quarta-feira, 6 de maio de 2020

Mídia e coronavírus no Rio Grande do Sul

O "cala a boca" de Bolsonaro e a imprensa

Projeções do PIB e depoimento do Moro

Trump sugere desinfetante contra a Covid

O Brasil e suas mortes anunciadas

Lima Duarte homenageia Migliaccio

As milícias digitais do capitão

Por Silvio Caccia Bava, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

Não se atreva a discordar ou fazer críticas ao presidente. Você entra na mira das milícias digitais do capitão. Nem mesmo ministros do seu próprio governo escapam dessa perseguição destruidora de reputações. São ataques anônimos que veiculam mentiras, falseiam a realidade e seguem um método: primeiro sua credibilidade é atacada, depois eles te intimidam; com sua reputação minada, os ataques virtuais se transformam em ameaças físicas e aos seus familiares.

O humanismo liberal dos super ricos

Por Gustavo Freire Barbosa, na revista CartaCapital:

No início de abril, o deputado Eduardo Bolsonaro defendeu em sessão da Câmara que os super-ricos não tenham sua renda e patrimônio taxados para financiar medidas contra a crise econômica aprofundada pela pandemia da Covid-19. Dentre outros destinos, tais recursos serviriam para financiar o SUS e proteger o salário e a subsistência de trabalhadores informais e desvalidos que hoje, mais do que nunca, precisam da rede Seguridade Social.

Os ultraliberais não entram em quarentena

Por Paulo Kliass, no site Outras Palavras:

Paulo Guedes é mesmo um militante dedicado à causa do financismo. O old chicago boy não descansa um segundo quando se trata de defender interesses da banca e de destruir conquistas que a sociedade brasileira levou décadas para colocar de pé. Nem mesmo a situação trágica que vivemos atualmente serve para atenuar os ímpetos visando demolir o que ainda restou de políticas públicas e de instrumentos do Estado que poderiam ser utilizados em algum projeto de desenvolvimento no futuro. Não! Sua missão destruidora não pode dar tréguas!

Bolsonaro cruza os braços e indústria desaba

Editorial do site Vermelho:

Os números mostrados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada nesta terça-feira (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são reveladores da gravidade da crise econômica associada à pandemia do coronavírus. O tombo da produção industrial foi de 9,1% em março na comparação com fevereiro e, comparado com março do ano passado, 3,8%.

Bolsonaro sabota os pobres para criar caos

MST doa cerca de oito toneladas de alimentos para comunidades
de Aracaju. Foto: Luiz Fernando
Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:

Esta semana a lei que declarou a pandemia no país (Lei no. 13.979) completa 90 dias.

Passado este tempo, com os imensos castigos infligidos à população e principalmente aos mais pobres, o governo Bolsonaro continua retendo recursos orçamentários para saúde, assistência social, empresas/emprego, estados e municípios.

Não é só crueldade, é também uma aposta no caos, para turbinar o projeto golpista e ditatorial.

A assessoria técnica do PCdoB na Câmara constatou uma baixíssima execução orçamentária dos recursos autorizados por medidas provisórias aprovadas ou em vigor, concluindo que, além do atraso na proposição das medidas, o governo joga deliberadamente com a não liberação dos recursos que já poderiam estar sendo liberados com mais celeridade para socorrer a população, seja na frente social ou sanitária.



Bolsonaro marcha rumo ao autoritarismo

Da Rede Brasil Atual:

Como demonstra nas últimas semanas, com a participação sucessiva em atos antidemocráticos que atentam contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional, o presidente Jair Bolsonaro ensaia uma tentativa de golpe de Estado, incitando seus apoiadores, que são minoritários, mas aguerridos.

O sucesso na empreitada golpista vai depender do apoio dos militares.

Mas mesmo que não consiga romper em definitivo com a ordem institucional, essas atitudes servem para que Bolsonaro possa acumular poder, marchando “lenta, contínua e imperceptivelmente” rumo ao autoritarismo.

Números oficiais da Covid são imprestáveis

Por Fernando Brito, em seu blog:

A divulgação do número recorde de mortes – 600! – pelo novo coronavírus pouco se prestam, pela inexatidão, a qualquer política pública de prevenção ou de reação a uma epidemia.

Desde o início desta tragédia, aqui se aponta o erro de, num país que não tem meios e estruturas para testar os pacientes, dimensionar o alcance da doença exclusivamente por testes, deixando da lado o diagnóstico clínico.

O senhorzinho que segue firme – até que o Centrão lhe tire o cargo, porque o colete do SUS ele mesmo tirou – na gestão Teich diz que, dos 600 óbitos, apenas 25 pessoas morreram hoje. Os outros 575 são os que, post mortem, esperavam o laudo que confirmaria o novo coronavírus, bem depois de enterrados.

Brasileiros descobrirão quem ignorou a vida

Por Luiz Carlos Bresser-Pereira

Bolsonaro pretende manter sua popularidade colocando a culpa das mortes pelo Covid-19 nas costas dos governadores.

Mas ele não conseguirá fazer essa trapaça, as mortes no Brasil vão aumentar muito, e o povo o responsabilizará.
 
Na Europa, os grandes países com exceção da Alemanha já registram mais de 25 mil mortes cada um, enquanto na Alemanha apenas 7.000.
 
Em consequência o índice da aprovação de Angela Merkel subiu para 79 por cento.

A comparação relevante do Brasil é com a Argentina.