada por 33 homens no Rio de Janeiro, com direito a fotos publicadas nas redes sociais, revelou acusados e suspeitos indiferentes ao crime. A naturalização da violência contra a mulher e os direitos humanos em geral tem relação com a agressividade e inadequação de conteúdo da programação e da propaganda nos principais meios de comunicação do Brasil. À mídia dominante interessa a reprodução de rótulos e a espetacularização.
O caso da adolescente de 16 anos estuprada por 33 homens no Rio de Janeiro, com direito a fotos publicadas nas redes sociais, revelou acusados e suspeitos indiferentes ao crime. A naturalização da violência contra a mulher e os direitos humanos em geral tem relação com a agressividade e inadequação de conteúdo da programação e da propaganda nos principais meios de comunicação do Brasil. À mídia dominante interessa a reprodução de rótulos e a espetacularização.
Temer-Meirelles: ataque aos direitos sociais
Por Pedro Paulo Zahluth Bastos e Guilherme Santos Mello, no site Carta Maior:
Não é de hoje que a Constituição Federal é apontada como geradora de ineficiência e baixo crescimento. Já em 1988, velhos e novos tecnocratas contrários à expansão de direitos de cidadania, como Antônio Delfim Neto e Maílson da Nóbrega, alegavam que ela tornava o país ingovernável e incapaz de crescer. Seu argumento era dividido em três partes: a) a alocação obrigatória de recursos para atendimento dos novos direitos à saúde e à educação, por exemplo, pressionaria o orçamento e exigiria a elevação de impostos; b) os novos impostos reduziriam a capacidade de poupar e o investimento efetivo dos empresários, diminuindo a taxa de crescimento econômico; c) o baixo crescimento reduziria a geração de impostos para financiar o programa “irrealista” da Constituição de 1988. Assim, desde cedo argumentos supostamente técnicos eram usados para questionar o pacto social consagrado pela Constituição e atacar os direitos sociais e econômicos com a máscara da neutralidade científica.
Não é de hoje que a Constituição Federal é apontada como geradora de ineficiência e baixo crescimento. Já em 1988, velhos e novos tecnocratas contrários à expansão de direitos de cidadania, como Antônio Delfim Neto e Maílson da Nóbrega, alegavam que ela tornava o país ingovernável e incapaz de crescer. Seu argumento era dividido em três partes: a) a alocação obrigatória de recursos para atendimento dos novos direitos à saúde e à educação, por exemplo, pressionaria o orçamento e exigiria a elevação de impostos; b) os novos impostos reduziriam a capacidade de poupar e o investimento efetivo dos empresários, diminuindo a taxa de crescimento econômico; c) o baixo crescimento reduziria a geração de impostos para financiar o programa “irrealista” da Constituição de 1988. Assim, desde cedo argumentos supostamente técnicos eram usados para questionar o pacto social consagrado pela Constituição e atacar os direitos sociais e econômicos com a máscara da neutralidade científica.
Luz no tabuleiro da crise
Por Renato Rabelo, em seu blog:
Entre o céu e a terra e perante a Nação brasileira e o mundo a trama golpista é desnudada, desmascarada, passando por verdadeira autópsia a conspiração montada pelo consórcio conservador, formado pela direita, mídia grande e o “mercado”. Os fatos recentes atropelaram a tentativa de farsa montada pelo impeachment, na qual os golpistas apareciam como vestais clamando contra a corrupção do PT e a “corrupção nunca vista nos governos” Lula e Dilma. Neste presente torna-se patente que somente a volta da presidenta Dilma pode restaurar a democracia. Essa é a fresta de luz que permite iluminar o tabuleiro da crise infindável.
Entre o céu e a terra e perante a Nação brasileira e o mundo a trama golpista é desnudada, desmascarada, passando por verdadeira autópsia a conspiração montada pelo consórcio conservador, formado pela direita, mídia grande e o “mercado”. Os fatos recentes atropelaram a tentativa de farsa montada pelo impeachment, na qual os golpistas apareciam como vestais clamando contra a corrupção do PT e a “corrupção nunca vista nos governos” Lula e Dilma. Neste presente torna-se patente que somente a volta da presidenta Dilma pode restaurar a democracia. Essa é a fresta de luz que permite iluminar o tabuleiro da crise infindável.
Esperando a bola da vez
Por Tereza Cruvinel, em seu blog:
Não importa sobre o que conversaram Michel Temer e o procurador-geral Rodrigo Janot nesta segunda-feira. Ou melhor, não importa o que dirão ter conversado. Vai ver que foi também sobre orçamento do Ministério Público, assunto do TSE que levou Gilmar Mendes ao Jaburu em pleno sábado. Acabou-se o tempo das aparências. Para quê, depois dos grampos amigos de Sergio Machado? Encontros à parte, claro está que o governo interino de Temer, prisioneiro do gravador, já deve estar esconjurando o risco de ser chamado de provisório num certo futuro.
Não importa sobre o que conversaram Michel Temer e o procurador-geral Rodrigo Janot nesta segunda-feira. Ou melhor, não importa o que dirão ter conversado. Vai ver que foi também sobre orçamento do Ministério Público, assunto do TSE que levou Gilmar Mendes ao Jaburu em pleno sábado. Acabou-se o tempo das aparências. Para quê, depois dos grampos amigos de Sergio Machado? Encontros à parte, claro está que o governo interino de Temer, prisioneiro do gravador, já deve estar esconjurando o risco de ser chamado de provisório num certo futuro.
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